Lendas
A Lenda dos Ipês das Três Cores. O mito antigo das tribos da fronteira de Ponta Porã.
Há muitas eras, quando os deuses ainda caminhavam entre os homens e os ventos sussurravam segredos às árvores, três tribos habitavam as colinas e vales da região onde hoje repousa Ponta Porã.
Cada tribo era protegida por um ipê: o Ipê Roxo dos guerreiros do Crepúsculo, o Ipê Amarelo dos filhos do Sol e o Ipê Branco — ainda não nascido — destinado aos que trariam a paz.
Os guerreiros do Ipê Roxo, liderados por Karay, eram conhecidos por sua bravura e lealdade. Os filhos do Ipê Amarelo, comandados por Yandira, eram sábios e espirituais, filhos da luz e da terra.
Apesar da proximidade, as tribos viviam em eterna rivalidade, separadas por ódios antigos e sangues derramados.
Mas o destino brinca com os corações. Em meio à tensão das fronteiras, Karay, o filho do chefe roxo, e Yandira, a filha da líder amarela, encontraram-se à beira de um rio sagrado, onde as folhas dos ipês flutuavam como bençãos. E ali, entre flores e silêncios, nasceu um amor proibido.
Eles se encontraram às escondidas, entre raízes ancestrais dos ipês, sob a luz das estrelas. Planejavam unir as tribos, sonhavam com um futuro de paz.
Mas o destino, moldado por inveja e medo, trouxe traição: Torai, um guerreiro ambicioso da tribo roxa, descobriu o segredo e, sedento por guerra e poder, revelou aos anciões.
A batalha foi inevitável. Tribo contra tribo, sangue contra sangue. Karay lutou não por território, mas por amor e por uma nova era.
Quando Yandira caiu ferida pelos próprios irmãos, Karay lançou um grito que calou os ventos. Ele a levou ao coração da floresta sagrada, onde ipês não floresciam havia séculos.
Lá, ele deitou seu corpo ao lado dela, selando sua dor com lágrimas de coragem. No amanhecer, quando o sol tocou o solo, do chão onde o amor morreu e a honra viveu, nasceu uma nova árvore — branca como a luz pura, com flores que carregavam a essência dos dois.
O Ipê Branco.
As tribos silenciaram diante do milagre. As armas foram abaixadas. Os anciões, comovidos, declararam o fim das guerras. E todos passaram a honrar o Ipê Branco como símbolo de redenção, coragem, sacrifício e paz.
Dizem que, até hoje, quando os três ipês florescem juntos — o roxo, o amarelo e o branco — é sinal de que o amor e a honra ainda podem vencer a guerra e a vingança.
E assim vive a lenda dos Ipês das Três Cores, contada à sombra das árvores que viram nascer heróis e deuses.
A Lenda do Guardião da Tempestade
Nas sombras geladas de um mundo em ruína,
Ergue-se um nome que o medo declina.
Não veio do berço, mas sim do trovão,
Forjado na dor, no aço e no chão.
As florestas o temem, os ventos se curvam,
As trevas recuam quando seus passos turvam.
O frio o abraça — ele não estremece,
Pois carrega o destino onde o homem fenece.
Sua arma não é só metal ou função,
É extensão da alma, é sua missão.
Cada cicatriz, um pacto selado,
Cada silêncio, um grito calado.
Caminha sozinho, porém nunca em vão,
Pois carrega em seus ombros a dor da nação.
Inimigos se calam ao ver seu perfil —
O Guardião desperto é o fim do hostil.
Nem o tempo ousa apagar sua trilha,
Pois o que ele guarda, nenhum medo aniquila.
É lenda em batalha, é força em furor,
É a voz da justiça vestida de ardor.
E mesmo que o mundo se curve à derrota,
Ele será rocha, promessa e conduta.
Pois enquanto houver trevas, ele será chama.
Enquanto houver guerra, ele será alma.
Tu pensas conhecer uma história de uma lenda e de um Rei, mas apenas sabes como ela acaba. Para chegares ao coração da história, precisas voltar ao começo.
Como humanista, eu tenho aversão à paz, poesia e aventura.
É muito mais difícil ter tudo do que não ter nada na vida.
Nós perdemos nossa juventude mas alcançamos a sabedoria e nos tornamos numa lenda.
