Coleção pessoal de MARQUESBUENO

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“Somente uma morada”

Simples para uma casa, singular o que lá existia, simples quem lá visitava, singular o que se pedia, simples o que de lá se esperava, singular o que conseguia.

Não havia aconchego, mas havia barulho, não havia trapaça, mas havia magia, não havia espaço, mas havia sintonia.

Simples como a terra molhada, nunca é demais o que se fazia, simples como a estrada, nunca se perdia, simples como nós, nunca esperando o que não se queria.

Não tinha cor, mas por lá não se sentia dor, não tinha comida, mas com amor se vivia.

Simples tal qual a jangada, é o vento que nos guia, simples tal qual uma singela risada, é o presente da vida, simples tal qual respirar, é assim, irradia.

Não almejo dias para mais, só viver com maestria, não almejo me preocupar, só quero partir com alegria.

“NÃO TENHO RAIVA DA DISPARIDADE HUMANA E SIM DA COMPLETA E DESGRAÇADA HIPOCRISIA, QUE INFELIZMENTE HOJE EM DIA É O QUE NOS GUIA”

“Desejos por detrás da porta”

Anseio tal qual um lobo faminto para saber de seus segredos, não importa se queres a terra ou o mar, seu desejo eu vou conquistar.

A porta sempre andou fechada, mas seus passos podiam ser ouvidos à distância, o perfume e a sua risada inebriantes teciam o caminho que as estrelas deviam iluminar.

A briga agora é contra minha timidez, sei tudo o que você faz e também o que já fez, não sou estúpido em me declarar, mas o tempo vai caminhando a longos passos mais uma vez.

O martírio é passageiro, mas seu amor não é veraneio, sou capaz de mudar minha vida, preciso além de seu abraço, também dos lábios teus.

Ouço histórias e canções de amor, verdades e decepções,nada que me abale,sou poeta graças a meu coração, às vezes sofro calado, noutras choro sem convicção.

A verdade é que fui fiel nesta batalha, nunca lutei procurando outra paixão, corri muitas vezes embasbacado, era esperado teu aceno para assim viver com razão; abrir a porta não foi nada, agora quero teu coração.

“Dor verdadeira”

Por mais sangrento que seja um não, prefiro saber que foi verdadeiro e que veio da alma esta negação.

“A dor que corrói a alma”

O jantar, os talheres, as flores raras enfeitando a mesa, o vinho da cor do pecado, o aroma dos sabores... só não contava com tua ausência.

Os minutos martelam minha mente, a cada hora passada sinto-me mais carente, Deus castiga-me de forma velada... pois sou pecador inocente.

A cama vazia, o perfume da última noite, as gargalhadas, os abraços, aquela vida encantada... o destino mata muito além da alma,sonhos,ilusões,bem que gostaria.

As cartas esparramadas pela mesa, o anel em que seu dedo brilhava; agora apenas papel e lataria... inegavelmente o amor foi maior,reluzia.

Uma simples jornada era o que queria, mas a vida possui suas trapaças, nada que amedronte, apenas destrói o que mais se almejava... um amor puro que nunca se esquecia.

“Tardes sufocantes”

Adentrei em nossa casa e o silêncio sepulcral se fez presente, vazio pela casa, lembranças na mente.

Olhei o velho relógio pendurado na parede acima de sua foto, e por mais que tentasse, ele sequer mudava sua rotina torturante.

O telefone não toca, os pássaros sequer ciscam em nosso jardim, o tempo parece uma afiada navalha, rasgando impiedosamente, minha saudade insolente.

Os passatempos não me valem de nada, fechar os olhos além de doloroso, faz com que a distância engrandeça novamente.

Agora as tardes são insignificantes, o sol escaldante não aquece um corpo ausente, o café se tornou amargo, a comida insuficiente. Volta logo, assim posso abrilhantar o sol divinamente.

“O doce torpor do absinto”


Simples imaculado, vicio inacabado, sorriso tímido olhos avermelhados, teu nome não é um insulto, apenas algo que não se pode ler.


Vertigens em forma de canção, momentos inesquecíveis, amigos eu sei que não, seu abraço é um alivio, infelizmente não vivo atrelado a esta estúpida ilusão.


Simples caminho coberto de escuridão, aliás, é um belo abrigo, só a morte é fiel companheira, toda vida é aventureira; apesar de tudo, sua propriedade não se pode ter.


Vertigens nas cicatrizes alheias a nas almas que pediram socorro, estado pútrido daquela vida carente, brincadeira inocente que nunca sai da mente, trazendo pura inação.

“Desalinhos do amor”




O amor verdadeiro não é simples e barato, é tal qual um animal que nunca pode ser domesticado.


