Ilha
Uma pessoa sozinha é uma ilha.. Majestosa, imponente mas rodeada de água, impotente diante das agruras da vida. Só quando nos unimos as outras pessoas que passamos a resistir a todas as intempéries, a todas as tormentas!
Chega de se preocupar, porque aqui nessa ilha não tem nenhum problema. Não tem ninguém pra julgar a gente, falar como a gente tem que ser ou o que a gente tem que fazer.
Aqui estou nessa ilha, rondado por águas turvas e me perguntando o que nelas se escondem. Seriam monstros colossais? Lulas gigantes? Sereias? Eu não sei. Vivo envolto por águas que afundam navios, onde nascem redemoinhos que engolem tudo que encontram, o mar não é seguro.
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Estou preso nessa bolha brilhante, nessa vida comum com pessoas comuns. Sinto-me como um grande egoísta, pois mesmo sabendo que muitos queriam ter a vida que levo, eu continuo desejando tanto viver outras vidas, por que sou assim?
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Tenho medo! Muito medo e me parece tão errado querer deixar tudo pra trás, porque nessa bolha estou seguro, é onde tudo se encaixa perfeitamente. Tudo menos eu.
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Quem sabe haja um lugar pra mim além do mar assustador, um lugar em que eu pertença, em que eu me sinta o um em um milhão. Só que outros não entendem, falam que é errado tentar, que nunca nadei antes e é perigoso se arriscar a própria sorte, dizem que vou me afogar. Seria suicídio atravessar o mar, furar a bolha. Eu sei que todos estão errados, insistir em ficar onde não pertenço é homicídio, é matar a própria alma aos pouquinhos.
Ilha dos sonhos
Existe uma ilha no mundo para cada sobrevivente pensante,
Lá, os sentimentos fluem numa corrente de infinita paz, não existem animais ferozes e nem caminhos perdidos,
É bonito ver toda noite as estrelas cadentes caindo do céu, o mar em volta é tão calmo, da para navegar e nadar tranquilamente,
Na ilha de cada um, a natureza oferece abundância, a beleza vista de cima dos quatro cantos é surreal, o soprar dos ventos é motivo de alegria,
Lá, é o abrigo para o coração, é um cantinho de repouso na rede para os sentimentos bons, é reconhecido como o local da cadeira de balanço aonde os pensamentos acontecem,
A coragem ascende as descobertas, em cada ilha de cada um, os sonhos podem nascer nestas ilhas e partirem para o mundo real, duradouro e natural.
Achamos que seria divertido, que seria seguro, mas não sabíamos do horror que nos aguardava na ilha.
Isso mesmo: tente “fugir” do mundo, vá para uma ilha deserta ou no meio da floresta. Só que eu já lhe antecipo: a sua concepção de “mundo”, aquela que é fruto do conhecimento adquirido e de experiências pretéritas, acompanham você por toda a vida.
E daí a sua grande “fuga” tornar-se-á, imediatamente, a mais tola das utopias.
Tal qual a história do menino que foge de casa escondendo-se no sótão de sua própria casa, levando consigo alguns refrigerantes e biscoitos de chocolate.
A bagagem que você carrega em sua mente é mais um volume do instinto de sobrevivência.
E você o utilizará por certo.
A humanidade é uma ilha a imensidão universal.
O que somos na grandeza do universo...?
.... é o que nos define...
Muitas vezes penso...
No seremos diante a grandeza que contemplamos...
Na perfeição de tudo que existe e existirá no universo....
Abraçamos a cada instante que que vivemos...
Pois vivemos apenas uma parcela do tempo.
E reconhecemos que somos diante a grandeza que nos cerca.
Temos a certeza que ainda existimos diante da imensidão da morte...
Muitas vezes uma caminho obscuro cheio de clareza...
Que denota o que somos apenas animais
animados.
Dentro de momentos de lucidez optamos por esclarecer a própria obscuridade.
Nessa ilha vazia..
As aguas em ondas de esperança vem...
Meu coração traça a silhueta tua...
Mas, em minutos..
