Moça Linda
Triste lembrança
Tão meiga e pura, feito letra e música
A moça caminho ao som da chuva,
A passos finos, ela demonstra sua ternura
A alegria de menina, a timidez tão contida .
Capaz de torna a doce menina, em rima e melodia .
Ela esconde uma dor, ela sonha com um amor,
Um pouco estranha, gestos finos, olhar calmo
Ela caminha sem fim, sob a terra fina,
Deve querer sumir, ou tentar esquecer
A triste lembrança do passado, ou presente
Da moça meiga, tímida e doce.
Mesmo que poucos a vêem assim, tão frágil,
O coração em pedaços, ela demonstra está feliz,
Mesmo que esteja por dentro ao meio, ela ainda é capaz de sorrir,
Sorrir para esquecer, sorrir para esconder, a ferida sem fim
Da doce moça, de olhar agora baixo,
Mas, que usa os lábios a sorrir feito chuva em céu estrelado.
A platéia se queixa
Cadê a moça, cadê a moça?
A platéia é a vida e a vida se esgota, eu me sinto agora, somente minha e de mais ninguém.
A noite se cala e apenas eu vejo, e reparo que a minha carência é egoísta. O silêncio transita por esta sala que cheira a cigarro, todos que passam por aqui sente vontade de se calar. O que acontece agora nas montanhas do meu íntimo? O que falam de mim pela noite?
Nas ruas que forcei falatórios, fugi da obrigação e dispensei o apropriado. A minha letra torta se dispõe ao passado.
A moça olhava para uma das mãos, distraída. Ignorava as vozes, as gargalhadas exageradas, o bater de garfos nos pratos, o arrastar de cadeiras, as buzinas lá fora e todo o resto do mundo. Estava mergulhada em pensamentos, talvez inundada deles, quase se afogando. Estava parada como uma estátua vazia, mas aposto com qualquer um que estava tão cheia e agitada quanto um show de rock. Ela era linda, mas de um jeito triste. Tinha os cabelos da cor do mais puro mel, os braços compridos que terminavam em mãos tão sutis que me faziam imaginar como seria o seu toque, a postura um pouco curvada de quem já sofreu muito e não aguenta mais o peso de tanta descrença e os lábios cerrados em um sorriso duvidoso. De repente virou-se como se tivesse acabado de chegar ao mundo e encarou aquele rapaz com um olhar lânguido que quase implorava que lhe pegasse no colo, lhe cantasse uma canção e lhe pusesse pra dormir. Ele retribui com os olhos de quem promete que vai te ninar pra sempre. A moça simplesmente ignorou e voltou a encarar sua mão, como quem se vê tomada por um desejo que ameaça romper as barreiras do corpo. De súbito, arrancou a bolsa da cadeira, colocou-a sobre o balcão e começou a remexer procurando alguma coisa. Tirou um telefone celular e sua carteira. Digitou um número no celular e hesitou. Apertou o aparelho como quem tenta afastar uma tentação, sem saber que ceder-lhe é a forma mais eficaz de se livrar dela. Parecia tão docemente perturbada! Colocou novamente o aparelho onde lhe trouxe. Fixou os olhos em mim e de uma forma seca pediu:
- Traga-me um café, por favor. Mas puro, sem açúcar, ou leite, ou creme. E que venha em uma xícara bonita.
Mas vejam só! A moça se afundava cada vez mais no amargo do café, para que assim ninguém percebesse a doçura que trazia em seus lábios. E confundia-se com seu próprio pedido, tentando arduamente tornar-se uma pessoa amarga, mas que não conseguiria jamais, exatamente pelo fato de estar pura, com uma aura completamente branca ao seu redor. Levantou-se inquieta. Percebi números em sua mão - Deve ser o número de alguém para quem queria muito telefonar, mas a mágoa impedia. Certamente alguém por quem nutre fortes sentimentos e que talvez esteja longe... não! talvez esteja por perto mas ainda assim longe demais. - e quando voltou do banheiro, não estavam mais lá. Sentou-se. Tomou seu café como quem é obrigado a tomar cicuta. E continuou olhando para a sua mão, distraída numa tristeza suave. Pagou a conta e foi embora carregando o peso do "e se". Certamente não tinha nada pra falar ao telefone, mas tinha ao menos o desejo de ser lembrada ao utilizar essas ondas sonoras pra transmitir uma voz melódica e doce, como o creme que faltou em seu café
Sabe o que é? Eu sempre fui aquela moça simpática. Que não reclama de nada. Sempre educada e sorridente. Que usa “por favor” e “Sim Senhor!”, mas no final, as contas saíram erradas. Eu devia ter mostrado a língua, ter dito logo umas verdades. Descordado. Questionado. Criticado. Agora, essa imagem de boa moça já se impregnou em mim...
