Fui
✨ Hoje pedi pra minha mãe retocar minha raiz.
Confesso: fui meio contrariada. Agora preciso fazer isso todo mês, e ainda estou me adaptando a essa nova fase, às mudanças, à perimenopausa — e a tudo que vem junto com ela.
Fiquei em silêncio, pensando na passagem do tempo, no corpo que muda, na vida que corre… quando, do nada, minha mãe solta uma daquelas frases que atravessam a alma:
“Nossa… nunca imaginei que teria a alegria de ver meus filhos com cabelos brancos. Fico tão feliz de poder pintar seus cabelinhos brancos. Ontem você era meu bebê.”
Silêncio. Nó na garganta.
De repente, o peso da rotina se transformou em gratidão.
Aquela cena banal — uma mãe pintando o cabelo da filha — virou um retrato de amor, de tempo, de continuidade.
Às vezes, a vida muda tudo com uma frase simples.
E hoje, minha mãe me ensinou mais uma vez que envelhecer também é um privilégio. 💛
Fui dor, fui cura e sigo aprendizado, a vida mantém a lição sempre à mão, aceitar ser processo é viver em evolução, aprendo a cada passo, sem pressa.
Fui apagado por muitos, reacendi por mim, a recuperação veio da minha própria mão, reacender é reconhecer o poder interior, sou chama que eu mesmo acendi.
Eu fui calado, eu observo calado. As pessoas discutem tanto para ter razão que esquecem de ter consciência.
Muita gente adora dizer como você deve viver... mas não consegue organizar nem a própria vida.
Tem gente que fala como especialista, opina como mestre e critica como juiz... mas não vive o que fala.
O conhecimento faz a pessoa humilde. A ignorância faz ela se achar demais.
São anos trabalhando com pessoas, e nessa vida, se a gente não aprende a observar mais do que falar, a gente não evolui
Na solidão fui encontro comigo mesmo, conheci medos e passos que me guiam hoje, a solidão virou mapa para andar sozinho, assim encontrei força no meu próprio passo.
*Já fui plano B.*
Já fui a escolha de conveniência.
Aquele alguém que estava ali, sempre por perto, sempre disponível… mas nunca o suficiente para ser prioridade.
Fui o “e se não der certo com outro alguém”, o “só hoje”, o “você entende, né?”.
Fui o ombro amigo, o porto seguro, o consolo,mas nunca o destino final.
Fui plano B de quem nunca teve coragem de me colocar no centro.
De quem me queria por perto, mas não ao lado.
De quem dizia que eu era especial, mas só quando era conveniente.
De quem me procurava quando o mundo desabava, mas sumia quando o sol nascia.
E por muito tempo, aceitei.
Aceitei migalhas achando que era banquete.
Aceitei silêncios como se fossem respostas.
Aceitei ser metade, quando eu sempre fui inteiro.
Hoje, não mais.
Hoje, entendo que não nasci pra ser opção.
Não sou rascunho de ninguém.
Não sou pausa entre capítulos.
Sou história completa , e mereço ser lido com atenção.
Aos que me tiveram como plano B: obrigado.
Vocês me ensinaram o valor de ser o plano A de mim mesmo.
A consciência de que fui resgatado a um preço tão elevado confere um valor que o mundo não pode manipular nem tirar. Que eu viva cada dia honrando esse resgate, com a dignidade de quem sabe ser incondicionalmente amado. Não mais escravo do medo, mas livre para expressar o melhor de mim, impulsionado pela Tua graça.
Em 2016, fui confrontada com a profecia de que não concluiria o ensino secundário. Posteriormente, ao aventurar-me em Maputo, deparei-me com a falta de apoio de certas pessoas. Contudo, persisti, depositando minha fé em Deus, e algumas situações evoluíram positivamente. Recentemente, fui novamente atingida por palavras depreciativas, insinuando que, apesar da minha dedicação à escrita, meu destino seria invariavelmente infeliz. É inegável que as palavras possuem um poder destrutivo intrínseco. A ausência de empatia em certas interações verbais é notória, refletindo, lamentavelmente, um arrefecimento do sentimento de benevolência."
Contudo, estas pessoas olvidam um princípio basilar: não são meus adversários. Ansiaria que compreendessem que o meu antagonista primordial reside em mim mesmo. A minha existência não se pauta pelas suas palavras ou observações; pelo contrário, nutre-se da fé."
Perdoa-me por aquilo que não tem perdão,
Eu fui embora, e levei comigo o seu coração.
Perdoa-me pelas noites que não te iluminei,
E sobretudo não te aconcheguei...
