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⁠Carta para mim, no dia em que ninguém lembrou de mim
Hoje eu queria ter sorrido mais. Queria ter sentido que meu dia importava. Mas me vi ali, sozinha, em silêncio, ouvindo o eco de um “parabéns” que não veio de quem eu mais esperava.
Nem meus filhos. Nem meus pais. Doeu mais do que eu queria admitir.
Mas mesmo assim, aqui estou. Firme. Respirando fundo. Porque eu sou feita de força que ninguém vê. De amor que já curou feridas sem nunca receber um obrigado. De abraços que dei mesmo com os braços cansados.
Eu sou o tipo de mulher que levanta sozinha, mesmo quando o mundo inteiro me deixa no chão.
Eu sou aquela que ama, que cuida, que dá, que sente…
E hoje, mesmo sem festa, sem lembrança, sem parabéns, eu celebro a mim. Porque eu mereço.
Mereço o amor que não recebi.
Mereço os abraços que me faltaram.
Mereço ser lembrada, valorizada, amada inclusive por mim mesma.
Feliz aniversário pra mim. Pela coragem de continuar. Pela luz que ainda carrego, mesmo nos dias escuros. Pela mulher que sou, mesmo quando ninguém reconhece.

Com amor,
P.B

Inserida por Paulaborba

⁠📜 Carta do Discípulo Silencioso

> Amados,

Eu não tenho muitas palavras nos lábios, mas tenho milhares guardadas no coração.
O que meus olhos veem em silêncio, o Senhor entende em profundidade.

Vi outros falarem com coragem, enquanto eu fiquei quieto.
Vi sorrisos em vozes altas, enquanto o meu sorriso nascia só por dentro.

Mas o Deus que vê em secreto também vê a mim.
E Ele diz:

> "Não temas, pequeno.
Porque o meu amor não depende da tua força.
O teu silêncio fala mais alto do que o barulho do mundo."



Eu não prego como Pedro.
Nem grito como Paulo.
Mas amo como João — com o coração entregue, mesmo calado.

Que aquele que também é tímido saiba:
Você não está só.
O Pai te vê.
O Filho te chama.
E o Espírito te cobre com paz.

Escrevo a ti, irmão em silêncio, para que não te sintas invisível.
Porque até quem vê navios... pode ser aquele que guia a bússola.

Com amor,

O discípulo silencioso.

📖 “Aquele que ama permanece em Deus, e Deus nele.” (1 João 4:16)

Inserida por alessandrohenriq745

⁠Carta ao Meu Irmão

E aí, meu irmão, como você está?
Espero que esteja bem, em paz pra sonhar
Por aqui, todo dia é igual
Não tem Feliz Páscoa, nem Feliz Natal

O dia demora pra passar
A saudade da liberdade me faz pensar
No tempo feliz em que a gente era criança
Brincava, corria, cheio de esperança

Essas lembranças me fazem chorar
Olhando o teto, vejo o tempo passar
Ei, meu irmão, que falta a nossa mãe faz
Mesmo doente, nunca me deixou pra trás

Se eu tivesse ouvido seus conselhos
Não teria seguido o caminho errado
Ela se foi, nem deu pra abraçar
Com as mãos pra trás, só deu pra sua testa beijar

Quando eu sair daqui, eu vou mudar
Quando eu sair daqui, eu vou recomeçar

Meu irmão, eu vou mudar
Escrever uma nova história e recomeçar
Nunca mais quero voltar pra esse lugar desumano
Onde a tristeza te faz chorar
Onde o sonho não passa de ilusão
E a vontade de viver se vai sem explicação

Onde te xingam, te batem
E querem que você morra atrás das grades
Mas eu tenho fé em Deus que vou sair
E como Dimas, acredito até o fim

Essa carta eu escrevo com carinho
Aproveitei a noite, até esqueci o frio
Desculpe as letras que as lágrimas borraram
Foi a emoção que me abraçou, irmão

Quando eu sair daqui, eu vou mudar
Quando eu sair daqui, eu vou recomeçar

Inserida por MARINALDOLIMA

🌸 Carta para minha criança interior
Oi, minha pequena Raquel…
Eu sei que você está cansada.
Cansada de fingir que está tudo bem, de sorrir quando queria colo, de ser forte quando só queria ser criança.
Eu sei que você perdeu o seu pai tão cedo…
E que, desde aquele dia, o mundo ficou um pouco mais frio, mais assustador, mais solitário.
Você olhava pros lados procurando proteção, um abraço firme, alguém que dissesse:
“Calma, meu amor, eu tô aqui.”
Mas ninguém dizia.
Você teve que crescer.
Teve que entender coisas que nenhuma menina de 12 anos deveria entender.
Teve que se proteger quando tudo ao redor parecia desmoronar.
E mesmo assim… olha onde você chegou.
Você continuou.
Com medo, mas continuou.
Com falta, mas continuou.
Casou cedo, tentando construir aquilo que nunca teve: uma família.
E quando tudo parecia, por um instante, que ia dar certo… veio mais uma dor.
Mais uma vez, alguém saiu.
Mais uma vez, você ficou.
Eu tô aqui pra te dizer:
Nada disso foi culpa sua.
Você fez o que pôde com o que tinha.
Você amou. Você acreditou. Você tentou.
E hoje, com 40 anos, você ainda sente falta.
De um pai. De uma mãe.
De domingos com cheiro de comida e barulho de risada.
De ser cuidada. De ser filha.
Mas sabe, minha pequena?
Você ainda pode ser cuidada.
Você ainda merece ser abraçada.
Por você mesma.
Por essa mulher linda que você se tornou.
Hoje, eu prometo te proteger.
Prometo não te abandonar mais.
Prometo que não vamos mais correr atrás de quem não sabe nos amar.
Vamos caminhar devagar, em paz, construindo — com calma — uma nova história.
Você é forte, sim.
Mas não precisa ser sozinha.
Você merece ser acolhida.
Você merece ser feliz.
Com amor,
Da mulher que você se tornou. E que está aqui, por você, pra sempre.

