Coleção pessoal de marcelachatinha

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Você pode até não gostar de mim, porém o respeito deve estar acima de todo e qualquer julgamento...
Pode até não concordar com algo que falo, ter escutado boatos sobre mim por aí, ter cruzado com alguma imagem minha em algum lugar, lido algum texto, mas isso não te dá a liberdade de falar algo a meu respeito sem nunca ter falado comigo ou me visto como sou... De perto!
Pode analisar jeitos, frases, detalhes, mas não passará de pré-conceito, esse que passa primeiro por você projetivamente!...
Você pode andar com mil facetas morais, ceder às convenções e senso comum, se apegar a títulos, templos, rótulos, marcas, acessórios, pessoas, mas ninguém muda sua essência. Não se modifica o intrínseco. Você é unicamente você! E ninguém mais.
Então, quem busca muito a resposta de si no outro pode estar tremendamente equivocado...
Quem vive sob o julgo alheio exclui sua própria liberdade...
Ocupar-se de si mesmo sem ser egocêntrico é um exercício de aprendizado...
E estou certa que esse esforço vale mais a pena do que passar a vida inteira tentando querer ser outra pessoa, a não ser você mesmo(a).

"Eu avisei";
"Leva blusa de frio, vai esfriar.";
"Pegou uma sombrinha?";
"Filha, você comeu?";
"Mas... você anda com umas roupas...";
"Que cabelo é esse?";
"Você tá muito magra!";
"Vai, teimosa!!";
"Você precisa se cuidar!";
"Karla Lícia!!";
(Suspiro) Mãe, obrigada!
Sua força, coragem, determinação, honestidade, me ensinaram que gestos valem muito mais que aparência, que olhar tem o peso da verdade, que amor é valioso sentimento de respeito, que educação é cuidado singular!...
Assim eu sigo e assim sua voz ecoa em mim!
Mãe de todos os dias, que seja seu dia!
Que seu dia seja!!...

Minha família sempre foi humilde. Lembro-me que meus primeiros passos foram no chão "vermelhão" onde me via refletida. Observava desde pequena o empenho daquela mulher brava que passava horas na enceradeira deixando o chão brilhando.
Minha mãe é um exemplo de força!
A casa era pequena, de madeira, com um quintal grande e uma goiabeira que eu amava me pendurar. Certa vez desabei da goiabeira. Fixei os pés em um dos galhos e comecei a cantar Roberto Carlos. O galho quebrou e eu fui cantando para o chão. Me ralei toda e cantei até o fim; mas também, tinha medo dos seus galhos quando fazia alguma "arte". Era a primeira coisa que minha mãe pegava: a varinha para dar nas pernas. Já fui para o parquinho da primeira infância com vergões. Eu não era fácil.
Quando eu sabia que tinha feito algo errado, me escondia atrás da casa. Como se não houvesse amanhã, esperava passar a braveza da mãe para escapar da varinha, ou fazia desenhos com declarações de amor para amolecer o coração daquela mulher...
Quando a noite caía, meu pai sentava na área da frente e me ensinava a contar estrelas... Meu pai é um poeta calado que nunca escreveu ou declamou seus poemas. Eu o entendo. Olhávamos o céu juntos e de fundo eu ouvia a vinheta do Jornal Nacional.
Em dias de faxina, minha mãe colocava os discos do Roberto Carlos, (eu sabia todas), Abba, Altemar Dutra, Júlio Iglesias, que até hoje sei de cor a sequência das faixas. Fora os sucessos dos anos 80 num disco de coletânea. Era sensacional!
Sozinha, com o socador de alho (que pegava escondido), eu cantava no fundo do quintal. Criava as próprias coreografias, tinha público e tudo. (Imaginário, claro!).
Eu imitava meus pais porque nas missas e casamentos os via cantando juntos. Observava aquelas pessoas que os abraçavam no final dos eventos. Eu sorria e achava lindo! (...)
Memórias, delicadezas do tempo. Sou nostálgica e me alegro ao sentir tanto amor nessas lembranças. Tanta coisa aconteceu depois disso...
Gosto imenso de bordar detalhes. A beleza da vida se encontra naquilo que o tempo nunca apaga. Eterniza.
Eu tive uma infância feliz...

O outono se foi. Deixou a beleza no chão para de novo fecundar. Meus olhos se recolhem na saudade do que foi. Da delicadeza quase abandonada das folhas, flores que se somam à terra vermelha.
A força do que se renova.
Foi nesse parque que conheci a gangorra, o balanço, o escorregador. E depois de tanto tempo as flores caem igual a cada novo outono. A gente muda e a natureza é fiel à beleza do que precisa permanecer para poder continuar gerando vida.
Que seja mais uma estação...

Não pergunte "como vai você?", se não estiver disposto (a) a ouvir a resposta.
Notem...
A frase: "Oi, tudo bem?" - além de uma habilidade social, deveria ser respeitada, ao menos ouvida e respondida.
Nós prontamente respondemos como robôs: Tudo bem e você? Mas, na maioria das vezes não ouvimos, não dialogamos, não queremos ouvir o que o outro quer dizer, muito menos "perder tempo" com diálogo.
Estamos cada dia mais indiferentes, pensando nas nossas questões, naqueles mil problemas que temos a resolver, ou na verborragia de falar de si sequer percebendo a presença do interlocutor.
Falamos! Falamos! Ou ficamos mudos ao mundo, ao outro...
Sinto como se nosso medo tem sido encoberto por interações sociais. E, por vezes nossas máscaras são maiores que nossa própria identidade.
Não sei se estamos adaptados, intolerantes, estressados, impacientes...
Ou se realmente nos falta o desejo espontâneo, gratuito, despretencioso de ouvir o outro com carinho, atenção.
- Vamos logo ao que interessa, não tenho tempo de ouvir se está bem ou não.
É...
Estamos cada vez mais evoluídos e cada vez mais isolados.

