Inquieto
Forças da Natureza
Sinto um mar dentro!
Infinito! Inquieto! Incontrolável!
Assim age a natureza!
Dento de mim!
Assim como os pensamentos!
Vem! Em formas! Sem perceber!
Assim age as ilusões!
Dentro de mim!
Se pudesse direcioná-las...
Seria tudo mais fácil e...
Desumano...
Pois suas forças agem!
As forças da vida!
Da natureza!
Dentro de mim!
Solidão
Tão só, tão triste sobre a rua
expressão tensa, olhos molhados,
inquieto, liberta a fúria que traz na alma, correndo como quem busca e não alcança.
Escuta o vento sibilar,
observa perplexo o encanto do mar soluça com grande pesar,
de voz rouca e mansa.
- Onde vais tu menino triste?
- Que procuras que não encontras?
Mas o menino não responde,
apenas chora e corre e sofre.
Mais tarde já cansado,
seu corpo mole cai sobre a areia,
fecha os olhos e dorme junto à praia, um menino descalço e triste, já não brinca, já não corre, já não chora, já não sonha simplesmente morre...
Enquanto a gente fica do outro lado, inquieto, questionando, (mesmo com as respostas na cara)... A lágrima grita, se solta, esperneia, e depois finge demência para em seguida nos afogar de novo.
No peito da gente reside inúmeros fragmentos de vários eventos que permitimos viver e alguns outros que, talvez a gente nem quisesse... Mas está tudo lá.
Fragmentos de dores e alegrias, decepções, reconciliações e não respostas, sustentadas pela nossa mente, que às vezes, mente pra gente.
Mas eu ainda sonho, espero, despertada na realidade e destemida de toda dor.
Temo apenas a minha ruína de por ventura arruinar a vida de alguém.
Mas que o silêncio seja sinônimo de sabedoria e entendimento.
Que quem for de desejos sinta-os e, quem for da desconfiança aprenda a acreditar.
Porque se for pra ser assim, que deixe ir sem se demorar, sem olhar para trás e sem ser aos poucos.
Porque de pouquinho em pouquinho vai preenchendo ainda mais o vazio da dor.
Porque a vida é curta demais para não ser feliz.
E eu, sempre vou me arriscar e tentar ser o melhor que eu puder quando o amor surgi.
O ouvido acolhe as vozes externas, o cérebro debate com lógica fria, enquanto o coração, inquieto, anseia por seguir seus próprios anseios.
Sempre há um verso
que apesar de inquieto,
que não quer sair.
Parece que se sente
como a saudade no meu peito
que só não vai embora
porque não sabe para onde ir.
Queria que fosse possível
a leitura desse momento,
em que testo a eficácia
do meu poder de convencimento:
"Venha verso, não tenha medo,
eu também sei o que é não estar pronto
e ter que partir assim mesmo"
menino inquieto saliente e Travesso corre corre e não senta nem por reza se aquiete menino levado
sem medo
vive brincando o tempo inteiro menino ligeiro
não sabe se fala
Ou se grita minha
Minha Virgem Maria
que menino bagunceiro
vê se para um minuto sentado
aquiete para comer menino apressado ele engole não mastiga
só pra correr para rua
pra empinar pipa
Tomara que cresça logo esse menino que me deixa maluca
Esse meu Coração tão Inquieto, Também pelo Amor foi Descoberto agora Quer esse Amor sempre por Perto...jfc
Perdi as contas das vezes que meu mundo desabou, ainda bem que sou eu um arquiteto inquieto e persistente.
Carta ao coração inquieto
Estou aqui coração pra falar de si, pra si que mexe tão bruscamente com minha vida, não é de hoje que atravesso os mares mais revoltos por conta de suas inquietações mais impertinentes, você devia trabalhar ao meu favor, remando junto comigo, me trazendo mais alegria e cores aos meus dias, ao meu sorriso, não quero que minta pra mim, sei que este mudo é perigoso, sei que tens feito sua parte em me proteger, porém tu têm sido bastante prejudicativo a mim, sua alto proteção tem me tirado a paz, sou um corpo pronto pra lutar, um corpo que vive em guerra, sou um corpo que não sossega em dias ensolarados, mesmo que eu esteja nos mais lindos lugares desta terra, sua proteção sempre me leva a um estado de guerra.
