Mansinho
Você chegou de mansinho, me mostrou músicas novas, fez festa para as minhas chegadas e se entristeceu com a minha partida. Eu acho que não preciso de mais nada além disso, sabe. O que eu sinto por você é tão bom que eu não queria partir. Mas não tem como saber o final dessa história e eu torço para que ela seja bem feliz enquanto durar. O final não precisa ser feliz, mas deve ser maduro e consciente. Eu não sei se isso faz muito sentido pra você que chegou bem quietinho e foi se encaixando na minha vida.
Chegou
Chegou na minha vida de mansinho
e colocou tudo em movimento
me cobriu de mimos e carinhos
e fez amenizar meu tormentos.
Disse que era um anjo amigo
que veio ao mundo me proteger
e eu acreditei e quis estar contigo
nas noites frias e no amanhecer.
Acostumei com a tua proteção
teu jeito companheiro e engraçado
que enchia de coisas boas o coração
que hoje está se sentindo despedaçado.
Tão especial ter por perto da gente
alguém para segurar a nossa mão
e dizer vai, seja forte,siga em frente
estou aqui se você cair ao chão.
Mas nem sempre o comportamento
permite as pessoas sempre conviver
mas agora, hoje , nesse momentos
seu abraço me faria tudo entender.
Era uma vez....
Um gatinho que se aproximou de mansinho, olhando meio desconfiado, sem saber se vinha ou se dava meia volta, e mesmo na incerteza ele se aproximou, olhou nos meus olhos e beijou-me a mão, delicadamente, longe de ser um gato de botas ou uma réplica qualquer, ele é um gato ambicioso, não joga com a sorte, ao menos não com a dele, e quer se aninhar num cantinho dele que tenha o seu cheiro, que sobre o seu pelo de um dia pro outro, um cantinho onde ele não precise deixar folga a ninguém, mas ao contrário, que seja sabidamente dele.
E assim esse gatinho veio chegando, ronronando pela minha casa, e sem fazer barulho, no cair da noite ou no silencio do dia, eu já nem sei mais, esse gatinho alcançou as minhas pernas, ronronou, e nela esfregou seu pelo macio, fazendo com que eu o visse ali, lindo, altivo e imponente como um puro sangue, meu olhar encontrou o dele, eu suspirei, sorri, ajeitei minhas pernas....
E o gatinho atento a todos os meus movimentos entende a linguagem do meu corpo e num único salto alcança o meu colo e se aninha em meus braços, ora suave ora me arranhando, marcando em meus braços o seu espaço, se esfregando em meu corpo para deixar na minha pele o seu cheiro, e na minha roupa o seu pelo, ele me lambe os braços, estica o corpo e alcança minha boca e nela sua língua brinca como quem bebe leite no pires.
Por muito tempo, todos os dias o gatinho se aninhava no meu corpo, ronronava no meu ouvido, lambia minha pele me chamando pra ele.
Mas um dia ele saiu e não encontrou o caminho de volta... Eu bem que o procurei por todos os cantos... Não era mesmo um conto de fadas. De encantado mesmo é toda a saudade que ficou.
E isso não é sobre gatinho.
Nesse friozinho te aqueço, e você me dá o que mereço. Te dou o meu carinho e você vem de mansinho que serei o seu parquinho. Vem de montanha russa e vou de Bate-bate essa aventura pode acabar com grandes emoções e puro desejo de ambas as partes.
É que eu gosto do jeito que você vem chegando, de mansinho e devagarinho me envolvendo completamente em você.
E nessa conexão a gente se encontra e os nossos corpos se entendem por completo.
Nessa hora o brilho do seu olhar toma conta do lugar e eu me amarro olhando cada traço do seu ser.
Pela claridade da rua eu analiso melhor as suas curvas e em cada toque labial as nossas almas se conectam de uma forma genial gerando mais desejo de te sentir e de permanecer eternamente ao seu lado..