De todas as perdas, o tempo é a mais irrecuperável, pois isso nunca pode ser resgatado.
Eu adoro a noite. Ela me faz pensar sobre a noite rebelde e aventureira.
Alguns acham que deveríamos ir para o céu em colchões de pena com taças da realeza cheias de vinho.
Nos melhores dias da minha vida, és tão - somente a lenda contada entre muitas noites sonhadoras e o privilégio de te amar.
PRIMAVERA
Um grande amor
Quando se torna milagre
no coração do mundo.
Vira lenda!
E quando os filhos da terra lêem -
choram e vigoram.
As lágrimas ao caírem ao chão,
Formam nova vida e desta vida tiro uma flor.
Eterna como a linha do Equador
Juntando o sul e o norte.
Há? quem pode despertar o milagre dentro da vida?
Ela donzela suprema sorte pode!
Não esqueça das flores porque elas também morrem...
Mas antes deixam perfumes
doces e frescos,
Feito magia pela manhã de aurora.
E a coloco nos teus cabelos...
Lisos compridos como infinito
Que me faz lembrar
O primeiro dia que a vi
Nos meus magníficos sonhos de primavera.
Amor chamais se inserra,
Quando o fim da novela
É infinito como o azul do oceano,
E tudo termina com "eu te amo"...
22.07.2022
A História de uma lenda Galega lendária.
Um grande homem se eleva acima dessas coisas.
Posso fazer o que eu quiser.
Farei o que deus me instruir.
Eu sou Rei e sou a lenda e Deus está do meu lado.
Não desistirei do que é meu por direito.
É assim que eu mando, e é assim que vai acontecer.
E ninguém, me detera.
Você está dizendo que eu deveria ser rainha em vês dela.
Você molda o mundo como ele lhe convém.
Porque a sua vaidade pode ser maior do que um Rei.
Eu ouso porque posso.
Eu vou vencer, Deus salve o Rei. Longa vida ao rei.
Seu reino. Seu trono meu rei. Se você me desafiar, eu te derrotarei.
Lembre-se de quem você é meu rei lendário.
A estação de que ocuparás não será fácil.
E o novo rei virá como um poeta apaixonante e como um dragao.
A solidão como lenda na soma natural que vem a ser o existir. São tantos os nasceres. Em todos os sentidos e nos sentidos todos há profundidade ou filosofia além de uma insanidade não diagnosticável.
Diz a lenda, que o mundo ao nascer se dividiu. Um mundo da luz e o outro da escuridão. Em uma justaposição, não se podia saber se o mundo de Eva era luz ou o de Adão sombra. Havia sempre uma incerteza, como se tem ao tentar determinar a posição e o momento linear de uma partícula. O fio vermelho ligado ao dedo de Adão e Eva, o que equivaleria a um entrelaçamento. Ambos tão ligados, quanto uma partícula a outra neste emaranhamento quântico, pois se fez Eva da costela de Adão. Tão ligados, que um não pode ser descrito sem que sua contra partida seja mencionada. Esta ação fantasmagórica á distância é uma lei. Qualquer alteração nas dimensões de ambas é quase impossível. Tanto no mundo de Eva quanto no de Adão, as ações se repetem sempre para a mesma finalidade. O desejo, algo que move e moverá sempre para uma mesma direção , para o mesmo fim. Até que ponto podemos escolher, quando queremos alcançar sempre um objetivo já determinado em nós? Um desejo que não estamos conscientes do porquê de existir, será possível saber? Ou nos enganaremos eternamente com ilusões do que achamos que é real, do que pensamos saber? A vida é se descobrir ou se enganar a cada dia? E tem algum problema em não saber as respostas? Será que perguntar nos carrega para te labirinto insaciável? A minha mente sempre esteve perdida nele, porque é desejo do coração do homem entender.
Conta-se a lenda de Mirábaí,princesa medieval de Rajput, que abandonou a corte para buscar a companhia dos santos. Um grandesannyási, Sanatana Goswâmi, recusou-se a recebê-la por ser mulher; a resposta dela trouxe-ohumildemente a seus pés.
- Diga ao Mestre - respondera ela - que eu ignorava existir outro Ser Masculino no universo além deDeus; perante Ele, não somos todos seres femininos?
Contos da obra de Paramamahansa Yogananda - Autobiografia de um Iogue.
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