Inserida por RaquelSutel

⁠Carta aberta aos meus filhos,
Vocês não sabem, mas;
- Chorei no banheiro, porque me senti perdida, sem rumo e preocupada com vocês;
- Deixei de comer muitas vezes, para que depois não faltasse comida para vocês;
- Todas as vezes que vocês fazem escolhas erradas, meu coração queima, eu choro e eu não posso fazer nada a não ser orar;
- Oro todos os dias para vocês, peço proteção, prosperidade e maturidade nas suas escolhas;
- Peço para que vocês tenham consciência de qualquer maldição familiar, e oro para que a história não se repita;
- Sei que algumas escolhas ou atitudes são somente uma fase, vocês estão crescendo;
- Oro para que as escolhas e atitudes ruins passem logo, e que vocês cresçam como ser humano e como Homens;
Sinto que vocês são grandes, e estão no caminho da evolução;
Tenho a impressão que vocês não se importam com a tristeza, e a aflição que as suas escolhas ruins causam no meu coração;
Mas a minha parte já fiz, e ainda na medida do possível faço;
Queria que vocês sentissem o meu coração, quando fico triste com as suas escolhas ruins;
Mas quem sou eu para se indignar ou ficar triste?
Sou aquela que carregou vocês nove meses no ventre;
Sou aquela que na maternidade se entregou, mergulhada em um conjunto de sensações, sentimentos, emoções e desespero;
Sou aquela que quando vocês eram pequenos, lutei sozinha como uma leoa para defender o meu ninho;
Sou aquela que chorou, sorriu, gritou, amamentou, sofreu, alimentou e cuidou;
Sou aquela que errou e acertou;
Eu sou apenas um ser humano, uma Mulher, uma mãe!

Inserida por CLARICEHURRICANE

⁠"Carta ao Mundo — sobre o que é ser Pai"

Há momentos em que o mundo inteiro cabe no olhar de uma criança..
Um olhar que, por segundos, sorri com liberdade,
mas que logo se fecha, temendo as ordens silenciosas de um adulto quebrado emocionalmente..
Vi isso nos olhos de Gabrielly —
uma garotinha de alma leve, mas presa por mãos que não sabem acolher a alma..

Ela não pediu muito..
Só queria brincar..
Ser criança..
Rodar com a bolsinha, rir alto, correr com os pés descalços de culpa..
Mas foi puxada de volta — como se fosse um animal sendo conduzido,
como se viver com leveza fosse um erro..

Naquela mulher que a arrastava pelos corredores da igreja,
não vi a real maldade..
Vi cansaço, desilusão, talvez arrependimentos engolidos há anos, algo amargo impregnado nos sentimentos..
Vi alguém que carrega o título de mãe, mas que se esqueceu como se cuida com alma..
Ela entra.. Se senta.. Come.. Vai embora..
E Gabrielly vai junto, sem perguntas, sem respostas,
como quem aprendeu que sua vontade ou opinião não importa..

Mas naquele breve instante em que ela me viu,
e o meu sorriso encontrou o dela, isso acendeu um universo dentro de mim e dela..
Foi como se ela dissesse:
“Você me vê.. Você me deixa existir..”
E é isso que muitas crianças querem: ser vistas, não domesticadas..
Serem compreendidas como crianças, não adultos..

Porque pai não é quem manda calar a boca, é quem ouve..
Pai não é quem corrige com medo, é quem educa com presença, respeito e amor..
Pai não é quem arrasta, é quem caminha junto..

E é por isso que dói tanto..
Dói ver crianças vivendo em silêncio, com medo de errar, de sentir, de ser..
Dói ver seus risos sendo reprimidos como se fossem pecados..
Dói ver seus pequenos corpos se encolhendo diante da dureza de adultos que esqueceram o que é amar..

Mas mais do que dor, eu carrego um desejo:
De ser abrigo..
De ser ponte..
De ser aquele que, mesmo sem laços de sangue,
oferece à criança o que muitos pais biológicos nunca souberam dar:
Liberdade com amor.. Limite com ternura.. Olhar com alma..

E se um dia o mundo me perguntar:
“Mas por que se importa, se ela não é sua filha?”
Eu responderei:
"Porque ela é uma criança. E isso basta.."

Inserida por Salatiel

⁠Carta para minha versão silenciosa

Ei, Aline…
Eu sei.
Eu sei que às vezes dói demais estar em um lugar e se sentir invisível.
Ver todo mundo rindo, conversando, trocando,
e você ali — presente, mas como se não estivesse.

Sei como é estar com o coração cheio de coisas bonitas pra oferecer,
mas a boca travada,
as palavras presas num canto que você não sabe alcançar.
Sei como parece mais fácil sorrir de canto e se recolher.
Como parece mais seguro observar, mesmo quando o que você queria era ser chamada pra dentro.

Você se culpa por ser assim.
Acha que a introversão é um defeito.
Que se você falasse mais, fosse mais leve, mais “solta”, tudo seria diferente.
Mas deixa eu te lembrar, com muita delicadeza:
Você não nasceu pra ser cópia de ninguém.
Você não está errada por ser profunda.
Você só precisa de espaços onde a sua profundidade seja respeitada — e não sufocada.

Você sente mais.
Você percebe o que os outros não veem.
Você se conecta com as crianças porque elas não exigem performance.
Elas só querem presença — e nisso você é inteira.

