Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

Cerca de 73608 frases e pensamentos: Fernando Pessoa Poema Hora Absurda

Por que?

Porque...
Uma simples palavra
Que todos buscam
e poucos acham

Por que...
Tenho que sofrer?
Por que...
Tenho que não te ter?

Por que...
Não sei o porquê?
Por que...
Tenho que amar você?

É uma dúvida permanente
Que não sai da minha mente
É um amor inconsequente
Que não posso vê-lo indo em frente

Mas a vida é assim
Nem todos os amores
Vão até o fim
Nem todos passam de dores

Amar não é apenas querer
É também sofrer,
É querer deixar de viver sua vida
E sair em uma viagem só de ida

Apenas os dois
No fim do mundo
Onde tudo vai acabar
Menos o sentido de amar

Amar,um verbo difícil de conjugar
Amar,um verbo fácil de conjugar
Difícil mesmo é equilibrar
Por quê? É o que vou perguntar

Porque...
Simplesmente queria saber
Como te esquecer
Fácil é dizer

Amor antigo com amor novo se esquece
Apenas quando o antigo não lhe merece.
Quando o amor antigo foi de verdade
O novo não acaba nem com a metade

Não sei o porquê
Simplesmente não vou ligar
O tempo vou esperar
Para essa dúvida tirar

Inserida por Paiva

sabe
meus versos são tristes
não importa onde eu
esteja
ou sobre o que esteja
escrevendo
são tristes, banhados na
mais pura melancolia

carregam em sí a dor de
um poeta medíocre
mal resolvido
que desconta sua raiva
naqueles versos

pobres versos..
mas afinal, o que posso fazer?
não posso os soltar
não posso deixar com que
essa tragédia se espalhe
por aí

essa tristeza, essa raiva, esse medo
pertencem a mim, apenas a mim
são os meus versos, a minha tragédia
e ficaram presos aqui, nesse poema
para sempre

Inserida por BrenoHenrique

LUZIR D’ALVA (soneto)

Ao luzir d’Alva, no cerrado, a saudação
Ipês, buritis, lobos guarás, doce melodia
Ó que feitiços traduzidos em tal sinfonia
Enchendo o olhar de espantosa sedução

Ah! que rico sertão! ai! que rico sertão
Viste meu pranto e também a alegria
Ó árido chão, de horizonte em ousadia
Cheios d’água, meus olhos, pura emoção

Vendo-me em prantaria, ao vir a aurora
Rubra... A voz da natureza já acordando
Abarrota de contos a algibeira da poesia

Ah! que linda hora! ... ai! que linda hora
E o alvorecer, na fugacidade vai passando
Bordando encanto, no raiar de mais um dia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020, 05’25” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

CALABOUÇO (soneto)

Ah! quem há de amar, amor inconstante e criado
O que o coração sofre, e a poesia cria impotente
Sangra, chora, pena e arde o sentimento da gente
Nas lágrimas poetadas num recanto aprisionado

O pensamento escreve, e o desagrado fica ao lado
Catucando a alma com seu olhar tão descontente
Quando nos versos teria que ser o trovar diferente
E, insistente, se faz a melancolia hospedada no fado

Ó palavra pesada, rude, fria e espessa, que penaliza
Abafa a ideia leve, e do sonho põe-se num paralelo
Onde refugia a solidão, numa escuridão governanta

Quem pode achar a expressão tenra, tal afável brisa?
Que sopre rimas que nunca foram ditas, de teor belo
E venha ao amor confessar agrado preso na garganta!

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
07/01/2020 - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

A Coxia




Palco vazio.
Atores na coxia.
Começa a peça,
Donde antes não havia.
Primeira cena. Na ribalta se exibiam.
Atores interpretando. Plateia, aplaudia.
Sonhos. Queremos sonhos. E por peça isso acontecia.
Fecham-se as cortinas. Todos juntos na coxia.
Uma apertava o vestido. Outro, o script relia.
abrisse e as cortinas. E no palco subiam.
A plateia fascinada. Nenhum barulho faziam.
E a peça prosseguia. Quando o cair da lona.
Toda berlinda aparecia.
Se o que era caixa. Ribalta. Não se sabia.
Misturava-se tudo coxia, araras, atores roupas e bijuterias.
E o povo nada entendia.
Sonhos , precisamos de sonhos. Era o que queriam.
E o canastra. Que sempre queria aparecer.
Improvisou um texto. Para a peça socorrer.
E chamava também a plateia, para o teatro vir fazer.
Se subia no palco, tanta gente. Como nunca se viu.
Em certo momento? Não sabia. O que era coxia,
Caixa, plateia ou rouparia.
Todo mundo falando, todo mundo reclamando , todo mundo improvisando.
E ninguém mais se ouvia.
E da plateia se ouvia. Os sonhos, cadê os sonhos?
E pouca coisa de bom se fazia.
Fecham-se as cortinas.
E os atores saiam. A plateia não via.
E teatro esvaziou.
Era muita realidade encenar. E repetidos fatos para sonhar.
E a peça, divida. Só duas partes encenou.
A parte por detrás da coxia. E a parte, onde toda a plateia via.
Não entendendo nada. Foram o teatro esvaziando.
E o sonhos. Queremos sonhar.
O teatro estava fechado, para nova coxia arrumar.