Perdoa-me por tudo que abandonei,
Sim, eu fui embora, eu te deixei...
Perdoa-me ao girar da tranca,
Dei as costas para a tua esperança.
Perdoa-me porque a pena eu paguei,
Por tudo que construí, e larguei...
Perdoa-me por ter te deixado
Solitário,
Não quis ter te abandonado
No poemário,
E muito menos te humilhado
Por ter desconfiado de ti;
Perdoa-me por te amar mais
Do que a mim mesma.
Perdoa-me porque não fiz a tempo,
De ter entregue o meu sentimento.
Orgulho-me ter o meu ego pisoteado,
Para transformá-lo em estrela no éter
Deste amor infinito - e implacável;
Entrego ao mundo o que eu já devia
Ter tornado teu, e te revelado...
Perdoa-me pelo desespero,
Porque você não sai da minh'alma,
E não sai da minha retina;
Continuo por ti seduzida.
Perdoa-me eu sei que errei,
Como o fogo consome a brasa,
O amor quando é amor nunca acaba.
O coração bate descompassado,
É a fera que há em mim querendo
O teu laço que se chama [abraço];
Permanece o intenso sabor pelo fato
De nós termos nos [beijado]...
Perdoa-me porque é indescritível,
O amor que sinto é infalível,
O tempo não o apagou amor incrível.
Se o amor é o limite do amor,
Amar jamais terá limite,
O tempo me mostrou
Que enquanto houver céu,
Entre nós não haverá limite.
Com fascinação própria,
- arte e luz
Fui agraciada ao ver,
A Lua cor-de-rosa,
- maravilhosa
Beijando o mar.
Aos passos, tateando,
- experimentando -
E exortando a delícia
De contemplar a cena,
Que talvez não se repita,
O mar se deixando beijar.
A Lua ao beijar o mar,
- acabou beijando-me
E seduzindo-me,
Acabou enfeitiçando-me,
E completamente doce:
acabei entregando-me.
Hoje fui caminhar na praia,
Saí em busca dos teus olhos,
- lindos olhos cor de (a)mar,
Bastou as ondas para lembrar
Do teu jeito de me desalinhar.
Deste teu jeito de fotografar,
Em letras registrar,
- esse poema
Sobre a mesa de trabalho,
Estou a inundar-te...,
- tal como um estuário
Sou eu a te assanhar...
Eu na praia, e você aí,
Sobre a mesa de trabalho,
Eu sou o teu verso ordinário,
E também o teu verso oratório;
O teu desejo longe de ser transitório.
Hoje eu fui até a praia,
Catar conchas para você,
Ninguém precisa saber,
O mar gentil bramia,
Mansa a tarde caía,
O sol se recolhia,
Por detrás das dunas,
Ideias leves como plumas,
Repletas de beijos de luz,
A sereia e as ternuras,
Endereçadas à você,
Recolhendo conchas,
Para outra vez te ver,
Deixei a praia me dominar,
Guardei as conchas no corpo,
Mergulhei em mim e no mar.
O amor é um oceano,
Temos que desvendar,
Todos devem sonhar,
E ter alguém para amar.
Quase devolvida ao mar,
Resolvi regressar,
Para te rever, e nos resgatar;
E nunca mais olvidar...,
Iniciei a oração,
O céu se abriu admirado,
Com tanta devoção,
Em tom lavanda e com nuvens róseas,
Ele floriu como um jardim de rosas,
Repletas de místicas flóreas,
Um celestial jardim de rosas místicas,
- suspensas em pleno ar
Numa explosão de beleza sem igual,
Ouvi um concerto angelical,
Surgiu um arco-íris dando um sinal,
Que o nosso amor jamais terá final.
Olhaste para trás e percebeste que eu
fui a primavera em tua vida,
Lembraste que nunca deixei-te,
mas sempre fui a favorita;
Olhaste para frente sem me ver,
as tuas mãos nada podem,
e sequer um pouco tocar-me.
Relembraste que és verão,
e sentiu vontade de resgatar-me:
a primavera que não passa
Reclamaste no peito o amor
que nunca mais recebeste,
Relembraste que sou flor
digna de poesia, canção e louvor;
e ainda sente falta de embalar-me.
Estende os braços nas Alturas,
- sem a minha presença -
Mil inquietações viram loucuras,
- sem a minha foz -
A tua boca reclama as securas,
os teus lábios criam rachaduras,
Permaneço forte dentro de ti,
os meus ledos são teus segredos,
Sou o tempo rugindo no peito,
o amor vadio e imperfeito,
A primavera com todas as cores
trazendo novos tons ao outono,
O triunfo de um amor inteiro.