Dona e as Aves
Dona uma moça do campo, passava horas caminhando pelas belas paisagens da fazenda de seu pai. Na fazenda além de ter belas plantas, jardins e florestas, haviam muitas aves de todas as espécies, e todas as aves conversavam entre si sobre cada acontecimento da fazenda da bela moça de olhos verdes.
A menina gostava de sair todas as horas, mas o momento melhor para seu passeio era pela manhã, porque nessa mesma hora havia um vaqueiro que tirava o leite para o consumo na fazenda , e ela o espionava por ser um homem que parecia um deus grego muito bonito.
As aves curiosas e" falonas" ficavam observando aquele momento da moça com olhar curioso para o rapaz, e as galinhas conversando entre si :-viu como nossa dona está de olho naquele lindo rapaz!ora si vi, ela está mesmo gostando dele, todos dias ela vem na mesma hora olhar o cara! O galo fala para sua querida esposa galinha: _ vocês vão logo cuidar dos nossos filhotinhos, fica aí espionando Dona e deixando o dever por fazer!_você viu Carola que galo machista, acha que só porque ele é meu companheiro tenho que obedecê-lo! _estou até vendo o dia que essa Dona te pôr na panela, fica aí curiando tudo e sabe que ela não adula nem galinhas, nem galo e nem frango, sabe que Dona gosta de um bom prato de carne de frangos!-é mesmo , não havia pensado no nosso destino como prato predileto de Dona!_Queria mesmo eu ter nascido uma Arara, elas moram na floresta, voam e raramente ficam aqui por perto e ninguém come Arara, ainda mais que agora são aves em extinção!-você tem razão amanhã vamos dar um jeito de fugir com nossos filhotes!
Quem escreve ...
é apenas uma simples moça,
cuja única riqueza é o Amor propriamente dito,
ouvido e sentido, onde o que mais faz nessa vida é falar do Amor,
seja ele qual for, mas que seja o Amor verdadeiro,
com todo o seu poder e ternura existente nesse mundo .
Eu te amo, e sinto que vou te amar além do mar, e do céu .
O pior é que admito não saber como reviver aquela moça, eu não sei...
Tentei esticar os dias, para que você me olhasse, na desculpa de encontra-la de novo
Mas tenho que me conformar sou viúvo agora, não sei como chorar a sua morta e a minha.
Meus olhos não sabem como encontrar o seus
Mas se aquela moça que conheci ainda viver, me procure
pois podemos tornar grande o que hoje é pequeno
E sobre a minha morte não me importo de morrer de novo, de novo e de novo por você.
MERCEDES
De canto em canto
Pranto e mais pranto
Cheia de encanto
Caminhava a moça chamada Mercedes
Nome esquisito, motivo de chacota
Ela nada se importa
Nem se acha marmota
Tampouco se comporta
Mercedes travessa, sapeca
Mercedes educada, estudiosa
Como pode esquecer sua beca
Na porta da escola?
Pobre, Mercedes!
Desencantos desde pequenina
Porém, sempre alerta, astuta
Poderia ser uma mulher divina
Mas preferia a heroína
Nas esquinas se despia
Aos olhares do povo, mulher objeto
No seu íntimo, mulher sensível, igual a um feto
Certo dia, tal heroína acabou com Mercedes de uma só vez
Toda a cidade desabou em tristeza
Agora, como será sem a graciosa e desvairada Mercedes?
Como lembrança, guardo uma simples recordação
Um bracelete de ouro de Mercedes
O que corta, ainda mais, o meu coração.
Escrita em 17 de Maio de 2000, SP.
