Coleção pessoal de SimonyThomazini

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Sim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.

Conservar algo que possa recordar-te seria admitir que eu pudesse esquecer-te.

E eu serei eternamente aquela exagerada. Exagerada nas palavras ditas. Exagerada nas palavras escritas. Exagerada nos pensamentos. Exagerada nos dramas sentimentais. Exagerada nas atitudes. Exagerada nos sentimentos. Exagerada nos caminhos entre o bem e o mal. Entre o certo e errado. Entre o tudo e o nada. Porque equilíbrio é algo a ser conquistado aos poucos. E eu não posso deixar esse meu lado exagero desaparecer por completo.
Porque se não tiver um pouco de exagero, não será mais eu.

As vezes aquilo que parece errado e fora do lugar te leva a lugares que se tivessem dado certo você não saberia o que sabe agora. Os contratempos do tempo sempre sabem o caminho que você deve percorrer.

Se não fosse essa mente cheia de paranoias, não seria eu. Se não fosse esse meu jeito todo desastrado, não seria eu. Se não fosse esse meu olhar por vezes perdido, não seria eu. Se não fosse essa confusão toda, não seria eu. Se não fosse esse amontoado de erros, ainda assim não seria eu. Se não fosse os medos, receios, atropelos, ansiedade, impulsividade não seria eu. Se não fosse os desencontros, não seria eu. Se não fosse as imperfeições, não seria eu. Eu, imperfeita, eu desigual, eu incógnita.
Eu, imensidão de mim.

Acredito no amor, apesar de o amor não acreditar em mim.

A confiança é um dos laços mais importantes quando se está envolvido com alguém. Se ela se quebra, todo o relacionamento está seriamente comprometido.

E quando ela o abraçava tudo nela fazia sentido. Porque amar é isso: encaixar-se de foma mágica em alguém que num simples abraço, tudo ganhe vida.

Ela afina e desafina.
Ela é ordem e desordem.
Mas é nessa bagunça toda que ela se encaixa,

se acha.

Afastar-me de pessoas que não me querem bem, que não me acrescentam, que não faz falta alguma, é a melhor coisa que eu posso fazer a mim mesma, e de graça!

A paciência é requisito essencial quando nada mais resolve. As coisas só se encaminham para seus devidos lugares quando é tempo de ir. Se ainda não foi, paciência.

A gente sempre sabe quando é diferente com aquela pessoa. É o cheiro, sãs as palavras. É o jeito dela. Não se sabe definir. Mas, depois que aquela pessoa entrou na sua vida, todas as outras parecem menores diante do sentir que só aquela pessoa conseguiu.

As vezes fico aqui pensando. Será que algum dia alguém irá domar esse meu coração selvagem e urgente? Alguém que simplesmente fique e que não se assuste quanto eu contar meus segredos e minhas paranoias mais insanas. Alguém que me acalme quando eu resolver desistir de mim e me faça convencer do contrário. Alguém que apenas me olhe nos olhos e sem dizer nada me faça sentir plena de tudo.

Eu gosto muito das pessoas, ou eu as detesto. Mergulho fundo, porque sou assim. Não sou simpática se eu não quiser, não sei fazer "sala" com quem não quero. E não estou na vibe "docinho" todos os dias. Porque você pode me rotular do que quiser, é um direito seu, embora isso seja apenas um direito e pode significar nada pra mim. Me reservo para os poucos e bons. E isso sim é um direito meu, absolutamente meu.

Parafraseando Fernando Pessoa: Minha alma é como uma orquestra oculta. Somente eu ouço os tambores que rangem. Somente eu sei os instrumentos que tocam em harmonia. Somente eu, me conheço como sinfonia.

- Menti sobre o seu sorriso. Não posso afirmar nada a respeito. Não agora. Sei que provavelmente o caminho inverso me dará muito mais trabalho, mas, ainda assim prefiro os atalhos. O coração está cansado de sorrisos mascarados. Há registros por toda a parte. E as mágoas ainda se encontram latentes. Talvez você não compreenda meus motivos de boicotar o seu sorriso, mas, é para o seu bem. Minha reação aversiva a sorrisos sinceros não costumam deixar as pessoas felizes. Estranho né? Antídoto criado pelo coração se salvar dos estardalhaços de sorrisos mal dados. Não se ofenda. Não tente entender.Não posso ainda confessar o meu apelo que diz: "Por favor, não pare de sorrir pra mim!". Os riscos são incontornáveis.

