Machado de Assi Poema a Carta
Procuro em meu banco de ideias formas de expressar tal condição elementar, e assim provar que é fato.
O ato de ir ao encontro, de desejar tal encontro, de se unir a ela usando esta condição como cal e cimento é deliberada enquanto me imagino com saudade destas nossas uniões semanais.
Não encontro forma alguma, ao menos uma explicação cientifica, para tanta necessidade.
E porque que diferente de outrora que me parecia tão trivial algo assim, hoje me faz necessidade como dependência, se não, como condição de vida!
O ato de ir ao encontro, de desejar tal encontro e a satisfação, saciedade que só pode ser mantida se fosse por minutos contínuos de vidas eternas se eternizarem, todavia tenho que acordar e saber que vou deixá-la por alguns dias e que toda essa angústia que provem da falta que me faz, voltará ainda mais aguda.
O poeta me disse: “Que seja doce...”
Mas eu nunca fui adocicado, pois doces enjoam meu estomago. Eu gosto mesmo é de amar e ser amado com direito a tudo, dos carinhos, os dengos às briguinhas.
O cantor me disse: “Que seja eterno enquanto dure...”
Mas é a eternidade que eu almejo, e que dure a eternidade de enquanto vivermos.
A bíblia me disse: “Amai, assim como ele amou o mundo e se entregou por ele”!
Eu me entrego todos os dias, amo todos os dias e quero todos os dias!
Mas ainda assim não encontro forma, se não, poeticamente escritas, que até então não são para mim provas suficientes, não para provar algo, por que palavras são dominadas até pelos maus. Mas então enquanto tento dormir, me vem palavras a serem escritas, e talvez um dia ditas em um recital por amor a ti.
Meu sentimento tem nome e destino, tem cor e cheiro,
Parece dengo de menino, mas é tão forte como o suspiro derradeiro.
Meu sentimento emana água como o ribeirão, tão grande e inteiro.
Meu sentimento foi feito de Deus como criação e é só amor que eu vejo!
Se fosse possível resistir a uma olhar tão intenso,
Seria uma luta guerreada a favor do sentir, brigando junto com o pensamento.
Mas de fato me revelo como amante e necessitado,
Como o alvo e a flechada, todos os dias eu sou acertado!
Vou avante, tão amante te querendo,
Adiante, por diante te dizendo,
Que o meu coração pertence a você,
E que não há nada mais para se querer!
Se não, estar ao seu lado!
Junto nos embalos dos dias seguidos,
Junto na calmaria dos dias vividos!
Juntos como a palavra união!
Juntos mesmo separados por pequenos instantes,
Juntos nas fotos colocadas na estante.
Juntos nos passeios sobre o passeio,
Juntos nas lembranças, e nas poesias que releio!
Eu me esqueço, me abandono e me desfaço!
Me remendo, me acrescento quando acordo em seus braços.
Durmo para acordar bem cedo e sentir o seu cheiro logo pela manha.
O dia começa mais alegre, e eu me sinto completo como o cacau e a avelã.
Tão linda mesmo quando briga e tão amável mesmo quando ataca.
Tão perfeita que não sei se sou eu o anjo, tão doce que me desamarga!
É minha vida dançando com a noite, é minha razão acordando todos os dias.
É meu cuidado vindo me abraçar, é meu amor e a minha alegria.
É tudo e em tudo, é tudo e pouco mais,
É tudo o que eu tenho, é meu barco em teu cais.
É mansidão de quem ama e a imensidão de quem vive!
É o coração de quem me chama, é o amor que ali reside.
Toda alma é um rio a desaguar no amar
Toda alma é um rio e todo rio corre para o mar.
E com a alma não é diferente, ela corre em uma direção.
Enquanto o rio deságua no mar, a alma deságua no amar e naufraga o seu coração.
É por isso que você quando amando sente falta de ar e acha que é ansiedade.
As borboletas no estômago são cardumes de namorados na verdade.
