Hospital
Ver um familiar agonizar em uma cama de um hospital sem podermos fazer nada nos tornam impotentes e sofredores tal qual o próprio.
“Chegou no hospital beirando a morte lamentando ter vivido fazendo escolhas pensando na aprovação dos outros. Morreu. Os outros não.”
Um ambiente, duas vidas
Uma sala de vidro que os separa
Uma voz que os liga
Um hospital
Um aluno cancerígeno
Um professor
Um aprendendo com outro
O aluno não sabe quanto tempo tem de vida...
Qual será o seu futuro?
A morte ou a vida??
Enquanto ele se trata da doença
Ele aprende a matéria escolar.
O professor todos os dias se esforça diariamente para aplicar a disciplina
naquele hospital.
Ambos aprendem um com o outro.
De um lado a luta pela vida e o sentido para se manter nela.
Do outro lado o professor que se tornou aluno daquela pequena criança.
E ver o quanto vale apena exercitar o amor ao próximo independente das consequências.
Enquanto houver fôlego... lute!
Velhice
Sabemos que estamos velhos quando frequentamos mais vezes o hospital.
Quando ter uma tabela de medir a pressão em casa é normal.
Quando trabalhar se torna um tédio.
Quando rir é o melhor remédio.
Quando trocamos as aventuras pelo descanso.
Quando nosso papo se torna mais manso.
Quando não precisamos ser cobrados por carinho.
Quando odiamos estar sozinhos.
Quando nossos netos já atingem a maturidade.
Quando estar de bem com a vida é prioridade.
Quando as verdadeiras amizades permanecem.
Quando os amores não padecem.
Quando a nostalgia se torna rotina.
Quando nosso sono tem sabor de cafeína.
Quando as horas vagas se tornam mais que especiais.
Quando momentos com a família são imortais.
Quando superamos todos os erros.
Quando guardamos todos os segredos.
Quando não temos tempo pra sofrer.
Quando temos poucos dias pra viver.
Dentro do Hospital, apesar de ninguém ter apertado o gatilho, todos carregam mortes nas costas.
[sobre o Hospital Colônia de Barbacena]
Não sou do tipo que gosta de comparar igreja com hospital, por uma simples razão; em ambos pode haver morte quando há negligência no cuidado.
08 de Junho 1989
Quinta-feira, 1989, era precisamente 18:20 no Hospital Santa Catarina. Santa Catarina que é o nome de uma das 27 unidades federativas do Brasil, mas também é nome da santa que nasceu no ano 288 (Depois de cristo), em Alexandria, hoje Egito. Neste horário exato minha mãe me viu pela primeira vez fora de sua barriga. Fazia frio aquela noite, mas lembro de uma coberta de cor neutra enrolada sobre o seio de minha mãe onde me puseram e fui aquecido e acalmado por ela, procedimento normal para o estabelecimento de vínculo entre mãe e filho e na produção de ocitocina substância que ajuda na produção de leite. Esse foi um dia importante não só pelo meu nascimento. Em 08 de junho de 1989 se comemora o dia do oceanógrafo, dia do citricultor, dia mundial dos Oceanos e dia de São Medardo (Santo francês que dedicou a vida a cuidar de doentes e leprosos). Muitos nasceram naquele ano, precisamente 2581 crianças só no Brasil. Era o 159º dia do ano no calendário gregoriano, faltavam 206 dias para acabar o ano. Era um ano atípico, mas muito importante, pois naquele ano ocorreu um fato histórico como a queda do muro de Berlim, onde Meyer assistiu do lado leste da fronteira e se juntou aos alemães, que dançaram no alto do muro da vergonha. Há quem diga que aquele foi o ano que mudou o mundo. Em 1989 entrou em circulação a unidade monetária brasileira o (Novo Cruzado). E foi também neste ano que foi fundada a cidade de Palmas, capital do Tocantins. O piloto Emerson Fitipaldi acabara de conquistar o titulo da fórmula Indy no grande Prêmio de Nazareth (Pensilvânia). No Brasil ocorriam as primeiras eleições diretas onde Fernando Collor de Melo tornou-se o primeiro presidente eleito por tal forma de voto. Naquele ano também tivemos grandes perdas como a do memorável e inesquecível Raul Seixas, e do Pintor e escultor Salvador Dali. Tanto fato histórico, tantos atos heroicos, tanto para se recordar, mas só consigo lembrar das lágrimas de minha mãe, hora de emoção, hora de Dor, mas em todas elas de FELICIDADE.
