Fiz
Sempre tive a tendência de me aproximar dos que são preteridos, porque no fundo nunca fiz parte de sistema algum. Geralmente quem pretere outrem é uma corja minúscula e minoritária travestida de egos e falsas verdades criadas por eles próprios. Detesto quem se acha bom e certo o tempo todo. Acho que é por isso.
Impossível dizer
Se foi difícil chegar até aqui
Eu fiz tudo do jeito que era preciso
Até não precisarem mais de mim
Então, de repente
Eu olhei e me vi
Percebi um pássaro sem nome
Cantando uma canção antiga
Um cântaro sem água
Uma toalha de mesa
Desenhada de morangos
Uma longa estrada, que ficou pra trás
Meus passos apagados pelo vento
A cada novo passo
Um telhado, uma casa, um passado
O pássaro bateu as asas
Levando consigo
Aquela bela canção
Tão estranha, tão antiga
Não há tarde, não há festa, não há dança
Um desnível na calçada
Uma queda por distração
Impossível dizer
Se foi difícil chegar aqui
Também não há quem ouvir
Além do som da leve brisa
Entrando pelas frestas do telhado
Melhor deixar de lado
Não precisa.
Edson Ricardo Paiva
Podem condenar meu corpo,
promulgar minhas faltas,
até me destruir pelo que fiz e disse em me expressar na forma de um palavrão, porém minha alma e espirito estes prevalecem impávidas, aceitem ou não,
O amor é o lado bom da vida
Do amor não tenho o que declamar
Já amei e fui amada
Ja sofri e fiz sofrer
Quando sofri, aprendi
Quando fiz sofrer, ensinei a viver
A vida tem dessas coisas
Tem tristeza e alegria
A tristeza é sofrimento
Alegria é contentamento
Vivo a alegria de hoje
Pois, do amanhã,
Dele, Deus cuidará
Tudo tem seu tempo e hora
Por isso vivo do agora
O resto, deixa pra lá...
Aprecio, as coisas simples da vida
Um olhar, um abraço
Um amigo, um aperto de mão
Aprecio o por do sol
A lua e as estrelas
Não dou lugar a solidão
Aprecio, uma singela flor a brotar,
A água, o meu corpo a banhar
Quanta beleza!
Tudo presente da natureza
E pra terminar, de novo vou do amor falar.
Entre idas e vindas
De tantos amores vividos
Esqueço daqueles sofridos
Fico com os bons momentos
E faço deles, meu alimento.
~ Ly Maranhão ~
Por vocês, eu vivi uma escalada de amor, e me fiz de armadura como espinhos no caule das roseiras, defendi os mais raros exemplares de flores do planeta. E cruzei de norte a sul, E desta forma, chegamos até aqui: Pai e Filhos numa missão de amor incondicional.
Não entedo agora, mas um dia vou ver que tudo que fiz e tudo que foi, vai chegar no coração de alguém, vai tocar outros e outros corações até chegar um ponto que as pessoas vão olhar os céus e me ver lá como uma grande estrelas brilhantes que sempre esteve lá.
Sabe não pensar, não é negar a viver mas sim dá tempo pra você mesmo.
Se fiz a escolha certa? Não sei, mas sempre saberei que certo ou errado deixou de ser ilusão e agora é realidade.
Hoje passei no bosque
em trilhas que antes já fiz
revi vestígios da amarelinha
em apagados riscos de giz.
Fiz um curso que nunca imaginei fazer (Direito).
Terminei o curso com uma dívida que achei que nunca teria fim (finalmente, acabou).
Trabalhei por anos com algo que não me realizava profissionalmente para ter que pagar o financiamento da faculdade após a conclusão.
Agora, posso ir em busca do que eu quero sem amarras e com amor e por prazer.
CARTA AO BOM VELHINHO
Confesso, eu fui uma péssima garota esse ano. Fiz um monte de bobagens imperdoáveis.
