Jardim das-Borboletas
A história é semelhante a de uma rosa que reina em todo jardim. Perdido o viço é cortada e às folhas secas lançadas. É o seu destino e seu fim. Há muita gente vaidosa que vive assim como a rosa. Orvalhada de beleza, ao sol da fama e o som da beleza, sempre em capa de revistas, sem perder o cartaz. Mas, tal como tempo, é fugaz. E ao perder a mocidade, vai sozinha com a saudade, pro retiro da idade.
Não mais verá o manacá em flor, plantado no jardim, perto do quarto. Lembrança com pitada amarga de saudade. Suave é a pena... 🌺 🍃 🍂
Não mais verá o manacá em flor, plantado no jardim, perto do quarto, envolvendo em perfume nossa alegria de carinhos fartos. Também o ipê florido não verás, porque antecedeste a primavera... Ora, saudade, para mim, é um doce-amargo-enlevo, o que vale dizer que até o fim dos meus dias estarei alternando, o doce enlevo da lembrança, com pitada amarga de saudade. Suave é a pena...
Ninguém deve crescer imaginando uma vida cauma tranquila sem lutar. Porquê a vida não é um jardim de infância. A vída é turbulenta suja. É macabra. A vida não quer saber quem não quer saber quem você é ou deixa de ser. Ela vai botar você de joelhos e fazer você chorar lágrimas de sangue. E vai te empurrar pra baixo para sempre. Esperando você se vai aceitar as derrota ou não. A vida é assim ninguém vai bater tão forte como a vida. Mas não se trata de bater forte. E sim de insistir em se manter de pé. Porquê se não a vida te derruba e não te deixa levanta
A solidão é como uma flor em um imenso jardim, por mais linda e perfumada que seja, ao escurecer junto com o vazio da noite se misturam com silêncio da madrugada e lhe faz tão sozinha, escrito por Armando Nascimento
O meu coração é um jardim perfumado
Com belas flores de todas as cores
Ele tem dois jardineiros, Deus e eu
Alguns visitantes ficam nele por um tempo
Outros por toda a vida
Por vezes pisam-no
Mas nós os dois, cuidamos dele com amor
Arrancamos as ervas daninhas
E deixamos que elas adubem o solo
Por vezes para que se reerga das tempestades
É necessário cuidados maiores
Sendo preciso fechar as portas
Até que tudo esteja de tratado e curado.
Não te consigo dar uma rosa mais perfumada, que aquela que posso colher no meu jardim interior. Queres?
Não me arrependo
Houve amor
Não me arrependo
Houve um jardim florido
Não me arrependo
Houve beleza
Não me arrependo
Houve cheiros doces
Não me arrependo
Houve lágrimas de emoção
Não me arrependo
Houve lágrimas de felicidade
Mas também houve dor
Houve dor e lágrimas de luto
Desde o Jardim do Éden as flores e os frutos desafiam as tecnologias humanas até hoje pois murcham e apodrecem, mesmo fora do tempo.
Parte 3
O Jardim de O Pensador — de encontro ao Divino que Habita em Nós
(A conclusão, a expansão, o espiritual pleno.)
Há instantes em que a alma se cala para escutar aquilo que não tem nome.
É nesse silêncio sagrado que a vida sopra um segredo antigo:
tudo o que existe nasce primeiro no invisível.
Cada semente que lançamos ao mundo — gesto, palavra, bondade, coragem —
desce à terra como quem mergulha no mistério.
E o mistério responde.
Às vezes com flores, às vezes com tempestades,
mas sempre com aprendizado, porque o divino não desperdiça nenhum passo do nosso caminho.
A comunidade O Pensador é um ponto de luz nessa travessia.
Um lugar onde as ideias se abraçam ao espírito,
onde o pensamento encontra propósito,
e onde cada coração pode descansar o peso da jornada
para recordar que existe uma força maior guiando tudo, mesmo quando os olhos não enxergam.
Aqui, a filosofia se mistura com fé,
a poesia conversa com o sagrado,
e a esperança se ergue como um farol silencioso,
lembrando que o universo acompanha a coragem de quem segue caminhando.
