Lírios
Hortênsia
Hora bendita foi essa,
Onde Deus criou as flores!
Rosas, gerânios, lírios em olores,
Tinha cores e tons daquela floresta!
Éden de Deus, quê maravilha!
Nasceram então novas filhas!
Sim, com suas matizes tanta emoção,
Introduzidas aqui, tocando corações,
As hortênsias, vieram pra nos encantar!
Capítulo XVII — Dá-me uma única lágrima, Camille.
Do Livro: Lírios Do Abismo De Monfort.
A noite parecia suspensa entre dois silêncios. Nenhum vento movia as cortinas, e ainda assim, o ar tremia. Camille estava ali — imóvel, quase transparente — como se sua presença fosse apenas a lembrança de uma presença. A chama da lamparina vacilava, e por um instante, pareceu reconhecer nela o contorno de uma alma que não pertencia mais ao tempo.
Ele, sentado diante do piano, não ousava tocar. As teclas, brancas como neve antiga, guardavam o eco de músicas que só o coração poderia ouvir.
— Dá-me uma única lágrima, Camille… murmurou ele, num tom que não era pedido, mas prece.
Camille ergueu o olhar.
Nos olhos dela havia o oceano e o abismo, a ternura e a dor do mundo.
Uma única lágrima formou-se, hesitante, e deslizou por sua face como se o próprio destino a tivesse esculpido.
Ao cair, não se ouviu som. Apenas um perfume leve se espalhou pelo ar — o perfume da saudade que cura. E, no instante em que a gota tocou o solo, uma brisa varreu o quarto, soprando pelas janelas abertas.
Tudo o que era sombra pareceu recolher-se.
E ele, que antes chorava em silêncio, sentiu a dor dissolver-se em luz.
Camille aproximou-se. Sua voz era quase um sussurro que o coração entendia antes do ouvido:
— As lágrimas, meu amado, são sementes de eternidade. Elas não caem: renascem. Cada dor que se oferece em amor torna-se bálsamo para o mundo.
Então, desapareceu lentamente, como se se recolhesse ao próprio firmamento.
Mas o perfume ficou.
E, sobre o piano, onde antes havia apenas o vazio, repousava agora uma única gota cristalina, cintilando à luz da madrugada a lágrima de Camille guardando em si o mistério de quem chorou pelo amor e curou pela alma.
“Há dores que não se apagam; transmutam-se em luz, e nessa claridade silenciosa, os espíritos se reconhecem.”
Soneto (parte 3)
Carta para meu lírio
Lírios azuis, flores de sonho,
Ternura que o coração sente,
Amor que não morre, não some,
Lembranças que para sempre se sentem.
No jardim da memória,
Lírios azuis florescem,
Trazendo lembranças queridas,
De momentos de amor e paz.
Seu perfume suave e doce,
Enche o ar de ternura,
Lembrando momentos felizes,
De amor e alegria pura.
Lírios azuis, símbolo de amor,
Ternura que não acaba,
Lembranças que ficam,
Mesmo quando a distância separa.
LÍRIOS DE TITÂNIO (Em homenagem a Seres Humanos extraordinariamente excepcionais)
Há almas feitas de titânio.
Sim. Titânio. Leu (ouviu) bem.
Titânio do mais puro que existe,
extraído do rútilo.
Há almas que não se aprisionam.
Nem com síndromes.
Há vozes que não se silenciam. Não.
São vibrações quânticas
do Universo,
que não existem
no mais cristalino verso.
Há estrelas que nunca serão
anãs brancas,
nem buracos negros,
ou estrelas de neutrões.
São inspirações fotónicas
nos berçários estelares,
bem no coração
das Nebulosas.
Há esperança costurada
nos voos das aves
e na proa do vento,
uma determinação
sem espaço, nem tempo.
Há almas
feitas de lírios e violetas,
alfazema e açucenas,
mas, também,
de orquídeas e girassóis.
Há coragem cerzida na "passion" (paixão).
Há superação. Elevação.
Há Céline Dion.
© Ana Cachide Praça (in "Lírios de Titânio")
28 de julho de 2024
Observação: Uma singela homenagem a SERES HUMANOS extraordinariamente excepcionais.
"No meio de LÍRIOS TAMBÉM NASCEM CACTOS, dentro de famílias estruturadas também nascem filhos problemáticos, ao invés de proporcionar alegrias aos seus pais, proporcionam sofrimento. Alguns vão parar na prisão onde não há sofrimento maior a não ser a doença"
Deus me trouxe a luz que ilumina meu caminho, me fez contemplar os lírios do campo, na fragrância de suas pétalas encontro a força de um leão e a habilidade de um guerreiro e supero os desafios da vida.
No vaivém da eternidade
Rosas
Cravos
Margaridas
Cactos
Lírios
Ou bromélias...
Florescem e enfeitam a primavera da existência
Meu coração é sistema excretor de versos
Que nos campos de lírios diversos
Esvaece sem sentir dor.
Meu coração é herança da criança
que dança no adro da esperança
da traça, da trança.
Meu coração é de pedra
Até o abstrato engendra
Na fonte que bate ao morrer.
Meu coração é uma obra prima
Que de tanto carecer de rima
Por muito tempo deixou de bater.