Marcos fereS

Inserida por marcosviniciusfereS

Oh menina vem,
Que eu vou retirar todos os espinhos dessa sua flor
Oh menina vem,
Sentir meu abraço, meu afago e calor.

Oh menina vem,
Que eu quero me perder nas suas curvas
E no seu olhar
Oh menina vem
Que nesse cantinho de roça
Uma família eu vou te dar

Oh menina vem
De mãos dadas em terra seca vamos caminhar
Oh menina vem aqui no alto desse morro
Na montanha vamos morar

Oh menina vem,
Vamos viver, vc e eu
Deus e nós e a criação
Viver sem medo
Dar lugar a unidade
Dar lugar a liberdade
Ao fogo, ao beijo e a paixão

Oh menina vem, que eu te garanto que daqui não terá partida,
Nossas crias de amor,
Não terão o dissabor,
Saberão de verdade o que é vida.

Oh menina vem, vem conhecer meu mundo
Te garanto vais gostar
É que eu sou simples
Sou bom moço
Sou da roça
Sou trabalhador e eu
Só quero te amar

Inserida por keyllasouzaescritora

POETANDO O VENTO (soneto)

Melancólico, gemem os ventos, em secas lufadas
No cerrado do Goiás. É um sussurrar de ladainha
Em tal prece, murmurando em suas madrugadas
Do planalto, quando a noite, da alvorada avizinha

Sussurros, sobre os galhos e as folhas ressecadas
Sobre os buritis, as embaúbas, e a aroeira rainha
Que, em torpes redemoinhos, vão pelas estradas
Em uma romaria, lambendo a sequidão daninha

Bafejam, num holocausto de cataclísmica rudeza
Varrendo os telhados, o chão, por onde caminha
Em um cântico de misto de tristura e de euforia

E invade, o poema, empoeirado, com sua reza
Tal um servo, em súplica, pelo trovar se aninha
O vento, poetando e quebrando a monotonia...

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
10/01/2020, 05’35” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando

Inserida por LucianoSpagnol

O moleque da quebrada
teve que sair para trabalhar
cedo, procurar emprego,
Para sua família ajudar a sustentar.
O pai abandonou a mãe com três filhos pequenos para criar.
Faltava comida,Na casa não tinha nada, nem teto paredes ou chão, ali avia somente um colchão, muito amor e esperança de tudo um dia melhorar.
E o moleque da quebrada Que não arrumava emprego não arrumava nada, dele aos poucos foi tirado o pra ser de criança.
Não podia estudar, não podia brincar, no coração só levava ódio e ganância.
Com tão pouca idade o moleque da quebrada encontrou um cara, que dizia ter soluções para todos os seus problemas.
No fim do primeiro trampo chegou em casa com dinheiro para uma comida decente, e jurou para a mãe que a partir dali tudo iria melhorar.
Depois de uns corres vivia cheio dos malotes, e os amigos que se dizia praça cresceu o olho. Não via o que ele passou, ou o que tem passado.
A inveja é uma doença irmão, que cega os olhos, tampa os ouvidos e petrifica o coração.
O moleque da quebrada mais uma vez foi em cana, apanhou da polícia e foi parar no jornal, " adolescente de apenas 17 anos é preso por tráfico de drogas."
Brasil meu Brasil, pátria amada e idolatrada por uns e odiada por outros, como podes ser tão cruel com alguém que foi movido pelas circunstâncias,
O mundo do crime é mais rápido, prático, fádico e instável.
Porém como poderia o moleque da quebrada ver sua família morrer de fome e ninguém fazer nada?

Inserida por kelly_batista_de_lima

Abstinência do amor

Um dia encontrarei um amor tão verdadeiro e tão intenso que jamais duvidadei de sua veracidade.
Pois o amor é relativo de quem ama.

É como uma droga viciante que não se consegueviver sem, e aos que se decepcionaram a fase da abstinência é a pior, ainda se tem sede de amor, mas tem medo de amar.

Um dia eu encontrarei um amor verdadeiro para chamar de meu,melhor do que conto de fadas, conto real.

E se esse dia não chegar, eu me amarei tão intensamente que não sentirei mais a dor da abstinência de um amor, eu serei meu amor.

Inserida por kelly_batista_de_lima

Menino Rei

Que chora quando rala o joelho
Que ora ao pé de sua cama
Que ama sem medo, sem receio.
O menino rei da coroa branca.

Aquele que limpa o catarro na manga
Que conversa com ele mesmo sem ele mesmo perceber
O que encontra grandeza no que é pequeno
Menino rei, que vive em seu próprio olhar.

O menino que mente por temor
Mas perdoa sem demora.
Que mesmo tão pequeno sente o mundo
E na menor prova de amor seu sorriso flora.

