Mocidade
Emaranhados no mesmo verso,
Retornamos à mocidade,
Enamorados da mesma causa,
Filiais da liberdade,
Enlaçados no mesmo amor,
Cremos na imortalidade.
Anoitecidos no pleno Universo,
Íntimos e maliciosos,
Madrugadeiros e boêmios,
Amantes gloriosos,
Encantados a milênios,
Dois intensos devotos.
Desobrigados de rigores,
- experimentando -
Os melhores sabores
Escrevendo no silêncio
- dos corpos;
Orações à dois senhores...
Sou o frescor das primaveras, A mocidade que te espera, A mais doce pantera, hipnotizada aos pés do dono...
Um jovem que não rejeita o chamado de Jesus para servi-lo, não está desperdiçando sua mocidade, mas ganhando a eternidade.
Cresci ouvindo as pessoas me dizerem do quando admiravam minha inteligência. Na mocidade, preocupado apenas em viver a vida, isso não fazia a menor diferença. Na maturidade vem a vontade de descobrir como ela poderia facilitar-me alguma coisa. Na terceira etapa da vida sobrevém a consciência de que ela não nos livra das mazelas humanas, e a hora é de aproveitar o tempo para torná-la útil aos outros e ao que resta de bom em nós mesmos.
Devemos aproveitar a vitalidade e o bom animo da nossa mocidade, para conhecermos as fontes da prosperidade, e tendo assim um encontro real com o Deus. Para que no dia da adversidade quando terminar a nossa mocidade, não venhamos a ficar sem vitalidade, sem animo, sem prosperidade e principalmente contentamento.
Sempre exististes
Acho que em minha vida sempre
exististes.
Eras a figura de mulher que aos
meus olhos vinha, desde a
mocidade.
Vendo hoje de onde és, parece ser
impossível, mas não é.
Tinha perto de mim teu rosto quando
voo eu alçava, às vezes saías e na
asa do avião a me olhar ficavas.
Depois, fostes o rosto, a musa
imaginária, que em meus quadros eu
perpetuava.
Em cada obra existias.
Hoje na publicidade em ti penso,agora
és real, teu rosto inspira cada texto,
cada campanha em foto feita, lá estás.
Durante as filmagens , em cada cena
estás.
Enquanto o meu trabalho faço , presente
te tornas em cada espaço, em cada linha
escrita, e nos filmes, em cada rosto.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista (Aclac)
Membro Honorário da A.L.B / de São José do Rio Preto - SP
Membro Honorário da A.L.B / de Votuporanga - SP
Membro da U.B.E.
Soldados! Não batalheis pela escravidão! Lutem pela liberdade! No décimo sétimo capítulo de São Lucas está escrito que o Reino de Deus está dentro do homem – não de um só homem ou grupo de homens, mas de todos os homens! Está em todos vocês! Vocês, o povo, têm o poder – o poder de criar máquinas. O poder de criar felicidade! Vocês, o povo, têm o poder de tornar esta vida livre e bela… de fazê-la uma aventura maravilhosa. Portanto – em nome da democracia – usemos desse poder, unamo-nos todos nós. Lutemos por um mundo novo… um mundo decente que vai dar ao homem uma chance de trabalhar, que dê futuro à mocidade e segurança aos idosos.
(O Grande Ditador)
Lhe vejo cuidar do rosto
Penso; como vai a sua alma.
Se brilha; tudo é resto.
Inquieto o mar se acalma.
Seu rosto; botão, mocidade...
Encanta, atrai e seduz.
A alma é o raio de luz
Reflete o sol da verdade.
Quem viu daquela pedra o luar... Quem escutou aquele acorde... Se não voltar para ficar, marca encontro com a saudade. Do dividendo alegia, do divisor mocidade, resultou melancolia, que reduzida, também é saudade. Pode o sol nascer ao poente e haver mulher sem vaidade? O que não há certamente, é passar por lá e não levar saudade. As parcelas de paixão sentidas naquelas calçadas ou resultam decepção, ou mais uma vez somam saudade. E quem nega sentir saudade, fingindo ser diferente, ou nunca curtiu a vida de verdade, ou não diz bem o que sente. Constante nesta existência, eu vejo só em verdade a inevitável sequência: o moço, o velho e a saudade. Suplício do meu fadário, que me mata e me dá vida.