A NOITE E EU
... Esperando a noite chegar
O vento sopra de mansinho
A brisa toca a pele fazendo carinho
No entardecer
O sol se põe no horizonte
Deixando em seus raios
O mistério da noite
... Lentamente
As nuvens dispersam-se
No escuro céu
A lua cheia
É toda luz a me vigiar
O sono dissolve-se na noite
Instantes eternos
É a medida do tempo
Na noite e eu
A luz da lua em mim
Vida minha, senda iluminada
Meu sono e eu
Um misto de encanto
De sonho e magia
Cantar como canta um passarinho
Quando voa livre pelo ar
Se a chuva chega de mansinho
Sempre encontra um lugar para pousar
Notas sobre ele!
E ele se apresentou,
chegou de mansinho e se aconchegou
criando um espaço em mim,
com toda ternura me conquistou.
Mas com toda firmação, teve que partir.
Dizia para mim se cuidar, querendo cuidar de mim.
Ele dizia que não era fácil,
E eu fazia acreditar que era.
Eu o mostrei o caminho,
E ele quis partir,
Enquanto eu o chamava, ele caminhava mais rápido.
E quando percebi,
Já não o via mais.
Ele reapareceu, conforme pensado,
Dizia que sentia algo mais profundo,
Enquanto estrelas caiam em seus olhos,
Lágrimas escorriam em suas faces.
Mas mesmo assim... Eram palavras ditas ao vento.
E mais uma vez, ele partiu.
Sem deixar vestígios, ele sumiu.
E nem sequer disse-me "cuide-se"
Apenas desejo que ele cuide de mim...
Até mesmo distante.
POLÍTICO
Político diz-se amigo
Aparece de mansinho
Ousado, direto e certeiro:
“Vim para pedir o seu voto”
Eu preciso ser eleito
Tenho prioridade com o povo
E com a saúde no momento
Outras metas, educação e trabalho.
Segurança é mais uma questão
Para cuidar do país e a nação
Se eleito não terás decepção
Tenho palavra, serei a renovação.
Pois é, senhor candidato
Sessenta anos eu tenho
Desde criança eu ouço
Das quatro metas do governo.
Nada mudou para o povo
Educação é quase zero
Na saúde, hospital sem leito
Falta de indústria não gera trabalho.
A segurança continuo com medo
Para o povo não tem proteção
Em todos os lugares só decepção
Meu voto você não leva não.
INJUSTIFICADO LIMPADOR DE PARA-BRISA*
Chovia mansinho. Ainda demoraríamos uns 20 minutos para chegar ao nosso destino. O limpador de para-brisa, em seu vai e vem vagaroso, embalava nossas conversas sobre a vida, amores, família, filhos, trabalho e feminices. Avistei a placa daquele quebra-molas e desacelerei o carro para ultrapassar suavemente o obstáculo arredondado.
Naquele momento, desacelerou também a nossa conversa frouxa. Dei conta daquele instante raro de silêncio entre nós, irmãs tagarelas, e vi ali a oportunidade de fazer uma pergunta polêmica, complexa e profunda, que andava borbulhando na minha cabeça nos últimos dias.
– Mana, preciso te perguntar algo – era o sinal para que ela já se preparasse para o “chumbo grosso”. – Sabe aquele tipo de pergunta que todo mundo tem até vontade, mas não tem coragem suficiente para fazer? Que todo mundo diz que é pecado, e se perguntarmos isso alguma vez na vida… Vamos direto para o Inferno?
– Pergunte – disse franzindo a testa.
– Desde pequenas nossos pais nos educaram dentro de Igrejas. Fomos motivadas a ler a Bíblia por completo várias vezes; foram infinitos os domingos em que nos dedicávamos a conhecer as Escrituras, os milagres de Jesus, do Gênese ao Apocalipse. Sabemos tudo de “cor e salteado” e fomos orientadas a viver uma vida baseada nos Dez Mandamentos, a não nos distanciarmos de Deus e evitar o Pecado a todo custo, a orar agradecendo pelo alimento, pelo dia e pela saúde… Conhecemos também o Mal, o Diabo e o Inferno… E todo o Lado Negro da Força. Sabemos sobre o Livre Arbítrio e que todas as coisas são permitidas, mas nem todas nos convêm. No fim de tudo isso, se formos bem boazinhas aqui na Terra, receberemos o nosso “Galardão” nos Céus…
– Tá, mas cadê a pergunta? – Bufou, já ansiosa.