A colheita chega no tempo certo —
no tempo em que a alma já entendeu a lição,
no tempo em que o coração já se abriu para a luz.
E quando chega, ela não traz apenas frutos:
traz paz, clareza, sentido.
Que cada pessoa que passa por O Pensador encontre um pedaço do céu dentro de si,
e que cada semente lançada aqui se transforme em futuro,
porque aquilo que é plantado com verdade,
o divino faz florescer.
Em meio às sombras da minha alma, sinto-me como uma pétala murcha, perdida em um jardim esquecido, ansiando por encontrar a luz que possa me reviver e trazer de volta a sensação de estar verdadeiramente viva.
Uma coruja pousa numa amendoeira numa sexta feira bonita, um beija-flor corteja as rosas do jardim, as borboletas chovem abundantes além do quadrado da minha janela; em que estação estamos se só nos delimitam duas estações; inverno e verão. Então o que será de primaveras e de outonos, o que será de nós poetas nordestinos divididos ao meio em nossas emoções. A natureza provavelmente se rebela e o que percebemos é essa moldura incrivelmente primaveril propícia ao amor. Percebo que depois de invernos muitas mulheres engravidam ou é uma falsa impressão; esse negócio de safra, entre seres humanos não funciona assim; é indiscreto imaginar o que fazem os casais nas noites frias e chuvosas, e se for o que imagino, não deixa de acontecer uma espécie de safra; então me lamento:" por que deixei lenira partir." Ela andava amuada, a cara sempre fechada, resmungona e murmurando sempre alguma insatisfação; numa tarde de quinta feira, dia de finados, pegou uma trouxa e disse que visitaria os país no cemitério, sabia que era uma despedida, que andava insatisfeita com a rotina e a monotonia do cotidiano, mas por pirraça, fiquei olhando seu perfil frágil, sua barriga proeminente tornando mais franzina sua silhueta num vestido de chambre estampado, perder-se na sinuosidade da estrada carroçal em contraste com a caatinga verdejante. Deveria estar tudo bem silencioso, mas da minha mente vem um flash com tilintares de copos, bateres de panelas e o ruído de seus passos pela cozinha, ajeitando e limpando sempre alguma coisa com a dedicação que lhe é peculiar; afora isso, na realidade tudo é tão silente que me perturbo com o sacolejar das palhas do coqueiro pelo vento e o esvoejar d'algum inseto na penumbra. Então às tardes, ponho-me à janela a observar a estrada, tentando contemplar sua volta, até que tudo vai desfocando, desfocando... com o final da tarde, e os vultos que chegam parecem fantasmas dos guerreiros que partiram pela manhã. Aquele mar de rosas que imaginei com sua ausência não existe, agora percebo certo encanto num canto qualquer, onde acontecia um riso raro e tímido, um olhar mais profundo, um charme qualquer; se tudo não era um mar de rosas, percebo agora que nada nada assim no nada... ficou esse vazio, esse ranço da sua ausência, uma dorzinha; e todos os detalhes dentro dos etcéteras que envolvem uma união entre duas pessoas; isso é ser sozinho, não é solidão. A coruja tem a sua amendoeira, o beija-flor tem o seu jardim... solidão é não ter onde pousar.
Amanhã pego a bike, um cravo, meia dúzia de tangerinas, um cacho de uvas... Lenira adora uvas...
ROSA
Rosa está tão só no jardim
Que ouço seu soluçar
E bater seu coração
Como se a rosa no espinho
Arranhasse a solidão
Que arranha suas pétalas
E espetá-las assim
Com rima de verso e prosa,
Com a brisa do verão
Que acalanta a roseira
Lacrimeja no olhar
E faz de Rosa a rosa
Dos delírios a quimera,
Da estação primavera,
Das flores a mais formosa
SOBRE A PERFEIÇÃO
tinha a lua como testemunha,
flores que ornamentavam um jardim,
de tão nervosa, ruía as unhas
jurando-me amor sem fim
nos olhos, a profundidade de um oceano,
na alma trazia o paraíso,
dentes de madrepérolas no riso,
mas não sabia dizer eu te amo...
