História
A arquitetura é um veículo de conhecimento, arte e técnica, ela estabelece uma comunicação entre lugares distintos e povos de épocas diferentes.
A arquitetura não só transcreve ideias mas cria marcos culturais e preserva a história viva em nossas mentes.
Sempre estive em busca de minha identidade artística e recentemente fui convidado para dar aula de direção na HFA, um de meus objetivos é fazer o aluno desenvolver sua própria identidade, e nesse mergulho de buscar a forma, me deparei com minhas escolhas dentro dos materiais que produzi, descobri que retratam minhas experiências pessoais. Os filmes quais participei sempre possuem pós-produção, pois minha formação começou na edição, mas ao assistir as produções que dirigi, me deparei com algo novo que está sempre presente em meus trabalhos, porém de uma forma subconsciente. Apesar de essa técnica ser comum, ela não é muito explorada, pois geralmente causa um desconforto ao espectador, mas quebrar a quarta parede é algo que nos coloca dentro do filme e nos faz sentir parte do que vemos. Essa técnica que me refiro, se tornou mais famosa pela série "House Of Cards" da Netflix onde o personagem, Frank Underwood, está sempre falando diretamente conosco. Entretanto não foi nessa série que esse plano me fisgou, e sim no filme "Silêncio dos Inocentes" de Jonathan Demme, e em todos os outros filmes que ele utilizou o mesmo recurso. Via em seus trabalhos uma fonte de inspiração, da comédia ao drama. Fiquei muito triste pois ele faleceu esse ano.
Quando comecei na fotografia, sempre pedia para que as pessoas olhassem diretamente para a câmera, e na edição escolhia começar por essas imagens. Sempre achei que os olhos comunicam exatamente nossos sentimentos, e definem a maneira mais profunda de conhecer as pessoas. Nunca tinha percebido o quanto isso influenciou e influencia em minhas decisões, e o quanto está presente em meus trabalhos.
Uma vida bem vivida é permeada de medos, recheada de dúvidas, repleta de sonhos inalcançados e de respostas mal dadas,felicidade pelo pouco que conquistou, pelo muito que trabalhou, pelas pequenas alegrias que sentiu, que valeram mais do que qualquer outra história.
Uma vida bem vivida é permeada de medos, recheada de dúvidas, repleta de sonhos inalcançados e de respostas mal dadas,felicidade pelo pouco que conquistou, pelo muito que trabalhou, pelas pequenas alegrias que sentiu, que valeram mais do que qualquer outra história.
ENTRE O REAL E O SONHO
Ela anda pelas calçadas centenárias
devagar, lentamente, admirando os detalhes que tem cada prédio,cada canto, cada pedaço que lhe rodeia.
Ela sente no ar um quê de solidão, de saudade
É um sentimento que penetra pelos poros, se faz sentir
em seu olhar carregado de devaneio...
Ela anda pelas ruas e parece fora do tempo, está longe do agora...
Há um quê de sonho...
Aqueles paredões de pedras, os mirantes, os nomes de ruas, as escadarias, os becos e o ar de passado tão presente...
A língua que ela fala para si mesmo, em brincadeira, tem sotaque carregado do português falado em sua terra de origem, Portugal...
Ah "última flor do lácio", como és bela! Pensa em seu sonho que vê bem perto de si o poeta Camões...
Ela vai seguindo...
Rua do Sol, Praça João Lisboa, Rua de Nazaré, passando pela
Praça Benedito Leite, indo, indo, passando pelo Palácio dos Leões, chegando a Beira -Mar, Praia Grande, voltando pela Rua de Portugal, entrando e saindo por aquelas ruas onde o passado parece tão presente que não se sabe se estamos neste século ou em trezentos ou mesmo quatrocentos anos antes...
Ela ama esta cidade, não se pode negar...
Ela, se pudesse,se transportaria para o passado, e tentaria conhecer o Daniel de La Touche, mas também amaria ver e falar com Alexandre de Moura... Iria ver com certeza e adorar, os índios daquela época.
Ela continua andando, devagar, seu olhar cheio de luz do que passou...
O sol a pino, bate em seu rosto e ela se vê no tempo presente, mas o ar impregnado de saudades do que ela não viveu mas tão real como se a cidade lhe tivesse passado toda a sua história como sendo seu...
(10/06/2017)
Raimunda Lucinda Martins
Enquanto espero o sono chegar...
Nesta semana fui convidada a assistir a uma palestra... meu tempo está reduzidíssimo, na minha vida só o que é realmente importante, intransferível...
O tema era bom... o título da palestra era interessante, digamos que até importante em dias em que cada um está a olhar o seu próprio umbigo, esquecendo-se de que o mundo é cheiinho de gente com dores, desamores, dissabores...
La fui eu... sentei-me na poltrona e comecei a ouvir...
Meio de praxe o palestrante começar a sua fala apresentando-se.... até aí tudo bem um desvio do tema.
