Fios
Dos fios da memória surgem as mais belas tramas...Tecidas com sentimentos coloridos arrematados na alma.
Marcia Kraemer (Fios e poesia)
Teu arsenal fotográfico é uma overdose de êxtase visual.
Teus fios de cabelo atrevidos são versos ainda não rascunhados por mim.
Tu és a sereia cantando ao meu olhar, enquanto eu me afundo no teu feitiço virtual.
assobio com palavras.
No silêncio do crepúsculo, onde as palavras se encontram e se entrelaçam como fios de luz, ecoam memórias de um amor que transcende o tempo. Ela disse palavras que fluíram como rios límpidos da alma, carregando consigo a promessa de um encontro futuro, onde as feridas do passado encontrariam a cura.
"É muito bonito e profundo, Ítalo... Não quero brigar, nem revisitar o que foi ou o que poderia ter sido. Um dia, nossa conversa final encontrará sua resolução, digna de ser eternizada em seu devido lugar."
Seu tom era um sussurro de esperança, uma melodia de confiança depositada nos fios invisíveis que ainda os uniam. Reconhecia nele um guardião de seu mais puro ser, aquele pedaço de sua essência que resistiu ao tempo e às tormentas da vida. Era a parte de sua inocência e genuidade que permanecia, resguardada nos braços dele.
Ele, por sua vez, respondeu com a serenidade de quem sabe que o tempo é um tecelão paciente de destinos entrelaçados:
"Quando estivermos novamente em comunhão, seremos resgatados ao paraíso."
Suas palavras eram um juramento de retorno à pureza dos sentimentos, à tranquilidade de um paraíso perdido e encontrado novamente nos laços eternos do amor verdadeiro. Assim, entre promessas sussurradas ao vento e esperanças entrelaçadas no firmamento, seus corações aguardavam o reencontro, onde a luz do amor os guiaria de volta ao lar que sempre pertenceram.
Amar é um labirinto sem saída,
Uma dança louca, sem ritmo, sem chão,
Os fios do coração são teias retorcidas,
E a mente, perdida, se afasta da razão.
É um suspiro que rasga a pele e o peito,
Onde o amor é a droga, e a dor, a obsessão,
Te vejo em cada sombra, em cada leito,
Como uma voz que grita sem explicação.
Te amo, te odeio, me perco e me encontro,
Em teus olhos há abismos que me engolem,
E ao mesmo tempo, é como se eu fosse teu fantasma,
Seguindo cada passo, enquanto os ecos me dissolvem.
O tempo se estica, se retorce, se esvai,
E eu sou feito de pedaços de ilusões,
Em que o "nós" vira "tu", "eu" e mais mil cai,
Cada pensamento um grito, cada ato uma prisão.
Te amo, mas o amor é uma mente partida,
É delírio, é pesadelo, é êxtase e tormento,
É o corpo gritando por uma vida vivida,
Enquanto a alma se afasta, num profundo sofrimento.
E no fim, o que é o amor senão um espelho quebrado?
Reflexos distorcidos de um ser que nunca foi inteiro,
Que se perde em si mesmo, num abismo sagrado,
Onde se encontra apenas dor, e o medo do vazio inteiro.
Os signos e sinais da vida são mensagens sutis que tecem os fios invisíveis do destino que criamos. Entretanto, são nossas escolhas que moldam o somatório das influências externas.
Pequenas gentilezas não só nos abrem portas — e corações. São capazes de construir fios condutores para a realização dos nossos sonhos mais sublimes.
Estamos todos ligados pelo coração,
E pela amizade sincera que nos une.
Nos fios invisíveis de pura emoção,
Cada riso, cada lágrima, cada dia que surge.
Nosso laço é forte, feito de verdade,
De momentos partilhados e histórias contadas.
Na alegria ou na dor, na simplicidade,
Encontramos apoio, palavras amparadas.
Corações entrelaçados em harmonia,
Num compasso de vida que a amizade rege.
Em cada gesto, em cada sinfonia,
Reside a força que nos protege.
Assim seguimos, juntos, em comunhão,
Caminhando na trilha do bem-querer.
Somos todos, em essência, uma só canção,
Que a vida nos ensina a reconhecer.
O tecido da liberdade, entrelaçado com os fios do tempo, mostra que as rupturas do passado jamais se apagam; e, enquanto buscamos escapar de seu entrechoque, o tear ancestral do esquecimento se vira contra nós, tecendo um manto de sombras que nos aprisiona.
