Fazia Tempo que eu Nao me Sentia Tao Sentimental
Se a vida me dava um limão, fazia dele uma limonada. Embora no percurso tenha recebido um pomar inteiro de limoeiros, não deixei que os espinhos escondessem a fruta, e acrescentei o doce de meus sonhos para beber o refresco da esperança.
Ele a fazia perder suas inspirações, a fazia procurar as palavras certas, com um pensamento que ia além. Perdia tempo imaginando qual seria sua reação ao lê-la.
O que ele exatamente iria demonstrar quando as mãos, nos naqueles cabelos desalinhados, passassem só para bagunçá-los num ato de carinho.
Às oito horas ele ia trabalhar.
Às dezoito precisava estudar.
Mas sonhar, ah ele o fazia
Tanto à noite quanto ao dia.
A BOLA DA VEZ
Estava uma bola rosa em casa, fazendo o que sempre fazia. Quando ouviu um barulho bem baixo vindo da parede colorida de seu quarto. Era uma fada. Uma fadinha presa. A bola desesperada queria ajudar de alguma forma aquela fada, com uma voz tão doce.Tinha medo de quebrar a parede e machucar a pobrezinha. Mas não tinha outra opção. Pegou o martelo mais pesado que encontrou nas ferramentas do papai Bolão Azul e libertou a fadinha sem nenhum arranhão.
Foi mágico, assim que a fada saiu da parede, a parede se reconstruiu e a fadinha a agradeceu muito. Elas começaram a conversar e a pobre fada disse estar presa ali por causa de um feitiço que uma rainha rogou. A rainha parecia boa e confiável, sempre cheia de certeza e razão. Com argumentos para qualquer circunstância, aparentemente sem motivos para desconfiança.
Por trás de tudo isso, tinha alguns planos malvados para enaltecer seu nome nas costas da doce fadinha. Maaaas... A fada era doce e não boba! Percebeu na hora que a rainha era má e que seus planos geniais eram estratégias que usavam a pobre fada como ferramenta.
Sem pensar duas vezes, a fada, com toda a sua inteligência quis cair fora dessa situação. Foi então que a rainha descobriu e prendeu a fada em uma parede aleatória, de um quarto aleatório de um lugar qualquer. Pensando que ninguém nunca ouviria seus gritinhos melodiosos. O poder da pobre fada estava interrompido enquanto ela estivesse presa.Eis que a bola rosa ouviu o grito e a libertou.
Depois que a bola ouviu essa história, ficou chocada e com muita, mas muita raiva da rainha e de seus aliados. Mas nada podia fazer. A não ser ficar ao lado dessa fada doce que não merecia nem o vento do inverno, que insistia em dificultar seu vôo jardins afora.
A rainha, toda cheia de si, jurou que a fadinha aparentemente frágil e sem defesa, faria um chamado para voltar e pediria desculpas por aquilo que nem se quer tinha feito. E ficou surpresa ao não receber nenhum tipo de notícia. Seus aliados, cujas cabeças tinham sido literalmente programadas para obedecer e concordar com a rainha, começavam a desacreditar em seu “tamanho poder” e foram a abandonando aos poucos. Ela, toda orgulhosa, aparentemente não deu bola pra isso. Afinal, jurava que continuaria “poderosa” mesmo sem ninguém ao seu lado.
Por fim, a rainha acabou sozinha, sem amigos e sem aliados. Quase entrou na depressão. Só então, depois de ter que passar por tudo isso, resolveu pedir desculpas para a fada. Mas a fada, madura, disse que ela não lhe devia desculpas alguma e que o tempo já havia lhe castigado o bastante para ela aprender. Enfatizando que as coisas jamais serão como sempre foram antes de tudo isso, mas que a convivência é sim possível desde que haja respeito de espaço e opinião.
A rainha ficou impressionada com a atitude da fada, mas depois de tanta coisa, concordou com as novas “regras”e elas viveram neutras enquanto foi possível.
A bola nunca mais se separou da fada, sua confidente e melhor amiga e viveram unidas para sempre.
Dói né, ver todas a declarações que ele fazia pra voce sendo feita para outras,
Dói muito mais você sentir-se só mais uma...
Tentei consertar minha vida de muitas maneiras. Já tentei esquecer o que o vento me fazia lembrar, já tentei estudar o dia todo, já tentei voar, já tentei ficar sem comer 3 dias, já tentei usar o mesmo sapato todo dia, já tentei ajudar a todos ao me redor, já tentei posar de perfeita, já tentei muitas coisas, tantas que de muitas já nem me lembro mais.
Aí parei de tentar coisas impossíveis e comecei a aceitar que tenho limitações.
“O jeito como ele me fazia rir era diferente. Ele tirava de mim os sentimentos mais escondidos que eu podia imaginar ter. Sei que jamaias conseguiria achar alguém igual a ele, ou quem sabe usar o clichê ”nunca” de uma maneira diferente. Mas eu estava certa, jamais teria outro alguém no mundo igual a ele. Que tenha o riso mais perfeito, ou o jeito irritante mais encantador. Seria difícil achar outro alguém que fosse pra mim que nem um quebra cabeça, que o que eu não tenho, esse tal alguém encaixasse. Não como ele
Então me afastei de tudo que me fazia mal , que me deixava angustiada , que me dava medo , e me sinto melhor agora .!
O corpo tinha um infinito fascínio para Dark, mas a alma dela era o que o fazia sentir-se mais à vontade. Ele já não se preocupava em poluí-la com seu sofrimento. Há muito tempo já não fazia, pois ela parecia imune. E parecia exercer sobre ele um efeito curativo.
A Saudade Que o Ontem Deixou
Ontem fazia um lindo dia
Ontem sempre no fim da tarde chovia
Ontem algo eu vivia esperando
Ontem eu juro que esperava... sem saber o que estava chegando
Ontem eu aproveitava pouco a realidade... pois vivia sonhando
LIMPEZA
(Luiz Islo Nantes Teixeira)
Hoje senti uma tristeza
Quando fazia a limpeza
Do nosso apartamento
Separando os meus trapos
Recolhendo os retratos
E cada velho documento
Suas roupas bem dobradas
Minhas meias jogadas
E as gavetas pelo chao
Aquele sofa pesado
Meu piano bem afinado
O olhar refletindo na televisao
As paredes testemunharam as festas
De quando eu era feliz
Agora testemunham neutras
Nosso adeus infeliz
A entrega das chaves
As palavras amargas
E o ultimo aperto de mao
O trancar das portas
As passadas largas
Cada um na sua direcao
Hoje senti uma dor crua
Seguindo sozinho pela rua
E meu sonho que se evaporou
Procurei algumas respostas
A vi ainda linda pelas costas
Levando meu olhar que em voce ficou
© 2009 Islo Nantes Music
À Saudade
Saudade-hífen das distâncias,
Une o seu destino ao meu ,
Pois aquela que o fazia
Para sempre adormeceu...
Ontem fazia a mesma coisa, e hoje critica e ainda fala mal de quem faz, como se tivesse certo ainda...
Revelação
Eram mãos macias
Seguravam as minhas com muita delicadeza
Fazia-me sentir protegida, segura
Segurava dentro de mim
Suspiros que queriam sair
Revelavam o que nunca pude
Demonstrar a alguém
Livre, agora, para me expressar
Falar tudo que nunca pude
Fazer o que nunca tive coragem
Quem poderia me impedir?
Talvez a distância
A distância que permanecia entre nós
Impede que as minhas mãos voltem a tocar as suas
Tão macias
