Mensagens Noturnas
É a noite ao clarejar dos céus
Que é possivel enxergar,
As estrelhas aconselhando
Cada simpatizante delas.
O SILÊNCIO DA NOITE
A noite chega de mansinho
Pela janela entra um vento em laço
O silêncio é triste, um descaminho
O coração pulsa em descompasso
Os pensamentos fluem em polvorosa
Nenhum norte a ser seguido
A estrada é curvilínea e perigosa
O destino é incerto e traiçoeiro
Mas nada impede que a esperança
Renasça a cada aurora
Como no movimento de uma dança
Que não me sai da memória
Amar, admirar e cultivar
Alguns dizem que escrever com o coraçao
É a mais bela forma de se expressar
Pensamos e deixamos nos esvaziar
Com um papel e caneta em qualquer lugar
Palavras com ou sem sentido para mim profundo
Perco horas, noites em claro me esvaziando
"E existe beleza no sofrimento?
Eu me pergunto a cada verso que escrevo.
Se existe beleza na solidão, então não há nada mais belo que, o todo que eu vejo.
Se existe, então só vejo beleza, quando me olho no espelho.
Solidão e sofrimento é tudo que eu vejo.
Sofro com o vento, pois, ele me traz seu cheiro.
O cheiro da pele e o macio negro dos seus cabelos.
O casal do desespero.
Solidão e desejo.
Fecho meus olhos e é só você que eu vejo.
A noite cai e com a penumbra, vem meu desalento.
No escuro do meu quarto me vem o questionamento.
Existe beleza no sofrimento?"
— A alma existe entre o cantar de galo e o som do nevoeiro em dias de pura noite por isso dormes numa cama e sonhas procurando tudo e o tudo que encontras é o nada !
Sua presença faz a noite ser aveluda e o dia valer a pena. As estrelas espreitam o seu brilho e procuram imitar a sua luz. E é ouvindo o som da sua voz que o meu sono descansa na paz.
E que a noite seja o esconderijo dos amantes. Aquele lugar dos encontros marcados, repletos de encantos à luz do luar. Apressa-te, o amor te quer saudar!
Não considere que apenas as rosas desabrocham. Pois o dia é como uma semente que desabrochou quando a noite o regava.
«...descobre que a noite mostra o homem: os apelos, as luzes, as inquietações. Uma simples estrela na escuridão: uma casa isolada. Uma luz apaga-se: é uma casa que se fecha sobre o seu amor.»
Jardim
Esse jardim de lindas flores
De pétalas tão perfumadas
Algumas de estadia tão efêmera
É um vazio que a saudade não preenche
Toca com a lembrança o passado
Das pedras, dos dias difíceis aos especiais
Tentar aceitar só faz o céu chover mais
Dói o espinho que no fim da vida habita
Cai a noite, canta-se os dias, nunca é hoje
Dá medo, sinto raiva, quero chorar
Nunca entenderei o porquê de tanta dor
Esse Jardim de memórias e lágrimas
De aroma brando e flores amarelas
Abafa o vazio que a saudade não preenche
Alexander Bezerra
Até mesmo o pequeno mosquito que caminha sobre a luz da lâmpada dispõe de seus súbitos porém valorosos sons,
a própria lua que ergue-se apenas ao cair da noite sobre o lençol de estrelas ainda assim prova-se um ser magnificamente especial.
Até mesmo a lua que ergue-se apenas ao cair da noite sobre o lençol de estrelas prova-se um ser magnificamente especial.
Sou noturno. As influências externas do dia me distanciam do meu eu. Sigo o fluxo, sou só mais um. Na calma da noite eu me acho, a noite é só minha e eu sou dela. Nela eu exprimo o meu eu na essência. Na noite eu me diferencio!
Desertos que me habitam
Os desertos que me habitam
diferem-se no grau, no grão molecular.
Desertos que habitam em alguns são verdejantes,
suas folhagens vicejantes tapam o céu, esconde o sol.
Nem todo deserto é areia
contendo pedras, pó e poeira
ou caniço a balançar.
Nem todo deserto é só areia
pois há também as cordilheiras
com suas rochas e geleiras
onde a voz se faz ouvir.
Desertos que me habitam, para alguns são navegáveis
profundeza mensurável ou um oceano sem fim.
Nos habitam, comumente, desertos urbanos
cheios de gente,
rotineiro e solitário
mas inóspito igualmente.
E há desertos que são noites,
matéria escura, sem repouso
verdadeiros calabouços
pra quem teme adormecer.
Os desertos que me habitam
nos habitam a todos nós
enquanto sopra
paira a brisa
que anima a travessia.
Meu ermo sagrado II
No silêncio de uma capela
quando ainda estende a noite a treva profunda
o espírito me diz:
“ele está em todo ser”.
E saio a procurá-lo nas matas,
escondo-me inteiro.
Caminho em veredas e trilheiros
e tu nada me diz,
todo ser aquieta,
ouço gotejar nas pedras águas mansas.
As horas passam, eu me apercebo em silêncio.
O silêncio me extasia naquela paz.
Breviário
Meu Deus,
que o desassossego da minha carne não me deixe passar despercebido a sensibilidade de uma aurora.
Que os meus olhos cansados das noites insones encontre um olhar que me acalente, daqueles que sem dizer nada, devolve-me a paz de uma manhã tranquila.
Que meus lábios, ressequidos, possam alimentar-se de sonhos e utopias, e alimentar de beijos outras bocas com fome.
E meu coração, Deus, deixa ocultado. Mas vem de mansinho ocupá-lo como num leito macio,
tem o cheirinho entranhado dos meus medos.
Na noite tardia, reclina tua face em meu peito, sussurra sopros de vida e me faz adormecer.
Não deveríamos ter medo da noite, da insônia e, muito menos, da solidão. O medo, nesta existência, deveria acontecer apenas quando não temos tempo para refletir.
Precisamos aprender a atravessar a noite escura da alma deixando as lágrimas caírem livremente, lavando a alma da escuridão que habita em nós.
"...vida e morte, oculto movimento de plantas, o equinócio do amor, que torna a noite igual ao dia, a confiança, a luta, a respiração dos homens"
Porque é assim, sentado sozinho na costura entre dia e noite: os sonhos ainda são mais fortes do que arrependimentos, o desejo supera a inibição, até que o sol nasça para nos envergonhar e levar nossos desejos de volta às tocas.
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