Minha Mãe
Oyá.
Minha mãe.
Minha deusa soberana.
Meu manto sagrado.
Meu porto seguro e aconchego.
Faz de mim uma grande guerreira
Que eu tenha coragem para enfrentar as grandes batalhas da vida, sejam elas externas ou internas.
Que eu seja tão valente quantos seus búfalos! E que eu não tenha medo de desbravar esse mundão afora em busca das realizações de meus sonhos.
Que eu seja justa e intensa como o fogo! Aqueça quem precisa e queime quem merece.
Que acima de tudo, diga sempre a verdade ainda, que doa!
Mas que eu saiba ser amorosa para acolher os que sofre!
Sou forte como ventania, e não me curvo diante os meus inimigos. Sou implacável feito fogo e não paro até sair vitoriosa.
Minha mãe Oxum
Não peço que tire minhas dores, mas que esteja sempre ao meu lado, me ajudando a cumprir minhas missões e karmas. Gratidão por tudo que realizaste em vida
O amigo do meu irmão veio chamar
ele para e minha mãe falou que ele
não porque não tinha lavado o banheiro,
agora tá ele e o amigo dele lavando
o banheiro aqui de casa para ele
poder ir para a rua
amizade verdadeira é isso
Quando minha Mãe foi embora, restou somente lembrança. Se me tirarem a lembrança, não sobrará nada de mim!
POESIA PARA A MINHA MÃE
Ela, Maria
Cheia de sonhos
Com tantos planos
E muita oração.
Ela, Eunice
Admirável
Tão memorável
E bom coração.
Ela, esposa
A companheira
Tão verdadeira
Pura emoção.
Ela, mãe
Tão firme a voz
Deixou em nós
Força, união.
Ela, professora
Tão dedicada
Determinada
Inspiração.
Ela, “Minha Amada”
Com singeleza
Trouxe leveza
Da simplicidade
Só resta a saudade
Amor, gratidão.
Em 30/06/22.
Minha mãe faleceu em 29/10/21.
Quando nasci tive meu cordão umbilical separado da minha mãe e nesse momento eu sentir que doeu, e sabe porque doeu? Porque nesse momento acabava de acontecer a primeira separação do grande amor da minha vida, mais não iria se comparar á algumas decepções que aconteceria na minha! E numa dessas decepções percebi que não preciso de mais ninguém além de mim é Deus, pra seguir meu caminho e percorrer meu trajeto. Afinal cada um de nós precisamos montar nosso quebra cabeça no final do percurso
Quando eu era criança
A minha mãe me batia e falava:
"Engole teu choro se não vc vai apanhar mais"🤣🤣🤣🤣🤣
Minha mãe é a mulher da minha vida, na verdade é a mulher que me deu a VIDA, a mulher que deu a vida dela pela minha vida.
Me lembro daquele colar azul celeste preso nove vezes nas preces de minha mãe, ela não admirava, mas o nome que eu clamava dizia: - Pula aqui em baixo, eu tiro um sarro. Quem queria o pulo não merecia beijo, mas quem ficava em baixo merecia amparo, não merecia descaso. Eu simplesmente não enxergava, mas minha prioridade por mim não lutava, não guardava vaga, mas para artista da globo tinha vaga, aceitava estada.
Entenda, o único amor que já mais posso perder é o amor da minha mãe!
Os demais, que sejam passageiros, avera umas paradas. Mas jamais me tiraram da minha rota.
Visitei a cidade que minha mãe foi criada e agora indo rumo a cidade que meu pai nasceu. Estou me perguntando como eles conseguiram se encontrar de lugares tão distantes ?! A vida é magnífica e surpreendente!
A minha mãe sempre diz que a gente se acostuma com tudo nessa vida e ela tem toda razão. Quando a ausência vira um hábito, a gente também se habitua a não fazer mais questão da companhia de quem não está nem aí pra nossa.
Apresento me a ti.
Desde o ventre da minha mãe.
Como já estivesse inserido na dor.
Como Jabes talvez, como um parto assolador.
