Mãos
Fazer o bem sem esperar nada em troca
é uma semente poderosa nas mãos do tempo.
A caridade sincera constrói pontes entre os céus e a Terra.
Permita-se ser instrumento do Amor do Criador.
O Cético
Cético que era,
carregava nas mãos a secura da descrença,
como quem segura um punhado de areia
que o vento teima em dispersar.
Cético que era, criou um deus afônico
para preencher seus silêncios
e atribuiu a ele todo o ruído.
Cético que era, sabia que o que floresce na certeza é sempre pedra,
e pedras, imóveis, não geram nada.
Cético que era, afirmava que a certeza era um campo estéril,
onde os dias passavam sem jamais brotar.
Cético que era, dizia que as dúvidas tinham raízes,
capazes de atravessar a pele das palavras
e germinar árvores frutíferas.
Cético que era, escreveu uma bíblia para ter no que acreditar,
mas a descrença, astuta,
plantou em seus bolsos sementes de inquietação.
Cético que era, reconheceu que caminhava entre sombras,
mas carregava possibilidades de luz.
Cético que era, sabia que só o incerto conhece caminhos.
Cético que era, encontrou na dúvida
o verdadeiro sopro da criação:
um gesto pequeno,
capaz de iluminar e reflorestar o mundo.
Cético que era, entendeu que o milagre mora no instante
em que o incerto se torna possibilidade
e o simples, eterno.
Cético que era, nunca guardou gentilezas ou atos de bondade para o porvir;
gastou tudo o que tinha de bom aqui.
Fontana do Trevi
Caem as moedas como migalhas de brilho,
partem das mãos com o desejo de se tornarem sonhos,
e o fundo as acolhe como silêncios,
esperando que o tempo lhes devolva voz.
A fonte, imensa em sua mudez,
de costas, recebe pedidos que não ousam gritar.
Em Trevi, o desejo pactua entre águas,
como se um murmúrio pudesse concretizar o devaneio.
Cada moeda que afunda carrega um preço,
um desejo que custa a esperança.
É um pacto entre a moeda e o homem: ele joga, e a fonte o dissolve em segredo,
restituindo-lhe um pouco de vazio,
como se o vazio fosse tudo que temos.
O que desejamos, na verdade, não é sermos atendidos — mas sim que o mistério siga impenetrável,
e, no reflexo da fonte, o que buscamos ver
é apenas o eco de nós mesmos,
profundo e mudo.
O amor é como se jogar do alto de uma cachoeira de mãos dadas. Quanto mais fundo o casal cair, mais profundo será esse amor. E se for raso, mais curto ele será. O grande problema é que eu tenho medo da solidão e do desconhecido.
Na noite escura da alma, a ansiedade dança com a incerteza, enquanto a empatia estende suas mãos para acalmar o coração aflito. Entre o medo e a compreensão, somos todos navegantes na mesma tempestade.
Sob a luz tênue da lua, o cravo e a rosa se encontravam. Suas pétalas roçavam, como mãos entrelaçadas, e seus olhares dançavam em segredo. Sob a sacada, sonhavam com um jardim onde o amor floresceria eternamente. Mas, como todas as histórias, a deles também tinha um fim. Às vezes, o destino não concede o “felizes para sempre”, mas apenas momentos preciosos que se desvanecem como pétalas ao vento. 🌹✨
Vida, como é seu sentimento?
Em cada estrela, um brilho a se espalhar,
Nas suas mãos, os momentos,
E nos corações, o amor a pulsar.
Escrevo sobre a vida, seus altos e baixos,
Sobre as estrelas que iluminam o caminho,
Sobre os sentimentos que buscam o abraço
No silêncio, no sorriso, no destino.
Respeito a vida, o que ela nos ensina,
A cada passo, a cada lágrima que cai,
E no amor, a chama que se ilumina,
Mesmo quando o vento forte desfaz.
Escrevo sobre os sentimentos,
Que nascem e se transformam em poesia,
Sobre a vida e seus sentimentos profundos,
O amor é o farol que guia nossa harmonia.
Momentos que ficam no coração,
Escrevo sobre a vida, sobre a emoção,
Cada verso é uma confissão,
Do que é viver, de nossa missão.
O caráter não é sentença perpétua; é matéria-prima moldável pelas mãos da verdade, da justiça e de Deus.
Apegarmo-nos ao Status Quo é o mesmo que reter a água entre os dedos das mãos, contrariando sua natureza renovável. Não é sensato apegar-se à qualquer etapa de uma jornada, que cumpre seu papel num dado momento, para em seguida revelar outras que se sucedem indefinidamente, e sobre as quais não se possui qualquer controle. Cada uma dessas infinitas etapas tem suas próprias regras, e nenhum compromisso com as das anteriores. As mudanças que introduzem são a única coisa que nunca muda! E aí está você, acreditando ser possível contrariar essa lei que não foi ditada por qualquer senhor além do próprio universo! A igualdade será sempre um estágio. Acorda, portanto: a diferença é a regra onde, amanhã, nada será como antes.
Uma das primeiras lições a aprender na vida é a de nunca colocar nas mãos de outras pessoas qualquer informação que depois possa ser usada contra você. Caso lhes interesse encontrar munição, deixe que façam isso sem o seu concurso.
Existem afetos que nos provocam a dolorosa sensação de tentar segurar água com as mãos enquanto a vemos escorrendo por entre os dedos, mesmo que a presença se mantenha. Ainda que para nós o convívio se mostre tão prazeroso e importante quanto antes, para a outra pessoa esse afeto aparece na história dela como algo gratificante naquele momento de vida, mas que o tempo transformou apenas em lembrança de um passado feliz que se mistura a várias outras.
O amor é uma granada que, nas mãos de terroristas como nós, faz um estrago imenso em terras coração.
Eu nunca vou se Matar, kkkk mais fácil eu matar e não vou sujar minhas mãos com lixos iguais vocês, é melhor eu ir embora e assistir o julgamento de longe, vai ser é gostoso!
E creio em tempo, na força do amor derrubando muros da indiferença e da ingratidão, e entre mãos e braços que se entrelaçam em beijos e abraços, sentir o afago da ternura adormecida brotar do fundo de um coração.
LAURO O INFELIZ
Lauro morava debaixo de chapas pobre
Tinha as mãos encardidas de ranho e sol
Já foi senhor e estupor de graveto nobre
Antes de ter o cabelo com baba de caracol
Lauro batia ao bicho de hora em hora
Seduzido pela erva queimada em cenoura
Depois adormecia co'a coisa de fora
Deprimida encardida e tão redutora
Lauro tinha quem por ele rezasse
Ao longe numa luz que já foi dele
Algum teso também agora sem classe
Mas que tinha sido figura como ele
Lauro cansado de viver sem planos
De tanto cismar na córnea da vida
Arranjou um corda já em pedaços partida
E enforcou-se de pernas no dia dos anos.
(Carlos De Castro, in Há Um Livro Por Escrever, em 17-04-2023)
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