Livro
A Felicidade do Poeta
No livro que o ano escreve em segredo,
nas páginas que o tempo molda ao vento,
escrevi a terceira, mas desde o começo,
meu pensamento voava em desalento.
Felicidade não bate à porta fechada,
não adentra o peito de grades cercado.
O poeta, com a alma em fogo cravada,
abre-se ao mundo, mesmo que marcado.
Nas palavras, o riso às vezes se esconde,
mas a busca é constante, nunca em vão.
A felicidade, quando o poeta responde,
é sentir o pulsar da própria criação.
Que venha o novo, a página por virar,
e que o poeta, ao escrever seu caminho,
encontre na alma, no ato de criar,
a chave para abrir o mais doce destino.
SimoneCruvinel
"Você já deixou um livro esquecido numa prateleira empoeirada?
Sempre que alguém pensar em destruí-lo ou jogá-lo num canto qualquer, ou até deixar que fique esquecido numa prateleira empoeirada qualquer da vida, pense mil vezes antes de fazer isso. No entanto, não ouse pensar nem um minuto se for para salvar um livro ou tirá-lo da prateleira e lê-lo inteiramente.
É incrível como ele não lhe pede nada, não tira nada de você, lhe dá tudo o que houver nele: palavras e sentimentos.
E você, tolo e distraído, acabou de passar por um deles há pouco e não percebeu o quanto ele quer ser seu amigo e está esperando por você."
Muito do que aprendi está escrito aqui, no livro da minha vida.
Aprendi com minha mãe que não sou todo mundo e a ficar em silêncio quando necessário. Aprendi a ser mãe como ela, a ter educação e a agradecer por isso.
Aprendi com a Cora Coralina a fazer doces (como brigadeiro) e a escrever poemas.
Aprendi com a Clarice Lispector que sou companhia, mas também posso ser solidão. Que sou tranquilidade e inconstância, pedra e coração. Sou abraços, sorrisos, ânimo, bom humor, sarcasmo, preguiça e sono. E também a guardar minha dor no bolso e a cuidar das amizades, dos familiares e dos parentes quando for necessário.
Aprendi com a Frida Kahlo a cerrar as sobrancelhas quando algo não me agrada ou quando me sinto mais feliz do que imaginava.
Aprendi com a Cecília Meireles a escrever sobre a lua e suas fases, assim como sobre as minhas fases, boas e ruins.
Aprendi com a Rachel de Queiroz a gostar de cada detalhe de mim, sem me preocupar para que os outros gostem.
Aprendi com a Lígia Fagundes Teles a ficar sozinha, pois tenho a necessidade de me libertar de tudo e todos.
Aprendi com a Adélia Prado que não tenho tempo a perder, pois ser feliz me consome. Caso contrário, ou eu “viro doida, ou santa”.
Aprendi com a Hilda Hilst a escrever, a falar, a sentir e a recitar o amor.
Aprendi com a Carolina Maria de Jesus que temos um quarto de despejo dentro de nós, onde jogamos tudo, inclusive o amor que nos falta.
Aprendi com a Ana Maria Machado que devemos escrever, aprender a falar e lidar com a criança interior, principalmente com aquelas pessoas que esquecem de crescer e amadurecer.
Aprendi com a Lya Luft que podemos ser mais irmão, mais amigo, mais filho, mais pai ou mãe, mais humano, mais simples e mais desejoso de fazer os outros felizes.
Aprendi com a Martha Medeiros a brincar seriamente de “faz de conta”.
Aprendi com o Fernando Pessoa, meu xará, que “o que chega, chega sempre por alguma razão”. Tenho certeza de que todos que chegaram até mim foram por causa da minha própria maravilhosidade e da minha linda pessoa. Agradeço por fazerem parte da minha vida, e se alguém partiu, foi porque “tudo o que é bom dura o tempo necessário para ser inesquecível”.
Também aprendi muito com Machado de Assis, Carlos Drummond, Mário e Oswald de Andrade, José de Alencar, Castro Alves e outros escritores que li na infância e adolescência. Eles ajudaram na construção do meu saber e do meu ser, tornando-me mais humana e menos ignorante.
Aprendo até hoje com meus pais, irmãos, filhos, parentes, amigos e até inimigos o ato de pedir perdão, me retratar, me desculpar e amar incondicionalmente, independentemente dos defeitos e erros.