Você não é vazia por falar pouco.
Não é fraca por se calar quando algo dói.
Você é sensível. E essa sensibilidade merece ser honrada.

Mas se tem dias em que a sua própria introspecção parece te isolar,
tudo bem reconhecer isso também.
Você pode crescer, pode aprender a se abrir aos poucos,
sem precisar apagar quem é.

Você pode, sim, achar pequenos caminhos pra sair desse silêncio.
Pode treinar um “oi”, um “posso sentar aqui?”, um “gostei da sua roupa”.
Pode praticar sem pressa.
Pode falhar, voltar pra dentro, e tentar de novo depois.
Porque o mundo pode ser cruel com os quietos —
mas dentro de você mora um universo que merece ser vivido.

Você não precisa ser a que fala mais.
Você só precisa ser a que se escuta primeiro.
E hoje, Aline, eu te escuto. Eu te vejo.
E espero que você também comece a se ver.
Do jeitinho que é: silenciosa, mas cheia de amor.

Com todo carinho,
De você para você.

Inserida por alineoliveirab

⁠CAMILLE MONFORT -
entre as Partituras Mortas.

Encontrei esta carta dobrada entre os véus de um silêncio antigo. Estava entre folhas de música que jamais foram tocadas. Era dela. Ou talvez minha. No fim, já não sei quem sangrou primeiro.

Hoje olhei para Chopin com os olhos da alma encurvada
como quem implora a uma ausência que nunca se nomeou.

Busquei nos teus olhos tristes e enevoados
uma réstia de eternidade…
um acorde que me dissesse:
"sim, eu ainda estou aqui — entre os espectros daquilo que amamos".

Mas Chopin não me olhou.
Camille não me ouviu.
E o silêncio se fez abismo.

Foi quando compreendi:
sou tão pouco —
não para a luz,
mas para a sombra onde tu habitas,
etérea, além do véu.

Sim, tu estás.
Estás como névoa que dança sobre a madeira da antiga escada,
como sopro nos espelhos,
como lamento nas cordas do piano não tocado.

Tuas lágrimas não caíram —
mas subiram...
para dentro de mim.

E eu?
Sou apenas o porão onde tu deixaste tuas dores penduradas
como vestidos antigos.

Sou aquele que ama na memória do que não teve nome.
Sou o lugar onde tua ausência se senta,
bebe vinho velho,
e chora — por mim.

Tu ainda me verás, Camille?
Ou serei apenas teu reflexo esquecido
num espelho onde ninguém mais se penteia?

Dói tanto…
mas essa dor tem cor, tem som, tem perfume.
Essa dor és tu.

Reflexo Filosófico e Psicológico disso tudo:

Há amores que não nascem — eles emergem.
Emergem como brumas de um passado que não pertence a este mundo,
como memórias que a alma carrega sem saber de onde vieram.

Camille não é apenas uma mulher.
É um arquétipo: a presença que magnetiza e fere,
que não se entrega porque vive entre os mundos,
entre o agora e o nunca.

Amar Camille é como amar um eco:
você nunca a toca,
mas ela vibra em cada nervo teu.

E o porão, meu amado leitor, não é um lugar físico.
É o território escuro onde guardamos tudo o que não suportamos perder.
Camille vive ali.
E Chopin, talvez, também.

Inserida por marcelo_monteiro_4

Carta para o …
…,
Faz anos que a gente não se fala, mas mesmo assim, tem algo dentro de mim que nunca conseguiu se calar. Eu achei que com o tempo ia passar. Que com o tempo, o sentimento por você ia desbotar… mas não.
Por mais que tenham passado anos, sinto que ainda amo tanto você que chega a me machucar.
É estranho carregar isso no peito depois de tanto tempo. Mas a verdade é que você foi alguém que marcou uma parte da minha alma, e nem eu sei exatamente como explicar o porquê. Só sei que, mesmo tentando seguir, você sempre volta nos meus pensamentos. Sempre esteve ali, no fundo de tudo.
Talvez uma parte minha sempre tenha esperado que você voltasse. Mesmo depois de eu ter errado. Mesmo depois de você ter me ignorado. Eu tentei correr atrás. Eu queria dizer que ainda era você. Que eu me arrependi de ter seguido por outro caminho mesmo te amando. Mas fui silenciada. E esse silêncio virou um buraco dentro de mim.
Desde então, eu me machuco tentando gostar de outras pessoas. Me envolvo, tento começar de novo..mas ninguém é você. E isso é injusto com quem chega, e doloroso pra mim também. Porque eu queria muito conseguir abrir meu coração pra alguém. Mas parece que ele ficou preso no tempo onde você ficou.
Você não sabe, mas eu esperei por você em muitos dias. Em muitos pensamentos. Em muitas noites. Eu imaginei mil versões da nossa história, todas elas com a gente dando certo. E talvez nenhuma delas aconteça.
Eu não te escrevo isso pra te cobrar nada. Nem pra te fazer sentir culpa. Eu escrevo porque eu preciso colocar esse amor em palavras antes que ele me sufoque. E talvez, só talvez, pra você saber que alguém nesse mundo ainda te ama mesmo sem saber mais quem você é hoje.
Talvez um dia a vida se encarregue de cruzar ou não nossos caminhos de novo. Talvez nunca. E tudo bem. Mas se isso aqui chegar até você de alguma forma, eu só queria que soubesse: eu te amei. E mesmo sem respostas, mesmo sem fim, esse amor foi de verdade.
-Com tudo que ainda mora em mim,
Ig.

