Coleção pessoal de MarieSoffiati

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⁠Raízes

Meus pensamentos se dispersam nas tempestades desse mundo e se encontram no bater do vento leve. Floresço e me aquieto, floresço e acolho em mim todas minhas flores. Floresço na paz de quem cresce e nem se dá conta, porque às vezes não nos damos conta mesmo. Floresço e aquiesço. Minhas raízes profundas, minhas folhas tão altas. "Qualquer árvore que queira tocar os céus precisa ter raízes tão profundas a ponto de tocar os infernos.", diz Jung. Enraizo e floresço.
As folhas balançam com a brisa leve e as folhas espalham seu perfume. O fruto é mastigado na fome, transmuta a sua forma. E eu enraizo e floresço. Cada dia passado somou-se e virou hoje, cada grão de terra e cada gota de chuva. Cá pra nós a profundidade é uma benção e uma maldição. Mas não fosse tão profunda, não tocaria os infernos de mim mesma e compreenderia minha luz.

⁠Melhor morrer lutando do que viver em submissão.

⁠Ser poeta é afogar-se em si diariamente.
Não com o gosto da morte, mas com o gosto do encontro.

⁠Essa sou eu por fora, na poesia tem eu por dentro.

Elos quebrados mesmo que consertados, nunca voltam ao estado original.

Mente e alma bagunçadas pelo reprimir, nunca produziram frutos bons e duradouros. A descoberta e a libertação da aprendizagem, levam ao original... E o original é o que se eterniza.

Um dia você irá olhar nos olhos da luz, e irá se apaixonar. Neste dia você entenderá o que é o amor. Talvez não seja nada do que esperou. Talvez não seja algo totalmente de outro mundo. Você entenderá não muito tarde de que sempre o conheceu mas não soube o nomear. E então reconhecerá que as coisas não precisam de um nome para existirem. Há muito no mundo que é inominável, mas presente em todas as horas. Todas essas coisas sem nome costumam ter grande presença em nossas vidas... Por exemplo, não posso definir agora meus sentimentos por você. Mas eles são maiores do que muitos falsos amores que propagam.

Há vidas dentro de páginas amareladas, tanto as que a literatura criou quanto as que a apreciam..

Agora, até os doces possuem menos açúcar. E os sorrisos, nem sempre são magníficos e sinceros. Passei a analisar, buscar currículos psicológicos. Pois perdi meu coração. No tempo em que falava com as fadas

A felicidade é tanto ideal, quanto irreal. Então crie a sua. Me mostre seu melhor sorriso e me conte seus momentos. Quero ouvir sua voz alegre, antes que se vá.

Ninguém mais faz isso: escrever cartas. Ou ao menos ninguém ao olhar grosso, porque talvez, a maioria não escreva cartas mas os que escrevem são de levar no fundo do peito.
Uma mensagem é uma coisa boa de se receber.
Mas uma carta? Essa é uma benção.
Esses dias vieram me dizer: que antiquados esses livros de folhas amarelas e esses cadernos lotados de papéis soltos, com caligrafia as vezes apressada demais para alcançar a perfeição. Digo que não. Antiquado coisa nenhuma, apenas atemporal.
Surpreendi essa mesma pessoa com uma carta.
E ela veio me dizer que havia amado.
Perguntei se ainda achava meus gostos antiquados.
Disse que na verdade, aprendera a gostar de minhas estranhices.
Pediu-me mais cartas e assim encontrei, um porque para escrever, todas semanas a alguém da minha cidade.
Claro que permanecem outros meios, mas sabem as cartas?
Elas dominam meu coração.
Guardo todas e amo escreve-las.

Se não for para ser intensa em tudo, nem irei me dar ao trabalho de fazer algo... Em uma terra de sentimentos guardados, demonstrar é terapia.

Quero me prender naquele canto, onde sentimentos não existem e as ilusões não se acumulam... Onde não há nada para se temer, nada para ser deixado para trás... Mas, infelizmente, o que não é razão, é estilhaço de cada passo frustrado nessa minha escada da vida. Nem se me jogar da escada vou deixar de ser, essa pessoa que sente demais. Cada coisa, cada detalhe...
Deixo então chover, vamos nadar em cada gota...

Acredito que a escrita é o par de asas do meu mundo, se retirá-la de mim, sou apenas um pássaro cuja a liberdade foi arrancada.

Essa é a arte
Despir-se das velhas coisas
Vestir-se do manto do renascimento
Se és metamorfose
Se és fênix
Isso torna-se rotina
No barulho das suas palavras..
Voo alto, traço céus

Existem algumas coisas que não vão embora nunca, essas coisas que não podemos tocar, se pudéssemos arrancaríamos e jogaríamos no lixo. E existem as que vão embora, que se pudesse você guardaria em potinhos e colocaria na estante. Os admiraria todo dia e passaria horas conversando com elas.
Que pena, não é?
As coisas que não vão embora são exatamente os traços das que foram ou irão.
E não podem ser guardadas em potinhos, apenas ficam as marcas, impressas na alma e na mente da gente.
O caso é que o tormento e a emoção, essas coisas intocáveis, acabam cicatrizando. Você pode sentir em você não é mesmo?
Você é um baú cheio de fantasmas.
Você é uma caixa cheia de memórias.

A lua estava tão perto quanto distante. Se eu pudesse, a pegaria em meus dedos. Contaria tudo o que estava dentro de mim, e finalmente, a soltaria. Para que brilhasse e inspirasse alguém, para que não perdesse seu brilho com todas minhas lágrimas.

Viver é uma dádiva, nós é que somos péssimos em lidar com presentes divinos.

Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

O conhecimento é adquirido aos poucos.Ninguém nasce sabendo e ninguém chegará ao fim de sua trajetória sabendo de tudo. Mas é nossa tarefa buscar conhecimento. As vezes essa busca é fácil e divertida.E tantas vezes não é nem uma busca e sim uma descoberta. Uma aventura só encontrada entre livros. Os grandes amigos do saber.