E esse palpitar desenfreado é o corre-corre das correntes.
Esse nó na garganta são as ondas subindo e descendo chocando em sua mente.
Sua alma encantada, afogada em amor
Não percebe que sua morada já não é mais cheia de dor.
O mar é vida e o amar é cura
Por- Igor Improtta Figueredo
Proteger-se não é aprisionar-se
Quando eu e meus irmãos eramos pequenos ganhamos de meu pai duas Jandaias, periquitos verdes com seus papos amarelos.
Demos o nome de Bill e Clinton (risos).
Colocamos os dois numa base de papagaio presa numa grade do portão de um dos quartinhos do quintal, tomavam Sol quando queriam e cobertos em sombra quando precisavam, sem correntes ou gaiolas, nunca presos, sempre livres!!
Um dia minha prima correu lá para casa E disse: - Eu vi um gato passar na rua com um periquito na boca!
Desesperados corremos para ver se era algum dos nossos periquitos e quando chegamos lá não vimos nenhum dos dois. Choramos muito, e quando estávamos para voltar, de trás de um espelho velho que tinha lá no quartinho, saiu um dos periquitos tremendo e veio direto pra meu pai pedindo colo. Subiu em seu dedo e depois em seu ombro e ficou lá tremendo.
Depois disso tivemos tanto medo de outro gato que mantivemos o periquito trancado no quarto sem Sol durante dias, até meu pai construir uma gaiola para ele.
Aprisionamos o periquito na desculpa de protegê-lo, escondemos-o do mundo para protegê-lo, deixamos ele vivendo entre grades para protegê-lo...
Pelo menos era a desculpa que usávamos.
Era notória a tristeza do periquito, a vida dele não acabou com o gato, mas acabou quando o aprisionamos.
Lembro-me do periquito até hoje, do dia que eu o ganhei até o dia que ele morreu.
E hoje eu entendo que proteger não é aprisionar.
Aprisionamos sentimentos com medo de sofrer, esquecemos de viver com medo de nos machucar, mas a grande verdade é que as grades machucam mais do que a liberdade.
Para aquele periquito, viver um dia em seu habitat valeria mais que mil anos nas trevas de um quarto ou dentro de uma gaiola só podendo desejar estar fora, voando.
Quantas vezes perdemos a nossa liberdade com medo de arriscar mais, de amar mais, de viver mais, de conhecer pessoas, de viver com pessoas, de confiar nas pessoas porque em um dado momento da nossa vida sofremos?
Não vale a pena a prisão,
Mas vale a pena o risco de voar, porque quando alçamos voou voamos por cima de todos os gatos.
O periquito não ficou até a sua morte preso, eventualmente o soltamos. Foi um exercício de confiança demorado e arriscado, mas ele morreu livre.
Arrisque-se
Por - Igor Improtta Figueredo
Un Cuento...
...quisiera sentirlo otra vez, que me erize la piel, que me hagas saber que tienes el poder sobre mi, cuando no son necesarias las palabras uno mira e lo sabe
Igual yo quiero sentir que tengo el mismo poder, que una piel se adueña de la otra piel y son solamente un cuerpo, sudado, mojado, caliente.. erizado
como si estuviera conociendo cada parte de mi cuerpo por la primera vez al tocarlo...
Lua que brilha e ilumina as trevas,
Lua que mesmo distante mexe com nossa casa,
Lua que não se cansa em ser bela,
Lua que é a única capaz de ofuscar até o Rei Glorioso.
Lua, como te invejo!
Lua, busco insaciavelmente por alguém que me entenda,
Lua, como posso eu, mero ponto na imensidão azul, encontrar um ser igual a mim?
Lua, por favor, se não posso lhe amar, encontre alguém que também lhe ame, entregue para mim.
Lua, lua,
Obrigado pela sua Aurora.
As palavras não estão vivas. Em mim não encontram morada, das minhas mãos não saltam ao papel.
