Ser jornalista: frases que capturam o espírito da profissão
Os olhares humanos deram lugar ao engessamento da informação. De lead por lead, o jornalismo está cheio. De lead por lead, o jornalismo faliu!
Aquela emoção em ir na livraria, ficar no meio da seção de direito e jornalismo. E pensar por um momento desejo tanto isso.
Sou publicitária e sou tão boa no que faço, que encaro o jornalismo como uma brincadeira séria. E dou conta.
P.s: O importante é se divertir.
O chamado ao jornalismo foi aceito por mim há mais de 10 anos. Combatente, defensor, ousado e as vezes até tido como louco. Mas, mesmo com tudo que sofro, é gratificante saber que grande parcela admira o meu trabalho e sabe discernir o joio do trigo
O que confere autenticidade e vitalidade ao jornalismo é a tensão entre a auto-absorção cega do sujeito e o ceticismo do jornalista.
Salvo raríssimas exceções,(não me lembro de nenhuma) o jornalismo no Brasil está dividido entre os que concordam, os que discordam e os que polemizam.
Nenhuma ideia nova, nenhuma proposta diferente.
Para ser mais um fico calado.
"Jornalismo é a chave libertadora do quarto escuro de um país.Ele é a porta da libertação,de um povo sofrido em devassidão,pela corrupção que o faz infeliz. É a mãe que educa para o bem,que não fecha os olhos para ninguém,que atua com imparcialidade no coração".
(Rodrigo Juquinha).
O jornalismo brasileiro vive hoje a maior decadência moral de toda sua história, se valendo da liberdade oferecida pela democracia e alheios as verdades dos fatos, seguem eles sensacionalizando possibilidades, como grandes furos de reportagem.
O jornalismo paranaense, parece estar errando em suas reportagens. Não em todas é claro. Mas a equipe que acompanha a política não está bem. A não sei quantos anos estão malhando ferro frio. Como justificar reportagens tentando macular a imagem de representantes da Assembleia Paranaense, sem resultados. Primeiro o Bibinho, coitadinho. Agora o Justus, que injustos.
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Gosto muito de televisão, principalmente de jornalismo televisivo, assistir o JH e o JN, pra mim, já virou tradição, afinal nascí e crescí com eles. Longe de mim falar levianamente da poderosa e respeitável TV Globo, mas tenho a impressão de que as suas reportagens sobre esse caos que vivemos hoje, 27/05/18, procuram sempre culpar unicamente os caminhoneiros; estão falando o tempo todo dos obstáculos e empecilhos que a greve criou, sendo que na verdade isso não é nada mais que um reflexo da falta de negociação, da falta de vontade de um acerto justo e merecedor do reconhecimento de todos os brasileiros.
Leio sem surpresa a demissão de ícones do jornalismo, gurus do marketing, velhos atores e atrizes que construíram uma parte importante de cada nós desde sempre.
A maioria deles não reclama, talvez porque já esperassem a substituição, mais dia, menos dia, por gente mais jovem, não necessariamente mais experiente, mas que ganham menos ou comunicam-se mais com os jovens que são a audiência.
A fila anda dirão alguns, a renovação é bem-vinda dirão outros e a minha constatação é de que não importa quanto você fez, você será esquecido pela maioria e para alguns essa lembrança será tão somente algumas linhas no Google.
Razão suficiente para não tentar ser o melhor para os outros, a não ser para si mesmo.
O jornalismo deveria melhorar a cultura nacional ao invés de se adaptar, sua influência deveria ser uma receita para a cura dessa grave enfermidade chamada Brasil.
Eu até gostaria que fosse menos, mas o fato é que já faz seis anos. Na época, eu cursava jornalismo na UCPel, e tinha um mundo inteiro para descobrir (sempre se tem, não é mesmo?). Minha vontade era clara: queria trabalhar com jornalismo escrito e fugia do assunto quando me diziam que eu tinha que ir para a televisão, como âncora de algum telejornal. Sempre gostei das palavras e de como elas informam com liberdade. Acho que ler para saber é sempre mais livre e rico do que ouvir ou do que ver. E talvez essa ideia venha desde o tempo da escola, quando a professora chegava, escrevia um fatídico primeiro parágrafo no quadro e terminava com insuportáveis reticências. E a turma ainda tinha que ouvir: - “Sejam o mais criativos possível!”. Eu sentia uma frustração terrível quando percebia que a minha criação só começava depois dos três pontinhos. Hoje escolho as palavras com a cerimônia de quem escolhe feijões na mesa da cozinha. Liberdade caça jeito, já dizia o poeta.
Mas agora é totalmente diferente. Não estou na faculdade, muito menos na escola, estou pedindo licença para retornar, para retomar o que eu deixei quando parti de Pelotas.
Enquanto cursava a faculdade, mandava textos para este jornal e, para a minha surpresa, depois de um tempo insistindo, eles foram publicados. E era uma felicidade imensa poder "me ler" no jornal da cidade. Era uma sensação de ganhar outros que compartilhassem ideias, um anonimato da imagem. Ser esmiuçada em palavras sempre me envaideceu mais do que comprar um vestido de festa.
Na adolescência, tive a oportunidade de deixar o Sul para desbravar outras fronteiras. E como nessa época, geralmente, a gente acredita que precisa sair do lugar para ir mais longe, eu aceitei.
Fui me despedindo aos poucos de cada pessoa que era importante para mim. Quando partimos, nunca sabemos quando (e se) um dia voltaremos. Faz parte da poesia de ir embora, fantasiar um voo sem trégua.
E nunca esqueço quando o jornalista Clayr Rochefort, então diretor de redação deste periódico, me desejando tudo de melhor, mas quase como quem exige uma promessa, recomendou: “Só não deixe de escrever!”
Noite dessas, no meio de um aniversário, recebo a ligação da minha mãe. Achei um canto onde eu pudesse ouvi-la e ela disse que seria breve. Queria apenas me contar que, reformando a casa, teve que desmontar um armário e, numa caixinha, encontrou meus primeiros brinquedos de infância, a roupinha que eu usei com apenas 24 horas de vida, ao sair do hospital, o primeiro lençol da minha cama de “adulto”. Quando minha voz falhou, coloquei a culpa na telefonia. Não seria fácil justificar algumas lágrimas de saudade numa noite de festa. Mais difícil ainda seria conseguir estancá-las. Saudade das origens é um tipo que não tem cura.
Mesmo que algum tempo tenha passado, eu continuei a escrever e hoje, com grande alegria, anuncio a minha frequência a ser debulhada nessas páginas tão familiares.
É que mesmo que a gente voe pelo mundo, encontre outras línguas, outras culturas, outros cheiros e amores, sempre fica num armário guardado, na cidade que nos embalou a meninice, bastante do que fomos. E, principalmente, aqueles que continuam nos vendo com os mesmos olhos de antes. Raízes, rio que sempre corre, mesmo quando a chuva estia, obrigada por terem me deixado ir e, sobretudo, por terem me lembrado de voltar.
Publicado pelo Diário Popular de Pelotas.