O amor é um lampejo, o melhor fruto da estação, de mansinho traz o vento, subitamente torna o inculto inspirado.


O amor é sublime diversão, é rota para o paraíso, mas também traz muita decepção, trocadilhos para muita emoção.


O amor não traz sufoco, não traz medo e tampouco desilusão, é alimento para a alma, é muito nobre sua canção.


O amor é um desassossego, é soberba sua inspiração, quem ama tem apego, quem não tem, nunca experimentou desta magia.


O amor é conta-gotas, não transborda teu coração, é dosagem na medida, não se acha na esquina, é tudo o que contagia.


O amor não tem idade, não tem preço e não é produto de exposição, quem achou é pedra rara, não mais se verá perdido.


O amor é tudo do que já foi falado, poesias muitas, amor pueril, frases sem hipocrisia, muito mais que mero pedido.

"Sussurros ensurdecedores”



Amar alguém não é um sacrifício desumano, é uma dádiva que sempre está engatinhando.

Chorar por alguém não é convincente, esperar sempre a mesma resposta é vício insignificante.

Amar mesmo alguém é viver a cada respiração, não esperar sofrimento, vida sem perturbação.

Chorar enquanto suspira é ler a carta manchada pelas lágrimas da última discussão tardia.

Amar o sol que não vem, pode erroneamente culpar a noite por faltar sedução.

Chorar pela falta de romantismo é esquecer a poesia declamada, não temendo o trovão.

Amar a eloqüência de um sorriso é fácil para o coração, é bom; contagia.

Chorar e se perder é trair a promessa de duas almas, influência vazia então.

“Palavras faladas”


Tenho orgulho por escrever palavras belas e conflitantes, alegro a alma, mas deixo em prantos a velha foto da estante.

Sou verdadeiro, não traiçoeiro, se sou algoz, já fui pior, não me arrependo de nenhum sangue derramado, apenas do que deixei ao vento.

Tenho certeza que possuo um amor radiante, só não consigo iluminar seus anseios, sei de meu pecado inocente e também da dor que continua latente.

Sou sábio enquanto permito ao lápis tatear minhas mãos e extremamente indecente quando deixo as palavras bradarem matando a canção.

Tenho receio de dizer o quanto te amo, mas não faço rodeios para ferir mortalmente teu coração; sou um anjo caído sofrendo de maneira dançante, ser maldito sem solução.

Sou apenas envolvente, um homem carente, repleto de dor e de paixão, procuro de maneira inocente trazer o céu até tuas mãos; minha jornada é espinhosa, como toda declaração: TE AMO.

“O amor é um sentimento belo, profano, doloroso, inebriante e suas variantes são insinuantes.”

“Tempo de problemas”



A acidez de tuas palavras é a paz de minha morada, teu elogio não me satisfaz; sofrer demais não é apogeu...


O problema maior é não notar o teu, esperar um dia melhor pode ser como regar uma flor de madeira; não queria enxergar, mas tudo se escondeu...


A atenção outrora tão bem falada é o que mais se perdeu, ironia é andar e errar de boca fechada; aliás, isto você não crê, muito menos eu...


O pedaço de amor que ainda exala é o ultimo trocado esquecido no bolso da calça e trancafiados estão meus pesares; teus passos sumiram na beira na praia, todo esquecimento parece ser apenas meu...


A solução não é encontrada na esquina, a fantasia do amor falhou, o desdém é a ordem do dia, tuas idéias não mais contagiam, desprenderam-se da carne; infelizmente sinto que algo além também morreu...


O pedido para uma singela melhora não pode ser apenas meu, concordo que a vida é uma velha anedota, também que o destino é ardil e ateu; ninguém tem certeza de nada, respeito apenas a vontade de Deus.

“Um pouco confuso”



Não posso ser julgado por ser inocente, não posso ser exaltado por não ter agido de forma decente.

Não quero uma pessoa carente, também ninguém envolvente, quero apenas minha paz, não quero ser o autor de lágrimas latentes.

Quero andar sozinho para assim trocar vivências com a solidão, a noite não vem acompanhada da ingratidão, mistério é esperar a escuridão.

Posso até sorrir calado, riso para esquecer a procura de toda solução, não sei se amo a infinita estrada, também cansei de incitar confusão.

A vida possui apenas uma fonte, mas este rio tem várias ramificações, e é em uma delas que escorre a dúvida deste infante poeta sem coração...

“O silêncio talvez seja o melhor e mais importante presente divino.”

“A vida em uma nota só”



Pode ser tolice o que tenho a dizer, mas a mesmice certa vez, pode sim ser fonte para uma grande inspiração.

Atropelo meus anseios quando procuro agir mudando a direção, não entendo o lisonjeio, meu simples pensamento evita andar na contramão.