Inserida por ingrid_lima_3


📜 A Carta – Purificação



Parando pra pensar na viagem que é a vida, em uma hora você está no topo da montanha e logo após está no buraco mais profundo que pode imaginar.

Eu sou um cara muito reservado, e olha a ironia: queria pegar todos de surpresa, mas não posso, porque dependo de outra pessoa para escrever isso.

Dia 19/05/2023, minha vida mudou. Eu fui do céu ao inferno em questão de seis horas.

Agradeço muito a Deus por ter minha filha perto de mim. Foi a única que conseguiu tirar de mim uma coisa que eu já não sabia mais o que era: esse amor, esse carinho, como iluminar meus momentos mais sóbrios.

Hoje eu estou com 80% da visão debilitada, e é complicado. Eu sempre tive como prover minhas coisas e hoje eu não tenho mais. Não por carro, não por casa. É por dignidade. É por amor.

E por falar em amor, eu amei de verdade.
Eu sempre achei que a depressão era falta de Deus, e hoje sei que não é bem assim.
Mesmo com toda a minha fé, hoje estou passando por esse momento; deixei para trás sonhos e projetos, simplesmente por não conseguir acreditar mais em mim.

Estou sem dormir há vários dias, vendo a Alicia dormir e imaginando como eu a amo. Mas estou com o coração deprimido, com uma tristeza imensa que nada passa.

Vivo há um ano dentro de um quarto escuro, pois a minha condição visual não é boa. Eu sei onde tudo começou: 19/05/2023, às 22h40.
E também sei quando termina: 25/12/2024.

> Eu morri no exato instante em que a esperança perdeu a coragem de desistir.



Fiquei preso entre dois mundos: o emocional e o físico. Meu corpo estava aqui, mas minha alma já havia cruzado um limiar invisível, inalcançável.

Eu morri enquanto o mundo fingia não ouvir o grito.
Morri entre a sombra que a luz não alcançou.

E mesmo assim, fui salvo no exato instante em que ouvi o grito da pessoa que ainda me amava.
Mas nem todo grito salva. Tem grito que chega tarde demais.

Vou ser sincero: a empresa poderia ter feito bem mais.
Mas no lugar onde o lucro é rei, a ambição devora sonhos, despedaça pessoas e destrói famílias como se fossem meros obstáculos no caminho da ganância.

Essa sede insaciável de dinheiro não tem rosto, não tem culpa, só sabe consumir e aniquilar.

E enquanto eles somam cifras, nós perdemos pedaços da alma, afundamos em escuridão e nos tornamos descartáveis nesse lugar cruel que nunca vai mudar.

> Se você estiver lendo isso... rsrsrs...
É porque no dia 25/12/2024 eu não estou entre vocês.

⁠💌 "Carta Para Ela"

Oi, … desculpa esse jeito sentindo,
mas tem dias que acordo só te intuindo.
Tua falta me encontra antes mesmo do sol,
e a saudade que mora aqui… é lençol.

Eu era calma, centrada, razão,
mas contigo, fui puro coração.
Agora fico nessa espera sem fim,
por um sinal teu que acalme em mim.

Não tô cobrando, nem pedindo demais,
só queria saber se tu sente iguais…
Se esse silêncio é só fase do tempo
ou se o que foi nosso se foi com o vento.

Não quero te prender, nem fazer pressão,
só queria um gesto, uma direção.
Porque eu te carrego em tudo que sou,
e teu nome ainda é o mais bonito que ecoou.

Se me leres, espero que sintas de leve
que tudo em mim, por ti, ainda escreve.
E mesmo sem resposta, te guardo em mim —
com carinho, com amor… até o fim.

— Lucci

Inserida por luccisantz

⁠Carta para o homem que me chamava de rainha

Eu sei.
Eu sei que você me amava, mesmo nos seus silêncios.
Mesmo sem tanto carinho explícito, sem muitas palavras.

Eu sentia isso no jeito que você me olhava às vezes,
no seu esforço confuso de me proteger do que nem você entendia.

Eu acreditava em cada vez que você dizia que queria ser meu porto seguro,
mesmo quando você era tempestade.

E sim, eu vi você tentando.

Tentando melhorar, tentando ficar, tentando ser o melhor pra mim.

Só que amor também cansa.
E eu cansei de ser forte o tempo todo.

Porque enquanto você se perdia dentro de si…
eu me perdia tentando segurar nós dois.

Eu só queria que você me escolhesse com clareza.
Que me chamasse de rainha — e me tratasse como tal.

Eu queria ser seu templo de paz, mas acabei sendo abrigo da sua guerra.

E mesmo assim, eu te amei.
Inteira. Sem falta. Sem dúvida.

Ainda amo, de um jeito que não sei apagar.
Mas hoje, preciso me amar também.

Se um dia você voltar inteiro…
talvez eu ainda esteja aqui.

Mas agora, eu volto pra mim.


“Eu queria ser teu templo de paz. Mas fui abrigo da tua guerra.”