A casa de Deus é o único hospital do mundo onde não falta médico nem medicamentos. Onde o doutor Jesus, o médico dos médicos, continua operando milagres e maravilhas!
VANDA F. MACEDO nas garras da morte,depois de exatos 4 dias selada no leito de um penoso hospital,abriu aqueles lindos olhos verdes,quase sem forças,e disse-me:
AGORA É TER FÉ E PACIÊNCIA,serrou denovo os olhos para não mais abrirem,lutei em pranto,jejum e rogos por mais 7 dias,ela não resistiu.MAS DEIXOU ME ESTAS DUAS CARACTERES QUE JAMAIS ESQUEÇER-ME-Ei. fé E paciência.
AMOR & ESPERANÇA
Ao passar pela frente de um hospital uma menina chamada Esperança, cuja idade era infinita, viu um senhor caído no chão e percebeu uma espécie de ferida em seu peito, voltado levemente para o lado esquerdo, que o senhor tentava ocultar colocando a mão sobre o local, mas ainda assim percebia-se o sangramento. Então a menina, sem saber que se tratava de Oviv Roma, um cidadão local notório por saber explicar de tudo que lhe era perguntado. Da ciência à religião; do outono ao inverno; do próximo ao distante; dos planetas aos sóis.
Esperança logo ia correndo atrás de um médico no interior do hospital quando o senhor ainda achou forças para impedi-la pelos braços, dizendo: “Não preciso de um médico, acabei de sair de um e estou muito bem. Preciso sim de um favor, algo que me agrade nesse momento... Algo que eu sinta prazer em fazer...”. Nesse momento, um andarilho que passava ouviu o comentário e retrucou: “Ora doutor, não há melhor que uma boa pergunta não é mesmo?”. Oviv Roma concordou com a cabeça, soltando um brando sorriso pelos cantos da boca, e o andarilho seguiu adiante. A menina então disse ter sim uma pergunta que ainda não havia sido respondida satisfatoriamente desde que se lembrava como viva. E fez o questionamento: “Tudo bem, se o senhor diz precisar apenas disso... Então eu gostaria que me explicasse o que é o amor”. O homem tomou fôlego por certo tempo, como que se preparando para uma espécie de último depoimento sobre algo e para alguém. Antes de começar a falar retirou do bolso um pequeno urso em forma de coração e de cor lilás, dizendo: “Segure isto, pois vai lhe ajudar a entender de vez o significado do termo amor. Enquanto eu falar, por favor, não interrompa com outras perguntas ou comentários, apenas confie em mim e tenha fé...”. E começou, pois, a reflexão:
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“Avistá-la numa janela e seguir com aquela imagem pelo resto da vida;
Sentir o coração pular e a mão tremer ao som de sua voz a ponto de correr do quarto ao corredor e se esconder atrás do vidro só para ouvir, e sentir, mais de perto;
Ouvir o portão abrir a 50 metros de distância e saber quem o abre;
Ler 2002 livros sobre o assunto “Como conquistar alguém” para não errar na hora de pedir “Poderia colocar um pouco de Pepsi para mim também?”;
Fingir dores na perna engessada somente para sentir o prazer do toque dela em sua pele;
Alugar 3 filmes românticos por dia para passar o tempo imaginando o seu possível futuro;
Ir com toda a calma possível na conquista dessa pessoa para evitar assustá-la, tanta calma que até tira a calma dela mesma;
Contar com um apoio fundamental no momento em que você sofre uma grande derrota: não passar naquela prova para a qual estava estudando há 3 anos;
Receber dela o presente que, num relance, eu comentei ser algo que gostaria muito de comprar;
Viajar e dormir com ela pela primeira vez: a melhor sensação que um jovem poderia ter;
Voltar de viagem, brigar, discutir, mas sempre voltar a se amar;
Sempre ter vontade de parar o que se está fazendo na hora para ir vê-la;
Passar por mortes e ter essa pessoa ao seu lado, conformando e acomodando a dor e o remorso;
Entrar para a faculdade que tanto sonhou e causar orgulho na mulher que ama;
Ser motivo de euforia até mesmo para a própria família dela – e quem dizia que sogras não eram boas...
