Literatura de Cordel
Tudo é jogo de cintura no final.
Sorria e espalhe graça
porque o riso escancara portas,
transmite luz e paz,
aviva as horas mortas,
é atitude audaz.
"O Riso"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017.)
"O Tempo é o arrebato sutil
do inesperado vento.
O Tempo é o despir da alma
do que já não faz falta.
O Tempo é enxurrada
que leva o desalento.
O Tempo é o sopro divino
que dita nossa Sina."
"O Tempo"
CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017.)
"Quando eu crescer,
quero ser pequena.
A minha grandeza
desejo levar
em minha essência,
na imortalidade da alma.
Os falsos elogios
abandonarei pelo caminho,
como quem nunca os possuiu.
Ambicionarei apenas
a simplicidade da vida,
porque tudo o que é efêmero
é fardo para a alma."
"Quando eu crescer"
(CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017.)
"Quero abraçar meus medos
e conhecê-los a fundo.
Quero dar todos os beijos
que os guardei em segredo
nos dias moribundos."
"Quereres"
(CORTEZÃO, Marta, B. "Banzeiro Manso. Gramado (RG): Porto de Lenha Editora, 2017.)
A caridade é uma coroa que o capitalismo exibe para lembrar ao dono do dinheiro que a miséria existe como virtude do seu espírito e não como consequência nefasta do seu egoísmo.
Não me dê o fim!…
Quero entrelaçar o infinito
No nosso gozo
Quente, fulgurante de chamas.
Quero me ausentar,
Presentear
Quando preciso.
...
Não bata os olhos,
E não me dê o fim!...
Verdadei minhas mentiras
de tal modo no abismo
mais profundo de mim
que as flores viçosas de plástico
coloriram e perfumaram meu jardim.
Sucumbi às minhas verdades
de modo tão íntimo, tão intenso
que construí com lágrimas
e com lenços
minha torre de marfim.
Vivi de tal modo
todos os meus eus,
que já não sei quem
me dirá adeus
quando eu chegar ao fim.
Se você pudesse
ouvir meu olhar,
evitaria a verdade
que, em minha boca, tropeça.
Se você pudesse ver
a alegria de minha alma,
quando a aurora começa,
amaria o menino
que a noite flecha.
Nada do que crio
serve ao ócio,
serve ao ópio,
serve ao cio.
Nada do que sou
serve a mim,
serve à míngua,
serve ao engano.
Prossigo adeusando
tudo que vejo,
tudo que desejo,
esperando o fechar das portas,
o apagar das luzes,
o descer do pano.
No fim da estrada,
estarei sozinho.
Os amores, os amigos,
os parentes, os saudosos inimigos
já terão me esquecido no caminho.
Terei os olhos vermelhos,
marca de letras nos joelhos
e as cicatrizes dos carinhos.
Sempre aprenda poemas de cor. Eles têm que se tornar a medula em seus ossos. Como o flúor na água, eles tornarão sua alma imune à decadência suave do mundo.
A leitura me faz sentir que realizei alguma coisa, aprendi alguma coisa, me tornei uma pessoa melhor. A leitura é uma felicidade.
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