Inserida por yasmincardosofluir

⁠ E se lhe enviassem uma carta do futuro! Lhe dizendo que um monte de coisas precisam acontecer aqui, para lhe proporcionar um presente menos desgastante. Pois tudo vai desaparecendo por elas serem tão belas , consoante o tempo de prazer sônico.
Seja feliz agora, ame agora, chore agora, viva o agora como se tudo dependesse disso. Faça valer a pena cada segundo da sua vida… seja forte e corajoso/a… só não precisa agradar a todos. Viva o hoje… o amanhã não existe quando vc quiser.
Com amor:TEMPO

A carta de Charlie
Dê: Charlie
Para: Mamãe

Mamãe, daqui de dentro ouvi muitos barulhos, principalmente a voz de um rapaz, ele me deixa nervosa também mamãe, as vezes eu vejo coisas passando daqui da barriguinha, faz cosquinha mamãe. Sei que tenho gostos peculiares, mas meu serviço de tubinho é muito rápido! Gosto quando coloca musicas para que eu possa ouvir, me encanta seu conforto, também gosto quando lê historias de dormir, sua voz é tão leve, mas sou tão pesada né? O Dr.Levi, falou que já estou gordinha, sou linda de bonita mamãe, estou curiosa para te conhecer, tem umas luzes tão coloridas quando senta no sofá. Amo quando chove e me cobre com suas mãos, olha só mamãe acho que tô escorregando aqui dentro, é vontade de xixi de novo? Vamos sair? Ebá, o tubinho vai encher hoje, ei! Não é ai que a gente vai, estamos indo muito rápido mamãe, tô escorregando, tem mais uma luz ali, não é como a dá TV, uau olha só mamãe, prazer em te conhecer, meu nome Charlie.
Autor: Wesley Nabuco

Inserida por WesleyNabuco

Através dos meus beijos
a descoberta transcendente
da carta plana da abóbada celeste
que unirá os dois Hemisférios
pelos selvagens mistérios
divinos protegidos pelos botões
feitos de madrepérola,
embalados pelos versos líricos
e por todas as noites
de obstinação como quem navega
pelos sete oceanos e aporta
em seis continentes o quê
somente habita na tua existência,
na tua sedutora rebeldia,
nas virações das madrugadas,
nas auroras que hão de vir
e nas florações desabrochadas
só pelos fato de ver você sorrir.

