Festa Rave
A festa já acabou
É carnaval,
E a minha alma pula, inquieta,
Sem paz.
É carnaval,
E as alegrias só restaram nos carros alegóricos,
Nos enfeites brilhantes,
Nos comas alcoólicos.
É carnaval,
E as alegrias só ficaram
Nos instantes, efêmeros,
Intervalos
De dor.
É carnaval,
E a banda passa,
E a vida passa,
Diante dos seus olhos.
Acabou-se o carnaval,
E só restaram os confetes,
No chão.
Todo ano milhões de pessoas fazem a festa da carne, mas depois a da penitência. Nada pensam e saem de tudo isso tranquilos com sua consciência achando que não devem nada pra Deus.
#Fiz #uma #festa #em #minha #casa...
Convidei toda a cambada...
Veio a pulga e o carrapato...
Até a inxerida da barata...
Em altas horas da madrugada...
Apareceu o rato...
Trouxe estranha companhia...
Um morcego tarado...
Me deu um chupão...
No meu pescoço...
Me deixou zonzo....
Foi um alvoroço...
Era tanta alegria...
Muitos guinchos...
Gritarias...
Vizinho chamou camburão...
Polícia chegou de supetão...
Disse que a festa tinha que acabar...
Era para botar ordem..
Na orgia...
Cada um correu para um lado...
Sobrou pra mim..
Desavisado...
Tomei porrete até onde não queria...
Fui preso...
Enjaulado...
Na delegacia...
Me jogaram numa cela que não estava vazia...
Tinha lá dentro de tudo...
Ladrão, estrupador e maluco...
Acha que estranhei ?
Que nada...
Comecei uma folia...
Com todos me dei muito bem...
O carcereiro estranhou..
Perguntou ao delegado...
- Como pode isso doutô?
Na madrugada já fui libertado...
Peguei reta...
Sem nenhuma treta...
No botequim do Zé fui tomar...
Uma branquinha para relaxar...
Encontrei a Madalena Boca Torta...
Vinha da batalha na madrugada aquela hora...
Me contou assustada...
Que ouviu tiro de espingarda...
Que todo mundo falava...
De minha festa e da bicharada...
Foi sucesso fenomenal...
Cuspindo Madalena me disse:
- Não vi nenhum mal.
Se for fazer outra, chama aqui sua amiga...
Prometi assim fazer...
Fui para casa antes do amanhecer...
Me esperando na porta tinha...
Com faixa de saudação...
O coveiro que queria...
Me dar sua mão...
Eu disse que não podia...
Aceitar o casamento...
Já tinha empenhado...
Minha palavra pro jumento...
Mas se ele quisesse poderia ser meu amante...
Já pensando em meu futuro...
Quem é que me garante?...
Próxima festa já de antemão...
Convido a todos com antecipação...
Vou fazer diferente...
Prá não dar confusão...
Levam vocês as carnes e bebidas...
Entro com espeto e carvão...
Sandro Paschoal Nogueira
Não deixe de lembrar daquela festa
Em que a gente tanto se amou
E quando a nossa música tocar
Me procure nos seus sonhos
Estarei por lá
Liberdade já foi rua - palco da vida, e dos quintais de frutas maduras - a festa da meninada. Foi um tempo em que a vida não cabia nos limites que os pais queriam - mas todos os excessos encontravam a coerência que a vida exigia e queria!
Quanto mais cara, mais clara é a festa.
Resquício da escravização que ajudou a concentrar a riqueza na população branca.
Existe algum gozo mais doce do que o de ver um povo inteiro entregar-se à alegria num dia de festa, e todos os corações desabrocharem aos raios expansivos do prazer que passa rápida porém intensamente, através das nuvens da vida?
"Carnaval, festa muito antiga, que arrasta o povo para o penhasco da folia, se não houver o equilíbrio necessário do centro de energia de cada um"
FORRÓ DE ZÉ MATUTO
Festa de São João
Tem mulher bonita
Enfeitando o arraiá
Com vestido de chita
Chapéu de palha
Com belo laço de fita
De longe se avista
Chegando pela estrada
Um cara metido a galã
Com a bota apertada
O pobre mancava tanto
Chegou na hora errada.
E começa a quadrilha
É uma dança ligeira
Zé Matuto se adiantou
Pegou a mais faceira
Os olhos dela brilhavam
Em volta da fogueira.
Zé estava animado
O pé do coitado apertava
Os dedos adormecidos
A calçada quase rasgava
Encantado com a morena
Mesmo com dor, ele pulava.
Autoria Irá Rodrigues.
A vida é como um sonho, uma festa. Aproveite cada momento, celebre bastante e não deixe o tempo passar em vão, porque a vida voa rápido.
Tenho minhas falhas, mas graças a Deus, não sou tolo a ponto de achar que festa, bebida e corpo alheio preenchem o vazio de uma alma vazia.
Um minuto de bobeira é o suficiente para os espertos fazerem a festa do arrastão: levam tudo que não precisa ser arrastado.
Declaração
Sento-me na calçada e acendo um cigarro
Atrás de mim, a festa
Ao meu lado, a bebida
Ante a mim, a sarjeta
Me vê de costas e se aproxima
Senta-se ao meu lado e me pergunta como estou
“triste”, respondo
E me pergunta o que me aconteceu
“ora!” exclamo
“não sabes? Foi tu”
“tu me aconteceste, inconveniente”
Me pergunta que mal me fez
“mal? Não, não, isso seria o de menos”
“quando já estava desistindo das pessoas, tu me apareceste”
“descendendo dos céus como a chuva que molha uma lavoura”
“com esses cabelos negros enrolados, esse carisma”
“seu sorriso de mármore branco”
“e esses olhos, ah os seus olhos...”
“olhos acesos de curiosidade e inteligência, pretos negros feito breu”
“um olhar marcante e tão único que até em fotografia não é possível capturar”
“oh, quantas vezes joguei fora desenhos de ti”
“por não sentir verdade nos teus olhos de papel”
“é evidente que te quero por mais do que um momento”
“mas você insiste em ser perfeita demais e interessada de menos”
Olha-me nos olhos e não me responde
Levanta-se sem expressão
Calada sai
Estraguei nossa amizade
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