Fernando Pessoa Ausencia
Assim como a eternidade não é um tempo infinito
Mas sim a ausência de tempo
O Todo não é cheio e o Nada não é vazio
Pois o Todo é o nada
E o Nada é o Todo.
Ausência dos teus olhos causam as lágrimas dos meus, um vazio inconsciente que a mente sente a cada instante de vida que não o vejo por perto. A dor maior é ter de ficar em silêncio, amar em silêncio, chorar em silêncio, fingir um sorriso para disfarçar e para não ter que falar sobre nos dois, para não ter que cutucar esse buraco enorme que fica em mim toda vez que não seguro as suas mãos. Eu fecho os meus olhos tentando esconder de mim mesma o medo de te perder quando me sinto assim, o telefone disca seu número, mas sei que não vai me atender, nem ao mesmo pra dizer que não vai voltar, que não vai tentar me entender. Eu procuro as forças, levanto-me e vivo, mas sempre há o momento no qual já não sou capaz de fugir, o sentimento mora em mim, eu quero estar junto de você, poder te abraçar e dizer que nada mais importa se teu sorriso é meu, mas o que me sobra são uns versos tristes, na minha cama vazia, e meu coração que chora a tua falta, e dos meus olhos as marcas da saudade, e da minha boca nada sai, apenas meu silêncio, o amor esmagado, enforcado, esganado dentro de mim, sem que eu possa gritar, apenas esperar, nem mesmo eu sei pelo que, se é tão incerto que você volte, e que eu possa ao menos te provar que o meu amor não é menor, por eu não saber demonstrar, não é menor por eu parecer mais forte, e tão capaz de te assegurar todos os dias que és amado, mas o que eu posso fazer?! Que não seja o silêncio, ser o mais invisível possível, fingir que não existo, tentar deletar tudo que nos aconteceu, para não te causar mais problemas, afinal, o que eu quero é ser a tua paz, teu gás, o teu animo e o que te faz ter vontade, não ser um tropeço, uma amarração, queria poder te amar, sem pensar em me controlar, em me conter por não poder. Eu queria que você acreditasse em mim, eu queria que você soubesse que quando eu digo que o amo, não é da boca pra fora, e mesmo com tanto calor, parece inverno. Eu não sou tão forte quanto pareço, eu me calo, para não tornar as coisas piores, mas dentro de mim ha várias tempestades, sou tão molhada que se piscar a lágrima cai. Eu só queria falar, mas você não quer me ouvir, eu só queria te lembrar, mas você faz questão de me esquecer, eu só queria estar, mas você foge e corre desviando sempre do meu olhar.
Acordei com um buraco ao lado, a ausência do teu corpo no meu, hoje eu te quis por perto, bem perto, grudado, amassado, infiltrado em mim. Quis virar meu corpo de lado e que o teu fortemente se encaixasse, quis sentir a pressão do seus braços fortes, e quis a tua força em mim, me apertando, agarrando, arranhando, como se fosse me rasgar, entrar dentro de mim, quis teu sussurro em meu ouvido dizendo que veio me procurar porque eu sou o ponto de paz de todo o teu caos na madrugada. Acordei, porque em meus você aqui estava, e quis abrir os olhos pra ver se essa era a realidade, mas não, não senti o teu suor escorrer e tua voz dizer que sou eu quem causa essa erupção em você. Quis o teu desespero ao se deparar com o quanto me deseja, e teus beijos no meu corpo nu, tua massagem de dedos que me acalma e me atiça ao mesmo tempo, quis trancar a porta, fechar a a janela e sentir com você aqui dentro, que tanto me sossega e agita, que me deixa tão fácil nas ruas mãos, deixo você, você eu deixo desfilar em cada centímetro meu, deixo chegar de mansinho, e mostrar toda sua força, porque eu gosto com força, gosto de apertões, de explosão e coração acelerado, eu gosto porque você me fez sentir o quanto isso é gostoso, quero também o abrigo sossegado em seu peito, mas quero depois da sua brutalidade sensível de me usufruir, quero com força pra deixar marcas, marcas de amor, afago, afeto na minha pele. Quero boca, língua, mãos, pele, olhos entrelaçados, quero olhar teu ser estagnado com minha doce loucura, quero ser tua, tua do jeito que quiser, menina ou mulher, gatinha ou onça, mas tua, na minha cama ou na sua, onde eu me sinta segura, me pegue no colo, e me conduza, me ame até chegarmos na nossa dimensão sagrada, a freqüência que sintoniza nossas almas, que eu quero me acabar no teu gosto nas noites, e me recomeçar a cada dia no teu encanto.