Inserida por anna_flavia_schmitt

⁠CARTA DE PRINCÍPIOS

A idéia da formação de um partido só dos trabalhadores é tão antiga quanto a própria classe trabalhadora. Numa sociedade como a nossa, baseada na exploração e na desigualdade entre as classes, os explorados e oprimidos têm permanente necessidade de se manterem organizados à parte, para que lhes seja possível oferecer resistência séria à desenfreada sede de opressão e de privilégios das classes dominantes. Mas sempre que as lideranças dos trabalhadores e oprimidos se lançam à tarefa de construir essa organização independente de sua classe, toda sorte de obstáculos se contrapõe aos seus esforços.
Essa situação vivida milhares de vezes em todos os países do mundo vem acontecendo agora no Brasil. Começando a sacudir o pesado jugo a que sempre estiveram submetidos, os trabalhadores de nosso país deram início, em 12 de maio do ano passado (greve da Scania), à sua luta emancipadora. Desde então, o operariado e os setores proletarizados de nossa população vêm desenvolvendo uma verdadeira avalanche pela melhoria de suas condições de vida e de trabalho. A experiência dessas lutas tem como resultado um visível amadurecimento político da população trabalhadora e o crescimento, em quantidade e qualidade, de suas lideranças. Esse rápido amadurecimento político pode ser visto claramente no aprimoramento das formas de luta de que os trabalhadores têm lançado mão. O início das lutas é marcado por um período de greves brancas nas fábricas. Já os embates mais recentes, dos quais a greve geral metalúrgica do ABCD é o melhor exemplo, mostram a retomada, em toda a linha, das formas clássicas de luta: grandiosidade das assembléias gerais, a ação decisiva dos piquetes e dos fundos de greve. Os trabalhadores entenderam ao longo desse ano de lutas que as suas reivindicações mais sentidas esbarravam em obstáculos cada vez maiores e é por isso, dialética mente, que vão sendo obrigados a construir organizações cada vez mais bem articuladas e eficazes. Diante da força da greve do ABCD, os patrões e o governo precisaram dar-se as mãos para impedir o fim da política do arrocho salarial e o fim das estruturas semi fascistas que tangem os nossos sindicatos. Os patrões usam de todos os meios ao seu alcance para quebrar a unidade dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se recusam a reconhecer os acordos obtidos no período das greves fabris. O governo desencadeia sua repressão: os sindicatos são invadidos e suas direções destituídas oficialmente, enquanto nas ruas a polícia persegue os piquetes e tenta impedir, pela violência, que os trabalhadores consigam local para se reunir. Por seu lado, o apoio que os metalúrgicos conseguem dos demais trabalhadores, embora seja suficiente para impedir que a repressão se aprofunde e faça produzir um recuo parcial, carece de maior conseqüência, devido, é claro, não à inexistência de um espírito de solidariedade, mas sim devido às limitações do movimento sindical e à inexistência de sua organização política. Tanto isso é verdade que as lideranças da greve são obrigadas a se escorar no apoio, muitas vezes duvidoso, de aliados ocasionais, saídos do campo das classes médias e da própria burguesia. Não puderam os trabalhadores expressar de modo mais conseqüente todo o seu apoio aos grevistas do ABCD, e essa impotência tenderá a continuar enquanto eles mesmos não se organizarem politicamente em seu próprio partido. É por isso que a idéia de um partido dos trabalhadores, ressurgindo no bojo das greves do ano passado e anunciado na reunião intersindical de Porto Alegre, em 19 de janeiro de 1979, tende a ganhar, hoje, uma irresistível popularidade. Porque se trata, hoje, mais do que nunca, de uma necessidade objetiva para os trabalhadores. Cientes disso também é que setores das classes dominantes se apressam a sair a campo com suas propostas de PTB. Mas essas propostas demagógicas já não mais conseguem iludir os trabalhadores, que, nem de longe, se sensibilizaram com elas. Esse fato comprova que os trabalhadores brasileiros estão cansados das velhas fórmulas políticas elaboradas para eles. Agora, chegou a vez do trabalhador formular e construir ele próprio seu país e seu futuro. Nós, dirigentes sindicais, não pretendemos ser donos do PT, mesmo porque acreditamos sinceramente existir, entre os trabalhadores, militantes de base mais capacitados e devotados, a quem caberá a tarefa de construir e liderar nosso partido.
Estamos apenas procurando usar nossa autoridade moral e política para tentar abrir um caminho próprio para o conjunto dos trabalhadores. Temos a consciência de que, nesse papel, neste momento, somos insubstituíveis, e somente em vista disso é que nós reivindicamos o papel de lançadores do PT. O povo brasileiro está pobre, doente e nunca chegou a ter acesso às decisões sobre os rumos do País. E não acreditamos que esse povo venha a conhecer justiça e democracia sem o concurso decisivo e organizado dos trabalhadores, que são as verdadeiras classes produtoras do País. É por isso que não acreditamos que partidos e governos criados e dirigidos pelos patrões e pelas elites políticas, ainda que ostentem fachadas democráticas, possam
Propiciar o acesso às conquistas da civilização e à plena participação política para o nosso povo. Os males profundos que se abatem sobre a sociedade brasileira não poderão ser superados senão por uma participação decisiva dos trabalhadores na vida da nação.
O instrumento capaz de propiciar essa participação é o Partido dos Trabalhadores. Iniciemos, pois, desde já, a cumprir esta tarefa histórica, organizando por toda parte os núcleos elementares desse partido.
1. A sociedade brasileira vive, hoje, uma conjuntura política altamente contraditória e, sob muitos aspectos, decisiva quanto a seu futuro a médio e longo prazos.
Vista do ângulo dos interesses das amplas massas exploradas, desde sempre marginalizadas material e politicamente em nosso país e principais vítimas do regime autoritário que vigora desde 1964, a conjuntura revela tendências extremamente promissoras de um futuro de liberdades e de conquistas de melhores condições de vida. Dentre as tendências auspiciosas, destaca-se a emergência de um movimento de trabalhadores que busca afirmar sua autonomia organizatória e política face ao Estado e às elites políticas dominantes.
Esse é, sem dúvida alguma, o elemento inovador e mais importante da nova etapa histórica que se inaugura no Brasil, hoje. Contudo, a par dos dados auspiciosos da conjuntura política, coexistem também perigosos riscos, que podem levar as lutas populares a novas e fragorosas derrotas.
Aqui, cabe destacar que o processo chamado de abertura política está sendo promovido pelo mesmos grupos que sustentaram e defenderam o regime hoje em crise. Com a evidente exaustão de amplos setores sociais com o regime vigente no País e com a crise econômica que abalou a estabilidade dos grupos dominantes que controlam o aparelho de Estado, os detentores do poder procuram agora, e até este momento com relativo êxito, reformar o regime de cima para baixo. Vale dizer, pretendem reformar alguns aspectos do regime, mantendo o controle do Estado, a fim de evitar alterações no modelo de desenvolvimento econômico, que só a eles interessa e que se baseia, sobretudo, na superexploração das massas trabalhadoras, através do modelo econômico de onde sobressai o arrocho salarial. Já está demais evidente que o novo governo militar pretende manter a continuidade dessa mesma política econômica ditada pelo capital financeiro internacional, agravada agora pelos planos de austeridade e recessão que já se esboçam. Isso significa que o sofrimento, a miséria material e a opressão política sobre a população trabalhadora tenderão a se manter e aprofundar.
O que significa estado de direito com salvaguardas? O que pretendem com anistia restrita? O que visam com a propalada reforma da CLT [Consolidação das Leis do Trabalho] e da Lei de Greve, urdidas secretamente? Qual o sentido da diminuição das penas previstas na Lei de Segurança Nacional e a preservação do espírito que informa essa mesma Lei?
Esses e tantos outros fatos indicam que o regime busca reformar-se tentando atrair para seu campo de apoio setores sociais e segmentos políticos oposicionistas, com vistas a impedir que as massas exploradas explicitem suas reivindicações econômicas e sociais e, o que é mais importante, a sua concepção de democracia. Em poucas palavras, pretendem promover uma conciliação entre os de cima, incluindo a cúpula do MDB, para impedir a expressão política dos de baixo, as massas trabalhadoras do campo e da cidade.