Menina moça feita de ouro, dos olhos cristalizados com diamantes, acetinada do jeito que dá gosto de olhar, pele de pêssego, sorriso lustroso, caminha cantando e dança sonhando. Quão bela és, olha de um jeito desejoso, sorri um pouco mais e se joga na relva como quem não tem problemas, se joga e se envolve com a natureza, embevecida com toda a delicadeza do mundo dada a si, presentinho guardado no fundo do coração, em uma caixinha dourada e fitas rosadas. Com todo o amor do mundo rega as rosas que plantou, beija-as com o doce amor, mas essa rosinha linda dos olhos verdes é toda sentimental, chora pelo teu amor, se não vier a tarde passa à noitinha chorando, rosinha pequena, não chores, cuidarei de ti. Se você não tiver todo amor do mundo, toda a doçura e as palavras certas para aconselhar não poderá ter uma pequena florzinha, mas a rosa da moça mora dentro do coração que necessita de cuidado todos os dias, um afago depois do café da manhã, um chamego no fim da tarde e um beijo na testa antes de dormir, sorria pra disfarçar o amor que carecia. Desenhou a carícia doce feita debaixo dos azulejos e atrás das cortinas, navegou pelos mares da ternura e chegou ao céu, pegou a caneta e tatuou com o mel nas nuvens, na maresia marcou com fôlego o que a ânsia de querer e de ter, escondeu os ombros marcados com o beijo, guardou o pano por amor a quem te via como era por dentro, pela face simplesmente embelezada, feita de maquiagem natural, tua beleza interior que nascia e renascia todos os dias, corava a face de um jeito vergonhoso, soltava um riso engraçado e bobo e já enrubescia , usava vestidos dos anos 50 e tiaras coloridos, que encanto de menina, bela de qualquer maneira. Enfeitava-se por amor a tudo, que dava a ela asas angelicais, flutua pela epiderme, tateia o que vê, junta, cola e não desgruda.
Menina moça feita de complicações. Era tão igual ao resto do mundo , afinal todos os seres possuem suas imperfeições. Mas sabia tratar delas com uma perfeita contradição e isso tornará a garota imperfeita especial. Loucura abrandava em sua mente, mas era doce. Se confundia gradualmente. Tinha fases como a lua. Ora chorava de tristeza, ora sorria de alegria. Um dia, sabia bem, encontraria outra contradição, como ela, para completar seu modo estranho de viver.
Insana
Vi de perto aquela moça,
Tão insana, tão inquieta,
Com medo do presente,
Inserta do futuro,
Questionando onde estava,
Ela queria ver o mar,
Sonhava com quem já havia amado,
Ela passou tão de perto,
E nos meus olhos me falou,
Daquela angustia, daquele medo,
Nos meus ouvidos me olhou,
Um olhar perdido e estranho,
Ela tocava os objetos,
Com dúvida se ali de verdade estavam,
Implorou pra na minha vida adentrar,
Com carinho a recebi,
Em minha casa deixei entrar,
No meu trabalho interferiu.
Minha vida se alterou.
Depois que a conheci,
Vi o mundo diferente,
Vi amor, senti a dor,
Senti o céu, toquei no inferno,
Andei no paraíso
E no meio das incertezas,
Precisou ir se embora,
Deixou me forte, calmo e sereno,
Fez me entender melhor a dor,
Alheia e a própria.
Ela saiu a caminhar,
E pode a qualquer um encontrar,
Se alguém a ver,
Não corra, a sinta!
Só assim irá embora.
O nome dela?
Loucura.
Ela é bela, ela é feia.
Depende de como vê La caminhar.
Acorde um pouco, moça. E perceba o que a vida quer de ti. Abra seus olhos e sonhe. Não apenas os abra como se não fossem nada. Tu tens o mundo dentro de si. Só vai de ti saber vê-lo da maneira que sempre quis. Não te importe com o que não pode sentir. Sinta o que tu sempre quis. Sonhe com o que tu sempre quis viver. Acredite apenas naquilo que a vida lhe ensinou a amar.
