Fui
eu sou uma planta crescida!
Eu já fui uma plantinha. Uma singela plantinha...
Quando os seres que deviam cuidar de mim foram embora me tornei sequidão, quase morri.
Nos dias ensolarados, o sol foi em demasia, quase me torrou, mas eu resisti.
Foi então que houve chuva... Eu precisava, eu estava seco.
Nunca flori, talvez porque nem todas as plantas florem.
Eu cresci, sem folhas em alguns galhos, mas cresci.
Não dei mudas, isto é, até o momento, talvez porque o tempo ainda não chegou.
Quando o período certo ocorrer ou quando eu for enxertado espero que a outra parte de mim possamos então juntos florir e darmos mudas, belas mudas.
Hoje precisei ser afável mas fui absorto
precisei ser diplomático mas fui indelicado
Hoje pude notar a linha tênue da inteligência que sempre se tornou sagaz ao menor surto inesperado, entre a estulticia em meu ego, super ego e o id.
Razões e emoções são como o norte e o sul venus e mercurio em suas rotações.
Fui
Geralmente fico isolado
Longe desse mundo moldado
Literalmente modificado
Que da natureza só é afastado
Enquanto jovem e vigoroso, na ânsia de conseguir dinheiro, fui perdendo a saúde; agora não há dinheiro no mundo que seja capaz de me fazer recuperar o vigor, a juventude e a saúde.
Escrevo poemas de amor, porque tenho muito amor no coração. Vivo a doçura do amor, porque sempre fui amado p'la minha mãe.
Um dos meus prazeres é cozinhar. Entretanto, faz uns dias, eu fui para a cozinha fazer aquilo que já fizera centenas de vezes: cortar cebolas. Ato banal, sem surpresas. Mas, cortada a cebola, eu olhei para ela e tive um susto! Percebi que nunca havia visto uma cebola. Aqueles anéis perfeitamente ajustados, a luz se refletindo neles: tive a impressão de estar vendo a rosácea de um vitral de catedral gótica. De repente, a cebola, de objeto a ser comido, se transformou em obra de arte para ser vista! E o pior é que o mesmo aconteceu quando cortei os tomates, os pimentões... Agora, tudo o que vejo me causa espanto. Então me levantei, fui à estante de livros e de lá retirei as "Odes Elementales", de Pablo Neruda.
Procurei a "Ode à Cebola" e lhe disse: "Essa perturbação ocular que a acometeu é comum entre os poetas. Veja o que Neruda disse de uma cebola igual àquela que lhe causou assombro: 'Rosa de água com escamas de cristal'. Não, você não está louca. Você ganhou olhos de poeta... Os poetas ensinam a ver".
Ver é muito complicado. Isso é estranho porque os olhos, de todos os órgãos dos sentidos, são os de mais fácil compreensão científica. A sua física é idêntica à física óptica de uma máquina fotográfica: o objeto do lado de fora aparece refletido do lado de dentro. Mas existe algo na visão que não pertence à física.
William Blake sabia disso e afirmou: "A árvore que o sábio vê não é a mesma árvore que o tolo vê".
Sei disso por experiência própria. Quando vejo os ipês floridos, sinto-me como Moisés diante da sarça ardente: ali está uma epifania do sagrado. Mas uma mulher que vivia perto da minha casa decretou a morte de um ipê que florescia à frente de sua casa porque ele sujava o chão, dava muito trabalho para a sua vassoura. Seus olhos não viam a beleza. Só viam o lixo.
(...) Há muitas pessoas de visão perfeita que nada vêem. "Não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. Não basta abrir a janela para ver os campos e os rios", escreveu Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa. O ato de ver não é coisa natural. Precisa ser aprendido. Nietzsche sabia disso e afirmou que a primeira tarefa da educação é ensinar a ver.
Fui questionada semana passada:
"Quem é o seu melhor amigo?"
