Lume
Um Mundo de Sonho/Um Sonho de Mundo
Deslizo pelas rugas dos lençóis,
O lume do dia
Vem brincar sobre o teu corpo.
Olho-te…Espero-te…
Saímos,
Vulgos exploradores,
Com vontade de descobrir recantos
Torná-los nossos.
Naquela loucura infantil
Característica dos amantes.
Conduzida por Ti, sorvo ruelas
Vislumbro varandins a dourar ao sol
Dirigimo-nos ao mar
Sabes sempre,
Adivinhas sempre, onde quero estar!
Sol, areia e salpicos salgados.
Envolto pelas lágrimas marinhas,
Reflectes-te em mil pedaços,
Cada qual com o seu brilho,
A sua cor…
As minhas mãos procuram as tuas,
Querem entrelaçá-las, guardá-las…
Hoje, tenho as tuas gargalhadas,
Diluídas na brisa fresca que teima em brincar com os meus cabelos.
Os raios de sol vêm,
Suavemente,
Despedir-se de nós….
Deslizo pelas rugas dos lençóis
E, acordo d’um dia perfeito
No sonho de uma noite.
Lume
Despertas o lume deste amanhecer radiante,
no recanto do templo íntimo,
a vontade de viver.
Onde me busco e só a ti encontro,
te concedo moradia,
e te entrego a minha paz...
Entrelaçando nas horas
corridas,
o enlace das nossas vidas,
fazendo de ti a mais sublime poesia,
irradiando todo o Ser.
ESTRANHO PALADAR
Lembro-me de ti
Na nossa casa,
Desse lume
Intenso, o teu perfume
Que tanto me abraça!
Tudo nos separa
Tanto nos unia,
E agora, cansada
A minh'Alma parada
Canta, chora, fala!
Amargo o teu olhar
Antes era doce
E na minha boca
Muito me sufoca
Um estranho paladar!
Não perca seu tempo adornando-se com ouro na tentativa de tornar-se lume aos olhos de alguém. As pessoas só vêem o que querem.
Tem gente que por onde passa parece vaga-lume, vai deixando um rastro de luz! Tem gente com perfume de flores, e quando chega o ambiente perfuma feito jardim em primavera. Tem gente cuja presença é conforto e traduz as palavras e gestos apenas no olhar. Tem gente que DEUS manda de presente porque tem alma leve e traz uma paz imensa quando está próxima. Tem gente que quando estão perto da “gente”, os pesos ficam leves, as dores aliviam e atraem coisas boas... Essas “gentes” DEUS enviou como benção para aliviar a dor da gente
LUME
Tempestades me seguem,
mas não me atingirão!
Somente nos sonhos ficarão.
Minha noite tem estrelas!
.
Revejo
Sentado em minha poltrona, posta bem
perto do lume, revejo os escritos teus
que ainda guardam teu perfume.
Coisas lindas me dizias, e eu com muito
amor as guardava.
Eram o alento que eu tinha quando o teu
amor me faltava.
Um dia, sem palavras partistes.
Com a esperança da volta, fiquei.
Os dias longos de espera, as noites tristes,
vivi.
Ainda hoje olho o que ficou, seguro
contra o peito estas folhas, que sustentam
o pouco de ti, que me restou.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
CAROL
Óh frasco bonito de mais perfumado perfume
Ao brilho da luz, um lume
E arcano perfume assim dás
Nos teus cabelos encontrei uma mina
De mineral desconhecido
Tua boca tem gosto de léshem
Sem a minha nem léshem
Descubro o teu castelo de fadas
E no prazer, por favor me fadas
Vou trabalhar no vaso qual oleiro
Alisando, esculpindo a forma
Dando as saliências com as mãos puras
Beijando da boca da realização
E comendo a tua semente com a tua fruta
Doce no paladar de águas
Represadas em tua cintura
EDSON CERQUEIRA FELIX
Perdidamente só sentia-me
Entre tantas, só mais uma alma apenas
Banhada pela casta lua em lume
A exalar suave olor de açucenas.
" Kulikehessa, Kukilikita nhyi Kulihana Cesswe, Ce Capwissa Muthu hanga apwe lume Muthu wa muene mwene(Línguagem txokwe)
Humilitas, Devotio, et Sacrificium. Homo Facit(latim)
Humildade, Dedicação e Sacrifício. faz Homem"
Deslizo pelas rugas dos lençóis,
O lume do dia
Vem brincar sobre o teu corpo.
Olho-te…Espero-te…
Saímos,
Vulgos exploradores,
Com vontade de descobrir recantos
Torná-los nossos.
Naquela loucura infantil
Característica dos amantes.
Conduzida por Ti, sorvo ruelas
Vislumbro varandins a dourar ao sol
Dirigimo-nos ao mar
Sabes sempre,
Adivinhas sempre, onde quero estar!
Sol, areia e salpicos salgados.
Envolto pelas lágrimas marinhas,
Reflectes-te em mil pedaços,
Cada qual com o seu brilho,
A sua cor…
As minhas mãos procuram as tuas,
Querem entrelaçá-las, guardá-las…
Hoje, tenho as tuas gargalhadas,
Diluídas na brisa fresca que teima em brincar com os meus cabelos.