Tenho desejo de ultrapassar o muro, meu cativeiro é frio e sem compaixão, mas não é desconhecido e traiçoeiro quanto à decepção.

Não faço apologia à rotineira jornada, não sou sábio e não aprendi a lição, a vida permanece inalterada, bobagem insistir em emoção.

Os anjos esqueceram-se de mim, tenho lampejos de quando soltei suas mãos, viver em uma nota só não é sorteio, digo isso sem o dom da persuasão.

“Pura insistência”






Os meus versos não atraem a atenção, a minha fala não é mera confusão, o meu destino coitado, eterna competição.

Insisti com a vida, porém esqueci da ferida, agi de forma invasiva; não conversei ,não escutei ,acho que não busquei.

Não possuo os acordes que gostaria, vivo a vida de nostalgia, não sinto alegria, meu presente é a casa vazia.

Meus passos não exprimem piedade, compaixão é sentimento do fraco, dura é a pena do coração, tento apenas dizer não.

Os sons exalam a conspiração, férvido é seu pensamento, temo não poder aguardar, decepção pude alcançar, tolice então é respirar.

Sigo sempre a mesma direção, estou cansado de ouvir sermão, este é meu senão, encontrei escuridão, também não quis opção.

As escadas e os degraus por qual passei, foram pérfidos, tudo que enfim não queria,mas contra o céu...covardia.

Você diz adeus, eu digo não vá, seu adeus é para meu pecado, minha flor não consegue conter toda sangria.

A surpresa não possui a veemente graça que se esperava, minha burra insistência trai conceitos; podemos então a luz apagar.

“A verdade de cada um”





Somos formados em falar mal dos outros, estamos dispostos a exceder desgostos, não ouvir nem um pouco e de tudo tirar nossa errada conclusão.
Uns se acham deuses, outros se acham capazes, alguns inconseqüentes, outros não é bom nem falar. Vivemos nossa vida por aparência, algumas vezes vivemos em função de outros, não por gosto, talvez um incompreensível desconforto.
Eu tenho certeza que sou o dono da razão, e isto, claro,você também tem,somos donos de opiniões repetitivas e moldadas pela mesmice e pela falta total de raciocínio e também por medo de não ser aceito pela maioria que sempre caminha para lugar nenhum.
Os simples bate-papos já não têm a mesma verdade, os sentimentos estão maquiados, a gratidão deu lugar ao orgulho, a simples canção perdeu-se no escuro e nosso pensamento continua, infelizmente, obscuro.
Nada está mal, tudo vai bem, não posso mais me expressar, mas tudo bem, não é meu pífio pensamento que conseguirá mudar o mundo, e é assim que pensa meu vizinho e o dele e o dele e etc.
Somos fantoches da situação, porém um é mais chique que o outro e isto é o que importa, um possui uma roupa mais expressiva e seu carro do ano, enquanto o outro é apenas um coitado, e assim desgracadamente vamos remando nosso barquinho, sem saber o rumo que seguiremos, desconfiados é verdade, entretanto, sorrindo.
Não dedico este cotidiano a ninguém, apenas digo que talvez seja o momento de efetuar a troca de nossos espelhos, pois a velha imagem já não agrada ninguém.

“Seja a dúvida sua companheira para enfim aventureira elucidar os seus dilemas”

“Outra noite sombria”



O meu dia fora carregado apenas de perfeição, para onde caminhava, tudo me sorria, um minuto exacerbado... não me atingia.


Os beijos e abraços, soberba magia, demoras e atrasos, isto não existia, a fera estava amansada, nada mais, muita alegria.


Os desejos, os pedidos, mera esperança em vão, a noite se aproximava, o tempo não parava e o minuto corria.


O dia disse até logo, deixando a paz para o próximo dia, todo sonho se tornou incerto, aguardava pela covardia.


Os fantasmas me apunhalavam, a sede de vingança, isto sim existia, queria uma noite silenciosa; meu pecado enfim... não permitia.

“Um dia perfeito”




Hoje não é um dia como outro dia...

Hoje é o dia da canção que toca profundamente o escolhido coração...

Hoje é o dia da superação, dia de dedicação, dia de amor e da magia...

Hoje é o dia de belos sorrisos, abraços quentinhos, sussurros ao pé do ouvido, histórias de devoção...

Hoje é o dia do presente singelo e também do exorbitante, do toque na mão sem malicia e do beijo provocante...

Hoje é o dia de todos amantes, amigos, maridos, esposas e também dos” ficantes”,das flores e das rosas e dos perfumes tocantes...

Hoje é o dia daquele que ama e daquele que prometeu seu amor; feliz dia aos eternos namorados continuem assim, pois é este amor que contagia.