Era uma menina que brincava no fundo do quintal. Fazia comidinhas e era professora na escolinha imaginária. Fora noiva caipira nas festas do colégio. Não se recorda muito bem de quando percebeu suas asas, apenas que havia dentro de si uma força para não acomodar-se. Em outras palavras poderíamos denominar esse impulso de sonho. Ainda sem ter meios para buscar, ela esperava o tempo e a hora. Dentro do seu coração a gentileza era sua expertise, vinha dos pais a educação de nunca passar por cima de ninguém, não agir com maldade, respeitar o próximo e ser íntegra. Sim, caráter! Suas notas iniciais foram junto a um violão, presente do pai, com o intuito que seguisse a arte da sua alma. Com poucos recursos começou a escrever diários nunca lidos a não ser por si mesma. E nas entrelinhas daquelas linhas o tempo passou, a voz entoou, as palavras criaram asas. Hoje agradece na simplicidade, por ser um pontinho eterno na humanidade.
A música e as palavras fizeram sentido...
(...)
Minha gratidão à todas as pessoas que cruzaram a minha vida, que permanecem, que a deixam mais feliz e bonita.
Àqueles que me ensinaram pelo amor e pela dor...
Agradeço a Deus! Agradeço a vida!
Agradeço!

Não sei que perfume é esse, que transcende as linhas, que grudou nas minhas entranhas e que faz os dias só terem sentido se você estiver e se forem com você. Se caminhar ao seu lado. Onde meu coração só palpita em paz quando você chega, ou quando me avisa que está bem.
Será que o amor está além disso?
Às vezes, não sei o que fazer com tanto sentimento e disfarço para mim mesma que tudo bem, você já sabe.
Na verdade, eu quero te relembrar. Quero que olhe aquele relógio e saiba que te espero. Quero que veja as flores e pense na vida que me traz. Quero que vislumbre o céu e sinta que os dias só começam depois do seu bom dia.
Quero te lembrar que sinto aquele arrepio na espinha quando penso em você. Que todas as borboletas do jardim de Monet cabem no meu estômago quando me lembro do seu sorriso.
Que vejo mãos entrelaçadas e só quero a sua mão na minha. Que toda a inquietação da minha alma só se acalma quando te ouço respirar no meu ouvido. Que o dia só termina quando deito no seu peito e ouço seu coração bater.
O que sei é que isso se renova. Livremente. Todos os dias.
O que sei é da minha permanência, do medo que se cala, da coragem que me invade, do amor sem peso e limite.
O que sei é que eu passaria o resto dos meus dias assim, encantada e na manhã seguinte eu escreveria tudo isso novamente...

Não fui perfeita, vacilei em tantos momentos, acertei em outros tantos!
Amei, doei, doeu.
Olhei nos olhos.
Fui além, caminhei.
Por vezes esmoreci, abaixei o olhar, me entristeci.
Outras, senti uma força maior que todas as minhas fraquezas.
Talvez sofreria menos se vivesse pela metade.
Porém, sentimentos são inteiros. E assim devem ser vividos...
Eis portanto, o convite da vida hoje e sempre:
“Sejamos intensos, inteiros e façamos os mínimos detalhes valerem a pena”.

Não é o status social que torna os laços perenes. São gestos simples, a possibilidade de olhar nos olhos, o cuidado, o toque de um querer bem gratuito e sincero.
A capacidade humana de ser do bem é maior do que qualquer diferença e desigualdade...

Saudades do tempo que o tempo parava, que a alma se fazia pausa e a vida não doía quando continuava! Palavra: a arte do permanecer.

Entra aqui no cantinho do meu coração só pra eu testar a eternidade?

O amor nao exige condições para existir. Senti-lo e vivê-lo está para além das definições.

Desenhe-me em seu rabisco, busque-me naquela face cinza dos teus azuis. De certa maneira, ao me desenhar, estarei em teus pensamentos mais abstratos.
Intua-me em seu caos, no labirinto do não desvendável, na arte do que se diz sem verbalizar. Organize-me nos disparates do embaraço. Deduza-me sem calcular-me!

De sorriso em sorriso vou colecionando altares e mobiliando os vãos dos meus vazios.

Na tua alma, a minha paz.
Ocupa a culpa, sem culpa...
Oculto num canto, o encanto do desencanto.
Morro ou mudo no calor desse calar.
Oculto no culto do seu olhar.
Sol de navegar, brilho de encantar.
Quem poderá? Pudera eu...
Raio de contemplar, som de ecoar...
Sim, eu voo, vou, voar em ti...

Acredito no poder do amor como resposta às questões da existência; e quando naturalmente torna-se o elo de permanências.

Tenho aprendido trazer para perto o que minhas mãos não alcançam, e andar por onde as estradas não me levam...

Admiro quem tem o dom de falar de amor e fé, sem agredir ou punir.... Só o amor nos aproxima de Deus!

A capacidade de ver o que está além do visível. De ouvir o que está além do audível. De sentir o que está além do palpável...

Saudade de um amigo é dor sem fronteira! Não ouso tentar traduzir uma distância ou, apenas no olhar, o reencontro! Há um diálogo que transcende o nosso eu, um abraço que supera a dor mais doída. Um colo que acolhe quando tudo é escuro...
Colo de amigo é eternidade!