– Calma, deixa eu terminar o raciocínio – retruquei. – Então, se obedecermos às Sagradas Escrituras e aceitarmos Jesus como nosso Salvador teremos um lugar nos Céus, com anjinhos batendo suas asas ao nosso lado, e, dependendo de nossas Boas Obras, poderemos morar em um grande palácio ou passar as noites em bancos de madeiras rústicas nas praças do Céu…
– Isso, você fez um bom resumo, – ela completou. – Nós aprendemos essas coisas em nossa infância e adolescência. Depois disso, cada uma de nós, da sua forma, foi pesquisar e aprofundar o que mais havia além disso. Nós duas somos muito curiosas e acabamos por entender outras vertentes, outras interpretações, outras crenças e religiões. Mas ainda não sei qual é a pergunta. Desembucha!
– Então… A sua fé faz com que você acredite que, quando você “bater as botas”, já que foi uma boa pessoa, vai ser recrutada para ir para o Céu, etc., etc. Tá, mas… E se você morrer e “perceber” que não tem nada disso? Que tudo isso foi construído pura e simplesmente para trazer uma Ordem Natural às sociedades, para vivermos uma Matrix equilibrada, sem fazermos muita m* o tempo todo? Que tudo isso não passa de uma grande ilusão? Tipo… Morreu e vira só um saquinho de lixo preto com ossos, só matéria, sem Espírito, Alma nem nada que não se possa provar.
– Hum… Eu tenho uma resposta, mas é bem pessoal. – Disse piscando rapidamente os seus olhos verdes.
– Antes de responder, não me julgue por isso. Nos últimos anos o meu apego à Ciência aumentou assustadoramente, e essa coisa de estudar demais apura o nosso senso crítico, e começamos a questionar sobre coisas que antes nós entendíamos como verdades absolutas, inargumentáveis… – Disse, já meio arrependida.
– Eu sei como é, maninha, não me importo e você está certa em sempre questionar, sendo a pessoa racional que você é, já me acostumei. Mas olha, minha resposta é simples. Se eu morrer e virar só um saquinho preto de ossos, e “descobrir” depois que nada disso é verdade, paciência. Mas pensa: Se eu morrer e tudo isso for verdade e eu for totalmente pega de surpresa? Se tudo o que aprendemos a vida toda for real e eu estiver despreparada? Quero morar em banco de praça não… Muito menos quero ficar voltando um monte de vezes aqui na Terra até meu Espírito evoluir a ponto de eu merecer morar mais próximo de Deus… Pensa que chatice? Que perda absurda de tempo? Prefiro ser mais estratégica. E pensar que existe um “além túmulo” me deixa mais feliz. Pronto.
Pensativa, concluí, já aliviando a tensão da conversa: – Então vamos combinar assim. Quem morrer primeiro vai dar um jeito de avisar para a outra; vai fazer um esforço absurdo para aparecer e contar tudo o que está acontecendo. O que acha? E olha, se eu aparecer bem linda, maquiada, perfumada, magra, purpurinada e de roupa branca em seu sonho tentando falar com você, faça-me o favor de levar a sério, não surtar e prestar bastante atenção, ok?
– Lá vem você com essas suas conversas idiotas. Você vai morrer com 125 anos como combinamos. E se morrer antes, arruma um jeito de não voltar, a direção é para cima, e não para baixo! Vai caçar o que fazer por lá, vai! Bruxa! Fantasma! – Esbravejou, com uma expressão que misturava raiva e a sua graça peculiar.
Explodimos as duas em gargalhadas, até verter água dos nossos olhos. Nesse momento, desliguei o agora injustificado limpador de para-brisa para admirarmos melhor o brilhante sol poente e aquele festival de cores sublimes que ele produzia, junto às nuvens, lá no horizonte… Até o nosso destino.