E aprendo demais com Chico Xavier, Allan Kardec, Paulo de Tarso, Lucas e toda a Espiritualidade Amiga que se faz presente em minha vida. Principalmente com Jesus, o nosso Mestre, que me ensina a ser eu mesma, a aceitar minha condição de espírito inacabado e imperfeito, mas que posso e devo ser melhor a cada dia da minha existência, ora humana, ora espiritual.
Gratidão!
Sou um livro quase que totalmente aberto! Tem páginas secretas que ninguém conseguirá abrir, mas 99,9% delas estão sempre disponíveis a todos que desejam e merecem ler.
"Contemplar o belo" é um dos conceitos que Augusto Cury aborda em seu livro "O Código da Inteligência". Segundo Cury, é a capacidade de admirar as pequenas e grandes belezas da vida, seja na natureza, nas artes ou nas interações humanas, e é uma forma de promover a saúde emocional e o bem-estar mental. É um antídoto contra a rotina e o estresse, pois nos permite desacelerar e apreciar a vida de forma mais plena. Ele destaca que essa prática pode melhorar a qualidade de vida ao estimular a criatividade, a sensibilidade e a capacidade de viver o presente.
Publicação Medieval
O livro é um mestre que fala, mas que não responde, este livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.A natureza, é o único livro que oferece um conteúdo valioso em todas as suas folhas.
Talvez ninguém mereça, traças se alimentam de papel e letra, há muito papel e pouca letra e, em algumas, muitas letras para pouco papel. Há verdades que é mais perigoso publicar do que foi difícil descobrir e nenhuma medida de tempo com você seria suficiente. Mas vamos começar com o para sempre.
“Plantar uma árvore, criar um filho e escrever um livro são formas de conversar com o futuro, mesmo quando não estivermos mais presentes.”
“Um cachorro ensina lealdade, um filho leva adiante seu amor, e um livro carrega sua voz para gerações.”
Não se deve julgar um livro pela capa. De fato não, mas se você folhear uma página sequer, já poderá dizer algo sobre ele.
Talvez esse livro soe agressivo e seja considerado pesado. Mas acredito que é necessário, visto que o assunto [traição] é tratado como brincadeira, quando, na verdade, é um assunto sério. E nessa balança seriedade/brincadeira, o lado sério quase que flutua, enquanto que o lado da diversão afunda. Por isso devemos colocar mais peso do outro lado, para tentar, pelo menos, equilibrar um pouco essa balança.
Certa vez, em um restaurante, na Bienal do Livro, eu e uma pessoa que me acompanhava procurávamos um lugar para sentar e comer. Havia mesas para quatro lugares, no entanto, nem todas as cadeiras estavam ocupadas, mas em todas as mesas tinha alguém. Uma senhora, sentada em uma dessas mesas, acompanhada de um menino, nos ofereceu para sentarmos nos outros dois lugares restantes. Parecia uma senhora muito boa, do bem, devido a forma como nos tratou, e também como tratava o menininho, que parecia ser filho, neto, ou apenas uma criança que ela estava cuidando. Enquanto almoçávamos pudemos ver a paciência e carinho com que ela cuidava dele e respondia suas perguntas. A serenidade dela fazia com que o clima fosse muito leve, dava para morar tranquilamente naquele momento. Depois que o menino terminou de comer, ela se levantou com ele, se despediu de nós da forma mais leve possível, falou para ele se despedir também, e se retirou. Não sei explicar direito, mas a forma como ela nos tratou ao nos permitir sentar na mesma mesa, a sensação sentida por esse gesto gentil foi tão boa, que deu vontade de fazer a mesma coisa com outras duas pessoas que aparecessem procurando mesa também, assim como nós no início. A sensação foi tão boa, que eu queria que as pessoas também sentissem o mesmo que a senhora nos fez sentir. O exemplo é a melhor forma de ensinar e de aprender. O exemplo nos faz ser o melhor aluno, e parece também fazer com que alguém seja o melhor professor.
Um livro jogado sobre o sofá
O ventilador ligado
Tentando amenizar o calor
Sou eu deitado ao chão
O pó da terra
A poesia nutre o meu viver
Preciso alçar vôo
Sobre a solidão tempestiva
A casa é pequena
A vida é passageira
E não tem como concertar.
Ela é tipo um livro que prende minha atenção no início, me deixa empolgando na metade e me deixa com mais vontade no decorrer da história.
o poema
é pequeno
e cabe na mão
no coração,
no livro
dentro do bolso
na mente,
o poema é livre
e anda por onde quiser!