Frases de Guimarães Rosa

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O rio não quer chegar a lugar algum, só quer ser mais profundo

O passado é que veio até mim, como uma nuvem, vem para ser reconhecido; apenas não estou sabendo decifrá-lo.

Sertão: estes seus vazios.

Representar é aprender a viver além dos levianos sentimentos, na verdadeira dignidade.

1. Sou figura reduzida e de pouco aparecimento.
2. Quase que nada sei, mas desconfio de muita coisa.
3. Quem rala no aspro não fantaseia.

Ninguém é doido. Ou, então, todos.

Sem malícia, com paciência, sem insistência, principalmente.

O que não é Deus, é estado do demônio. Deus existe mesmo quando não há. Mas o demônio não precisa de existir para haver.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Tudo é real,por que tudo é inventado.

Eu queria sair de tudo o que eu era, para entrar num destino melhor.

Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão, contente com minha terra, cansado de tanta guerra, crescido de coração.

Quem desconfia, fica sábio.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Julgamento é sempre defeituoso, porque o que a gente julga é o passado.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

O que lembro, tenho.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Chegando na encruziada tive que me arrezolver... prá esquerda fui contigo... Coração soube escolher

Mas, onde é bobice a qualquer resposta, é aí­ que a pergunta se pergunta.

-Adianta querer saber muita coisa? O senhor sabia, lá para cima - me disseram. Mas, de repente chegou neste sertão, viu tudo diverso diferente, o que nunca tinha visto. Sabença aprendida não adiantou para nada... Serviu algum?

Na própria precisão com que outras passagens lembradas se oferecem, de entre impressões confusas, talvez se agite a maligna astúcia da porção escura de nós mesmos, que tenta incompreensivelmente enganar-nos, ou, pelo menos, retardar que prescrutemos qualquer verdade.

(Nenhum, nenhuma)

Guimarães Rosa
Primeiras estórias

Qual o caminho da gente? Nem para frente nem para trás: só para cima. Ou parar curto quieto. Feito os bichos fazem. Viver... o senhor já sabe: viver é etcétera...

Rede é uma porção de buracos, amarrados com barbante.

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