Fantasias
Sou tantas e talvezes, sou dona e dama ! Fera mansa, fatal. Mulher, menina. De roupa sou fantasias... despida, sonhos !
02/07/2017
O homem que sonho tem na voz melodia, tem lábios carnudos, fantasias ! O homem que sonho tem cabelo arrumado, olhar carente. O homem que sonho é pecado, inocente. O homem que sonho tem corpo bonito, ardente. O homem que sonho toca lembranças, passados...o homem que sonho é vinho: diferente !
Poetas não amam, poetas declamam.
Fazem cenários, constroem fantasias,
Pintam amores em telas vazias.
O verbo amar, em suas mãos, é moldado,
Mas será que já foi vivido, ou só sonhado?
Diz que ama, mas será que sente?
Ou o amor é um eco, distante e ausente?
Declama o desejo com precisão,
Mas o coração pulsa ou é mera encenação?
Viver com Afantasia em uma Sociedade de Fantasias
Imaginar o mundo ao nosso redor é algo que a maioria das pessoas faz naturalmente, mas para mim, isso é uma impossibilidade. Vivo com afantasia, uma condição onde o ato de visualizar imagens mentais simplesmente não acontece. Enquanto outros conseguem projetar lembranças, cenários e sonhos com vivacidade, minha mente opera em um plano puramente conectado à realidade objetiva. Minha realidade é feita de informações (memórias semânticas), sem o colorido de imagens mentais. Isso já cria uma distância imensa entre como eu experiencio o mundo e como os outros parecem vivê-lo.
Além disso, existe outra camada de complexidade. Vivo também com autismo e outras neurodivergências, condições que moldam ainda mais minha percepção e interação com o mundo. E uma parte fundamental dessa vivência é o fato de que, objetivamente, só consigo experienciar o sentimento do agora. Não tenho uma herança sentimental que me ajude a filtrar o valor das coisas. Vivo de forma intensa e imediata, cada momento sem referências do passado, sem scripts mentais, não importa quantas experiências eu tenha tido. As decisões importantes que tomo são baseadas nesse único sentimento presente e na frieza do conhecimento semântico, porque não consigo conectar essas decisões a uma compreensão emocional do passado ou do futuro.
Essa ausência de uma herança emocional faz com que eu não entenda o valor das pessoas da forma como a sociedade espera. Sentimentos como gratidão me escapam, assim como os comportamentos sociais derivados disso. Eu não sei o que é "puxar saco", não faz sentido para mim, e nunca vou participar de padrões de comportamento que considero desprezíveis, apenas porque as pessoas rotuladas como "normais" dizem que isso é uma fórmula para o sucesso – sendo que é claramente parte da trajetória que levou a humanidade a construir um sistema podre.
Para mim, o que chamam de "sucesso" e "meritocracia" são lendas urbanas. A realidade é outra: é uma sociedade movida por aprovações sociais e fantasias, onde o que importa é a adequação a normas, expectativas e imagens mentais compartilhadas – algo que, na minha experiência, não faz sentido e nunca fará. Vivo desconectado desses padrões, porque, para mim, eles simplesmente não se aplicam.
Essa desconexão se torna ainda mais intensa em uma sociedade que insiste em vender a ilusão de que todos têm as mesmas oportunidades e opções. O positivismo, com sua insistência na superação individual, ignora as limitações reais que muitas pessoas, como eu, enfrentam diariamente. Para mim, que sou misantropo por questões cognitivas, o positivismo soa vazio. Ele ignora as limitações reais da vivência de grande parte da população, que sofre por ignorância e miséria, sem oportunidades reais – e de uma minoria de neurodivergentes que sequer compreende as regras sociais forjadas para manter a ilusão.
No final, o que resta é a busca por um espaço onde minha existência, sem fantasias e sem ilusões, seja reconhecida. Não me interessa seguir roteiros sociais que só reforçam comportamentos vazios. Vivo em um mundo que valoriza essas fantasias, mas para mim, o presente, com toda a sua objetividade e limitações, é tudo o que eu conheço. E nesse espaço, eu não encontro sentido nos padrões sociais que outros consideram normais.
Estar adaptado a uma sociedade que valoriza indivíduos com transtorno de conduta não é um bom sinal de saúde mental.
Nossos sonhos não pode ser intermediados por ilusões ou fantasias. Se meus sonhos são utopias ou visões imaginárias eu não sei. Mas em meus devaneios, mesmo que eu ouça vozes contrarias, jamais deixarei de caminhar. Pois eu sou impulsionado por uma força chamada fé. É ela que torna meus sonhos reais.
Desde muito cedo, crio meus próprios mitos para não embarcar nos devaneios e nas fantasias de ninguém.
Como eram felizes e coloridos meus dias de sonhos, fantasias e ilusões perante a vitoria do amor incondicional e irrestrito pela vida e pela humanidade.
Feira
Em nossa vida,
No dia-a-dia,
Há uma feira
de fantasias.
Nela encontro
grandes melões
ornamentando
um violão.
Quem dera pudesse
tocar tal violão
e arrancar deles sons
que o fizessem vibrar.
O indivíduo é impulsionado por desejos carnais. Consistam eles em vontades, cobiças, fantasias, libido ou fascinações. Por conseguinte, repelir estes desejos é sustentar-se numa renúncia compulsória, recalcada e tolhida. Ademais, sobremodo carente de encantamento e de energia psíquica.
Os devaneios noturnos, são além de tudo efetivas miras das fantasias; são indicadores do inconsciente impulsivo, manifestando batalhas e quereres dissimulados, sucedendo com efeito, constantes sonhos noturnais.
O desejo recalcado, manifesta sonhos e fantasias que fazem toda a fulguração na efetiva realização do prazer. Esse fulgor de repente é sustentado e nutrido transversalmente mediante uma amoldada postura, enfoques e notáveis atributos do objeto. Mas com tal característica, principalmente por intimidade, confiança e assertivas expressões verbais para tonificar a atmosfera e arrebatamento do fascinado arbítrio.
💡 Mudanças reais começam com uma boa ideia — repetida com consistência.
No canal do Pensador no WhatsApp, você recebe diariamente um lembrete de que é possível evoluir, um hábito por vez.
Quero receber- Relacionados
- Sonhos e Fantasias
- Fantasia
- Mundo de Fantasias