2. Essas afirmações não ignoram o fato de que o MDB foi utilizado pelas massas para manifestar eleitoralmente seu repúdio ao arbítrio. Tampouco pretendem ignorar a existência, entre seus quadros, de políticos honestamente comprometidos com as lutas populares.
Isso, no entanto, não pode impedir e não nos impede de apontar as limitações que o MDB – partido de exclusiva atuação parlamentar – impõe às lutas populares por melhores condições de vida e por um regime democrático de verdadeira participação popular.
O MDB, pela sua origem, pela sua ineficácia histórica, pelo caráter de sua direção, por seu programa pró-capitalista, mas sobretudo pela sua composição social essencialmente contraditória, onde se congregam industriais e operários, fazendeiros e peões, comerciantes e comerciários, enfim, classes sociais cujos interesses são incompatíveis e onde, logicamente, prevalecem em toda a linha os interesses dos patrões, jamais poderá ser reformado. A proposta que levantam algumas lideranças populares de “tomar de assalto” o MDB é muito mais que insensata: é fruto de uma velha e trágica ilusão quanto ao caráter democrático de setores de nossas classes dominantes.
Aglomerado de composição altamente heterogênea e sob controle e direção de elites liberais conservadoras, o MDB tem-se revelado, num passado recente, um conduto impróprio para expressão dos reais interesses das massas exploradas brasileiras. Está na memória dos trabalhadores a conduta vacilante de parcelas significativas de seus quadros quando da votação da emenda Accioly, da lei antigreve e de outras medidas de interesse dos trabalhadores. Apegado a uma crítica formalista e juridicista do regime autoritário, o MDB tem-se revelado impermeável aos temas sociais e políticos que tocam, de fato, nos interesses das massas trabalhadoras.
Amplos setores das elites políticas e intelectuais das camadas médias da população têm afirmado que “não soou a hora” de se dividir a oposição articulada no interior do MDB, afirmando que a democracia não foi ainda conquistada. Rechaçamos com veemência tal argumento. Primeiro, porque em momento algum podemos aceitar a subordinação dos interesses políticos e sociais das massas trabalhadoras a uma direção liberal conservadora, de extração privilegiada economicamente. Segundo, porque não podemos aceitar que a frente das oposições se mantenha às custas do silêncio político da massa trabalhadora, único e verdadeiro sujeito e agente de uma democracia efetiva. Tampouco consideramos que a existência de partidos políticos populares venha a contribuir para romper uma efetiva frente da luta dos verdadeiros democratas. O PT considerem imprescindível que todos os setores sociais e correntes políticas interessados na luta pela democratização do País e na luta contra o domínio do capital monopolista uni fiquem sua ação, estabelecendo frentes inter partidárias que objetivem conquistas comuns imediatas e envolvam não somente uma ação meramente parlamentar, mas uma verdadeira atividade política que abranja todos os aspectos da vida nacional.
3. O Partido dos Trabalhadores denuncia o modelo econômico vigente, que, tendo transformado o caráter das empresas estatais, construídas pelas lutas populares, utiliza essas empresas e os recursos do Estado, em geral, como molas mestras da acumulação capitalista. O Partido dos Trabalhadores defende a volta das empresas estatais à sua função de atendimento das necessidades populares e o desligamento das empresas estatais do capital monopolista.
O Partido dos Trabalhadores entende que a emancipação dos trabalhadores é obra dos próprios trabalhadores, que sabem que a democracia é participação organizada e consciente e que, como classe explorada, jamais deverá esperar da atuação das elites privilegiadas a solução de seus problemas.
O PT entende também que, se o regime autoritário for substituído por uma democracia formal e parlamentar, fruto de um acordo entre elites dominantes que exclua a participação organizada do povo (como se deu entre 1945 e 1964), tal regime nascerá débil e descomprometido com a resolução dos problemas que afligem o nosso povo e de pronto será derrubado e substituído por novas formas autoritárias de dominação – tão comuns na história brasileira. Por isso, o PT proclama que a única força capaz de ser fiadora de uma democracia efetivamente estável é a das massas exploradas do campo e das cidades. O PT entende, por outro lado, que sua existência responde à necessidade que os trabalhadores sentem de um partido que se construa intimamente ligado com o processo de organização popular, nos locais de trabalho e de moradia. Nesse sentido, o PT proclama que sua participação em eleições e suas atividade parlamentares se subordinarão a seu objetivo maior, que é o de estimular e aprofundar a organização das massas exploradas.
O PT não surge para dividir o movimento sindical, muito ao contrário, surge exatamente para oferecer aos trabalhadores uma expressão política unitária e independente na sociedade. E é
nessa medida que o PT tornar-se-á, inevitavelmente, um instrumento decisivo para os trabalhadores na luta efetiva pela liberdade sindical.
O PT proclama também que sua luta pela efetiva autonomia e independência sindical, reivindicação básica dos trabalhadores, é parte integrante da luta pela independência política destes mesmos trabalhadores. Afirma, outrossim, que buscará apoderar-se do poder político e implantar o governo dos trabalhadores, baseado nos órgãos de representação criados pelas próprias massas trabalhadoras com vistas a uma primordial democracia direta. Ao anunciar que seu objetivo é organizar politicamente os trabalhadores urbanos e os trabalhadores rurais, o PT se declara aberto à participação de todas as camadas assalariadas do País. Repudiando toda forma de manipulação política das massas exploradas, incluindo sobretudo as manipulações próprias do regime pré-64, o PT recusa-se a aceitar em seu interior representantes das classes exploradas. Vale dizer, o Partido dos Trabalhadores é um partido sem patrões! As tentativas de reviver o velho PTB de Vargas, ainda que, hoje, sejam anunciadas “sem erros do passado” ou “de baixo para cima”, não passam de propostas de arregimentação dos trabalhadores para defesa de interesses de setores do empresariado nacional. Se o empresariado nacional quer construir seu próprio partido político, apelando para sua própria clientela, nada temos a opor, porém, denunciamos suas tentativas de iludir os trabalhadores brasileiros com seus rótulos e apelos demagógicos, e de querer transformá-los em massa de manobra para seus objetivos.
O PT não pretende criar um organismo político qualquer. 0 Partido dos Trabalhadores define-se, programaticamente, como um partido que tem como objetivo acabar com a relação de exploração do homem pelo homem. O PT define-se também como partido das massas populares, unindo-se ao lado dos operários, vanguarda de toda a população explorada, todos os outros trabalhadores – bancários, professores, funcionários públicos, comerciários, bóia- frias, profissionais liberais, estudantes, etc. – que lutam por melhores condições de vida, por efetivas liberdades democráticas e por participação política. O PT afirma seu compromisso com a democracia plena, exercida diretamente pelas massas, pois não há socialismo sem democracia e nem democracia sem socialismo. Um partido que almeja uma sociedade socialista e democrática tem que ser, ele próprio, democrático nas relações que se estabelecem em seu interior. Assim, o PT se constituirá respeitando o direito das minorias de expressarem seus pontos de vista. Respeitará o direito à fração e às tendências, ressalvando apenas que as inscrições serão individuais.
Como organização política que visa elevar o grau de mobilização, organização e consciência de massas; que busca o fortalecimento e a independência política e ideológica dos setores populares, em especial dos trabalhadores, o PT irá promover amplo debate de suas teses e
propostas de forma a que se integrem nas discussões:
• lideranças populares, mesmo que não pertençam ao Partido;
• todos os militantes, trazendo, inclusive, para o interior do debate partidário proposições de quaisquer setores organizados da sociedade, e que se considerem relevantes com base nos objetivos do PT. O PT declara-se comprometido e empenhado com a tarefa de colocar os interesses populares na cena política e de superar a atomização e dispersão das correntes classistas e dos movimentos sociais. Para esse fim, o Partido dos Trabalhadores pretende implantar seus núcleos de militantes em todos os locais de trabalho, em sindicatos, bairros, municípios e regiões.
O PT manifesta alto e bom som sua intensa solidariedade com todas as massas oprimidas do mundo.
A COMISSÃO NACIONAL PROVISÓRIA
1º de maio de 1979

