Coleção pessoal de regisness

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Viver um segredo é carregar nos ombros um peso que só piora a cada dia.

Se não nos fecharmos a ele, o tempo pode ser um ótimo professor e também o melhor remédio. Pode curar nossas feridas, por mais profundas que elas aparentem ser, e as cicatrizes que delas surgem são verdadeiros troféus a serem carregados.

Arrisca-te! O "não" tu já tens; a vida é cheia deles. O pior que pode acontecer-te é receberes mais um.

Não me ensinaram nada sobre esse negócio de sentimentos. Se ensinaram, devo ter perdido essa aula. Perder o controle: é isso. Não gosto. Me sinto vulnerável, e isso é aterorrizante.

Para os ativistas socialistas: o "na próxima vez dá certo" já foi tentado e, receio dizer, não deu.

Não importa o quão boas sejam as intenções dos ativistas se a tão amada "revolução" invariavelmente acaba em sangue e tirania, como a História nos ensina.

É de uma imprudência muito grande usar camisas e hastear bandeiras com imagens de verdadeiros tiranos como quem se orgulha de um herói da pátria.

Urge parar de antagonizar o estudo da economia e de pintar os próprios economistas como senhores malvados de chapéu, bigode e monóculo e compreender que a economia mantém um país em pé; não podemos dar-nos ao luxo de ignorar a geopolítica e incidir em experiências economicamente inadequadas que causam resultados desastrosos.

Rejeitar a democracia completamente, mesmo em essência, por meros princípios dicotômicos e maniqueístas é não só de uma infantilidade abissal, mas também de um perigo estrondoso, como se rotular uma coisa como "burguesa" bastasse para ela ser indiscutivelmente repreensível e maligna.

E por falar em economia, um dos lemas do socialismo sempre foi lutar contra a concentração de renda. O mais interessante, porém, é que, ao invés de realizar a distribuição de riqueza, todos os regimes socialistas concentram-na ainda mais. A diferença é que, em vez de concentrar-se nas mãos dos tão chamados burgueses, a riqueza é detida pelos burocratas, com privilégios estatais exorbitantes. Usando a própria terminologia marxista, é certo dizer que, na prática, a extinção de classes não passa de uma substituição de classes.

É preciso compreender que, se 100% das experiências socialistas deram errado, significa que não foi por coincidência. Parece-me muito evidente, para não dizer óbvio, que a "deturpação de Marx" não é um fenômeno isolado que simplesmente acontece ao acaso.

Vivia todos os dias, mas morria pouco a pouco a cada um deles.

Sempre haverá um pouco de nós na gentileza de nossos filhos e netos, que decerto aprenderam algo conosco e nos levam em forma de gestos.

Não somos imortais da maneira prepotente como Hollywood costuma pintar seus heróis. Somos frágeis, cosmicamente insignificantes, imperfeitos.

Uma biblioteca contém mil e uma almas, eternizadas pelas palavras. Horcruxes de tinta e papel.

Nunca morremos, pelo menos não de verdade. O mundo parte de nós, mas o fato é que nunca partimos dele.

(...) As paredes podem ser convencidas a grito; as pessoas, não.

Aos que não suportarem o "chocante pluralismo de visões de mundo", como cunhou Jürgen Habermas, fica minha recomendação: entrem em uma caixinha e isolem-se do mundo, pois as paredes podem ser convencidas a grito; as pessoas, não.

O ciclo de violência não pode ser rompido com mais violência; isso apenas o retroalimenta.

Carregava na ponta da língua uma retórica que mais parecia uma navalha. Tornou-se um rolo compressor de terno, tamanco e perfume.