“Os pés são fios-terra, polos por onde as energias negativas são descarregadas e as positivas, que vêm do solo, captadas. Ande diariamente, pelo menos um pouco, descalço na terra.”
Trance seus cabelos!
Assim já ensinavam as mães e as avós!
Para laçar os fios luminosos e sua coroa enfeitar,
Trance seus cabelos,
Para os pensamentos organizar, numa laçada branda e com a vida se conectar,
com aquilo que há de mais bonito em sua ancestralidade a dançar.
Trance seus cabelos para celebrar o sorriso no rosto e a fita colorida que paira sobre o ar!
Não importa se você é neta, filha, mãe, avó,
trance seus cabelos e sinta alinhar as energias no cosmo,
fio a fio, assim cada uma a trançar!
Honre sua força interna, ensine as mais jovens,
aprenda com as mais velhas e conecte-se com a medicina e as energias do sagrado feminino que já há!
Trance seus cabelos!
Ela feita dos fios que teceu das próprias dores, das palavras, versos, músicas e das tempestades, cicatrizes e marcas das lutas que enfrentou, dos sorrisos que recebeu e das lágrimas que enxugou, dos caminhos e escolhas que fez. Ela é feita do medo que supera todos os dias e da coragem que nem sabe que tem.
Apesar do emaranhado de fios desencapados no cérebro e a complexidade de expressar sentimentos e emoções, a mulher tem o encanto no olhar, a suavidade na voz, a leveza no toque, a maciez na pele e, tantas outras coisas, que faz do homem apenas um ser rude e ultrapassado.
UMA TRAMA (soneto)
A trama da perda tece o vazio
com fios do sofrer trançados
numa arte com a dor casados
que não abafa o frio arrepio
Ter e perder, já estão tramados
no fado, sem nenhum extravio
mesmo que a sorte cate desvio
as intenções darão seus brados
Pratique perder no ritual e feitio
para assim adoçar os finados
alvejando o olhar no ato sombrio
Perdi, perdeu, são passados
até perder, viva sem fastio
pois elas não deixam recados...
Luciano Spagnol
06, setembro, 2016
Cerrado goiano
Jovem Portuguesa.
Na teia do caminho, nossos fios se entrelaçaram,
Uma jovem portuguesa, cujos olhos o mar espelharam.
Em seu olhar, viagens e sonhos, um convite sem palavras,
Que falava de terras distantes, de esperanças e de alvoradas.
Ela, com seu riso leve, uma brisa em tarde quente,
Despertou em mim desejos, profundos, veemente.
Mas o coração, ah, tão traiçoeiro e incerto,
Buscou nela um remédio para um passado aberto.
Engano meu, na doçura de sua presença encontrar,
Um bálsamo para velhas feridas, um lugar para ancorar.
A portuguesa, com sua graça, apenas refletiu
A luz que dentro de mim, por tempos, se extinguiu.
Hoje, longe dos laços que tentamos, em vão, tecer,
Mando ao vento um pedido, para que possa esquecer.
Que a portuguesa siga, livre e radiante em sua jornada,
E que eu encontre paz, na estrada por mim trilhada.
Cabelos Curtos.
Ó menina, de olhar castanho e fios ao vento,
Foste um desejo, um silêncio em tormento.
Quis-te além da razão, do que pude entender,
Um amor que queimava sem me aquecer.
Perdi-me em um sonho que só eu criei,
Num mar de ilusões, sem porto, ancorei.
Insisti no vazio, sem nada alcançar,
Até que soltar-te fez-me encontrar.
Na tua rejeição, renasceu meu valor,
Na tua ausência, enxerguei minha dor.
Hoje, sem mágoa, só gratidão,
Foi teu "não" que me deu direção.
Os seu cabelo loiro forma uma identidade única pra você lembra de admirar e cuidar dos seus fios dourados e também que nada pode abalar você !!!
Pegou fios de sabedoria para costurar alegria.
"Fez lindas flores para florescer o dia a dia."
#Andrea_Domingues
A família, um acervo de afetos entrelaçados por fios invisíveis de lembranças e convivências. Distâncias e ausências não desvanecem a força desse elo, que nutre a alma e acende a chama do pertencimento. Um legado de amor e cuidado, cultivado em cada encontro, em cada gesto de afeto.
O destino entrelaça os fios da vida, unindo almas em um só compasso. O tempo se dissolve no encontro, e o amor reescreve o mundo em versos de cumplicidade. Em cada olhar, a promessa de um futuro compartilhado, um sonho a dois tecido em melodias. Mas atenção: a música é a trilha sonora, não a vida em si. Que a beleza da canção inspire a construir a própria história.