Julgamento
A sua escuta é singular, mas as regras do respeito e do não julgamento são coletivas (e irrevogáveis).
Há um grande julgamento sobre a depressão, por favor, pare, você não sabe como é o sentir de quem está passando por isso, não pense que é frescura, não existe frescura naquilo que você nem sabe explicar.
*Religião* é o sofrimento e o julgamento que alguém impôs pra você! Uma verdadeira prisão sem grades...
A guerra mora em ser contrário a uma doutrina, sem ela o mundo teria apenas o futebol e a política, como causadores de conflitos.
Quando se é da
terra nesse mundo
o julgamento sempre
acaba sendo mais
pesado para deixar
a cada dia mais o
povo amendrontado,
e nunca o direito
receber crédito
e ser reclamado.
Sempre quis saber
de Milagro por
ser ciente de que
quando ocorre
perseguição política
o mal humano não
elege nenhum lado;
nunca me esqueci
que até assinei um
abaixo-assinado.
Passaram mais de
mil dias e até agora
nenhuma convincente
resposta de liberdade
chegando no caminho,
todo preso político
tem o meu amor
materno como se
fosse meu filho;
porque a vontade
de mudar o mundo
corre direto nas
nossas veias
como cachoeiras
nos meus poemas.
. Barrabás X Cristo
Se você estivesse naquele dia do julgamento de Cristo, à quem você escolheria para a condenação?
Não deixe que a vítima de assassinato olhe nos seus olhos, para evitar que na hora do julgamento ela o reconheça. Assim, será apenas a Palavra de Deus contra a sua consciência.
O tribunal da internet apenas tornou digital o que existe há milênios: a rejeição por pré-julgamento do que não é nosso espelho.
O julgamento
E aconteceu que houve um julgamento inédito, lá na terra dos sentimentos. O juiz era o Equilíbrio, muito conhecido em sua região. Então, logo trouxeram os réus: a Raiva, a Tristeza, o Medo, a Inveja e a Ignorância. Todos eles eram acusados de cometer crimes graves, ao influenciar o comportamento dos seres humanos.
Ao iniciar o interrogatório, a Raiva foi a primeira a ser interrogada. Em sua defesa ela relatou:
- Eu não sei bem o que acontece, só sinto que estou dormindo e, de repente, passa dentro de mim uma onda de energia que de tão grande, queima por dentro. Neste momento, como forma de amenizar a dor, grito bem alto e o resto vocês já sabem!
Seguida da Raiva, a próxima foi a Tristeza:
- Olha, o que eu sinto é um vazio profundo,
onde sou acometida de uma fraqueza intensa. Quando estou assim, para amenizar a angústia eu grito com toda a força, o resto vocês já sabem!
Após terminar, a Tristeza sentou no banco, e veio então o Medo. Ele assim confessa:
- Tenho um problema que não consigo resolver comigo mesmo. A fobia do futuro! Só a ideia de pensar nele me causa um desespero tamanho, que me faz ficar inquieto, então para amenizar esta loucura, eu grito incessantemente, o resto vocês já sabem!
Depois da confissão do Medo, vem a Inveja que depois de muito relutar, se dispõe a falar:
- Meus caros, parece até uma ironia dizer isso, mas eu sinto tanto medo ultimamente! Medo de ser esquecida, e nunca mais lembrada! Assim, para amenizar isto, sou tomada por uma onda de choro, a fim de despertar a atenção de alguém que se importa comigo, o resto vocês já sabem!
Acabando o depoimento da Inveja, vem o último sentimento, a Ignorância, que então
diz:
- Todos me veem como algo ruim, mas isto é injusto ao meu ver. Tudo que prezo é pela minha essência natural! Então como forma de me proteger de qualquer tentativa de mudança, eu me isolo em um canto escuro, vendo os meus olhos e tapo meus ouvidos! O resto, todos vocês já sabem!
Tendo todos os réus falado perante o juiz, este ouviu atentamente cada um, em silêncio. Em seguida, segurando uma caneta, se pôs a rabiscar no papel que estava em sua mesa. Assim ficou alguns minutos, enquanto os sentimentos, ansiosos e com um certo temor, se entreolhavam buscando entre eles um conforto.
Foi então que o Equilíbrio resolve levantar da cadeira, olha a todos no tribunal, respira fundo e começa a discursar:
- Senhores sentimentos, depois de ouvir a defesa de cada um de vocês e, com base na denúncia feita pelo mundo dos humanos, eu os
declaro absolvido!
Percebe o espanto daquela sala cheia, pigarreia rapidamente e continua:
- Os seres humanos são criaturas incríveis dotadas de uma inteligência notável! Desta forma, há uma razão para que estes réus não sejam culpados: eles são meros artefatos criados pelos homens!
- Se me perguntarem de quem é a culpa eu digo, de nenhum dos dois lados! A culpa é de um terceiro fator chamado de "Extremo"!
- Cada sentimento aqui hoje indiciado, se manifesta na essência das pessoas por meio da energia canalizada por estas mesmas, que de acordo com o momento de suas vidas podem ser extremas!
- Ora, a Raiva na dose certa, pode ser uma aliada para se conquistar a coragem e a força. A Tristeza, na medida certa pode instaurar um momento de reflexão com um foco mais espiritual. O Medo em quantidade certa, pode despertar a atenção e resgatar
um cuidado, outrora precário e imaturo. A Inveja? Em uma porção equilibrada ela pode incentivar uma admiração, seguida de um espelho para a motivação em não ficar inerte. E a Ignorância ... em um limiar certo, tem o poder de poupar situações desagradáveis onde possa futuramente, levar ao Arrependimento!
O juiz faz uma pausa, e conclui, olhando para os Sentimentos:
- Mesmo eu absolvendo vocês hoje, não significa que não voltarão a este tribunal! Infelizmente, é preciso tempo para que os humanos entendam o que acabei de explicar aqui. E enquanto não chega o entendimento, inúmeras queixas continuarão a chegar aqui, contra vocês e outros tantos sentimentos!
- Mas lembrem-se que apesar de estas queixas não diminuírem, elas mudam de emissor. Os mais experientes, com o passar dos anos, compreendem a realidade e chegam até mim. Pois acusá-los é a única chance
deles, de alcançarem a liberdade do Equilíbrio!
- Declaro encerrada esta sessão!
Cercados de dedos, olhos e bocas
Mãos munidas de ferramentas
Julgamento, condenação
Dentes furiosos rangem
Espuma nos lábios
Gigantes sombras
Barulhos assustadores
Esmagam o quanto podem
Eu tenho medo
Medo demais
Mas tudo passará
Como tudo passa
Difícil é saber o que restará
Não pegue para si razão absoluta de nada! Não ache que tem a certeza do julgamento, pelo simples fato de convicção própria.
Simplesmente observe, e tente entender tudo a sua volta. Sua visão é apenas sua! Então veja pelos olhos do outro. Somente assim, realmente vai ver que sua razão, é tão subjetiva e relativa quanto sua convicção em tal...
OPINIÃO ALHEIA...
“ Jamais viva baseado na opinião alheia, no julgamento alheio, nas pedradas alheia, afinal, não é o alheio que sorri seu sorriso ou chora tua dor. Todo o alheio que age desta forma é para mascarar sua própria infelicidade e frustrações “.
By: Márcia Melo
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