Identidade
Sendo eu, me capturei!
Certo dia, naturalmente reivindiquei o meu Ser. Porém, notei que era tarefa difícil. O Ser já tinha sido! Tentei correr atrás dele impedindo-o de escapar, muito tarde! Havia se transposto na lembrança.
Pensei então:
- Fácil! Sondo-me as lembranças e recupero o que a pouco fugira!
Localizei o fio do momento em minha mente, isolei a essência e finalmente senti o que era aquele Ser. Instantes mágicos de uma misteriosa incorporação dos sentidos, até que:
-Cadê!
Sumira em mim o fragmento daquela identidade existencial. Concentrei novamente:
-Preciso lembrar do eu ter sido naquele instante...
Silêncio, profunda frustração, perdi este
momento do Ser, mas:
-Ser não é ser? Sendo assim, não há como ter sido!
Afirmei em tamanha perplexidade ao perceber a absurda simplicidade do paradoxo da existência.
Ora, estou Sendo a todo instante, ininterruptamente. É a misteriosa continuidade da vida. Por isso, estranho tamanha normalidade desta finita, mas também eterna, vibração. Paro! Me observo, e tento me prender na tábua do tempo. Talvez faço isso, para compreender a totalidade de mim:
-Funciona! Sou assim! Eu me lembro!
Disse pra mim rindo, como quem desvendou o mistério, sim, tudo explicado ... me lembro do passado:
-Espera! Ser só pode ter sido porque o capturei dentro de mim.
Ilusão! Não há como prender a essência em
uma lembrança, nesta só há um limitado rascunho da instância do tempo. Enquanto estou resgatando o que aconteceu, continuo a Ser simultaneamente, assim, de espontâneo!
Posso tentar, estando eu Sendo, me copiar como um pintor que registra na tela um momento contemplado pelos seus olhos. Mas durante isso, estou perdendo a vista de mim no que estou a Ser.
Ao que me parece, o passado é uma fantasiosa prisão criada para elucidar um esboço do que Fomos. E muitas das vezes este último se materializa como o que Somos!
Penso que existir é como as águas dos rios, correm sem cessar e de forma única, não refazem o trajeto já feito... não! Não essas águas que foram.
Sinto que precisamos de um certo controle sobre o Ser, por isso criamos o Sido. Curiosamente, desta maneira, trabalhamos
com a morte, ao invés da continuidade. Porque o ter Sido soa como póstumo, ao invés da vivacidade do Ser.
Podemos até pensar que fomos inteligentes ao criar engenhosa estrutura de retenção.
E tudo bem se isso for verdade.
Porém, Ser ao comparar-se com Sido, pode resultar em um sintoma, que talvez explique ao humano a sua crônica crise de identidade.
Não adianta devaneios politiqueiros, só é possível pensar em movimentos para uma inclusão social nacional quando já se tem uma forte identidade dentro da pluralidade.
Um mundo igualitário, justo e fraterno com as mesmas oportunidades de felicidade para todos, indiscriminadamente, é sem duvida o maior ideal sonho de todos os educadores, administradores escolares, pedagogos, professores e recreadores nas diversas escolas do mundo. Enquanto os diversos governos educacionais e de ensino não percebem que o melhor caminho para a pedagogia do seculo XXI é a educação integral e inclusiva, com a participação identitária e a cidadania, é pelas artes e pelas atividades criativas escolares que podemos preparar as nossas especiais-iguais crianças e nossos jovens da mesma forma para uma vida adulta mais próxima de nossa realidade contemporânea e assim acelerar de forma digna por um pre movimento pedagógico autônomo baseado na liberdade para um futuro cada vez mais próximo na mesma direção.
Tenha em mente:
Você não veio ao mundo para ser mais um;
Você veio ao mundo para ser você!
Único,
com identidade própria,
não tente imitar alguém ou ser diferente para agradar fulano ou cicrano,
Imprima sua pegada em tudo que fazes e seja sempre você!
Amizade não deve estar
fundamentada no convívio,
nem nas afinidades secundárias,
muito menos no que um faz
ou deixa de fazer pro outro,
mas, essencialmente, na
identidade de caráter.
O que acontece?
Quando o mundo dos sonhos se mistura com o real?
Mas, o que seria natural?
