Ha mil Razoes para Nao Amar uma Pessoa
"Um espesso fio de opinião
pode ocasionar ou encerrar
uma Grande Guerra Mundial"
[...]
Quando imergi no calabouço da desilusão,
na tentativa de me encontrar com a razão,
para, então, oxigenar o oceano da emoção,
foi que compreendi o porquê daquela lição
De tempos em tempos, sou provado;
testam minha paciência e o meu vigor,
testam a crença, a resiliência e o amor,
testam alma, carne, a pele e seu rubor
Nessas frações de tempo gasto,
onde muito se observa o rastro
o qual deixamos em vidas alheias,
formam-se laços, ou pior, cadeias
Aprisionado neste "muito se espera",
Reduzo a minha velocidade altruísta,
luto e ainda tento ser o bom artista,
mesmo sem aplausos e plateia vazia
Assim, aquele turbilhão de energia
cobrada, que provoca inundação,
com sapiência, mudo a entonação,
para assim poder sorver sobrevida
[...]
Não faça tudo pelos outros,
faça o que lhe for essencial,
faça com amor e muito zelo,
um pouquinho é substancial
Um cadinho de boa fé,
um cadinho de nós;
um cadinho de tempo
repartido com os avós
[...]
"Precisamos desatar os nós
de cobranças desnecessárias,
para não invalidarmos a linha
de pensamento construída
ao longo de nossa história"
"Bom! Ah tá! Novas eleições? Sim... Novas eleições. Uma alternativa a ser considerada, mas diante do quadro político e a profunda crise ética que passa principalmente a instituição política do País, a melhor proposta é a radicalização dessa proposta: Novas eleições para novos candidatos e aproveitar a possibilidade para se livrar definitivamente dessas pessoas que transformaram o Estado brasileiro numa empresa particular que gerenciam para seus deleites privados em detrimento da miséria e sofrimento do povo. Novas eleições e juntamente a inelegibilidades de todos os políticos de todas as instâncias e de todos os cargos pelos próximos 50 anos. Sem esse condicionamento, novas eleições com os mesmos será forma mais simples para continuar a mesma coisa, exatamente do mesmo jeito como sempre. Então, não vamos cair no canto da sereia de novas eleições com os velhos políticos. Se de fato queremos resolver o problema da corrupção e recolocar o Brasil na rota do crescimento, ou seja, resolvendo a crise ética, moral, política e de representatividade ".
Em meio às nossas intermináveis dúvidas e palavras que nada dizem, uma rosa desabrochou. As rosas não falam. Pena. Talvez só elas poderiam dizer o que está ocorrendo em nossos jardins.
O sucesso de uma marca está intimamente ligado a sua capacidade de entregar consistentemente aquilo que promete de maneira única e exclusiva.
Uma marca forte é aquela que consegue fazer parte do cotidiano das pessoas sem que elas se deem conta disso.
Constância,
O puro do coração de uma criança,
Todas as alegrias da infância,
Misturada à sabedoria da idade,
Ah!
Mas, que saudade...
Quando a morte bate na porta,
Já não se sente mais a aorta,
Em minhas mãos se foi,
Como a última partida da nossa escopa de quinze,
As brincadeiras de madrugada de caixa,
Nossa lanchonete,
Pesqueiro no teu tanque...
Tanta coisa,
Coisa de Vó,
No teu último suspiro,
Em mim foi quase um tiro,
A saudade aperta,
A lágrima é certa,
Nunca irá existir outra como a Senhora,
Apavora...
Nossas idas à praia,
As caminhadas pegando as conchinhas enquanto o sol ainda preguiçoso raiava,
E você lá comigo,
Meu abrigo,
Só pra me fazer sorrir,
Me ensinou o que é o sentir,
E sinto você na minha estrada,
Seus pezinhos marcados na areia,
Unhas sempre feitas,
Vermelhas,
Me dizia que eu era seu ouro,
Um tesouro,
Porque ela tem coração de criança,
Ela é minha Avó,
Ela é Constância,
Essa foi a minha infância.
O senso de coletivade é uma raridade na sociedade brasileira.
Pouquíssimos pensam primeiro no coletivo e depois em si.
A maioria esmagadora pensa em si para depois pensar no coletivo.
Certa vez a compaixão serviu a arrogância,
procedeu que uma se alimentou de ingratidão e a outra de tolerância.
A noite na sacada onde o vento nos embala, e em minha direção vejo o início de uma grande imensidão.
Nunca esperamos uma partida daquilo que mal imaginaríamos que um dia se iniciaria, ate que por trás de uma voz cansada e de um corpo exausto de lutar pelo que se parecia amor, a palavra mais dura, mais pesada, mais dolorida entoa-se pelo vibrato fraco de uma alma chorosa e angustiada por não saber mais como prosseguir... Não há palavras que mais se encaixaria aqui do que a incrível arte do demônio de inventar cinco letras, Adeus!
Um pedaço do céu ...
É uma morada, onde é registrada todas as histórias.
Lugar de aconchego, ternura, aprendizado e muitas histórias.
O relógio nunca para de fazer o barulho do tic-tac, tic-tac...
Ás 04:00 da manhã, o dia começa, coloca lenha no fogão;
O fogo já está acesso para a água esquentar , sai o café quentinho .
Na geladeira tem leite, na dispensa tem broa, biscoito e bolacha...
O relógio não para seu tic-toc... tic-toc ...tic-toc ...,
Partiu, foi juntar as vacas para o leite tirar;
Vaca não dá o leite prontinho, tem que ir lá para ordenhar.
Leitinho já tirado ,
E tantas outras tarefas para serem feitas.
Mas o relógio nunca para tic-toc ...tic-toc... tic-toc... tic-toc ...
E é assim um pouquinho da vida lá.
Raphael Mourão
Touro Boliche
Uma maquina de pulos,
Bastou cerca-lo,
Parece que vai fabricando saltos de todos os tipos,
Cada pulo no ar,
Vai matando até os mosquitos,
Nunca ouviram se falar em coisa assim,
Pular e derrubar é sua especialidade,
Foram várias vítimas nos rodeios,
Um touro do lombo liso como bola de sabão,
Que quando sentam,
Ele sai derrubando tudo que tem na frente.
Na capital dos rodeios,
Espalharam a notícia que o touro boliche acabara de desembarcar,
Todos temiam,
Daquele liso dorso cairem e se machucarem,
Um danado roceiro,
Desconhecido de qualquer arena desse mundo,
O seu nome nunca ninguém ouviu falar,
Ao se escrever,
Todos disseram ao humilde franzino para não participar,
Mas como o sangue dos boiadeiros flui pelas veias,
E com jeito caipira ele se pôs a dizer,
Gente, gente de toda essa gente,
Esse animal é apenas um animal,
Se ele é fenomenal como falam,
Respeito suas opiniões,
Mas de onde eu vim,
Touro lá come é capim e não come ração,
Tudo que vocês falarem,
Nada disso vai tirar o que tenho na mente,
Se esse touro fábrica pulos de verdade,
Pois digo a vocês e também pros telespetadores que assistem televisão,
Fabriquei em minha fazenda,
Uma guaica de couro de búfalo tufão,
Matei ele á unha de tanta raiva que fez naquele sertão,
E não é esse bolinha,
Que me verá com a cara no chão,
Assistam o espetáculo,
Se eu não suportar os oito segundos,
Me amarram no meio desse show,
E peço que me batam na frente de todos com esse reio,
Fui criado e tratado com leite tirado no curral,
E não será esse animal que fará eu perder esse prêmio,
Nesse festival.....
Autor:Ricardo Melo
O Poeta que Voa.