Fico procurando entender o que ele causa em mim. As vezes minhas memórias me traem. Fico recordando da sua pele ao encontro da minha e a vida se refazendo diante de mim, tão linda, tão colorida. Percebo que estou entregue em suas mãos da forma como nunca estive. Percebo que além do sentir do corpo minha alma está ali, também se expondo timidamente. Um sorriso contido e libertador aparece enquanto estou de olhos fechados me deliciando em lembranças.Ele tem um certo poder sobre mim e isso me deixa tonta. Isso me confunde. Não consigo controlar. Não há como deter. “Não”! Grita meu lado B. Não posso. Ele vai me machucar. E todas as defesas típicas surgem assombrando e distorcendo minha realidade doce. Porque eu simplesmente não me entrego aos deleites do amor? O que fizeram comigo que não me permito? Nesse momento sinto uma raiva imensurável de todo o meu passado. Isso dura o suficiente pra eu me irritar comigo mesma e me deixar ainda mais confusa.. “Pare!” Diz meu lado A. E então vagarosamente refaço o caminho, e estou nos braços dele de novo. Não me pertenço mais, e essa sensação é tão boa. Ah, por favor, me deixe aqui. E isso soa como um apelo.Me deixe sentir isso por mas tempo. Cale meu lado B.Cale meu lado controlador. Cale meu lado “politicamente correto”. E o tempo inexiste. Sou dele e ele é meu pelo tempo que não se sabe, mas pelo tempo suficiente de me fazer feliz.

É incrível como enriqueço na solidão. Você se percebe sozinha e então as coisas acontecem. Fazem sentido. O pensar sempre esteve cravado a minha personalidade. As vezes defeito, as vezes qualidade dependendo do ângulo visto. Procuro racionalizar sentimentos ofensivos. Ofensivos quando fogem do meu controle. Pois é, tenho uma tendência a controlar meus sentimentos. Acho que é prática. Amar errado dá nisso. Não se contam nos dedos minha coleção de amores errados. Acho até engraçado. As pessoas normais colecionam tantas coisas e eu, coleciono amores (errados). Tudo bem porque isso e ao menos isso está resolvido. Poupo meu analista desses meus “fricotes”. Algumas verdades sobre mim ainda não estão prontas para serem reveladas, nem mesmo a mim mesma.Poupo-me. Talvez um dia eu me canse dessa racionalização toda, desses pensamentos todos e me sinta mais, e sinta mais. E é por isso que a solidão tem me ajudado. Você nunca sabe sobre você, até de fato estar completamente só.

- Eu sei que parece fraqueza, mas eu queria parar de esperar. Eu queria abrir aquela porta e encontrar a esperança de lugares melhores. De algo melhor. Não tenho paciência. Não sou boa nessa coisa de ficar, sentar e observar. Preciso agir. Preciso urgentemente sair do mesmo. Sair do lugar confortável. Eu sei que não tem como ficar aqui sem de certa forma esperar. O que eu puder fazer para mudar isso eu faço, mas uma parte de mim espera. Espera porque a vida á uma longa e árdua espera. O corpo sucumbe por vezes. O coração vibra na mesma sintonia. E eu estou por um fio. Sim. Estou por um fio do fim da espera. A espera de um ato, um simples ato que mude totalmente o rumo de minha vida.

Ah que bom seria se eu pudesse me conter quietinha dentro da gaveta. Que bom seria se pudesse conter esse meu coração exigente. Que bom seria se eu me mostrasse menos. Menos intensa. Mas esse meu lado “sintoma” é tão inerente a mim mesma, que não consigo deixá-lo. Mas, não paro de pensar na possibilidade de às vezes, quem sabe me guardar quietinha na gaveta. Ah, se eu pudesse...