Janela
A moça precisa de ajuda pra fechar a janela com suas cortinas brancas, ela não tem mais força pra levantar o vidro nos seus setenta e poucos. E eu nos meus dezoito, não tenho janelas. No fim ela se tranca e eu continuo achando triste que lá não tenha ninguém pra dizer: " Hey, eu ajudo você." Mas se fosse assim, eu teria pena de mim também, não tem alguém aqui pra me pedir ajuda. A vida solitária na cidade grande, com suas sinaleiras confusas, luzinhas coloridas, e moças pra lá de sessenta com seus guardanapos em cima das mesas. E esse texto é só pra dizer, que eu não quero chegar aos oitenta, fechando janelas sozinha.
O Sr. Medo conheceu uma moça chamada Preguiça, casaram-se e tiveram um filho chamado Fracasso e foram infelizes para sempre...
Tem piedade, moça, tem compaixão deste pobre coração que por ti se põe a viver na amargura desta solidão, ó, mor formosa senhora mia, este coração já foi teu, foi o lar do mais nobre amor, mas agora ele se cansou, ele cansou de tanta dor, no mais tardar já é hora de se recompor. Em meio a tantos devaneios, surgira até uma viola para substituir a ausência da formosa, a ausência da sua senhora, mas esta lhe cansou, a viola também traz dor, ele, de modo egoísta, quer tudo no seu ritmo, com o seu toque, mas nem a viola lhe obedece, e isso não lhe apetece, e diante de toda fatiga, ele apenas passa a vagar, sem eira nem beira, outrora, acende uns cigarros, mas lhe dão pigarros, ele desiste e por fim se põe a esperar a morte lhe encontrar, ou será ele que iria ao encontro da morte?
ESTÁS APAIXONADO?leve a moça(o) para casa, coma um saco de sal com ela(e), veja-a(o) acordar-se todos os dias ao seu lado, disponha sexualmente dela(e) todas as noites e quantas vezes desejar, exponha-se a ela(e) como mãe e dona de casa, assista ao cansaço dela(e) nos afazeres do cotidiano, e, então, somente depois disso tudo, me diga se a “paixão” continua “intacta”.
DE INSALUBRE A PLENO
Um filme insosso,
Minha vida dias atrás.
Fui velha, embora ainda moça,
Fiquei triste e incapaz.
A solidão costumeira
Deixou minha vida sem sal,
Tornou-me sua companheira,
E fez minha dor abissal.
O amor próprio bateu-me nos ombros,
Sacudiu-me e acordei para vida
Destruí recordações, limpei escombros,
Soergui-me e me sinto viva, embora sofrida!
A força da mente mudou-me
E fez bela minha vida.
Esse dom especial, e eu,
Ser carnal animado por ela,
Mereço outro filme, com um grande final.
"Descobri que a madrugada está para mim assim como a bela moça esteve para Vinícius".
Mais em lavinialins.blogspot.com
CANDIDATA PRA CASÁ
(Tânia Mara Camargo)
Vóis suncê casa com eu?
Tenho dote de moça prendada,
Sei lavá, cozinhá, bordá,
Só num aprendi amá.
Debuio o mio, faço pamonha,
Curá e o cê precisa prová o
Meu mingá.
Sô assiada, limpinha mesmo,
As veiz cato carrapato pelas
Pernas, mais sô virge.
Sô muié da roça, pego na inxada,
Sei capiná, só num sei pegá lá.
Óia to precisando di marido,
To ficando veia,
A vizinhãça ta dizendu que vô
Ficá pra tia.
Casa com eu vá!
Cê vai sê o homem mai feliz da
Redondeza, osotro vão tê inveja.
Num precisa nem botá cabresto,
Sô potranca dereita,
Num sô dessas oferecida que usa
Saia no pescoço.
Óia moço, responde logo,
To loca pra casá
E já tenho Enxová.
(meu presente para o Poeta Caipirinha)
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Tânia Mara Camargo. 1997 – Livro – Vôo de Abiã Participação em Antologias Editora Scortecci 1997 – Volumes IV e V 1998 – Volume VI Antologias para Bienal 1998 – 15ª.Bienal do Livro/SP 2006 – 19ª.Bienal do Livro/SP 2006 – 2.Prêmio Ebrahim Ramadan Poesias Brasileiras
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