Danilo Felix

Quero que minha barba cresça, mas sem meu olhar perder o dom de ser inocente, quero que meus ouvidos sejam eterno aprendizes, para poder ouvir a voz cansada dos experientes.

Se desejo não existisse, o ciúmes não seria nada, amores durariam vidas eternas não apenas uma madrugada.

Muitas vezes somos como o mar: persistentes como as ondas, fortes como a correnteza, mas as vezes fracos como a maré-baixa.

Quero feriados em que o estresse descanse e a felicidade trabalhe.

Se é inevitável, então que venham novas ansiedades.

Quero um amor engraçado, daqueles que fazem chorar... de rir.

A felicidade é tão curta que me confunde se os segundos são eternos ou infinitos enquanto ela dura.

Madrugada: Os apaixonados estão acordados por alma, os solitários já esses, estão dormindo de alma e vagando de corpo.

Me disseram para viver apenas o presente, mas eu, analfabeto de esperança, espero sem entender por um presente do futuro.

Na carência da inspiração, é um perigo, pois até uma caneta velha pode se tornar gostosa em meus punhos.

Minha boca fala outra vez, meu pensamento pensa de novo, porém abro meu coração, nova mente.

Tenho dois lados, o sorrir e o só rir. O problema é o só.

Duas coisas me intrigam: O amor sem toques e toques sem amor.

Se as pessoas não se importam com você, não ligue. Mas se o seu cachorro parar de te lamber, fique preocupado.

O que o coração sente a mente sempre contradiz, dúvida que nasce entre o medo de sofrer e o desejo de ser feliz.

A chuva da saudade chegou em meu coração, formou-se enchente em meus olhos.

A sedução é um monstro delicado. Amacia os olhos. Devora o desejo.

Não quero que a minha fé mova montanhas, apenas meu coração.

Embriagado de versos, inspiração tonta, linhas bambeiam e horizontes distantes, resultado dessa ressaca de amor.

Homens, cuidado! Em provas de amor, as declarações corretas são assinaladas com atitudes. Boa prova.

O inverno da mágoa chegou no sul do meu coração. O sol morreu e meu amor se pôs.

Meu coração tem flauta. Ele canta ao suspiro da pessoa que o proporciona turbulência.

Mostro na poesia o que meu coração sente, ele não brinca com sentimentos porque disso ele entende.

Fechar os olhos é uma arte que todos carregam dentro de si, quando-o fechados você vê o que na realidade queria ver quando-o abertos.

Nos versinhos sem valor e simples que componho, faço valer a mentira da vida e a verdade dos sonhos.