Comunhão de almas
Quero que permaneças ao meu lado
Depois de todas as minhas estórias serem contadas
Ainda que com voz rouca e trêmula pelo cansaço
Do tempo eu gagueje ainda ruborizando com teus beijos.
Um leve toque no meu colo
Um murmúrio em êxtase pelo teu olhar
Infiltrado nos meus olhos
Ardentes e apaixonados
Mesmo depois que o tempo tenha descolorido
O brilho e o viço da nossa mocidade.
Continua segurando a minha mão
E fica em silêncio porque as palavras
Já não serão mais necessárias
E os nossos corações já conhecedores
Das razões um do outro
Saberão traduzir nossos desejos.
E sem rodeios, seremos....
Corpos em comunhão de almas.
Chegou um tempo que o meu desafio era quando vê-la, não mais chorar. A primeira vez não me contive, foi inevitável! Naquele momento o desespero me dominou, parecia que todas as noites o meu travesseiro era alvo de vários tsunami lacrimais. Mesmo assim, não desistir de tirá-la dos meus pensamentos. Dei continuação ao plano sarcástico! Pensei eu: -"Se pelo menos eu conseguir criar ódio, executarei com êxito o meu plano de arranca-la do meu coração. Fazendo assim, mim libertarei desse amor tão bom e ao mesmo tempo, tão sufocante sentimento." Em frações de segundo o meu coração acelerava , porém algo aconteceria e mudaria todas as minhas certezas, fazendo assim, com que um coração de pedra voltasse a pulsar como um de carne sendo sustentado pelos mais belos sentimentos.
Era um dia chuvoso! Ao ver aqueles olhos focados e assustados em minha direção, pude sentir o meu coração pulsar mais rapidamente, fazendo com que eu me desligasse de tudo o que me rodeava. Foi mágico! Aquele olhar misterioso queria dizer-me algo, meu coração batia mais forte. Sim, aquele sentimento era mais forte que eu! O cheiro da areia molhada, o som da terra caindo; esses detalhes faziam minha mente se desligar desse mundo. Conforme chovia, os meus olhos se fechavam. Era como se a chuva estivesse lavando todo mal, tirando todo desapego e aniquilando todo aquele orgulho de desamores vividos. O vento era carinhosamente abraçado pelos os meus braços, e o meu sorriso, Ah, O meu sorriso... ele descrevia bem a alegria do meu ser, e como se regozijava a minha alma! Naquele momento, voltei a ser um simples rapaz apaixonado que o amor o purifica; onde na escuridão de um simples fechar de olhos, o grande breu se tornava primavera com as mais lindas rosas, onde no meu jardim eu compunha os meus versos e era ela a expiração para as minhas poesias. Ao abrir os olhos e vê-la, foi inevitável, a amei! Naquele momento, decidi me entregar por completo áquele sentimento. A abrace, e com o silêncio das nossas palavras, nos declarávamos. Favo de mel era o seu beijo, e consolado era o seu abraço! Eu me vi em um teatro: As cortinas se abriram; o cenário parecia ter sido montado detalhadamente pela a natureza; nos beijávamos e os pingos de chuva ao caírem na terra, nos aplaudiam. Eu era "Romeu", e ela, a mais linda de todas, minha "Julieta"! Nos casamos, vivemos; fomos felizes... porém hoje já não há tenho ao meu lado! Hoje sou um velho ancião, porém um velho que viveu e soube amar com toda a intensidade aquela moça! Moça essa que em sua velhice, a pele enrugada já não era tão macia como a lã nos tempos de sua mocidade. Mesmo assim, as rugas não foram capazes de tirar daquela donzela a beleza que um dia me encantou, e me ganhou com o seu amor. O Meu sentimento por ela foi recíproco! Vivemos, e o seu amor me ensinou que onde há amor, o ódio não reina; e que nas contracenagens da vida, "O amor é o papel principal, e o ódio é ,simplesmente, um mero coadjuvante.