O inimigo aplacou, persegue me como condenado.
Décadas de feridas vivas, tenho chorado.
São prantos doloridos, pelas chagas do pecado.
Como peça de uma maldição, esse sentimento.
O acusador, a opressão tomou a colocar me sofrimento.
Ceifou minha vida, como gafanhoto torturador.
Devorando e matando todo sonho estabelecido.
Tem me acusado, perversamente ferindo.
Bem sei eu, que sozinho e impotente.
Quão frágil, incapaz combatente.
Jogado na fornalha, na cova.
Quanto eu tenho me arrependido, mesmo por inocência.
Ser corpo usado, pelo esgoto da indecência.
Estou a clamar, a suplicar, do agora, uma direção nova.
Pelo meu sangue, meu fôlego, do meu coração faça prova.
Meu redentor vivo, que vive, tenho essa convicção.
Querendo operar.
Agora neste lugar.
Abre se as portas que ninguém põe a mão.
Também tranca a maldade, toda obra de maldade.
Em qualquer idade, nasce um novo coração.
Giovane Silva Santos.
11/09/2022 20:43hs
Os lírios de minha mãe:
Quando novembro se aproxima.
Eles florescem.
Trazendo a paz.
A esperança.
É o jeito dela me mostrar.
Num carinho .
Que está sempre por perto.
Cuidando.
Protegendo.
Com amor.
Ar que respiro, mesmo com dor permaneço em família. Meu porto seguro, minha mãe conselheira, minhas irmãs amorosas, não tenho o que reclamar.
Do Nascimento à Vida do Poeta -
Numa tarde quente de Abril
minha mãe levada a parto
sofreu venturas mil
ao parir-me nesse quarto.
Nasci em dia sem razão
dum porquê que me transcende
a Vida comeu-me o coração
como um verso que nos prende.
E assim no quarto escuro
da minha longa podridão
nasci velho prematuro
com mil facas na mão.
E na verdade que perdura
num presente que é ausência
meus olhos de loucura
eram filhos da demência.
E sentia um vazio
que não podia compensar
minha mãe que me traiu
deu-me à vida p'ra penar.
Havia em torno Primavera
mas em mim era Inverno
ter morrido, quem me dera,
estava longe deste Inferno!
E o Pai que nunca tive
foi carrasco do Poeta,
mas quem sofre e sobrevive,
se não morre, recupera ...
A esperança estava a meio
entre os dois que era eu
e a metade de estar cheio
foi a dor que não doeu!
É o amor exactidão
p'ró destino indisponivel
mas quem sabe se a razão
não liberta o impossivel!
E p'ró mistério de chegar
fui matando a paciência,
fui levado a deixar
tão cedo a inocência ...
Fui velho ao nascer
num sangrar até doer,
velho sou e hei-de ser
sempre velho até morrer!
A Culpa do Poeta -
Minha mãe eu sou poeta
num mundo sem sentido
a lágrima d'um Touro, (asceta)
que da manada está perdido ...
Não estou vivo nem estou morto!
Minha mãe que culpa tens?...
Não tens culpa deste aborto!
Diz-me ó morte quando vens!!...
Minha mãe de quem a culpa
se não é minha nem é tua?!
Quem me deu a triste luta
que m'enlouquece pela rua?!
Sou o grito d'um vulcão
que quer a terra prometida,
que mentira d'alcatrão
numa estrada à deriva!
Sou culpa e condenado,
assassino sem ter morto,
sou um preso não julgado
nas cadeias deste corpo.
E que culpa terei eu
de estar vivo num caixão?!
O destino quem mo deu
foi alguém sem coração ...
E que culpa tem a vida
deste gosto amargo e doce
que uma gente desconhecida
ao meu corpo sempre trouxe?!
Vou pegar o meu destino
como um touro em plena Praça!
Mas a Glória do bovino
é ser morto por ter raça!
Fecho os olhos, lembro a vida,
ai esquece-la quem me dera,
minha ânsia consumida
é só culpa do Poeta!