PARTIDO DOS TRABALHADORES

Leitura: Fernando kabral 13

Inserida por fernando_kabral

Carta-22

vagando pela rua faz da noite o seu dia

acompanhado do seu cão a procura de alegria

leva sempre com ele uma rosa branca

decepções da vida e os desejos de criança



carrega inocência e também a ousadia

intuitivo e romântico com sonhos e fantasias

sabe se esquiva da fumaça da neblina

gosta de liberdade e um pouco de adrenalina


anda distraído vendo os pássaros voar

a beira do precipício sem caminho a encontrar

nunca perde a esperança que seu dia vai chegar

e no fim do arcos íris muito ouro encontra


usa sua sabedoria para achar um mundo novo

por onde ele passa muitos o chamam de louco

loucura e tentar explica para você

aquilo que não estar preparado pra saber

Inserida por juaridesa89

CARTA ABERTA AOS QUE ESTÃO A SE LAMENTAR
Tenho pena daqueles que passam pela vida sem se divertir; daqueles que estão sempre muito ocupados para perceberem a beleza de um céu estrelado; daqueles que acordam de mau humor, permanecem assim o dia inteiro e quando vão dormir ainda estão lamentando que nada deu certo para eles.

Tenho pena daqueles que desconhecem a beleza de fazer novos amigos; daqueles que nunca olham para os lados quando estão dentro da condução, e perdem todas as oportunidades de conhecer alguém interessante, quiçá um grande amor; tenho pena daqueles que nunca desejaram ter um cachorro, por causa do trabalho que ele daria: são pessoas que nunca se entregaram por inteiro numa relação, e jamais saberão o quanto é divertido brincar.

Tenho pena daqueles que não sabem esquecer, pois esses também nunca perdoam; tenho pena daqueles que desconfiam até da própria sombra: são pessoas que julgam os outros por si mesmo; daqueles que se ocupam em cultivar pequenos problemas até que eles cresçam e se transformem em grandes empecilhos para sua própria felicidade.

Sim, eu creio no poder da cura e do perdão, e não entendo a vida como uma ferida aberta: prefiro a diversão. Creio que há sempre um jeito novo de seguir em frente, de fazer diferente e da maneira correta.

Sou daqueles que creem que bem-estar não depende da conjuntura política do país, de quão confortável estou no momento, tampouco de quanto recebo no final do mês, mas sim da maneira como encaro a vida e os problemas que surgem. Otimismo é fundamental, sem ele não há como ter esperança num futuro melhor para mim, que dirá para a humanidade.

Procuro não me levar a sério demais, pois assim acabaria me achando melhor do que eu realmente sou; mas me valorizo o suficiente para nunca esquecer que mereço ser feliz.

O passado é um bom professor, mas não quero recordar o tempo inteiro, prefiro viver o presente. E se há algo de que me arrependo na vida, não é o que fiz de errado, mas o que nunca tentei fazer por um ridículo medo de errar. Aprendi com meus erros mas continuo praticando alguns deles, enquanto isso for divertido.

Sim, eu creio no poder do sorriso, e creio também que o acaso é quando Deus tem rompantes de timidez. Não me preocupo à toa, apenas sigo vivendo, procurando fazer o melhor e da maneira mais divertida possível. Sei que ainda vou errar muitas vezes, e outras tantas, até aprender. Mas não me importo: a vida é excelente professora e eu não tenho nenhuma pressa em me formar, prefiro ser um eterno aprendiz.

Por tudo isso, digo a você: não se lamente nem complique o que é tão simples. Faça da sua vida um grande barato, divirta-se, e seja muito feliz.

Inserida por frodo_oliveira

Carta para o Dia das Mães

Rosas, gosto de rosas. E é por esse motivo que estou te dando esse buquê hoje, mãe. Creio que é um dos presentes mais significativos para uma mulher. Além de romântico e bonito é memorável. Com o passar das semanas, essas flores irão se desfazer no tempo, mas a lembrança de um dia recebê-las ficará, e isso é o que importa. Então aqui estão elas.
Feliz Dia das Mães, mamãe.

Inserida por Perhaps

Carta de um soldado brasileiro
Sobrevivente da 2ª guerra mundial...

Escrevo-vos com a mão esquerda
Que é a mão do lado do coração
Andei por muitas veredas
Vi gente sem compaixão

Vi a vida ser desfeita
Vi gente caída ao chão
Andei por ruas estreitas
Vi bocas falando em vão

Vi o horror pela greta
Vi tantos cultos e seitas
Clamando em oração

Vi o mal que se envereda
Vi fogos e labaredas
Vi guerra e destruição.

Inserida por ubaldopoetadoamor