Eu Nao te Conheco mas me Apaixonei por Voce

⁠Senhorita morte

Uso minha lucidez contra meus algozes,
No silêncio da noite eu ouço vozes.
Nos gritos do vento gélido,
Me encontro com o rosto pálido.
Doce madrugada de terror,
3 da manhã no ponteiro,
Gritos de horror no nevoeiro.
Quem será que clama por socorro?
Será a dona morte de novo?
Ela veio me visitar, eu não quis ouvi-la falar.
A vida me seduz pela beleza,
Já a senhorita morte se acha a realeza,
Com sua foice afiada eu escuto a risada,
Sangue no olhar ela veio me matar
Não adianta correr, hora ou outra ela encontra você.

⁠EU E DEUS

Outro dia me perguntaram se acredito em Deus.

Deve ter a ver com as coisas que escrevo, embora quem perguntou não tenha feito essa referência.

Eu acredito !

Sempre acreditei, mas minha maneira de enxergar Deus foi mudando durante a vida.

Não sei se posso chamar de um processo consciente, mas o que me liga a Deus não é mais uma fé cega e temerária. Acredito em um Deus que desvendei. Um Deus cujas medidas nem sempre coincidem com a minhas, mas é bondoso e compreensivo.

No meu acreditar, Deus dorme, tem sono leve, levanta cedo e trabalha muito. É onipresente, mas não onipotente. Ele enxerga tudo, porque sabiamente fez morada em minha consciência. O Deus que acredito não é dominador, muito menos narcisista. Ele nunca me pediu para amá-lo sobre todas as coisas; pediu-me apenas para colocar o amor sobre todas as coisas.

O Deus que acredito não me amarra em linhas como se eu fosse um marionete a mercê de suas vontades, conduzindo-me por acontecimentos que não posso mudar. Meu destino eu escrevo, nas folhas em branco que diariamente Ele me dá.

Ouve-me e conforta-me em minhas orações. De fala fácil, não precisa de intérpretes e não tem preferidos ou escolhidos, embora muitos chamem para si a glória de falar em seu nome.

Seu mandamento é único, simples e abrangente: Seja feliz como conseguir ser, pois pessoas felizes não fazem mal as outras.

Por fim, não sei se meu Deus é imortal. Só carrego uma certeza: Ele viverá comigo enquanto eu viver.

⁠Escolhas eu as fiz
Amores eu evitei
Hoje vivo feliz
E nada de ti levei.

⁠A ensurdecedora gritaria interna

quando eu te vejo
meu coração agita
e também grita,
num silêncio ensurdecedor
grita tanto que perde a voz
de tanto que almeja por nós.

⁠Eu sou uma grande perda.

Narrando eu mantenho o foco.

Pela primeira vez em muito tempo, eu sinto que estou em casa.

Sabadou com S de Socorro! Alguém me salva das loucuras que eu me meto e coloca um pouco de bom senso na minha cabeça, por favor?

Sabadou com S de sossego! Hoje eu só quero curtir minha merecida folga da rotina puxada!

⁠Hoje acordei, mas meus pés ainda estão na cama.
Eu podia estar lá também.

⁠Pra mim a Ha-ri que é perfeita, ela é a mais bonita que já vi. Eu já conheci mulheres com currículos impressionantes, mulheres muito bonitas e inteligentes, mas a Ha-ri é a primeira mulher que conheci que consegue me fazer feliz e que consegue me fazer rir, por isso, fiz de tudo pra conquistá-la.

Custo a acreditar que tudo nessa vida pra se ter tem que ter um custo
Eu me gasto assim só de pensar
Meus pés já estão gastos de tanto andar
Por caminhos que não levam a lugar nenhum
Círculo vicioso
Dói demais esse mundo
vazio
Oco
Saudade do amor desinteressado
E será mesmo que ele já existiu?
Será que o ser mais evoluído vai dizer que o conheceu?
Já o experimentou?
Afeto despretensioso
Afago que jamais sentiu
Amanhecer majestoso
Da noite, o sol se despediu
Mas, a luz quero sempre sentir batendo em meu rosto
Seja na claridade do dia ou na escuridão do anoitecer
O brilho do mundo que nunca mais se viu

E quer saber nem meu olho esquerdo enxerga igual ao meu direito porque que eu preciso forçar alguém ser igual a mim.

⁠Posso ser ruim em muitas coisas, mas sou o melhor em ser eu mesmo.

Psicólogos diriam que estou louca; Espiritualistas diriam que encontrei a sanidade. Eu digo que sou ambos.

⁠Eu sou
trovador, cavaleiro
e na minha vanguarda
virei forasteiro
vesti minha farda
decidi meu roteiro

Coração devassado
evoquei pensamentos
sem meu pragmatismo
meus desdobramentos
e o meu empirismo
empoderamento

Menestrel, visceral
conservei o lirismo
nasci medieval
conservadorismo
minha credencial
sem pioneirismo

Eu sou
poeta, conteporão
criador, criação
e na minha vanguarda
vesti minha farda
com a minha versão

⁠Sabe há muito tempo, atrás conheci uma garota que passava pelo mesmo problema que eu essa garota mudou a minha vida.

⁠O ato de me odiar, aprendi a dominar.

Se eu pudesse traduzir o que há em meu coração, diria ao mundo que me odeio
Odeio a mim por tudo que me fiz passar, por todos que deixei aproveitarem da minha falta de malícia
Me pediria perdão de joelhos, por ter transformado a menina cheia de sonhos em uma mulher triste e desiludida.
Não, eu não quero mais conhecer ninguém, todos se aproveitam de alguma forma, te sugam a energia, a beleza, as qualidades.
No fim é sempre você, triste com sua lágrimas como companhia. Eu tô com nojo da humanidade, eu tô com nojo de todos, nojo de mim, por me permitir tanta coisa.
Só quero meus amigos de antes, aqueles que me amam somente pelo fato de eu existir, com todos os meus defeitos, tristezas e qualidades, mesmo estes sendo tão poucos e raros
Somente a eles quero dedicar meu tempo e minha juventude já escassa pelo avançar da idade.

Meu colar

⁠Eu perdi o meu colar,
Meu amado colar...Tantas lembranças...
Eu o perdi, o perdi para sempre.
Ele não combinava tanto comigo,
Mas eu o amava e o desejava mesmo assim...
Ele era tão brilhante.

Perdia horas em frente ao espelho o admirando, ele parecia cair tão bem em mim...Apertava e deixava marcas, mas eu não conseguia tirá-lo...
Em algumas ocasiões ele fazia eu me sentir incrível,
Eu me sentia como a pessoa mais bela do mundo apenas
Por poder senti-lo no meu pescoço...Mesmo que
Estivesse me sufocando.

Talvez ele nem fosse tão bom assim

Mas está tudo bem, eu tenho um novo colar;
Eu prefiro o novo, ele é mais bonito, não aperta, não deixa marcas e
Nem mente.

“-isso não se trata de um colar.”

⁠Eu sempre tento ser alguém compreensível, me coloco no lugar dos outros, faço o que está ao meu alcance e o possível para agradar, dou o melhor de mim, mas parece que nunca é o suficiente e que tudo está sendo em vão. Às vezes dá vontade de eu me tornar uma pessoa fria, de não me esforçar tanto para satisfazer o outro. É uma realidade dura, triste e lamentável, mas real.