Os raios de sol vêm,
Suavemente,
Despedir-se de nós….
Deslizo pelas rugas dos lençóis
E, acordo d’um dia perfeito
No sonho de uma noite.
desviassem filamentos de pedras pomes ao lume
que mergulha o meu corpo violino
na devassidão das noites picantes conseguiria modelá-la
e antes disto ouvi-la transpirar estanque potência
entretanto faço parar o giro desse sol
em espiral indolente
para encher o tempo com sabor corajoso
solto-me do soluço maníaco
de um mar afrodisíaco dedal
tanto se mente a si mesmo como devora
o chilrear do aroma azul-celeste divertido
dessa alma apêndice a apêndice embalada
desculpem-me
se cravo as estrelas estrondosas à desprendida lua
sonâmbula
e a minha maciça boca tinge-se da alcova
entre o aconchegante céu de portas amordaçadas
onde potente tudo perdoo
À Lareira da Infância -
(EU)
Na casa
do Outeiro,
junto ao lume
que se ateia,
sentavam-se
à conversa,
à hora
da ceia,
meu Avô,
minha Avó
e a Tia
Josefa!
Era eu
uma criança,
jovem entre
velhos,
cheio d'alegria,
Amor e Esperança!
Tanto calor
que me vinha
da lareira
da Infância!
Um leve odor ...
E a Tia
Josefa,
branca,
imponente,
lânguida,
serena,
sisuda,
começava
a conversa!
(PARA MEU AVÔ)
Ó meu irmão,
que fizeste tu
da alegria
que pela
Vida fora
te conhecia?!
Às cores
do teu rosto
que o Sol
ardente
te havia
posto?!
Essa
expressão,
risonha
e calma,
que me alembro,
a força
do teu corpo,
a Vida
da tua Alma!!!
Onde,
meu irmão?!
Onde?!
(EU)
E estoira
a lenha
na lareira
da Infância!
Meu Avô,
atento,
ouve a conversa,
e responde,
fixando
a Tia Josefa!
(MEU AVÔ)
Estou velho
minha irmã!
O tempo
passa ...
Mas como
as bagas
da Romã,
a memória fica
junto ao Coração,
imersa, arreigada,
numa imensa
solidão!
E ai do Coração!
Ai do Coração!
(TIA JOSEFA)
É Verdade
meu irmão!
É Verdade ...
Fica a saudade...
Nossa mãe,
nosso pai,
já estão
na Eternidade ...
(EU)
E a lareira
da infância
ardia,
queimava
a lenha
da saudade ...
Era lá
que em criança
minha Alma
se aquecia!
E minha Avó,
silenciosa
que estava,
ouvia!
Profunda,
graciosa,
sentia Esperança,
junto à lareira
da infância!
E dizia:
(MINHA AVÓ)
Ouve,
meu Neto,
um dia,
nenhum de nós
aqui estará!
E a tua glória,
será escrever
em verso,
aquilo que
nos ouviste,
junto à lareira
da infância!
Mas escreve
com Esperança,
não te esqueças!
E triste,
ou não,
guarda sempre
na lembrança,
a conversa
da lareira,
que ouviste
à hora da ceia,
à beira
de teu Avô,
tua Avó e
da Tia Josefa!
(EU)
Em volta
da lareira,
os três sorriam,
e minha infância,
momento terno,
era quente,
com a Esperança,
de quem sente,
que aquele instante
podia ser Eterno! ...
Mas a Morte
sempre vem! ...
É breve!
E tudo leva!
Fica a memória
na saudade
e a saudade
nos meus versos!
É esta,
minha unica
Glória!!!!
Ricardo Louro
No Outeiro,
em Monsaraz
É Fato, e Não Fake
Sempre na pindaíba
Ele não tinha necas de pitibiriba
Sob o lume da lua
A calçada era a cama
Com o pé atolado na lama
A morada era a rua.
Mas era um boa-praça
Fumando bituca ou bebendo cachaça.
De repente correu a notícia
Boca a boca pela vizinhança
Para uns era fato
Para outros era fictícia,
Aquela história de herança.
Mas o fato é real
O baiano voltou pra Bahia cheio do cacau.
Mas é fato e não fake
Na Bahia hoje em dia,
Ele até que parece um sheik.
LUME
O amanhã ainda tarda, talvez demore demais,
Para acalmar a saudade, que sua ausência me traz.
Os sentimentos confusos causam maior nostalgia,
Nas águas das minhas lembranças, soçobram as alegrias.
Velejo no barco do tempo, sopram ventos da esperança,
No seu abraço o meu porto, que a visão não alcança.
Não há calmaria em meu peito: lágrimas correm revoltas!
Nuvens se movem no céu, todas esperam sua volta.
Busco no olhar um sinal, assim como a luz dos faróis,
Que orientam as naus nos caminhos dos atóis.
Espero que a brisa do mar devolva a mim seu perfume,
Quando em meu coração, o sol renascer com seu lume.