Talvez o mundo dos sonhos não seja assim tão desconexo,
Alelo,
Um paralelo,
Um paradoxo do Multiverso chamado subconsciente,
Nossa Intrínseca caixa de pandora,
Que aflora,
Vem pra fora,
De maneira exuberante,
Irritante,
Complexa demais,
Sem mais,
Na bagunça do ser um Ser.
Eu sou cozinheira e sempre serei cozinheira. É tão bom saber que somos algo, que sabemos fazer algo.
Um melhor entendimento da mente consciente poderá interferir na mente subconsciente e inconsciente e, consequentemente, contribuir para o tão almejado equilíbrio que nos aproxima do nosso verdadeiro Eu.
Os comprimidos que devemos tomar para sermos como todos os outros. Sem esse medo todo. E a tristeza. Sem a raiva. Aqueles comprimidos inibem muito mais, o nosso verdadeiro eu.
Perdoe meu jeito um tanto desligado de vivenciar as coisas, tanto do presente quanto do passado. Não é que eu não tenha sentimentos, mas mergulho muito fundo e onde estou é frio, escuro e pesado.
Pareço não me importar porque vivo encolhido a procura de conforto e calor.
Pareço o que não sou, pois nas sombras toda silhueta parece com um vilão, tudo vira terror.
Pareço ser rude pois sinto o mundo me esmagar constantemente com suas promessas e decepções, com sua falta de amor.
Não confunda meu sorriso e nunca julgue minha seriedade, pois sou profundo demais para ficar entendido entre suas meias verdades!
Eu não entendo, por que nós temos voz e não gritamos?
Quando foi que aprendemos a não sermos quem nós somos?
Quando foi que esquecemos os sentimentos que temos?
E quando foi que deixamos o amor no esquecimento?
Quando foi que mudamos ao ponto de não lembrarmos a essência da nossa existência,
Abraçarmos os erros?
Em um mundo preto e branco, eu escolho ser a COR.
Em um cenário de guerra, perco a razão, mas não a PAZ.
Não mudar pelo que pensam sobre mim é o meu LEMA.
Levar a vida com autenticidade é minha IDENTIDADE.
Já se foi o tempo em que eu não tinha VOZ própria.
Hoje, com meus próprios passos, sei fazer MINHAS ESCOLHAS.
Regar princípios diante dos embaraços da vida é o meu dever.
Buscar aprender com as adversidades, só me fará crescer.
Fé em Deus é o meu sustento para enfrentar o que vier.
Abrir mão do que me acrescentou valor jamais será uma opção.
Se abalar com afrontas dessa vida não está no meu roteiro.
Ser forte, mesmo diante das fraquezas, é o meu objetivo primeiro.
Enfim, viver o que eu sou, e não o que queiram que eu viva.
Acreditar veementemente em mim, mesmo que o senso comum me considere como apenas "mais um."
Sorrir sem depender da felicidade alheia é o meu combustível.
Amar intensamente a cada segundo do meu respirar é a minha razão de CONTINUAR em meio ao suspirar do meu existir.
Eu tenho feito muitas coisas, tanto boas quanto ruins, mas não sei se cabe falar disso neste momento. Eu poderia pedir para você evitar certos lugares, certas decisões, e há pessoas que eu preferia que você não conhecesse ou com quem você talvez não devesse se envolver, mas se você não fizer isso tudo eu deixo de ser quem sou.
É com o coração apertado, com o grito preso na garganta que mais um dia vivo aquilo que inventei de mim.
Viver o inexistente é acordar diariamente com a dor de não expor quem você realmente é... É seguir o inócuo visando agradar a sociedade... É repreender o seu ser, o seu espírito, para não ser apedrejado...
Viver o inexistente é infelizmente carregar as marcas dolorosas e uma série de consequências por não explicitar a sua essência, não pela sua vontade, mas pelo medo que o cerca e te menospreza...
É seguir a vida... flutuando nas correntes da inexistência...
Fazer o quê se sou assim
Se em cada coisa que eu toco
fica o jasmim
Fazer o quê se estou aqui
metade em você
metade em mim
Você está em tudo o que eu gosto
O que quer quando me olho?
Se em tudo que eu pulso
você vibra
Se em tudo que é certo
está teu projeto
com 3 letras teu nome
Meu sobrenome incompleto
Agora não quero
menos que tudo
E um pouco mais
não acerto