* Se você não entendeu o título, eu explico: Somente a chuva, que as vezes impede a nossa visão, justifica o uso do limpador de para-brisa para seguirmos bem e com segurança. Se a chuva cessa, nada deveria nos impedir de olhar o que tem de bonito no horizonte. Assim também são as nossas verdades absolutas. Elas são os nossos limpadores de para-brisas em dias de sol: servem simplesmente para atrapalhar ou impedir que enxerguemos melhor o mundo, o Universo e as riquíssimas concepções diferentes das nossas.
Essa coisa que me invade
De mansinho e sem alarde
Provando que sempre é cedo
Mesmo que para tantos tarde
Que o fim pode ser o início
Que vale correr o risco
E que quando bate a vontade
De buscar o que perdeu sem ter perdido
É esse sentimento atrevido
Que nos faz menos covardes
E de quebra muito mais vivos
Essa coisa que me invade...
Ah! Só pode ser saudade.
Bom dia, sem aspas, pontos ou fantasias!
Semaninha linda começando de mansinho desejando tudo,
"fazer acontecer", prá valer e,
que seja com prazer: de viver, mesmo se a chuva ocorrer
o inesperado aparecer, e o sol se arrefecer.
Estamos pro que der e vier,
na nossa novela de "A força do querer"
a gente pinta, borda e dá nossa cara
para que o final seja do jeito que a gente quer, né
Então vamos abraçar a semaninha linda que começa,
inteirinha nossa, com direito a se emocionar, festejar e...
e... e... e...
e porque não?
Porque ainda não aconteceu, vamos juntos fazer acontecer:
"O milagre de viver!"
Subitamente uma lembrança nos visita!
Ela vem de mansinho, instala-se, fica tempo demais...
Até que outra, incomodada,
expulsa a primeira e toma seu lugar!
Cika Parolin
".... O amor nos faz bem
Faz olhar o horizonte ver a esperança
Chegando de mansinho
Com carinho
Assim te espero com confiança
Esse amor lindinho
Que preenche todo o meu coração
Te espero
Hoje
e sempre!!
Aah.... Amo o teu olhar 😎
___Rosa Angel
É.. Os anos passam de mansinho. Sem que a gente perceba ele vai levando nossos cabelos, dentes, a pele bonita, e algumas pessoas que amamos demais.
Mas, os anos não são injustos; tira de nós, mas também nos dá algo em troca. Ele nos traz sabedoria, frutos de uma vida, amigos, e principalmente, a honra de ter histórias para contar.
Por isso, desejo que você tenha lindas histórias e que possa se orgulhar em conta-las.
Desejo que os anos não tirem seus sorrisos, não apague o seu brilho, e nunca, nunca te faça perder a esperança no próximo ano.
Chuva
Você começa de mansinho,
Vem encharcando meu cantinho.
Depois se torna insistente,
Molhando o teto da gente.
Oh, chuva, não estrague meu jardim,
Nem tire estas flores de mim.
Pensando bem...
Isso pouca importância tem.
A flor nasce de novo,
Mas a casa de meu povo?
E o berço da criança,
Que ainda está na fiança?
Oh, chuva, conta pra gente,
Isso tudo começou de repente?
Ou há muito vem avisando
Que a Natureza estamos definhando?
Por que tantos sua falta padece,
E outros sua chegada estremece?
Oh, chuva, por mim tão aclamada,
Vague por outra estrada,
Cujo solo árido lhe espera,
Como se fosse uma quimera...
Aqui a gente suporta,
Que chegue meia e volta,
Mas o pobre da favela
Que precisa fazer pinguela?
Dê uma volta a mais,
Pois pra você tanto faz.
Se no mar vai desaguar
E salgada vai ficar...
São preces de quem precisa,
Por que fica tão indecisa?
Famílias perdem seus entes
E você continua indiferente,
Às vítimas de sua corrente!
Eu sei, não depende de você
Essa água poder conter.
Foi o homem, incrédulo da ciência,
Sabendo disso, não tomou consciência!
Oh, chuva, o que podemos ainda fazer,
Para de seu bem merecer???
(Mel 11/01/2011)
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