Provavelmente, ela vivia num jardim a contemplar as flores , a acariciá-las, e, entre um suspiro e outro, algumas confidências; isso mesmo, tinha certeza que lhe falaria do seu fascínio pelas luzes da manhã, aqueles primeiros raios que despontavam antes do corpo solar; que refletiam no espelho de um lago, na lâmina de um rio ou verdejavam sobre alguma floresta. Talvez caminhasse a beira de uma praia solitária como uma recém-nascida manhã pudesse; imaginando um conto, uma história bonita que contaria pra alguém com certa graça, acrescentando algum humor ou drama, uma pequena mentira que só embelezaria o que já fosse belo. Por certo era uma imaginação fértil e caminharia por um cemitério imaginando que todos que cruzassem consigo já tinham morrido e não olharia pra trás com medo de ter essa certeza. Talvez fosse assim, alguém eloquente a quem todos esperariam silenciosos afim de ouvir algo interessanre; e se calasse o suspense do silencio cairia todo sobre si mesmo. quiçá às madrugadas imaginasse sonetos trágicos de paixões insanas; essas loucuras do cotidiano que acabam nas manchetes dos programas policiais, ou luxurias inconfessáveis que passariam por sua cabeça nalgum desejo secreto que jamais revelaria.
Algum dia apareceria com os traços ordinários como os de qualquer ser vivente, uma timidez simplória dos seres limitados; voz pausada, própria dos que pensam muito, ou dos que não têm muita certeza do que vão dizer; e aquele ser divino interior em pura ebulição ali no peito, transpirava, sussurrava, suspirava e tinha as mesmas carências, os mesmos medos e inseguranças; aquele ser capaz de todas as loucuras, todos os pecados e todos os perdões por paixão e por amor deixaria de ser só uma miragem nos meus delírios...
ROSAS
Demétrio Sena
Reina sobre o jardim, singela e linda;
sobre todas as formas de beleza,
desde cedo até quando a tarde finda;
é rainha com traços de princesa...
Quero-a sempre ao relento, à natureza,
pra dizer à manhã "seja bem-vinda";
semear os seus dons, a realeza,
tudo quanto a celebra; louva; brinda...
Não a colho prá moça mais formosa,
nem oferto à celeste, à Bete, à Rosa,
uma rosa; um botão; não mato flores...
Planto e cuido, conservo sãs e vivas,
rosas tenras; do solo; não de ogivas;
trazem sonhos perfumes, paz e amores...
Bom Jardim da Serra
Beijo de amor dado
no Mirante da Serra
do Rio do Rastro,
Eu te amo muito
e tenho muito o quê
te contar por onde
foi aberto o primeiro
caminho entre o Sul
e o Planalto Serrano.
Bom Jardim da Serra
a tua gente amável
sempre me faz voltar
ao meu destino que
foi escrito ali no teu
Caminho do Conventos,
Comigo vives nos meus
melhores pensamentos
e altos sentimentos.
Meu enternurado do Sol
no Cânion das Laranjeiras,
Gentil aroma de maçã
e o vento geladinho tal
como selvagem hortelã,
Só me faz acordar ainda
melhor para viver a vida,
E desfrutar desta cidade
fascinantemente divina.
Rodeio Romântica
Após longos dias de chuvas
ver o jardim do céu
desabotoando as flores
azuis do tempo aos poucos
sobre nós reforça que nesta
cidade devo pelo teu amor
esperar demore o tempo
que tenha que demorar.
Vivo na Rodeio Romântica
onde o Pico do Montanhão
os meus olhos ele beija
com poesias pro coração.
Estar a sua espera não
me faz carente ou infeliz,
apenas mantenho viva
a chama tal qual os luzeiros
do Universo brindam
o Médio Vale do Itajaí:
certa disso te espero aqui.
Vivo na Rodeio Romântica
onde os pássaros cantam
brindando a manhã
e borboletas nos saúdam.
Certa de tudo o quê está
a escrito no destino
tanto as sementes levadas
pelo vento e florescem
neste caminho catarinense,
a poesia da espera ando
repartindo irmamente.