Da minha janela eu fiquei
Em busca daquelas histórias
Que só eu sei contar,
Fui em busca do luar...
Eu fiquei assim a te esperar,
De olho na janela para te ver,
Do jeitinho que irás pousar;
No soneto madrigal irei festejar
De bruços irei escrever:
Para o poeta se deleitar.
No céu flutuando eu subi
Em busca da luz da lua
Que provoca o delirar,
Fui em busca de você,
Eu estou a premeditar,
De olho na tua despreocupação,
Do teu trigueiro versejar,
No meu abraço a te abraçar,
De boa e sensual coreografia
Estou aqui para te provocar...
Do céu avistado o luar
Em busca do teu beijo,
Que chegou para excitar,
Fui em busca do segredo,
Do teu lindo versejar
Que bem parece (rede)
De pescador lançada no mar;
Aqui estou subindo pelas paredes,
Pronta para a gente namorar.
Como não havia
encontrado
a palavra certa
para explicar
muito além
da liberdade,
Fui versando
sobre as nuvens
eletrizantes
da tempestade.
Chegou a hora
de contar o porquê
de tanta poesia:
a vida é capaz
com o pincel
da ironia pintar
as paralelas,
essa é a realidade
da História do Brasil
e da Venezuela,
não há como ser
indiferente e se calar.
Como uma praga
que devasta
uma lavoura,
O assunto é
mais grave
do que se imagina,
não sei o quê
será do destino
do continente,
ninguém tem
compaixão
do destino
da nossa gente,
que a verdade
seja dita:
não nos ensinaram
a nos amar,
e a nos fazermos admirar,
pedir pela libertação
da tropa já virou rotina.
Descarto ser
discreta
para você,
Porque fui
descoberta
por você,
Nós dois
sabemos
o quê irá
acontecer,
É o amor
que chegou
para
permanecer,
acariciar
e nos
surpreender.
Eu te quero
e você
nem imagina
A forma
e o quanto,
mas do seu jeito
urgente,
cheio de delícia,
ventura e malícia,
sem medida.
Buscando a inspiração
e a rima sonora perfeita
pelos portais do tempo,
fui construir um exílio
na Lua pro meu coração,...
Por não querer nunca
e nem de longe
parecer com este mundo
que exalta quem
aprecia viver sem emoção;
Acariciando a delicada
felina no meu colo,
e tal como a chuva fina
que caindo sobre cidade,
muito além desta tarde
venho te esperando,...
Com todas as mais de mil
e uma noites de amor,
que tens para ofertar
sob a abóbada estrelada
o teu coração me entregar.
Optando assim seguir
por um caminho interior
para que este inverno não
deixe em mim perder
esta primavera em frescor.
Procurando seguir
a indicação
da Lua divina Lua,
fui buscar
a embarcação,
passei devagar
bem pertinho
da savana pantanosa
em tua busca
e da paz maravilhosa
que estes olhos
lindos são
capazes de me dar.
A Lua fez da relva
um chão esmeraldino
e as árvores altas
iluminadas fizeram
o cenário mais lindo:
Para o amor seduzir
e nos embalar
pelo ritmo ardente
da sinfonia noturna
que só quem tem
uma alma em chamas
é capaz de decifrar
o quê o Universo
tem para falar
ao coração tomado
por encantamento,
e deixar as estrelas
fazerem o cobertor
de doce contentamento.
Hoje fui meditar diante do mar,
- fiz isso por nós dois
Por esse beijo me endoidece,
- beijo assaz excitante
Tenho nas mãos o teu lindo amor,
- és primaz e meu diamante
Revelados no caminho do amor,
- somos um pedacinho de paz,
Abrigamos em nós o pedaço do
[amor demais].
O teu jeito está a cada dia mais audaz,
- você já sabe o quê para perto
de ti me traz
Sabemos delinear o nosso horizonte
da maneira mais perspicaz...
O meu desejo por ti é tenaz,
- e ninguém desfaz
Não há nada que me distraia,
- é plena a carícia que você me faz
A tua existência é irrestível,
- a tua malícia é indizível
Temos uma ternura incrível,
- as nossas cinturas se estreitam
no jardim do amor indestrutível
A tua voz ao pé do meu ouvido
é mais do que aprazível,
- és dono de um convencimento
aplausível
Portanto, não nego jamais:
longe de nos tornarmos rarefeitos,
Construiremos a nossa história de amor
com paixão, gemidinhos e trejeitos...