MINHA INFÂNCIA
Oh que tempo maravilhoso,
Tempo proveitoso que nos resta lembrar,
Tempo que corria e brincava, ria e chorava,
E na memória vai ficar...
Como era bom o dia de chuva,
Andava descalço e sem guarda-chuva,
Pulando enxurrada, com a roupa molhada,
Mas esperando o sol chegar...
Que felicidade, que tempo gostoso,
A verdadeira amizade, um tempo prazeroso,
Brincava de salva, jogava bola,
Ia pra rua quando chegava da escola,
Na intenção de mais um dia brincar...
Tempo bonito, foi minha infância,
Hoje é difícil, muita arrogância,
A maioria nem quer mais saber,
Sendo assim não vão entender,
A felicidade que pude alcançar...
Lembro desse tempo, sinto alegria,
Vivi minha infância, dia após dia,
Hoje a lembrança vem junto comigo,
Está ao meu lado como se fosse um amigo,
Não quero esquecer, apenas viver,
E quero comigo, sempre guardar...
Oh que tempo maravilhoso,
Tempo proveitoso que nos resta lembrar,
Tempo que corria e brincava, ria e chorava,
E na memória vai ficar.
ó juventude, tão efêmera, tão complexa e tão brilhante. Há uma explosão de pensamentos e de sentimentos dentro de mim, de tal modo, que ora quero algo, ora quero outra coisa. Como um peregrino, és tu, ó juventude!
O Recife, que beleza!
Lá de cima, linda vista,
cá embaixo, palafita...
Prédio alto de grandeza,
e favela de pobreza.
Tamanha desigualdade
cabe aqui nessa cidade:
onde o rio vira mangue,
e a bala gera sangue
no peito da mocidade.
Encrespado Aureolo
Bloco de vida coisa que é dura.
Costura de agulha sem ter saída.
Nó de tristeza, embelezas a natureza,
Agarras-te aos vãos das manhãs,
Pois tecidos te envolvem a beleza.
És o ar rarefeito no meu peito,
Sabor a café e saliva que rejeito.
Musa toda assim delicado deleito,
És quem os meu olhos saboreiam,
Pele quente que ferve como efeito.
De leve suspeitas da mocidade,
Sinto encrespado aureolo que sabe,
Ao toque do lábio seco de inverdade.
A tensão sobe para mil sem fim
E eu no teu ventre afundo de mim.
Minha morte lenta meu medo cerrado,
Onde me enrolo, me excedo, me advenho.
Meu respirar venta no teu corpo molhado
E a cadência do teu coração tenta,
Percutir o auscultar do teu afago.
Que é ser só breve este momento,
Não pequei ao tragar-te o rebento.
Em ti eu sou a ternura do castigo,
O som que salivo e estremece por dentro,
O intimo ardor que partilho contigo.
Tragarei de ti inacabados amanheceres,
Tal como a agulha costura os doces plangentes,
Que a tua natureza pura de incastos prazeres,
Debita em mim dos teus segredos vigentes,
Que curo com a dura doçura de a mim tu te cederes.
Olá velhice vc chegou cedo
Derrepente na foto me vendo
Me surpreendo
Vc chegou sorrateira
E de certa maneira
Me vez enchergar
Que a mocidade , embora insistente
No coração a morar ,
Hoje tem que se conhecer
Que não adianta em nada
Neste velho e sofrido senhor
Ela querer habitar
A igreja, sem o Espírito Santo, não dispõe dos recursos divinos para atrair os jovens; por isso, desesperadamente, tenta cativá-los pelos mesmos métodos que o mundo utiliza.
ENTRE RIOS
Vivo a vida a caminhar,
vejo os rios da cidade,
muitas pontes coloridas,
retratos da mocidade.
Ando muito apressado,
mas, quando olho pro lado,
me encanto com a beldade.