Só que era mesmo sua história de vida que ele tinha pra contar... uma história de superações meio sem sentido, a meu ver... mas talvez não seja eu especialista no assunto pra criticar suas mágoas embutidas em palavras e piadinhas de extremo mau gosto contra seres que nem sempre sabem as regrinhas de convivência...
Paciência....
Acho que no afã de narrar sua história de vida, o palestrante esqueceu quase todos os plurais em casa... e as concordâncias verbais!? Nem me fale... um verdadeiro caos, nada concordava com nada.
Mas tudo bem.... isso é só coisa chata de professor de português....
Todo mundo sabe que a linguagem de um palestrante deve ser adequada ao seu público-alvo....
Talvez ele tenha feito isso.... nivelando bem, mas bem por baixo... confesso que algumas pessoas presentes eu conheço... e usam bem mais de meia-dúzia de palavras em seus altos papos. Então o vocabulário poderia ter sido melhorado 😉
Mas... Tudo bem, nem todo mundo tem um vocabulário variado... e se se comunica bem com meia dúzia de palavras 👏🏻👏🏻👏🏻
Agora, independentemente do público-alvo, por favor, nada de palavrões... respeito é bom, e eu gosto...
Mas talvez eu só seja uma senhorinha chata, que não fala palavrão, que tem filhos e netos que não falam palavrões, que convive a maior parte do tempo com pessoas que não falam palavrões.
Em uma palestra, a não ser que o tema seja uma explicação minuciosa de cada um dos palavrões que existem, please... respeitem meus ouvidos.
Daí veio um exemplo tirado da Wikipedia... bom, pelo nível da palestra não era possível esperar que exemplos comprovados cientificamente fossem usados...
Tudo bem. Só deve ser a professora de metodologia científica em mim a se sentir incomodada.
Mas não resisti! Ele citou Wikipedia e eu imediatamente fui checar: referência errada, my friend... nem a Wikipedia concordava com o que ele falava...
Como saí da palestra? Bem, você pode imaginar...
Dica importantíssima: você tem uma história triste pra contar? Nada contra que você se vista de palestrante e conte-a aos quatro ventos... conte como alcançou o sucesso com luta, humildade, estudo, como superou os revezes da vida, as pedras no caminho... mas nada de apontar colegas e professores como vilões da história - não é de bom tom (mas talvez aqui seja só a profissional professora não querendo ouvir falar mal da classe dos profes....)
mas pelo amor de Deus... não venda sua fala mascarada com um tema que está em voga e o mundo inteiro está querendo ouvir...
Não subestime a inteligência do seu próximo.... não deboche de quem um dia debochou de você... não engane ninguém: se sua palestra é a história de sua vida: Uma história de superação.... não outro título não, isso só vai gerar confusão! Conselho de amiga 😉
O mundo é redondinho, ele dá voltas... action/reaction...
Acredita, quando te digo que tentei o melhor para nós, o melhor para ti. Acredita que, sempre que te vir me irá doer a alma, pois fomos uma história inacabada, sem culpas, sem rodeios.
“A colossal rigidez,
quer entre os dinossauros,
quer entre as ditaduras,
tem uma história muito pobre
de sobrevivência evolucionária.”
Queria dizer que nunca fui embora, porque nunca fiquei.Nunca te troquei, porque nunca te tive. Nada terminou,porque nunca houve um começo. Estou em outra história porque não havia mais espaço pra mim na nossa, que tá cheia de você, seu egoísmo e sua liberdade. Odeio lugar apertado.
Você sabe meu nome, não a minha história.
Você sabe a cor dos meus olhos, mas não o que eles já viram.
Você sabe onde moro, não como vivo
Você sabe da minha descendência, mas não tem idéia da minha cultura
Você sabe que um dia te amei, mas você não deu valor
Não se esqueça de mim
Quando me deparei
Suave, fresca, brisa
palavras embaralhadas
Um olhar avisa
Outra aposta perdida
Sem tristeza, espanto ou surpresa
Pois vence o melhor
Rápido os cacos se espalham
Um ponto sem nó
Somos jovens, ainda brilha o sol
Quando pensaria que você estaria perto?
Sob o calor e a noite fria do deserto?
Não me esqueço de uma história sem fim
Sem começo, Que persiste na memória
E agora, sou escória
E então, vai embora
Queria que ao menos nesta hora
Você... Se...lembrasse de mim
Quis um dia no fundo um fim prá isso tudo?
Isso não muda prá você
Aguçadas setas atacam
Fez por merecer
Dói de novo,
prá nunca mais se atrever
Refrão
Preste
Atenção
Utopia
Lágrimas
Acordado
Hora Passa Madrugada
Chibatadas Têm Hora Marcada
Não falei pra você....
Agora deixe o sangue escorrer!!!!!
Fez por merecer
Não vai se arrepender
Deixa o desgraçado apodrecer!!!!!!!!
Deixa ele gritar até morrer!!!!!
Agora deixe o sangue escorrer!!!!!
Há uma porção de referências pessoais à “musa inspiradora”. A propósito, o nome dela está perdido por aí... Preste atenção!