Não sei. Não uso mais essa expressão. Não faz sentido. Tenho amigos que possuem as 'chaves' para diferentes portas da minha personalidade. Alguns abrem meu coração. Outros a minha risada. Há ainda aqueles que conseguem adentrar nas minhas mais profundas confusões e vulnerabilidades. Os mais distantes de mim podem ter a chave pra um determinado momento da minha vida. Outros, que são próximos, podem não ter a chave que preciso hoje. E é ok se os seus companheiros não tiverem todas as chaves. Como seria possível que eles as tivessem? Não falham por não poder abrir todas as portas de quem você é. As minhas muitas identidades não se encaixam perfeitamente com ninguém.
Amor
Acordei cedo lavei meu rosto e fiz meu café. Enquanto o bebia fui a janela e olhei para o céu, e vi a mesma cor que sempre vejo quando não estás por perto, tudo fica sem graça, sem jeito e sem cor, o tudo não e nada sem você aqui.
Peguei meu carro que sempre me fazia sorrir, e sai, sem rumo muito menos direção. Liguei o som para descontrair, mas as musicas me lembravam você no meu carona me pedindo para que parasse com a correria, ou ate mesmo abaixasse o som. Mas nada, você não estava ali para me pedir que parasse de correr, então meus pés viraram chumbo e simplesmente grudaram no acelerador, a cada marcha que eu passava eu sorria, pois lembrava de você, mas você não estava mas ali para que me impedisse e me livrasse daquele acidente que me levou embora para sempre, e aqui de cima sinto ainda mais sua falta.
Um dia quem sabe eu volto meu amor, volto para lhe dar sorrisos, e para q você me fizesse mais um cafuné como aquele que você fazia quando ia a tua casa e sentávamos no banco que havia em tua cozinha, o q eu chamava de ' Banco da Praça '
Um dia eu volto 🍀
Diferente de muitos, nunca fui apenas um olhar que te desejava. Eu era muito mais que isso. Fui um coração que verdadeiramente te amava.
Covardia por Saik
Eu fui covarde e fui sem notar
Mas quando notei, tive que ser corajoso
Fiz coisas que pra sempre vou me envergonhar
Mas não esqueço do que fiz que me deixa orgulhoso
Voce também foi covarde ao partir
E eu entendo que voce só quis fugir
Voce já disse que perto de mim é difícil pensar e agir
Até por que, as coisas mais terríveis já te fiz sentir
Talvez voce esteja certa e o errado seja eu
Voce não precisa ter coragem com a pessoa que conheceu
E agora, ou talvez, desde sempre, sua felicidade não é problema meu
Eu tenho certeza que agora voce vai ser feliz, e eu vou fingir que não doeu
KNOCK, KNOCK, KNOCKING
.
.
Um dia, bati à porta do Castelo:
– Lamento, mas fui eu !!
Fui eu que venci o Dragão
Que atravessei abismos
Que enfrentei estrelas
Que derrubei destinos...
.
Mas a princesa esperava olhos verdes
Cabelos claros e músculos azuis
Cuidadosamente retorcidos na Academia
.
Esperava, ademais,
(pois isso confessou a uma das alcoviteiras)
um príncipe habilidoso
que a contorcesse na cama
.
[ – Mas porque não eu,
se também tenho meus truques?
Posso não ter dormido com princesas,
Mas levei camponesas às nuvens]
.
Tudo isso lhe disse, marejado
Enquanto lhe oferecia em brinde
– um cálice de Santo Graal
.
Por fim, mostrei-lhe um colar de pérolas
feito com olhos arrancados a doze dragões
[queria ofertá-los a ti]
.
.
Tudo em vão ...
.
.
A Princesa dormia
e sonhava príncipes ...
.
.
[publicado em Entrelinhas, vol.13, n.2, 2021]
o trouxa fui eu em achar que eu poderia te amar, mas você não quis, só me ilude sem pensar na ação que isso pode causar, lhe digo que gostava de você, mas não deu bola para mim, então vou te tirar de minha vida de uma vez por todas, adeus.
Eu fui pagar pra ver e infelizmente vi o que não queria ... a gente é teimosa em pôr as mãos no fogo ...achando que nunca vai se queimar e no fim das contas ..sai machucada denovo.. mais uma vez aqui catando meus cacos .. mais uma vez de alma despedaçada..mais uma vez de coração partido ...
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