Jeito de Menina com Olhar de Mulher
A PELE
Ela veio ao mundo pequenina
Tão pequenina
Quanto lábio de menina
Alguém a nomeou,
Outro a batizou
E um a namorou.
Ela sentiu dores, feridas
Tão dolorosas quanto espinhas.
Ela aproveitou,
Viu tudo com o seu olhar e brincou.
Ela sentiu o sereno e a chuva
Tão doces feito açúcar.
De estações a estações
Formou-se dois corações.
Que tipo de coração?
A paixão
Tão forte quanto o vento
Que partiu o coração apaixonado
Levado pelas emoções
Que sentiu -se um só lamento.
Ela viveu os últimos grãos
Um ciclo de separação,
A morte teve de levar, e
Sempre uma linda pele viverá
Os últimos suspiros
Após o ato de sonhar.
Se você deixou passar
Sinto muito por você
Ela cresceu, não é mais aquela menina
Aguenta coração
A menina evoluiu
Cheia de charme, anda por aí
Ela dança como ninguém
Um equilíbrio que assusta
Toda poderosa
Empoderada
Mulher de valor
Decidida, ela é foda!
A menininha já foi,
Só existe a mulher.
Poesia de Islene Souza
- Ela
És uma boa menina que sente o peso da exaustiva vida conturbada que vives.
Em seu quarto, na qual conversarias com seus amigos inexistentes;
Ela dizia o quão estava se sentindo cansada.
- "Estou cansada de não poder me expressar, cansada de guardar tudo para mim." disse-a
Ela não consegue sentir confiança
Não consegue se permitir que a enxerguem tão vulnerável, que deixem-a demonstrar suas fraquezas.
- "Mas linda moça, do que tens medo?" disse ele.
- "Sinto medo de ser machucada, estou tão cansada de ser machucada. Tens dias que me vejo no fundo do poço, sem saber como sair mas sei que eu vou me reerguer e tudo será belo de novo." disse-a.
- "Achas que fingindo não sentir nada, um dia vais parar de sentir?"
- "Prefiro fingir que não sinto nada à mostrar minhas fraquezas, e deixar alguém me destruir..."
Mal sabia ela,
Aos poucos estava se destruindo...
Mora nessa menina milhares de segredos...de Sonhos... De amores platônicos, de incertezas e devaneios ... Mas também mora a fé em dias melhores, mora a força, a coragem e a alegria de viver cada dia como se fosse o último ...
Hoje revi a primeira menina que fez meu coração esquentar na infância. Bizarro isso a diferença de idade nem teve relacionamento e quase pergunto a ela se conhecia ela em algum lugar! E tinha visto ela ontem e não tinha lembrado de onde conhecia! Mó viage!😂😂
Amar não é amor
Quando eu era menina, nunca me esquecerei, nunca me esquecerei do assombroso Dia das Almas. Os pensamentos invasivos, as noites silenciosas, vidas e passados revisitados.
Sinto falta de Pedro.../Sinto falta de Átila, de Breno, Rui, Célio, Guto.../?... Todos no mesmo dia... Uma queda só, um abismo só...
Deus sabe o que faz. Venha e observe: não há sequer uma estrela visível, mas elas estão lá. Algumas aparecem pouco, raramente, estão distantes, porém, são os pontos luminosos pelos quais meus olhos procuram, e, quando os encontram, a luminosidade que emitem os confundem. Uma desgraça perturbadora. É quando surge aquele desconforto aterrorizante, dezenas, centenas de outros pontos flutuam furtivos, persistentes, visíveis mesmo a pálpebras cerradas.
Parecem ameaçadores, deveria evitá-los.
A fuga nunca foi uma opção, mas sou induzida pelo desconforto a recuar para algum lugar escuro, desorientada, tateando objetos; eu sei o que vem depois e nunca os procurei por inocência, ou instinto científico.
Por que o faz?
Há uma acne em sua testa.
['*'].
Pontos brilhantes desaparecem; fazem isso com pouca sutilidade e aparente desdém.
.
.
.
.
...
É quando me sinto desgraçada, obscurecida por uma sombra densa, pesada. Também é quando meus pensamentos oscilam, se confundem entre calafrios. Sinta! Meus batimentos cardíacos diminuem, aumentam - ofegantes e agonizantes. Quando eu não mais respirar... Quando será?
Estou frágil, preciso repousar, ela está chegando, ela e as náuseas.
Por que as procura?
A quem?
As estrelas arrogantes. Atente às modestas.
Estou condicionada à dor das belezas mortais.
Não morrerá por isso. Morrerá?
Morreremos: eu e você.
<>
E Tábata? Tábata sobreviverá ao milho, às minhocas, às pedras? Gostaria de perpetuar a vida de minha querida Tábata. Ela me presenteia com ovos saudáveis. Tudo parece rotineiro em sua vida. É uma criatura dócil, oportuna, sempre discreta e humilde.
Tábata morrerá.
Quando?
Quando sua fome superar seu amor.
Eu nunca a comerei.
Há muitas fomes neste mundo. Seria demasiado inoportuno falar sobre esse mal natural enquanto nosso tempo nos reduz à distância.
Gosto do cheiro de sua voz, da aflição pulsante em meus tímpanos, de sua respiração egoista.
Nossos sentidos flutuam, divergem...