Julguei os que mendigavam nos sinais, só dispondo moedas àqueles que não tinham cheiro adocicado de álcool (ou não pareciam entorpecidos). Comi uns chocolates na madrugada sem que ninguém soubesse: a TPM era mais forte do que eu. Desculpei-me dizendo que não estava passando bem, mas na verdade o compromisso é que era mesmo muito chato. Gritei palavrões cabeludos perto da minha filha quando o pneu do carro entrou em buracos (e, falando nisso, acho que também ultrapassei a velocidade máxima permitida algumas vezes). Viajei para lugares paradisíacos no meio de reuniões enfadonhas. Perdi a paciência e a sanidade com gente lerda e preguiçosa. Bebi menos água do que devia, e outras vezes tive que encerrar uma conversa pela metade pois não aguentava mais segurar o xixi. Fiz caretas e até distanciei o equipamento do ouvido enquanto conversava com idiotas ou tagarelas ao telefone. Dormi bem menos do que devia, e fui bem mais exigente comigo mesma do que era preciso. Menti a idade um bom par de vezes. Julguei injustamente pneuzinhos, covardia, fraqueza, fracasso, desemprego e ignorância alheia como desleixo. Deixei de dizer alguns “nãos” na hora certa. Fiquei um pouco mais de tempo que eu queria dedilhando o smartphone. Por vezes esqueci de anotar certas coisas importantes... E acabei me esquecendo de vez. E, mais um ano termina, e eu não consegui aniquilar a vaidade, o orgulho e fundamentar o exercício do desapego.
Mas, nem tudo são só espinhos. Em contrapartida, experimentei lugares e sabores novos. Tive um pouco mais de paciência com as pessoas que convivo. Fiz novos e excelentes amigos. Sorri o quanto pude, e dentro das minhas limitações, tentei não perder a compostura. Calei quando percebi que só devia escutar. Aprendi, enfim, a sair de conversas improdutivas, principalmente das que se falavam mal de um ausente. Evitei entrar em brigas e debates presenciais e em rede e encontrei sabedoria em fontes alternativas. Assisti às séries que eu bem quis. Vi filmes e li livros que todo mundo rechaça, só pelo prazer de ter a minha própria opinião. Voltei a ouvir lindas músicas esquecidas, e me permiti sentir profundas saudades de quem já se foi. Importei muito menos com a opinião dos outros, e acabei saindo sábados pela manhã sentindo-me linda, apesar de um vestidinho roto e “maquiada” somente com óculos escuros. Fui em todas as festas, comemorações, jantares e festejos que pude, e perdi o controle com a bebida uma única vez. Tentei não sofrer tanto com a insônia, ocupando aquelas horas inertes com algo que me pudesse fazer feliz. Consumi muito menos alimentos industrializados e melhorei sobremaneira a minha consciência alimentar. Sorvi de camarote cada um dos 365 dias da minha filha. Troquei meus travesseiros por outros bem mais macios. Pintei a casa de outra cor. Comecei a chorar por sensibilidade, e acho que esse foi um dos grandes trunfos desse ano.
Não sei ao certo se nesse balanço da vida eu mereça algum presente. Não precisa ser complacente se eu não fizer jus. Mas se algo eu puder pedir, quero saúde para ver a minha filha crescer. Quero disposição para trabalhar por mais tantos anos. Quero mais sabedoria para todos os enfrentamentos durante essa caminhada pedregulhosa. Quero senso crítico cada vez mais apurado para que as minhas “lentes” não embacem diante desse fumacê insistente que os jornais mostram. Quero forças para fugir das tentações (como, por exemplo, um taco generoso de um bolo prestígio). Renove a minha vontade de realizar cada um dos meus sonhos, e preciso de serenidade quando a realização deles delongar um pouco mais pelo envolvimento de terceiros. Por fim, quero lucidez suficiente para não caminhar com a boiada.
E, “para não dizer que não falei das flores”, uma rebarbinha do Prêmio da Mega Sena da Virada não seria nada mau também, hein?
Ah! Meu amor, o que te fiz?
Porque te prendi por tanto tempo
se hoje te abandonei?
Porque te abandonei se te amo tanto?
No meu erro escondiam-se a tua solidão,
a tua tristeza
e a minha solidão.
Ah! Meu amor, ainda te resta tempo,
parte do tempo que te roubei.
Aproveita-o!!!
Sob o manto da minha tristeza
ocultarei a imensa alegria
de saber-te feliz
Meia chance
Se ainda tens receio
de me dar mais uma chance
pelo que te fiz sofrer;
se eu ainda estiver ao teu alcance,
se ainda não fui pra escanteio
do teu amor, do teu querer;
se te ausentas dos meus dias
e me deixas as noites vazias,
se não sei mais o que fazer;
se ainda estou na tua agenda
e me castigas pra que eu aprenda
como se amar uma mulher;
se já me negas um abraço,
relutando em me querer,
mesmo vendo tudo o que passo
depois de me arrepender,
só te imploro neste instante:
me dá só mais meio abraço,
me dá só mais meia chance
de te amar, te fazer feliz, de não te perder
— a outra metade farei por merecer
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