Não quero que deixe de me proteger, sei o quando necessito da sua alto-proteção, afinal é por causa de sua responsabilidade que este mundo ainda não me destruiu, sua existência e seu cuidado são bases para que eu consiga sobreviver aos momentos mais difíceis que o incerto desta terra me proporcionará.
Porém preciso respirar com mais calma, preciso de passos mais lentos em minha jornada, não quero sempre está pronto pra guerra, nem muito menos pra lutar ou fugir dos perigos da vida, quero que entenda que nem sempre o mundo de fora é lesivo, por vezes da pra andar e relaxar em dias de sol, em dias chuvosos também, perto do mar, da montanha ou sei lá, tudo depende de onde você querer me levar, o importante é esta onde eu estiver, com a cabeça lá e o coração em paz, mesmo que seja perto do convívio das pessoas, há! as pessoas, que medo é esse? porque toda está tensão, porque toda está aflição, sei bem que as pessoas podem nos ferir, podem nos afligir, por vezes, e sei que são muitas, até nos julgar, porém não me faça passar por toda essa desconfiança, por toda está tensão, a não ser que haja realmente uma razão para tudo Isso, se não houver, por favor deixe meu julgamento de lado, não me faça dizer palavras cheias de verdade, cheias de razões ou mesmo cheias de julgamentos com aqueles que estão a minha frente. Eu não preciso ser juiz de ninguém, nem muito menos ficar com medo do seus olhos julgadores, afinal talvez esse outro esteja em paz, e se não estiver, é por conta da auto proteção dele, talvez ele esteja em guerra também e precisando descansar um pouco, assim como eu, assim como nós coração.
Desejo que tu descanse um pouco para que eu possa viver.
Motivo
Move a razão
Do meu viver
Tendo significado a moral
Inquieto em mudar
Vejo além do pragmatismo
Onde buscarei mudanças.
INQUIETO SONHO
Quando n’alma do cerrado andei perdido
Desencontros, os encontros e mudanças
A voz do querer sussurrava-me ao ouvido
- O afeto só é bem se existem confianças
Esperanças, e no muito esperar, cansas
E, assim, só o alcanças, sem ser temido
Onde a paixão lhe traz boas lembranças
E o haver o vínculo não lhe é proibido
Todavia, quando o olhar se faz perto
Tornando o incerto em um algo certo
Nessa vaga de encontro me desponho
E, se me proponho a este doce carinho
É porque no peito a afeição eu alinho
E no ter, o amor, é um inquieto sonho
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
23/10/2020, 09’50” – Triângulo Mineiro
Nunca esteja inquieto por coisa alguma! Antes matenha-se firme e entregue suas preocupações a Deus, pois no tempo certo ele te recompensara!
Gosto de escrever à queima-roupa, como quem atira sem alvo. Às vezes quando acordo inquieto, com frio na barriga, muita sede e vontade de correr ou ficar sozinho eu já sei: vamos resolver isso com uma caneta ou teclado de computador.
Às vezes, sai apenas um rabisco, um desenho, um devaneio em forma de um novo projeto. Mas eu deixo sempre fluir...
Como sei que a idade um dia vai chegar, quero migrar essa terapia para a voz e assim, poder gravar quando não tiver mais vistas suficientes para a escrita.
O importante de sentar para escrever, ao contrário do que se pensa, é não ter inspirações prévias.
Devemos deixar o pensamento correr solto, frouxo, leve até que ele escorra pelos dedos até a ponta da caneta ou teclado de um computador.
Pode parecer baixo, mas tem dias que o pensamento tá como aquele "peido" que insiste em sair quando você anda pelas ruas, lado a lado com alguém: é necessário você pare tudo e o liberte!
Sinto falta do uso da minha máquina de datilografar. O barulho incomoda os vizinhos mas esse mesmo barulho me inspira.
Foi ao som desse barulho que, por anos, vivi nos salões de agências bancárias datilografando documentos e vivendo algumas emoções.
Creio que num futuro próximo digitar com a voz terá o apoio de corretivos eficientes que repetem o escrito e indicam por voz a necessidade de um ajustes na escrita.
A pandemia foi um ano difícil para alguns, porém, os autores, pintores, compositores, poetas, escritores e todos os que vivem de inspiração tiveram um ano de muita colheita.
Sim! Colheita! Assim como um agricultor no campo de flores ou frutos, tudo aquilo que transborda na mente humana e se converte em palavras são colheitas. É a mais bela colheita por que ali nascem sementes que irão brotar em outras mentes humanas.