Gente que não tem medo, ela não é corajosa, ela é inconsequente, porque coragem não é ausência de medo, coragem é a capacidade de enfrentar o medo
Nem sempre a ausência e o silêncio é descaso ou desprezo.
Ele também é proteção! Temos que aprender a conhecer todos os lados da moeda.
Como uma quimera. Temos que ter uma mente aberta para imaginar que essa moeda pode ter um meio. Aquele improvável, mas que pode ser o real.
Real presente de grego!
A PAZ DO SENHOR!
Paz nunca foi a ausência de guerra, paz nunca será tranquilidade, paz nunca virá de graça, ter paz é equilíbrio da alma. O mundo clama por uma paz que foi crucificada, e que, é ignorada todos os dias até hoje. Dizem ter paz, saúdam com Paz, mas, não carregam em si a paz-ciência, paz-tolerância. A paz é um Fruto do Espírito de Deus, João 15. 16 (...)Que os frutos permaneçam(... ) Não consegue guardar-lá, não têm a Paz-atitude. Quando o mundo está em crise, em guerra, os cheios do Espírito de Deus está em Paz. ( os montes ao redor de Jerusalém, assim o Senhor está ao redor do seu povo, desde agora e para sempre. Salmos 125. 2).
A paz do Senhor!
Hoje, há uma banalização das tragédias, uma ausência de indignação, algo ruim já não impressiona como antes.
Te encontro dentro da esfera
E firmo-me em tua ausência
Sinto o pulo covarde
Do meu coração perdido
Por saber que tuas mãos
Não cabiam dentro das minhas.
Dor dentro da dor,
E era apenas você,
Mas eu morri demais
Para encontrá-la.
Este cadáver que adere
Sobre os pelos do peito
E faz-me lembrar do
Vento caminhando vacilante
E trazendo no dorso
As tristezas do brilho escuro
De todas estações.
O exercício humano se divide em três coisas: ação mental, ação corporal e inação. A ausência injustificada de qualquer uma das três pode e deve ser considerada preguiça.
Saudade..
O, saudade!
De a mim uma trégua de sua dor,
Ausência dos olhos
Falta de cor
Carência do passado
Do tempo de amor
Arde o peito, faz doer
Tem coisas que não voltam
E outras que não chegam
Em todas possui a saudade
Tanto das lembranças
Quanto do que não se viveu
Do pirulito colorido,
Do amigo que se perdeu
Cheiro de terra molhada
A régua que virava espada
O cobertor dividido
Um círculo unido
Oh, saudade...
Deverias ter o poder de voltar ao tempo, no lugar de só doer e mais doer, a dor que é recordar e não mais poder reviver
Ganhe cinco minutos do dia revivendo sua criança interior. Ausência de medos, fantasia, alegria sem‑fim, felicidade sem dinheiro… pense nisso!
Cantiga de Amigo
Nem um poema nem um verso nem um canto
tudo raso de ausência tudo liso de espanto
e nem Camões Virgílio Shelley Dante
--- o meu amigo está longe
e a distância é bastante.
Nem um som nem um grito nem um ai
tudo calado todos sem mãe nem pai
Ah não Camões Virgílio Shelley Dante!
--- o meu amigo está longe
e a tristeza é bastante.
Nada a não ser este silêncio tenso
que faz do amor sozinho o amor imenso.
Calai Camões Virgílio Shelley Dante:
o meu amigo está longe
e a saudade é bastante!
"Um perto não configura dentro... Um distante não configura ausência. As sensações são mistérios humanos e quando vividas em sua grandeza e nobreza, levam parte de nós ao outro, deixam partes do outro em nós. Admiro a capacidade do amor, principalmente quando vai além do que racionalmente explicamos".
