Frases de Guimarães Rosa

Cerca de 290 frases de Guimarães Rosa

E nisto, que conto ao senhor, se vê o sertão do mundo. Que Deus existe, sim, devagarinho, depressa. Ele existe – mas quase só por intermédio da ação das pessoas: de bons e maus. Coisas imensas no mundo. O grande-sertão é a forte arma. Deus é um gatilho?

Guimarães Rosa
em "Grande Sertão: Veredas". Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 1994

Só, e no mais: sem ti, jamais nunca — Minas, Minas Gerais...

⁠- o ódio __ é a gente se lembrar do que não deve-de; amor é a gente querendo achar o que é da gente. (Grande Sertão: Veredas. p.377)

Quando acordei, não cri: tudo o que é bonito é absurdo – Deus estável.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

⁠O que a vida quer da gente é coragem!

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Era fim de outubro, em ano resseco. Um cachorro soletrava, longe, um mesmo nome, sem sentido. E ia, no alto do mato, a lentidão da lua.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

⁠...tanto que me vinha a vontade, se pudesse, nessa caminhada, eu carregava Diadorim, livre de tudo, nas minhas costas.
(Grande Sertão: Veredas, p . 388)

⁠Coração cresce de todo lado. Coração vige feito riacho colominhando por entre serras e varjas, matas e campinas. Coração mistura amores. Tudo cabe. (Guimarães Rosa - Grande Sertão: veredas, p.204)

Quando chega o dia da casa cair (…) é um dia de chegada infalível, – o dono pode estar: de dentro, ou de fora. É melhor de fora.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)

A vida é ingrata no macio de si; mas transtraz a esperança mesmo do meio do fel do desespero. Ao que, este mundo é muito misturado.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

O senhor sabe o que o silêncio é? É a gente mesmo, demais.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

⁠...o mal ou o bem , estão é em quem faz; não é no efeito que dão. (Graciliano Ramos. Grande Sertão: veredas, p. 113)

Obedecer é mais fácil do que entender.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Não por orgulho meu, mas antes por me faltar o raso de paciência, acho q sempre desgostei de criaturas que com pouco e fácil se contentam.

Tem horas em que penso que a gente carecia, de repente, de acordar de alguma espécie de encanto.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

... nessa água que não pára, de longas beiras: e, eu, rio abaixo, rio a fora, rio a dentro — o rio.

Tudo o que já foi, é o começo do que vai vir, toda a hora a gente está num cômpito. Eu penso é assim, na paridade. (...) Um sentir é o do sentente, mas outro é o do sentidor. O que eu quero, é na palma da minha mão.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Fala de Riobaldo, in Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa

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Viver é muito perigoso... Querer o bem com demais força, de incerto jeito, pode já estar sendo se querendo o mal, por principiar. Esses homens! Todos puxavam o mundo para si, para o concertar consertado. Mas cada um só vê e entende as coisas dum seu modo.

Guimarães Rosa
Grande Sertão: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994.

Nota: Guimarães Rosa, in Grande sertão: veredas

...Mais

Até hoje, para não se entender a vida, o que de melhor se achou foram os relógios. É contra eles, também, que temos que lutar...

Guimarães Rosa

Nota: Guimarães Rosa, in Tutaméia

o arrozal lindo
por cima do mundo
no miolo da luz