A torrente a desfaz...
Deixando a areia, e o silêncio para trás..
Óh, pobre coração perecendo...
Numa ilha, solitário e morrendo..
Esperando ti, meu remédio...
Entre a neblina e o tédio...
Tão distante daqui...
Desatraco meu barco e sigo...
Remoendo a tristeza e a dor...
Não espero mais pelo vento...
E não quero em nenhum porto ancorar...
Sem olhar ao horizonte...
Sei que você , não mais voltará....
(Inspirado na Ilha das flores de Jorge Furtado)
Somos todos iguais
José Carlos era médico e atendia seus pacientes no centro da cidade. Genilson era baleiro e vendia sua mercadoria em uma barraca na frente da portaria do mesmo prédio em que o doutor tinha consultório.
Os dois homens cumprimentavam-se todos os dias e às vezes o médico parava para comprar algumas balas e conversar um pouco.
O vendedor tinha um filho com problemas de saúde e pediu ajuda ao doutor, que o mandou levá-lo ao seu consultório, onde que daria uma olhada sem custo. O homem, emocionado, tentou beijar as mãos de José Carlos que recuou dizendo que não havia necessidade de agradecimentos, que era médico por vocação, honrava o juramento de Hipócrates e que para ele todos eram iguais. Genilson, não entendeu bem, mas ficou feliz.
O médico saía pela porta dos fundos todas as vezes que a secretária informava que o vendedor o estava esperando com o filho, mandando que dissesse para voltar outro dia.
Hipócrates foi um médico grego que viveu antes de Cristo e foi considerado o pai da medicina ocidental. Acredita-se que o juramento tenha sido escrito pelo próprio Hipócrates ou por um de seus alunos e é feito pelos médicos, tradicionalmente na ocasião da formatura, onde juram exercer a medicina de forma honesta e que o bem-estar do doente estará sempre em primeiro lugar.
O vendedor não desistiu de levar seu filho ao consultório e um dia foi finalmente atendido. O doutor o examinou, fez umas perguntas e doou algumas amostras de medicamentos vencidos, que estavam separadas para serem descartadas. O baleiro não se importou com a data de validade dos remédios. Sentiu-se muito grato e no dia seguinte, pela manhã, voltou para deixar de presente um pacote da melhor bala que tinha em sua barraca como agradecimento.
Remédios fora da validade podem não ter efeito ou fazer mal à saúde causando danos piores que os da doença original. Não devem ser consumidos em hipótese alguma por ninguém.
Os remédios considerados pelo médico como inapropriados para os clientes que frequentavam seu consultório foram colocados à disposição do filho do vendedor de balas. Um médico é o profissional que cuida da saúde das pessoas e que, para tanto, precisa jurar exercer a medicina de forma honesta e tratar todos os seus pacientes de forma igual.
O que diferenciava o baleiro e seu filho dos outros clientes era o fato de não possuírem dinheiro. E o que os diferenciava do médico era acreditarem que ele tratava a todos como iguais.
Bia Tannuri
Eu sou Ulisses na ilha de Calypso, mas saí de Calypso para encontrar Penelope. Eu amo e por isso existo.
Costumo comparar a travesti a uma ilha, só que ao invés de estar cercada de água por todos os lados está cercada pela violência.
A vida é uma ilha
cercada desaudade
A vida é uma pilha
com data de validade
E no fundo esse mundo
É uma grande crueldade
me sinto como uma Terra desconhecida
como uma ilha que ainda não conseguiram encontrar
não escrevo pra tentar ser poeta ou algo do gênero, escrevo porquê dói
escrevo porque a vida me rasga o peito
eu preciso ser decifrada, alguém tem de saber caminhar e conseguir sair do labirinto que existe dentro de mim
não sou um conceito, sou o silêncio encontrado em um enorme grito
O ARQUIPÉLAGO
Viajei pelo Atlântico
No meu barco a navegar
Encontrei uma bela ilha
Que passei a explorar
O lugar é um paraíso
Por isso o meu juízo
Foi pra sempre ficar lá
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