Mato
No mato se planta, se colhe
No Xingu o peixe se escolhe
Então pra mim isso é perversidade
Fazem o mesmo com os índios, donos dessa terra
Mesmo sabendo que isso pode acabar em guerra
Dos filhos deste solo és mãe gentil?
Isso é só no hino do Brasil
"CAMPO DESERTO"🍂
Mato seco camuflagem traçada
Mata a fome caça felino
Voo da águia aranha rastejante
Faro do lobo pele de cobra
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Olhos de coruja raposa inteligente
Formiga no capim fera ferida
Alma sentida criança perdida
Ciência abafada pele de galinha
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Becos escuros viúvas na solidão
Pensamentos solitários palavras mudas
Olhares maliciosos sombras malignas
Segredos no túmulo suspiros de desejo
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Silencio vazio gritos de dor
Jardim abandonado sangue venenoso
Grades de ferro retratos de sonho
Sentimentos intriguistas vergonha escondida
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Corpo manipulado carne apodrecida
Loucos, tontos intolerantes, invejosos
Cantam, dançam sorriem, choram
Perdidos, estendidos ao sol, à chuva
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Tempestade esquecida arriscam o amor
Mouros encantados, elos perdidos
Batalhas enfurecidas, intrigas embriagadas
Consome o coração, sem dor ou paixão
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Sem ver, sem tocar, sem ouvir, sem falar
Palavras ditas, não ditas, escritas
Nos dias silenciosos, à chuva ao vento
Onde partimos as correntes de ninguém
❀
Alguém perdido esquecido no tempo
Abraço forte flor perfumada
Cheiro a café quente escaldado
Trilho esquecido caminho perdido
Animal defeituoso
Sou bicho do mato
Não tenho medo do perigo
Eu traço o meu caminho
E dilacero o inimigo
A sociedade é predador
Eu sou presa intragável
O sangue ruim que tenho
Decreta destino terminado
Eu sou uma mancha podre
Que difere dos demais
Onde eles são normais
Eu eu sou mais incapaz
Defeitos eu tenho de sobra
Mas tenho também misericórdia
Que sei que vocês não possuem
Com quem solta a corda
Deixarei a região urbana
Irei para um lugar ermo
Longe das pessoas
E do inevitável medo
Odeio o ser que sou
Um humano, que como todos
Oscila entre o prazer
E a dor
Pensei que era um sonho porém não era, pois eu estava sentindo dor uma dor ardente que quase me matou, ah como queria que aquilo tudo fosse um sonho.
É impressionante como os caminhos na minha frente se enchem de mato, pedras e montanhas a todo o
Momento. Já percebi isso várias vezes. Mas ao invés de deixar me abater e voltar para o ponto de partida, entendi que foram esses desafios que me trouxeram até aqui. Foram eles que me deixaram mais forte, por isso continuo minha jornada independente do que venha, pois tenho uma única certeza em meu coração e ela se chama: Vitória!
NO BREJO (INDRISO)
Barulho no brejo havia
Entre o mato a água resplandecia
Sol no céu luzia
Multidão de girinos fervilhavam
Coaxava insistente a gia
Sapo-martelo logo respondia
Grilo no mato dizendo que cria
E eu maravilhado ouvia...
A GOTA 01 (poesia)
A gota
Que pingava
Da folha
No mato
Foi sereno
Da madrugada
Do sumo
Da noite
Enluarada...
Fortaleza desarmada por cheiro de mato, Sou fera rendida, E inteiramente atrevida, faço do teu corpo o meu território.
Linda e pálida, deitado em um mato com cheiro de cravo, sussurra meu nome com voz de sono, chamado dos anjos. Meu coração dispara em súbito para, só para apreciar em silêncio o som do movimento de seu corpo girando na grama.
Lentamente
E todos os dias eu me mato
Aos poucos
Em uma morte
Que permanece viva
Talvez até mais
Que o meu próprio viver.
Mato dá em qualquer lugar.
Mas alimento precisa ser cultivado.
E dependendo do alimento, a colheita demora.
Tudo tem seu devido tempo.
Minha Morena do Sertão
Lá no cantinho do mato, onde o sol beija o chão
Tem uma moça que encanta, dona do meu coração
Cabelos negros ao vento, sorriso que é tentação
Ela é flor que não se arranca, minha morena do sertão
Ô morena, vem pra mim devagar
Tô com saudade do teu jeito de me amar
Teu cheiro tá no meu lençol, no café da manhã
Vem ser pra sempre a minha estrela da manhã
Ela dança na varanda com vestido de algodão
Canta moda de viola, bate forte o violão
Com ela tudo é poesia, tudo vira inspiração
Nem o céu tem mais beleza que a minha paixão
E quando a lua se esconde e a saudade me invade
Eu lembro do teu beijo doce, do teu colo de verdade
Nenhuma cidade grande tem o brilho do teu olhar
Morena do sertão, é com você que eu quero ficar
Minha família é do mato, cavalo e gado.
Os pés grossos e cortados,
lotados de espinhos e arranhões de cair do cavalo,
se passa muito tempo longe do mato, parece que falta o ar que chega a dar um cansaço.
Posso ter duas ou três casas na cidade, nunca vai chegar aos pés de ter uma cabana, água corrente e vento soprando ao som dos pássaros.
Você vai no supermercado comprar frutas frescas e eu vou no rancho pegar do pé.
Se tá cansado, procura um lazer que por hora é uma grana alta.
eu vou ali 1 hora de chão batido e tenho a energia recuperada.
Esse é meu lazer, vida e prazer.
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