Logo ali na Proxima Esquina
Moço da Esquina
Lá estava ele,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
Como um tiro certeiro,
À atingir o seu pulmão.
Não digo nada,
Aliás isso não me corresponde,
O moço lá da esquina,
Fumava e pensava longe.
Ao passar ao meu lado,
Uma leve tossida tirar de mim eu conseguia,
E logo olhava de volta,
Pra ver se ele percebia.
Lá ele sempre estava,
Com o cigarro e o isqueiro na mão,
À observar na frente aquele muro,
Cheio de pichação.
Eu não compreendia,
O motivo de tanta solidão,
Ao estar sempre, todos os dias,
Com os olhos cheios de escuridão.
Mas com tudo isso,
Mal eu sabia, que era apenas impressão,
Pois ao atravessar a rua,
Notei a sua simples expressão.
Barba Branca e chapéu na cabeça
Triste olhar com os olhos caídos,
Com os sentimentos todos perdidos,
E lá eu estava, como uma simples criança.
encontre-me aqui perdida
E em cada esquina cai um pouco minha vida.
Queria contigo estar querida
Bater colher e dps sorrir ao te olhar
Sentar lá fora pra gente fumar
Contar histórias de rir é chorar.
No meu peito um vazio que dói
Me faz agonizar
Será q em mim "cê" também faz pensar?
Eu queria segurar teu seio pra dormir
Estrela do amanhã que não é mais minha hoje
Queria vc aqui... Ah se fácil fosse
Voltando
Ausências
Em cada
Rua
Ausências
Em cada
Esquina
Ausências
Por onde
Passa
Ausências
A cada
Instante
Ausências
Por toda
Parte
Presenças
Que
Permaneçem
Nas lembranças
Que sempre
Ficam
No silencio da noite...
O inesperado se aproxima
Nos becos escuros
Em cada esquina
São tantas razoes para temer
Tudo o que o silencio tem pra me dizer
Em cada rua...
O medo caminha alguns passos atrás
Eu sei que ainda é cedo
Mas sinto que já é tarde de mais
Esquina
Não existem manhãs frias,
só céu entristecido.
Não há amor valente,
só uma sorte inexplicável.
É jogo apostando a vida.
É fotografia da cicatriz.
Não se pergunta como está,
basta um vulto de anunciante.
Não há forças segurando,
mas um sonho como corda.
É poesia antes de tudo.
É o sol nascendo de novo.
E sei que os passos irão resistir ao se depararem com o vento.
Farão da correria um espanto desejado.
Será um segredo de duas cidades: eu precisava que viesse em minha direção!
Será um segredo de duas cidades.
Oh minha amada, em que esquina eu a perdi?
Oh minha amada, está esperando por mim?
Oh minha amada, a ti fervorosamente clamo.
Oh minha amada, podes ouvir este homem triste?
Oh minha amada, ainda te verei um dia?
Oh meu amado, tu já perdeste-me.
Oh meu amado, estou a te esperar no além.
Oh meu amado, estou ouvindo teu clamor.
Oh meu amado, posso ouvir e sentir as batidas de teu coração.
Oh meu amado, nos veremos quando tua missão acabar!
Tenho andado pela mesma esquina todos os dias.Sabe aquele segundo que te separa do infinito? O momento no qual você escolhe, continuar atravessando e ver o caos acontecendo,ou parar para o ciclo fluir normalmente?
Tenho andado assim, pensando toda vez que passo pela esquina, se vou parar ou se deixarei o caos acontecer.Na verdade, eu queria ter que andar sem olhar para o chão.
A saudade apertou
Ando por ai querendo ti encontrar.
Em cada esquina fico a te esperar.
Pós a saudade bateu
E apertou meu coração.
Não sei mais o que fazer
Para ti encontrar
Por que ultimamente só
Ti encontro em meus sonhos em meus pensamentos.
Você dominou todo o meu ser.
É como o mar
Que invade o meu pensar.
Mas isso não é o suficiente
Para matar as minhas saudades de você
Por que só posso ti ver
É eu sinto uma necessidade de ti sentir, de ti tocar.
