Eu Nao tenho Culpa de estar te Amando

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Eu fiz um acordo com o tempo.
Nem ele me persegue, nem eu fujo dele.
Qualquer dia a gente se encontra e,
Dessa forma, vou vivendo
Intensamente cada momento.

Sempre sei, realmente. Só o que eu quis, todo o tempo, o que eu pelejei para achar, era uma coisa só - a inteira - cujo significado e vislumbrado dela eu vejo que sempre tive. A que era: que existe uma receita, a norma dum caminho certo, estreito, de cada uma pessoa viver - e essa pauta cada um tem - mas a gente mesmo, no comum, não sabe encontrar; como é que, sozinho, por si, alguém ia poder encontrar e saber?

Romantismo, vai ver se estou ali na esquina. Se eu estiver, senta pra beber comigo que precisamos conversar sobre o porquê de você não ir muito com a minha cara.

Eu já entrei vinte vezes no escritório do psicanalista
Depois paguei ao médico e depois fui ao dentista
Para ver o que eu tenho e não consigo dizer.
Perguntei a toda gente que passava na rua
Ao patrão, à minha sogra, à São Jorge na lua
Mas nenhuma dessa gente conseguiu me responder.
Por causa disso eu fui pra casa e fiquei pensando
Se era eu que estava errado com as minhas maluquices
Ou se era o mundo todo que estava me enganando.
Arrumei as malas
Deixei as perguntas na gaveta
Procurei saber o horário do próximo cometa
Me agarrei em sua cauda e fui morar noutro planeta.

Parem
eu confesso
sou poeta
cada manhã que nasce
me nasce
uma rosa na face
parem
eu confesso
sou poeta
só meu amor é meu deus
eu sou o seu profeta.

Que eu seja um comediante - mas um comediante que pensa.

Quanto a mim dou graças
pelo que agora sei
e, mais que perdoo, eu amo.

Adélia Prado
Poesia reunida. Rio de Janeiro: Record, 2015.

Nota: Trecho do poema Objeto de amor.

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"Eu pretendo viver para sempre, ou morrer tentando."

- Onde se deve usar perfume? - uma jovem perguntou.
- Onde ela quiser ser beijada. - eu respondi

Eu acredito em rosa. Acredito que rir é o melhor queimador de calorias. Eu acredito em beijar, beijar muito. Eu acredito em ser forte quando tudo parece estar indo mal. Eu acredito que as meninas felizes são as meninas mais bonitas. Acredito que amanhã é outro dia e eu acredito em milagres.

Mamãe, você é uma rainha, e eu estou providenciando o castelo.

Quando vier a Primavera,
Se eu já estiver morto,
As flores florirão da mesma maneira
E as árvores não serão menos verdes que na Primavera passada.
A realidade não precisa de mim.

Sinto uma alegria enorme
Ao pensar que a minha morte não tem importância nenhuma.

Se soubesse que amanhã morria
E a Primavera era depois de amanhã,
Morreria contente, porque ela era depois de amanhã.
Se esse é o seu tempo, quando havia ela de vir senão no seu tempo?
Gosto que tudo seja real e que tudo esteja certo;
E gosto porque assim seria, mesmo que eu não gostasse.
Por isso, se morrer agora, morro contente,
Porque tudo é real e tudo está certo.

Podem rezar latim sobre o meu caixão, se quiserem.
Se quiserem, podem dançar e cantar à roda dele.
Não tenho preferências para quando já não puder ter preferências.
O que for, quando for, é que será o que é.

Eu sou quem eu sou hoje por causa das escolhas que eu fiz ontem.

Steven Covey
Seven Habits of Highly Effective People (1989)

Nota: A autoria do pensamento tem vindo a ser erroneamente atribuída a Eleanor Roosevelt.

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"Te cuida", dissera ele. E eu ouvi como se fosse um "te amo".

A diferença entre a maioria dos homens e eu, reside no
fato de que em mim as 'paredes divisórias' são
transparentes. É uma particularidade minha. Nos outros,
elas são muitas vezes tão espessas, que lhes impedem a
visão; eles pensam, por isso, que não há nada do outro
lado. [...] Quem nada vê não tem segurança, não pode
tirar conclusão alguma, ou não confia em suas
conclusões.

O amor é a coisa mais alegre. O amor é a coisa mais triste. O amor é a coisa que eu mais quero.

Eu escrevo como se fosse para salvar a vida de alguém. Provavelmente a minha própria vida.

Clarice Lispector
Um sopro de vida. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.

A verdadeira beleza, aquela que eu pretendo, está em fazer o bem em troca do mal.

Por enquanto

Mudaram as estações
Nada mudou
Mas eu sei que
Alguma coisa aconteceu
Está tudo assim
Tão diferente...

Se lembra quando a gente
Chegou um dia a acreditar
Que tudo era para sempre
Sem saber
Que o para sempre
Sempre acaba...

Mas nada vai
Conseguir mudar
O que ficou
Quando penso em alguém
Só penso em você
E aí, então, estamos bem...

Mesmo com tantos motivos
Para deixar tudo como está
Nem desistir, nem tentar
Agora tanto faz
Estamos indo
De volta para casa...

Ainda que eu esteja numa fase bacana e sem nós no peito (o que por um lado é ruim pois a paz sempre me dá alguns quilinhos a mais e alguns textos a menos), resolvi embarcar num momento nostalgia. (…)
Me faz bem lembrar que você nunca, nunca, nunca se alterava. Trouxesse o garçom o pedido errado pela terceira vez ou fizesse um playboy qualquer uma tremenda barbeiragem em cima do seu carro. Você nunca estragava nossas noites. Eram tão raros os nossos momentos, você dizia, que eram para ser sempre bons. E de fato sempre eram.
Eu tenho saudade de mil coisas e todas essas mil coisas sempre caem na mesma única coisa de que eu tenho tanta saudade: sua leveza. Você me dizia que jamais iria me cobrar leveza, pois me amava intensa. E me pedia que fizesse exatamente o mesmo, ainda que ao contrário, por você. E eu não obedecia nunca, afinal, pessoas intensas não obedecem.
E assim nós seguimos, por alguns bons anos entrecortados, sendo tão parecidos ainda que tão atraídos mutuamente pelos nossos opostos. A gente era parecido principalmente porque topava as coisas mais malucas como, por exemplo, brincar que tinha acabado de se conhecer numa festa, ainda que tivesse ido junto para a festa. E por horas ficávamos nessa bobeira e nenhum dos dois ria. Até que alguém pedia, cansado, “já pode voltar ao normal..?”
Eu tenho saudades de tudo. Da gente acordar sua vizinha de tanto rir de coisas bestas, do seu carro sempre bagunçado, da paciência que você tinha (…), da mania que você tinha de arrumar minhas roupas em cima da cama enquanto eu tomava banho e de quando você apertava os ossinhos das minhas costas no escuro e falava, baixinho: “ai, como essa menina gosta de fazer drama!”.
Não é um sentimento egoísta e muito menos possessivo. É apenas uma saudadezinha. Gostosa, tranqüila, bonita, saudável, de longe. E, quem diria: leve.