Linha Reta e Linha Curva
FLORES FELIZES
- Sejamos felizes sem mentira
Sem desafeto, sem ilusão, sem amor
Afinal amamos todas aquelas flores
Aquelas que nascem entre rochedos
Flores que não hesitam em desafiar
A secura das folhas na brutalidade das pedras.
Sejamos livres de todas as palavras que nos ferem
- Da angústia que chega sem aviso
E da maldade que nos assombra todos os dias.
TASCA MORTA
Escreve por descaramento
Onde afoga-se entre surdos
Roucos, porcos e sujos
Sem estatuto dum louco
Parvo de vício já sujo
Vazio de troncos podres
Mão do homem fracassado
Revoltado com o café da manhã
Pão seco sem cheiro que revela
Torna-se ópio da boca pobre
Abdica espontaneamente da alma
Chora tantas vezes em seco
Perdeu a conta às lágrimas
Que já derramou pela vida
Choro negro de tanto riso
Nos degraus de pedra dura
Altar para tapar a minha urna
Último abrigo num inferno
E afinal morto já ele estava.
APRENDER
A vida é bela
- Ela não é um inferno.
Mas o que nós todos fazemos dela sim.
Muitas vezes os passos que damos
- São maiores que as nossas pernas
E têm sempre consequências lastimáveis
- Temos muitas vezes inveja e não devíamos ter.
Nossa vida é feita de escolhas e de atitudes.
- Sofremos e sofremos mesmo
Porque acreditamos no que queremos ver.
- Sente vontade de chorar ?!
Chorar não vai mudar nada...
Afinal vimos um rio, onde só existe uma gota.
- As vezes quando a vida não corre bem
Pode ser que aconteça coisas maravilhosas
- Se não tentar não culpe a vida
Por tudo que não sair como quer.
Mesmo que não haja intenção, imagino que a extroversão e a inconveniência andem praticamente de mãos dadas. Sendo assim, cuidado. Essa linha é muito tênue e por vezes escorre pelo pior lado do muro.
AMO-TE
- Amo-te
Tenho tantas palavras para te dizer
- E procura-as
Nos espaços fechados, abertos
- Onde guardo-te
Na solidão perfeita das palavras
- Amo-te
Nos versos alinhados da poesia.
AMOR
Costuro todos os meus sonhos
Bordo todas as lembranças doces
- E desato os nós de toda a minha vida
Espanto do olhar nas fluidas avenidas
Tardes que oscilam nas obscuras vidas
- No limiar dos campos com os seus novelos
Na procura eterna da luz de quem precisa. (---)
Eis a filosofia da Arara Azul (Anodorhynchus hyacinthinus): Abraçar a linha que cruza o Equador. Beijar o Atlântico. E guardar no peito um único Amor.
Minha cabeça vai de chuva á sol,
De norte a sul,
Do capitalismo ao socialismo,
DO frenético ao pacato,
Do bem ao mau...
Não existe uma linha tênue que separa meus pensamentos.
Eis de ser sempre a linha ?
Brincando de cai não cai tem uma lágrima presa a minha linha do tempo. Ora quer ela despencar sem para quedas. Mas, antes presa a algo que ainda não sei o que é, ela deve estar escrevendo nas paredes do peito com a ponta de um compasso....a palavra dor.
Andar na linha...
em busca de um ponto final
pausa, vírgula, ponto e vírgula.
Nossas vidas formam um elo, corrente,
engrenagem em que um depende do outro para movimentar-se e sobreviver.
Ninguém é uma ilha, ilusão de quem pensa ser autossuficiente.
O que buscamos para nossas vidas, o que o destino nos reserva?
Pensar muito da um nó difícil de desatar.
Melhor viver cada dia como gotas homeopáticas.
PÉS DESCALÇOS PASSOS FURTIVOS
Pés descalços em passos furtivos
A chuva cobre-me na indecisão do tempo
Horas reprimidas na sonolenta noite
Instantes de esperas que escraviza a força
No silencio estremece o caminho da alma
Reticências cúmplices nos passos furtivos
Beijo faminto de um solitário ceifador
Que prega na escuridão da nossa mente
Amanhece por caminhos desconhecidos
Nas esquinas dos pensamentos sombrios
De devaneios surdos em pérolas perdidas
Insensatez desejada entre as rimas das palavras
Tatuada no contorno da alma dos pés descalços
Passos furtivos do lobo refém no corpo adormecido
Entre por leves caminhos nas margens do rio que tenho
Palavra sussurrada de gestos, de anseios noturnos
De estrelas, nas noites e nas manhãs desvanecidas
Pés descalços horas reprimidas na sonolenta noite
A chuva cobre-me os meus passos furtivos.
MÁGICO LIVRO
Sou um livro mágico
Que tu nunca leste, nem iras ler
Páginas recheadas de amor
Sou uma história que não conheceste
Disfarcei-me num livro de amor
Mas tu nem te deste ao trabalho
De olhar, de o abrir de o tentar ler
Se ao menos o tivesses lido
Terias amado e entendido o meu amor
Recebi abraços, sem ser os teus
Afinal escolheste outro caminho
E morreste sem teres lido
Ou vivido esse amor.
Lagrimas escorrem em meu rosto, pensamentos se espalham em uma linha de tempo no qual nem sei quando posso parar.
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