As palavras estão fugindo, em êxodo da minha própria mente.
O que era inspiração agora é passado, velado e relutantemente esquecido.
Se para o cientista, o gosto está na descoberta, para o poeta, está na moça que vai e que volta. Quando ela não volta, a tinta da caneta seca, a mente não produz, e o poeta se torna uma estátua de sal.
Do abraço perdido
Sou
Aquele
Capaz
De
Me
Confundir
E me erro
Sou
Aquele
Capaz
De
Te
Magoar
Com meu erro
Mas
Aquele
Que
Te
Quer
Bem
Sou
Também
O
Abraço
Que
Não
Te
Dei
Carrego
Em
Mim
Como
Culpa
Aqui
Jaz
Um
Abraço
Que
Passado
O
Momento
De
Existir
Vive
Em mim
Morto
Peso
Bem
Feito
Nesse tal de universo
Somos apenas pequenos versos
Em cada estrofe uma ilusão
Me embargo nessa escuridão
Eu tenho um teorema
O uniVerso é um poema
Indecifrável e contraditório
Instável, inexplicável, transitório
A galáxia e sua imensidão
Transborda ampla solidão
Lamento por ambo pessimismo
Culpa desse mundo estranho
Que nos roubou todo o otimismo
Vos, digo, ainda iremos lutar
Por favor, continuem a acreditar
Que esse tal universo, podemos salvar
Escrevo pra falar de amor
Expressar a dor,
O que é comum aos alheios
Tem em meus olhos esplendor.
Narrativa da vida
Sem ponto de partida.
Se por aqui tudo finda,
Fica a obra do autor.
O épico é interpretativo.
Deuses, imortais e heróis
Mas falo de meros mortais se amando, sentimentos de um doce finito.
O propósito é alcançar, sim
Alma carente de paixão.
Paixão pela arte, em parte
O que venha a tocar o coração.
SETEMBRO LINDO
___Quando nasce uma flor
O mundo se ilumina
A natureza é pura emoção
E a vida se transforma em poema.
Quando nasce uma flor
A janela se abre para o poema
O poema transforma o poeta
E as flores alegram os corações!
O poema se transforma em amor
A natureza faz o homem feliz
Setembro é um lindo poema
Quando nasce uma flor!
_________________DelzaMarques
CANÇÃO MÍNIMA
No cerrado do planalto
brotam quimeras de cetim
E, no teu traçado, asfalto
canteiros, em um jardim
E, no jardim, o horizonte
ao longo, ilusão sem fim
Assim, Brasília, sem monte
desabrocha na cor carmim...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano
Sua História
Seus olhos são como a terra
Se feri-lo, não te olharás mais.
Seus cabelos como caracóis
São ondas do mar de lágrimas,
Que te abraça e te conforta
Quebrando todas as barreiras
Dos conceitos invejados.
A história que foi perdida
Em você é resgatada
No teu cabelo armado
Numa luta disparada,
Disparada contra o sistema
Que impõe o alisamento
Fazendo perder a cultura
Dos afrodescendentes.
Todo tipo de repressão
Você deve entender
Te reprime para evitar
Que você alcance o poder.
Você não é inferior coisa alguma
É injustiça que você sofre
Sofre por uma ideologia racista
De uma raça ignorante e pobre.
Minha força.
Inspirada em um conto
onde apenas um conseguiu ler.
Uma mulher guerreira,
que sua coragem
na sua voz pode-se ver.
Traços perfeitos,
com uma voz atraente.
Domina meu pensamento,
até mesmo quando estou ausente.
O coração é tão lindo
quanto a sua beleza.
Lindo pelos sentimentos
e a sua gentileza.
As palavras de conforto
que eu recebo de ti
só me faz ficar mais forte.
E querer você para mim.
Os anos vão se passando
E o amor prevalecendo
Porque não esquecemos jamais
Dos momentos que tivemos.