Por isso vou seguindo em frente
Quem sabe na próxima esquina eu possa ti encontrar.
mais de mim você não sai
pois esta guardado em um lugar muito especial,
em meu coração.
Até onde pode ir o amor de um apaixonado ensandecido, talvez até ao infinito ou até mesmo a esquina de qual quer lugar;
Dobrei a esquina, olhei de lado, atravessei á rua, subi a escada, desci a ladeira, busquei novos caminhos, segui uma nova estrada...cavalguei na relva, pulei a cerca, escancarei a porteira, me aqueci na lareira, corri no campo, pulei no rio, dancei na chuva, escorreguei no mato, nadei com a correnteza, agarrei as ondas, andei com pressa, abracei o vento, senti a brisa, matei saudade, vivi lembranças, desejei passado, olhei pra frente, toquei presente, tentei correr, cair na rua, me vi sozinha...te vi ao longe !
Fui mais perto, olhei em teus olhos, sentir tua boca...deitei em teu corpo, abracei teu rosto, marquei teu cheiro, tatuei teu toque, ouvir teu silêncio, gargalhei com tuas palavras, brinquei de esconde- esconde, cair no poço.
Rolei em teus braços, tropecei em teu rosto...cabelos em desalinhos, coração acelerado.
Paixão desenfreada, amor sem medida, desejo, vontade...
Chorei, não consegui.
Perdi você !
A vida tem algumas quadras tão compridas que mal dá para ver a esquina
Nesta pequena jornada vivida, dividida agora em quadras, vou percorrendo a primeira calçada com apressados passos para chegar logo na esquina, e caminho planejando e decidindo se vou dobrar e continuar na mesma calçada ou atravessar a rua. Em meio a meus apressados passos deixei de ver o velhinho lendo jornal, a cafeteria que abriu, não percebi o cheirinho do pão quentinho da padaria…o gato da menina que caminhava pelo parapeito daquela construção centenária, agora reconstruída…a moça que cantarolava…e a vida que passava…
Na próxima quadra, vou andar não tão com pressa e viver cada metro da calçada…
O amor virou uma banalidade como uma buji nganga qualquer de 1,99, em qualquer esquina você encontra e leva para casa essa bagatela.
O problema é que produtos baratos não tem prazo de validade, não têm manual, dão defeitos, quebram rápido e não têm posto de trocas.
"Onde o Eu Se Desfaz no Nós"
por Sezar Kosta
Na esquina do tempo, onde o sol não se apaga,
nasceu um silêncio que fala, um espaço sem pressa,
um cálice de alma que transborda em nós —
e o meu peito, antes ilha, virou mar,
onde seus olhos naufragam em festa.
Foi ali que o “eu”, cansado e só,
deixou a máscara e se fez ponte,
um traço de luz sobre a água escura,
onde o desejo se fez verbo e se fez canto,
e o medo, enfim, se tornou esperança.
Ah, o amor! — esse rio desobediente,
que não cabe em palavras, nem em rimas simples,
que nasce da terra bruta do silêncio interior,
e cresce, selvagem, entre as pedras do tempo,
até que o mundo inteiro se curva ante o seu encanto.
Naquele lugar, o corpo se fez verbo,
a pele, poema; a respiração, canção,
e o coração, esse velho marinheiro,
aprendeu a navegar na imensidão do outro,
sem perder de vista a luz da própria estrela.
Se o mundo era antes um espelho quebrado,
hoje é um quadro pintado a duas mãos,
cheio de cores que só o amor sabe misturar —
o teu riso, meu abrigo; o teu silêncio, meu verso;
e a certeza de que o “meu” é sempre “nosso”.
Por isso volto, noite após noite,
a essa ilha onde o tempo se desmancha,
para regar a flor que a vida plantou,
onde o amor não se prende, apenas se entrega —
e o eu se dissolve, suave, no abraço do nós.
Há quem queira me deixar louca
Primeiro ache minha sanidade
Perdida em alguma esquina
Bebendo com o juízo
