Individual e o Coletivo
O livre arbítrio do avô, do pai e do filho é uma questão consciencional estabelecida pela individualidade de cada tomado por lapsos sociais do imaginário coletivo.
A reflexão de hoje consiste na avaliação do comportamento humano, ele se alinha a conduta coletiva e fortalece o individualismo sentimental criando abismo moral e promovendo um futuro caos que se justifica ao prazer do momento.
Por mais solidária e coletivista que uma pessoa seja, no fundo ela também almeja o seu próprio espaço e a valorização de sua individualidade.
Ninguém quer ser igual a ninguém, todos querem ser únicos.
A arte quando compartilhada tem no prazer do encontro, o principal elemento de estimulo individual ou coletivo.
Enquanto os interesses coletivos não passarem de interesses individuais, a humanidade nunca evoluirá... A morte chega para todos, a paz não!
Incoerência da conjuntura atual é querer ter vida individualista sem deixar às vantagens da coletividade.
Uma límpida consciência é o verdadeiro caminho para clarear o ideal da coletividade em detrimento do descompasso do individualismo
Acredito que senso de coletividade possa existir de forma plena, numa pequena comunidade, numa família , num espaço micro. Não acredito, em termos macros e universais. Creio, que a medida que as tribos vão crescendo as relações tendem fortemente para o individualismo.
Nos tempos atuais predomina uma sensibilidade individual centrada exclusivamente no "eu" e totalmente desconectada da coletividade
Eu queria me procurar entre tantos outros apenas para me encontra, me sentir e me torna o que já fui, o que já fiz.
"A mais pequenina dor que diante de nós se produz e diante de nós geme, põe na nossa alma uma comiseração e na nossa carne um arrepio, que lhe não dariam as mais pavorosas catástrofes passadas longe, noutro tempo ou sob outros céus. Um homem caído a um poço na minha rua mais ansiadamente me sobressalta que cem mineiros sepultados numa mina da Sibéria".
Eça de Queirós, sobre as distâncias da dor
Parece que o sentimento de dor nos dias de hoje está diferente dos dias de Eça. Hoje, por qualquer catástrofe real ou imaginária divulgada pela mídia, as pessoas estão sempre dispostas a colaborar para amenizar a suposta dificuldade porque estejam passando nossos semelhantes dentro ou fora de nosso país. Por outro lado, para o homem deitado na calçada desnudo e com fome poucas pessoas se dispõem a socorrê-lo. E imaginando todos os indivíduos isolados nesta situação e fazendo deles um coletivo daria uma quantidade maior de pessoas que aquelas envolvidas nas tragédias divulgadas. Acho que nos dias de hoje não é a distância que determina a dor e sim o fato de ser individual ou coletivo. Socorrer o coletivo é socorrer a massa e a massa não tem rosto e dela não se espera retribuição. Já o socorro ao individual espera-se retorno e as pessoas não querem correr o risco de não serem retribuídas? Esta é uma questão para a qual ainda não obtive uma resposta. Por que as pessoas gostam mais de socorrer o coletivo desconhecido e muitas vezes longe, do que o individual, conhecido e próximo de nós?
Facilitamos nossas vidas quando nossas intenções e ações benéficas se concretizam proporcionando o devido atendimento às necessidades coletivas.
Obedecer líderes orgulhosos e ditadores significa conflito com o mundo do crescimento e da prosperidade coletiva e individual