A distância é o que fortalece
Porque tem um por que
Fortalece porque estamos construindo
Um futuro para se viver.
Naveguei como os melhores navegadores em suas expedições.
Corri como maratonistas corriam por um grande prêmio.
Escalei a maior das montanhas como os melhores alpinistas.
Escrevi como os maiores poetas.
Lutei como os melhores pugilistas.
Me diverti como o maior dos palhaços.
Amei como o mais sublime dos românticos.
Cheguei até onde outros já haviam chegado, e nunca além disso.
Morri, e nada de novo vislumbrei.
Sou apenas um dos outros, somente porque não dei um passo a mais do que eles.
QUEM SOMOS
Quem somos? Poeira
Despidos
Singelos hora primeira
No equilíbrio divididos
No querer o poder
Revestidos
De variedade no viver
Da semelhança providos
Porém,
No ir além, a nós permitidos
O mal e o bem
Façam as escolhas!
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano
AS PESSOAS MADURAS ENSINAM APRENDENDO A AMAR
Se o desejo ou a libido é o que move a vida; e se só desejamos o que não temos, então o amor não é “completude”, como muitos acreditam, mas “falta”: uma busca constante. E por dois motivos:
1- Na juventude, ainda que existam exceções, buscamos a beleza física;
2- Quando amadurecemos, todavia, muito além dela, buscamos também a beleza da alma.
Ou seja, se os jovens amam, eles amam porque desejam amar; e se as pessoas maduras amam, elas amam porque ensinam aprendendo a amar.
Lagrimas
Eu só choro por não ter motivos pra chorar;
Sequei as lagrimas quando vi que a dor que me faz chorar não é maior que a vontade de continuar;
Porque chorar por alguém que não chorou por você?
Porque chorar por alguém que quis não te querer?
Apenas acredite que tu tens de acreditar;
Que a dor e o desespero não são dignos das lágrimas que caém do seu olhar;
Acredite, tu tens de acreditar;
Que o olho no olhar firme é o símbolo do sonhar;
Lagrima, é um líquido produzido pelas glândulas lacrimais que serve para limpar os olhos, segundo a ciência;
Mais pra mim significa o desespero de alguém que se deicha levar pela sua inocência;
Alguém que chora pelo outro porque abandonou-o movido pela delinquência;
Seque as lagrimas pois quem te fez, te fez a sua imagem e a sua inteligência.
A SOMBRA DUM PEQUIZEIRO
Fugi da sequidão
do mormaço, do calor grosseiro
busquei, na beira do ricão
a sombra de um pequizeiro
O fumo no céu embaçado
ar poeirado, era paragem
e na imensidão do cerrado
o horizonte, uma miragem...
© Luciano Spagnol
Poeta do cerrado
Setembro, 2017
Cerrado goiano
Desejo.
Diz-me onde estás!
O que estás fazendo agora?
Quero-te junto a mim.
Para amar-te como outrora.
Vou seguir-te além do horizonte.
Senti o calor da sua respiração.
Embriagar-me com o perfume de seu corpo.
E beijar-te com toda afeição.
Vejo seu rosto em cada estrela.
Sinto seu perfume em cada flor.
Tão bela a sorrir para mim.
Como a dizer: te amo, meu amor.
Açoita-me com seus carinhos.
Aprisiona-me em seu coração.
Mantenha-me refém de seus beijos.
Liberta-me dessa prisão: solidão.
A chuva vai cair.
As flores, irão florescer;
Os pássaros cantarão;
Então, amarei você.
A noite chegará;
E a lua, com mágico explendor!
As estrelas, altivas no céu;
Iluminando nosso amor.
Mesmo sob pingos de chuva;
Ou no negrume da escuridão,
A luz de seus olhos será meu guia!
E meu destino, seu coração.
Ainda que não haja flores.
Nem pássaros a cantar;
Mesmo sob chuva ou sol,
Permaneço a ti amar.
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