Isso, talvez, preserve a acidez de uma saudade inevitável.
=÷=
=
Você viu a beleza da queda?
Sim, estou emocionada. Como descrever a morte cadente?
.?.
Preciso ver Paula, mandar um beijo para Lúcia. Elas estão atrás da lua.
Da lua? Não a vejo desde ontem.
Os dias têm sido nublados. Você sabe: nem sempre sol, nem sempre chuva, frio, calor...
Mas sempre, e sempre, haverá alguma sombra onde pisar.
Sim. E borboletas a voar
Será o casulo uma alternativa inviável?
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Uma visão sinistra de eternidade.
Pose
A menina fez a pose
Pra sair linda na foto
O fotografo caprichoso
Deu um Crick com tal gosto.
A menina esfuziante
Esbanjava elegância
A foto ficou perfeita
Foto linda de criança.
Meu amor, minha menina
Não te preenchas de ilusão
Não se iluda com a rotina
Não se entregue à solidão
Meu anjo, minha criança
Não sofra com a paixão
Se apaixone pela vida
Abraçando a imperfeição
Se a tristeza se aproxima
Não sorria nem tema
Pega o embruho e assina
receba e compreenda.
Neste dia tão especial,
nasceu uma menina de sorriso lindo, cheia de amor e delicada como uma flor.
Menina dos olhos de Deus, que faz a diferença por onde passa. Que o Senhor te encha de luz, de alegria e de graça.
L.e.m.b.r.a.n.ç.a.s
Brincadeira literária com palavras e expressões pré-escolhidas
Ainda menina, corria pelas ruas, pés no chão.
Brincava muito; pulava; pedalava bicicleta com guidão alto que atrapalhava o roteiro de minhas andanças.
Quantas vezes, distraída, estatelava-me por cima de pedras e tijolos. Resultado: esfoliação dos joelhos, além da luxação de dedos e tendões.
Tudo isso acontecia em frente à casa da vovó, que dizia ter nascido longe, muito longe. Num lugar muito frio, cheio de mares e de gente feliz!
A cidade em que nasceu se chamava – e ainda se chama -, Copenhagen, dizia vovó sempre contente.
Sua especialidade na cozinha remete-me às melhores lembranças. Lembro de seu inesquecível bolo de chocolate molhado, assim chamado por seus netos.
O bolo foi adaptado com ingredientes da nova terra, dizia.
A calda que recobria o bolo era levemente picante – sua marca inconfundível, cujo segredo nunca fora revelado às suas curiosas comadres, aos parentes e vizinhos.
Quando, nas noites frias, era indagada sobre tal feito, respondia sorridente e com seu sotaque inesquecível:
__ Hej, godnat, tak (1) pur perguntar, ér u cheirrú dáo ’Dinamarrk (2) ki tragú cómiga i, sempre kipóossuû, ponha’ um pitadãñ nu cardã di chucollate’ parra trazerr meo paisse maiss prróximuû...
Para trazer sua Dinamarca mais perto ainda, e brincar com seus ouvintes, emendava umas palavras dinamarquesas, deixando-as mais longas e à moda alemã, como:
__ Speciallaegeprakisplantaegningsstabiliseringsperiode!!!
Todos riam sem entender nada e, provavelmente, naquela altura de sua vida, nem minha avó querida!
(1) Olá, boa noite, obrigada...
(2) cheiro de Dinamarca
Agosto/2022
Aonde está aquela menina?!
Desconheço se perdeu..
Entre decepção,dores, traumas,que fizeram não confiar...
O que ela buscava?
Simplesmente amar..
Embora as pessoas não notassem, a menina de coração alegre e feliz, que esbanjava vida, devagarinho havia morrido. Ao seu redor cresceu uma escuridão densa e triste, que a luz da vida não era mais capaz de penetrar.
Na infância, menina recitava poesia,
Sua voz, melodiosa sinfonia,
Hoje, em cada gesto, a poesia se faz,
Ela mesma é o verso, a rima e o cais.
Eu e você somos garotas difentes porque enquanto você era a menina que não usava maquiagem ou vestido porque queria se diferente das outra garotas. Eu fazia o mesmo mas eu só estava sendo eu mesma
Lembra daquela menina doce e boazinha que você conheceu? Pois é, ela amadureceu e sumiu... Cansei! A gente cansa de ser boa pra quem não dá valor...a gente cansa de dar amor pra quem não sabe retribuir!!! A menina doce que você conheceu já não existe mais... Hoje sou uma nova mulher e agora meu bem, não caio no seu papinho furado mais não!!!
Eu não sou uma menina má...eu só devolvo na mesma moeda, só retribuo na mesma intensidade o que recebo! Aprendi a ser assim forte, determinada e atrevida. Comigo não tem meio termo e nem enrolação ... Se quer fazer acontecer, se não quer cai fora que a fila anda na mesma proporção!!!
Com suas letras miudinhas,
metáforas e até metonímia,
foi crescendo a menina
em seu canteiro de obras,
cavando com seu suor
tudo que a vida a presenteou,
por ter nascido junto à poesia,
como nasce no jardim uma flor
Ministério são vidas. Estamos trabalhando em favor do bem mais precioso do Criador: A menina dos olhos do Pai. Almas, não têm valor em dinheiro que a possa comprar.
Livro: Servir, o maior dos desafios