Ele se apreça a crescer
Sem saber que é ele que faz o tempo passar.

Assim,
Ele vai desenhando...
Até acabar o espaço na folha branca.

Inserida por Hector17

Eu sou o rio...
Eu sou a cidade...
Eu sou a natureza
Eu sou a vida
... 2020
Eu sou o rio...
Eu sou o esquecido
Eu sou o poluido
Eu sou isso...

Inserida por Rio

Escrevo versos banhados de dor e angústia de ser eu,
Escrevo sujo, sujo e imundo como mero plebeu.

Após escrever vou nadar intensivamente em piscinas de lama,
Saltarei do penhasco que mais magoa,
Não me lavarei por uma semana
Apenas para me olhar ao espelho e não ver a minha pessoa.

Mas ao esfregar o olhar
Volto a ver o meu reflexo
Então atiro-me ao mar,
Parado, estático, perplexo.

Inserida por GuilhermeMarques17

Ao pé dum calvário

De uma rosa, uma pétala pendia inerte
E, incerta, murmurava então: "Será que vou?"
Súbito veio o vento, e a pétala lá voou,
Abandonada às dúvidas que o medo verte.

Dir-se-ia que, naquele terrível cenário,
Repousara ela, tímida, ao pé de um calvário.

Inserida por jao_jaojao

O código da felicidade

O código da felicidade tu já tem:
Olhe para cima e para baixo também!
Veja do seu lado o teu próximo,
agradeça a Deus o que Ele deu em acréscimo...

Repare no espelho o teu reflexo:
Nada é tão difícil e tão complexo!
Olhe nos teus olhos e se descubra
e não fique no chão se te derrubam...

A felicidade tá no seu sorriso
e no seu bom humor se mantém,
porque se continuar é preciso,

é preciso agradecer o além,
porque Deus é o paraíso
que quer sempre seu bem!

Inserida por marialu_t_snishimura

Beija - flor beijador

O beija-flor beijador
mais um vez beijou,
beijou a mais bela flor,
que quiçá encontrou!

No doce mel do beijo
afagou com carinho,
saciou seu desejo,
o pequeno passarinho!

Se assim vive a beijar
respira ele só do amor,
só amor ele tem pra dar!

Ingênua são as flores:
- Num beijo do beijador,
sede o mel e as cores!

Inserida por marialu_t_snishimura

Pensamos e evoluímos
Vivemos e existimos
Tudo é apenas um pensar
E logo desistimos

Inserida por Lucas0Lima

Carbono de Deus

O seu mapa geográfico são seus caminhos,
são seus trilhos e as suas experiências.
Talvez cada um ao descrever seu carbono ideal,
ainda encontram - se inacabados!

Alguns se perguntarão se vieram bem?
Outros terão dúvidas,
mas haverá aqueles cuja certeza dirão:
- Vivi, vivo e viverei!

É este carbono o ideal da vida!
A grata satisfação de viver imortalmente,
porque todos nós somos carbonos de Deus.

Inserida por marialu_t_snishimura

Acredito no impulso forte do recomeçar,
na fé de uma vida feita de pequenas conquistas.
Todos os dias, um após o outro.

Inserida por geraldo_neto

Lágrimas em chuvas

Quando lágrimas caírem dos meus olhos,
deixe que elas caiam em forma de chuva
sobre lindos guarda- chuvas todos belos,
se for lágrimas de dor escura e tão turva,
não sei se teria por elas os mesmos zelos.

Mas, sei que um coração às vezes chora
porque se está triste, talvez amargurado,
outras vezes as lembranças de outrora
é aquela ponta de saudade do passado
ou porque se está tão feliz com seu agora.

Talvez seja mesmo um engano a felicidade
porque dizem que quem está feliz, sorri...
Nem sempre é assim, porque na verdade
a felicidade é justamente estar no aqui...
este é o momento exato, este é o presente.

Então, toca - me aquela leal sensibilidade,
de que o amanhã virá e hoje será o ontem
e por mais feliz que esteja há uma saudade
porque há forças que levam e nos fogem,
outras que não compreendemos na verdade.

Ontem os pais, hoje pais, depois não mais...
e sem defesa a vida se continua sempre
mas, também, às vezes, nos puxa pra traz,
são nesta horas que chuva lágrima escorre...
depois vem o sol, límpido trazendo a paz!

Inserida por marialu_t_snishimura

A saia

Acinturada
no zíper ou elástico
até o joelho ou acima dele,
até embaixo também pode ficar!
A saia grudada no vestido ou solta pelo ar,
as pregas pregueadas, as rodadas de renda,
sem elas tão lisas, mas todas elas coloridas...
Que saia usou o soldado armado nas batalhas?
Ôh! Saia dessa ideia absurda provocar o retorno...
na saia da mãe, na saia a saída, a ida e se larga...
ou se alarga, alarga depois se lava se logo alaga!

Inserida por marialu_t_snishimura