WWW.SERGRASAN.COM/NORMASILVEIRAMORAESSLIDES
CADA VIDA UMA HISTÓRIA
Autoria: Norma Aparecida Silveira de Moraes
BOM DIA DEUS! MUITO OBRIGADO POR MAIS UM DIA..
Hoje acordei animada, linda manhã de sol
E senti em mim nova inspiração
O sol anima o meu viver
De ânimo e alegria enche o meu coração
Sinto com gratidão mais um dia
De forças renovadas para o dia enfrentar
Nenhum dia é como o ontem,
Hoje há mais coisas novas para encarar
A vida pulsa dinâmica lá fora
Sinto e veja a vida em ação
No dinamismo do existir no mundo
Contemplar nas belezas mil da criação
Deus do meu coração! Muito obrigado!
Por me dar mais um dia de presente, então...
Sinto com toda plenitude
A vida pulsando em abrangente emoção
Respiro e inspiro, fundo, vou fazer Lion Gong
No parque aonde encontro na mesma sintonia amigos
Alegria e sorrisos, energia positiva, soltos no ar
Lá unidos neste ideal, não há inimigos
Volto para casa sozinha...
E fico a pensar na vida passada
Quanta coisa já vivi, superei
Na vida, não me sinto fracassada
Nenhum dia é igual ao outro
A vida é cheia de surpresas e fases
Muitas mudanças vão aparecendo
Devagar vai acontecendo novas bases.
A ponte do passado é tênue
Não consegui cortá-la totalmente
Pois lembranças são histórias
Que ficam no coração e no inconsciente...
Hoje caminho devagar rumo a velhice
Que pretendo ter qualidade de vida
Ir devagar, aprendendo se adequando ao novo
Pois o corpo já não aguenta tanta lida.
Aposentar, mesmo que seja por limitações, não é ficar totalmente inativa
É apenas na vida, construir um novo projeto
De acordo com as novas limitações
E das coisas que me injeto
Vim da roça muito longe...
Nasci da terra e da pura natureza
Aonde vou plantando hoje o que aprendi
Um pouco de conscientização amor e beleza...
Cada um vai construindo a sua história
De acordo com a sua vivência
Das raízes sigo muitos exemplos
E com elas ganho experiência
Sou ainda caipira na alma
Não sinto vergonha, não posso esconder
Pois o amor que sinto é claro
Não tem como apagar ou perder
Minha vida é um livro aberto...
Nas páginas brancas semeio a paz
Tenho traumas de violência
De enfrentar ou brigar, não sou capaz
Meu passado me deixou muita saudade
De momentos vividos na infância, outrora
Casa, férias, fazenda de meus avós...
Boas lembranças que levo pelo mundo afora
Dos rios recordo; doce pescaria, brincadeiras e lazer
Com primos, amigos e meus irmãos
Subindo em árvores, andando a cavalo...
Frutas, flores, cheiro de meus ambientes, alegria e canções
Engenho, garapa, rapadura e horta
Belezas puras do meu lindo rincão
Vales, montanhas, rios, animais e pessoas...
Carro de boi, fogão de lenha e plantação...
Hoje moro na linda cidade que escolhi
Também gosto daqui morar
Nas páginas da minha vida
Tenho tanta riqueza para celebrar e recordar...
Quantos casarões eu frequentei
Com currais e animais variados eu convivi
Cheiro de terra molhado, barro...
E até a poeira e sol quente senti...
A vida muda sempre a nossa história
Hoje sou uma psicóloga, felicidade
Sou poetisa, escritora, e até pintora...
Porque guardo a sensibilidade, pura realidade.
Esta é a história de minha vida;
Escrita em versos brotados nesta manhã tão linda
Com o sol batendo lá fora, dia maravilhoso...
Na minha memória, lembrança é bem-vinda.
Deus! Muito obrigado pelos anos de vida,
Pela superação de tanta dor também
Obrigado por curar minhas feridas
Recordar e viver somente o que é bom porém...
Muito obrigado, por me fazer sensível...
E perdoar algo no passado, por compreender,
Que cada coisa que aqui passamos
São para as lições e, abrir para o novo aprender.
Paz Profunda! Energia positiva!
Muitas bênçãos Cósmicas!
E superação para a vitória
E da luz em sua vida preencher
Na vida a gente decide quase tudo. a gente muda quase tudo. quase. o passado não se muda. se entende. se respeita. se salva. não se fala nunca mal de quem você pode ser um dia. ame a sua história e não a assassine junto com pessoas que já foram importantes. matar alguém do seu passado, é matar um pedaço seu. aceite as coisas como elas se deram, assim como você, elas deram de si o que podiam. não sou pokemon para evoluir. mas aceito a ideia da transformação. tudo se transforma, mas que ganhe tons de amadurecimento e não de arrependimento. a pessoa que você era teria orgulho da pessoa que você é hoje? prefiro ser parte de uma memória construtiva do que protagonizar um presente irrelevante.