Meu coração é parnasiano
Quase que de ano em ano
Deságua na fonte de quem o amou
Se dele por hora me afasto morro
Assim como em morro morre o asfalto
Morro doce ao viver.
À Fausto.
Aleksandro Silva
Bom dia
Que este amanhecer te traga a certeza de que, assim como os lírios no campo, os desafios são temporários.
Em cada fase difícil, há uma lição a ser aprendida e uma força a ser descoberta.
E nas boas fases, há uma oportunidade de ajudar e semear amor.
Lembre-se, tudo é passageiro, inclusive a dor.
Que você encontre conforto no presente e esperança no futuro.
E que Deus nos abençoe.
"Os lírios e girassóis deste país, jamais explicariam o balanço dos teus cílios nas noites de verão."
Noites quentes me lembram você, as estrelas observavam o balanço dos nossos corpos em um ritmo exageradamente desequilibrado.
Se elas gostavam, não sei.
Mas toda noite elas apareciam e a cada movimento do teu corpo elas brilhavam um pouco mais.
Provavelmente se apaixonaram...
A DONA DO CAIS.
Tú és lírios dos vales flores do campo,sol de verão,a vela da escuridão perfeita são as curvas do teu corpo,lindo e o céu da sua boca,suave são os toque das suas mãos doçura é o gosto dos teus beijos.
Tú és dona da perfeição a dona dos meus sentimentos,um minuto ao seu lado seria uma eternidade,tú és o gosto do pecado,um cálice feito pelas mãos divina.
Teu olhar fascinante teu corpo seduz tuas unhas fere feito navalhas navegantes em meu mar tú és singela,a minha atração,a dona do meu cais.
Tú é a mulher que despia suas vestes e satisfaz a minha vontade,tú é simplesmente a dona do cais,onde estaciono meu barco
Lágrimas do fundo da alma
Dum rio profundo que clama
Lírios como a paz nos encantam
Frações de alegria que marcam
Lua linda me faz flutuar
Apesar da noite, sem magoar.
Tenho Lirios
Tenho Lírios nos olhos,
da água ... Os Lindos delírios
e algumas orquídeas
Sobre a mão
Qualquer dia
Uma borboleta
Pousa no meu jardim ou
Talvez nas rosas
Que floresceram
em meu coração.
Jasmin, tulipa e até lírios
Uma mais linda que a outra
Mas a rosa é sempre a escolhida
E as outras esquecidas.
Lírios de fogo envolvem
o desejo embalado no silêncio,
Quero ouvir muito a sua voz
sussurrando o meu nome,
Te quero sempre e hoje
com o selo amoroso
do nosso rito potente,
Não há nada que perturbe
o quê a gente sente
e no absoluto já é vigente.
Eu me tranquei no banheiro. Respirei fundo. Dei meia volta e olhei fixo no espelho. Maldita seja, eu disse a mim mesma. Maldita minha aparência, maldita minha cabeça com esses pensamentos auto-destrutivos, malditas as pessoas que falam dos demais como se suas palavras fossem armas de brinquedo, que não ferem. Malditas as garotas, lindas, magras, carismáticas e livres que se permitem ser tudo e fazer o mundo crer que elas são a melhor escolha. Malditos os homens que não entendem que muitas dessas mulheres são um frasco vazio, enquanto por aí, existem tantas mulheres lindas por dentro, esperando florescer como os lírios, esperando ser descobertas, esperando ser observadas. Maldito o momento em que decidi ancorar novamente minha vida, em vez de usá-la como um meio para conseguir o que quero. Maldita minha confiança que me faz pensar que nada vai querer me prejudicar e ao final, sempre tem alguém disposto a fazer isso. Maldita a hora em que me apaixonei por homens de lixo que me deixaram quebrada em mil pedaços outra vez, como se não se importassem, como se eu não fosse humana. Maldita hora que paramos de amar a nós mesmas, e não apenas o que vemos refletido no espelho, mas também quem somos quando estamos sozinhas. Maldito o relógio que está correndo e eu aqui trancada, sabendo que tenho que voltar e não chorar, sabendo que não devo falar sobre minha vida, pois ninguém quer saber. Apenas sorrir, isso devo fazer, sorrir com essa maldita máscara que escolhi. Silêncio. Tudo está aqui, em meus olhos, esses que olho todos e ninguém, absolutamente ninguém. Ninguém vê nada.
Todo Deus tem o adorador que merece! Talvez seja por isso que Ele cuida mais dos pássaros e dos lírios do campo que dos seres humanos. Acho que o homem tem coisas mais importantes para fazer ao invés de ficar defendendo seu Deus.
E vi um tempo, sem tempo.
Tempo de eternidade, sem cansaço!
O vento parou. Não há mais fracasso,
Para todo o sempre…
Porque as amendoeiras, do Algarve, voltaram.
E há flores, nelas lá!...
E os laranjais floresceram!...
Também em Leiria, os desaparecidos, pinheiros voltaram.
Em Monchique, o jardim da Portela do Cano, floresce.
As açucenas, já perfumam!...
Na roseira, a rosa cresce.
E no Vale do Linho,
Como em Monção, nos canteiros e socalcos,
Há lírios, que crescem…
Os campos de cevada e trigo,
São grandes e muitos,
Como no tempo do tempo, antigo…
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