Passar longos meses, longas viagens, longas histórias com ela;
Foi um prazer impagável;
Mas com o tempo vem o fim.
Acabam-se as férias e os atos, mas ficam as lembranças!
E aqui sempre ficarão recordações daquilo que brilhou, me iluminou e ainda sobrevive.
Daquilo que é vívido permanentemente.
Que é como a brisa: suave, mas dá pra sentir.
Daquilo que ultrapassa o limite material.
Daquilo que é transcendental...
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Nesse ponto Oviv Roma começou a tossir como se agüentasse mais sugar fôlego para poder falar. Foi perdendo mais o fôlego e logo em seguida parou de falar deixando cair a mão com que tapava seu peito para esconder um cicatriz que sangrava. Esperança correu dentro do hospital, voltando com um médico, que ao avistar Oviv Roma caído e, nesse momento, já falecido no chão, exclamou:
“- Meu Deus! Esse é o homem que saiu do quarto de recuperação sem minha autorização”.
“- Sala de recuperação?” – retrucou Esperança.
“- Sim. Ele acabou de doar seu pulmão esquerdo para uma paciente que estava em coma após um acidente”.
Pensando por algum tempo, Esperança disse ao doutor:
“- Ele fez um grande discurso para mim, mas antes de começar deixou esse coração de pelúcia lilás”.
“- Ué! Isso é da paciente que recebeu o órgão!” – comentou o médico.
Então Esperança entregou o objeto e pediu para o doutor devolver à paciente. E saiu dali com sua resposta à pergunta inicial: o que é o amor?
(Helton Bezerra – 24/04/09)
"Igreja é um hospital, criado por Cristo para recuperação de doentes;
Fisicos, emocionais e espirituais.
Vc se acha curado?
Então deixe Deus te usar para curar!"
Hospital
Onde a rotina é interrompida
Onde a dor é que manda
Onde a vida fica em jogo
Onde tudo que era urgente não importa
Onde todo compromisso se aborta
Onde tudo que tirava o sono fica banal
Muita gente boa que realmente se importa
Como tantas outras apenas fazendo seu trabalho
Quanta dor, dos que sofrem e pelos que sofrem
Quantos começos e finais
A beleza de nada ajuda
O status nada cura
Há quanta dor e quanta angústia
Só quem passou pode falar
Só quem sentiu pode dizer
Não existe morte sem dor
Não existe nascimento sem dor
Há quanta dor
Pra uns o tempo não passa
Pra outro o tempo voa
Mas duro mesmo e pra aqueles que não dá mais tempo
A espera de um milagre
A espera da nova vida
A espera de esperança
Quando aflição na sala de espera
Por uns a fé é provada
Por outros pela primeira vez experimentada
Enquanto uns tão devotos brigão com Deus
Outros que oram pela primeira vez
O que é real ou imaginário
Pra doença nada importa, só alívio
Você pensa que tem problema? Vá em um hospital de câncer! Você pensa que tem dificuldades? Veja o povo na áfrica se acabando literalmente de fome! Você pensa que não tem nada de bens? Veja os furacões arrasando com tudo na America do Norte, Central etc... Pr Erivaldo Lucena
Quando o povo grita gol, os políticos constroem estádios. Quando grita AI no chão do hospital lotado, os coveiros abrem as covas. Publicado Set/2017
Foi trabalhando em um hospital que descobri o valor da vida, o peso de uma lágrima e o que é uma oração de verdade. Acredite, como num passe de mágica, toda soberba, toda arrogância e vaidade se acabam no leito de um hospital.