E sem dúvidas, dos tempos pandêmicos de 2020, brotarão sementes que inspirarão as ávidas mentes dos séculos que se seguirão...
Inquieto-me diante dos invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.
Inquieto, me sobreponho para me enroscar no que não se pode tocar, tranco-me em meu silêncio fechando o meu coração...
Afasto-me do que é afago para não me lembrar de que doeu, no que achei impossível de acontecer...
A PALAVRA EM DOIS CORPOS
Dizem que verbo é palavra de ação, e masculina.
Mas este aqui, inquieto,
quis ser conjugação,
e atende por ela.
Substantivo, que sempre se quis centro,
recusou-se a ser “forma”,
preferiu ser ele,
para que não o confundissem com moldura.
É que às vezes as palavras se cansam
dos papéis que lhes deram.
E quando a língua se rebela,
a gramática vira espelho
e não molda, reflete.
E então passam a viver,
como quem sente
e não apenas diz.
Ele a chama de casa,
mas ela já partiu na próxima conjugação.
Ele é substantivo, deseja ser abrigo,
ela é verbo jamais aceita teto.
Nomeia o que toca,
mas ela toca o que nem sabe nomear.
Ela se move entre tempos,
caminha de infinitivo em infinitivo.
Ele tenta vesti-la com um artigo,
mas ela se desfaz entre modos.
Quando ele diz “sou teu”,
ela propõe um talvez “seremos”.
Ele se enfeita com adjetivos:
forte, gentil, único,
esperando que ela o deseje.
Mas ela abre os botões do sentido
com os dedos da ausência.
Ela quer desatar, deslizar, escapar.
Ele se cobre.
Ela se despe.
Ela vem vestida de advérbios:
Sutilmente, ainda, por pouco.
Mas logo vai tirando tudo:
a pressa, o tom, o tempo.
Ele, fixo no nome, permanece.
Ela, feita de instante, se despe de si.
Ele se afirma nos pronomes:
Eu sou isso.
Tu és aquilo.
Ele é alguém.
Mas ela apaga os limites
quando age, qualquer um pode ser ela.
Na sua fala, os sujeitos se dissolvem
como tecidos sobre o chão.
Ela atravessa preposições
como quem abre zíperes.
vai por, desce com, some sem.
Ele espera em.
Ela dança entre.
Ele precisa de forma,
ela, de corpo aberto ao instante.
Ele suplica conjunções:
“E se o silêncio fosse só uma vírgula?”
“Se ainda coubéssemos na mesma frase?”
Mas ela apenas sussurra: “Embora.”
Ele quer que o sentido se estenda,
ela prefere que o silêncio desça
como alça que escorrega do ombro,
sem precisar de ponto final.
Ela explode em interjeição.
Não cabe em estrutura.
Grita “agora!”,
sussurra “vem…”,
escorre em silêncio.
Ele tenta entender.
Ela já virou suor.
Ele se anuncia com artigo:
o que precede,
aquele que esperou ser nomeado no toque.
Mas ela não lê rótulos nem prólogos.
Chega como quem interrompe a espera,
e sai sem fechar o fecho,
deixando o sentido entreaberto.
Ela conta as vezes em que cedeu,
não em ordem,
mas no intervalo onde o tempo se curva.
Nenhuma entrega se repete,
nenhuma ausência tem número.
Ele guarda o eco de algo que quase foi,
mas ela sempre escapa antes do ponto.
E seguem:
ele, com frases por terminar;
ela, com conjugação que não cabe na linha.
Entre um toque e um tempo,
a palavra tenta contê-los,
mas o tempo do verbo
nem sempre conjuga o sentido do substantivo.
O desejo inquieto das águas põe encanto e mistério na sensibilidade da alma quando nos permitimos ver que é reservada também à dor. Ainda te sinto como a minha lua e, ancorado no meio do oceano, vivo o que me emociona, a magia acaba com a luz do sol a cada amanhecer.
Frase da Lua
Apaga meu fogo , mata minha vontade ,me faz tua ... esse meu desejo inquieto de vc não me dá paz.. vem e tira minha roupa , me tira da rotina , me tira da solidão... vem e me aquieta o pensamento, sossega essa louca paixão que me move que me atiça toda e me faz querer vc mais e mais ..vem e mata minha sede , mata minha fome de vc..
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