Eu Deixo a Vida como Deixo o Tedio
É que eu nunca acho o que eu queria. E nunca quero o que eu acho que queria, sabe? Nunca me basto, nunca me bastam. Nunca me completam. Tem sempre algo faltando quando nada deveria estar faltando. Às vezes é milímetros pra preencher, mas falta. Eu quero mais, eu quero tudo, eu quero o mundo, eu quero nem que seja um pouquinho a mais. Não só a metade de alguma coisa, um sentimento morno, algo normal, eu quero o que mereço. Quero o que eu ainda nem sei se existe, talvez pra poder inventar. E, de vez em quando, dá um desânimo de tanto procurar. E se no final for só isso mesmo? Essa busca inalcançável por algo que não tem nome, nem endereço, telefone, algo que seja suficiente pra mim, que baste.
Tava com vontade de fazer doce de abóbora e acabei me queimando no fogão. Minha mãe falou que eu emagreci mais, que meus olhos estão sempre entupidos de lágrimas e meu rendimento nos estudos continua piorando. Não sei o que anda acontecendo comigo. É algo bem grave, mas realmente não sei. Só sei que desde que você se foi minha vida se tornou uma coisa insuportável, repleta de bagunça, e olha que ela nunca foi arrumadinha.
Na terça-feira, eu acordei às 3 da manhã e sai andando pelas ruas, rindo, cantando, reclamando, vendendo dor. Na quarta, eu amanheci de porre, interpretando as músicas da Maysa, ainda com os olhos fechados, com o copo de vodca na mão, cercado de livros de astronomia e brasas de cigarro espalhadas pela cama. Mas foi na quarta-feira que me dei conta: eu realmente estava perdidamente louco, desequilibrado e que isso não teria volta.
Eu tô andando feito um louco pelas ruas. Eu não penteio mais os cabelos, pego qualquer coisa no armário, mal sei se é dia ou noite. Simplesmente saio por aí. E tô pouco me lixando se andam me olhando atravessado ou não, se vão comentar ou rir de mim. Tô fazendo tudo errado, eu sei. Mas também tô com uma dor tão profunda que só Shakespeare entenderia.
Ele tá lá fora bebendo vodca, falando besteira e sorrindo com os amigos. E eu tô cá dentro, trancado, levando as coisas a sério, reclamando de tudo e escrevendo tanto (...)
Eu sei que você vai segurar minha mão no meio da conversa, eu vou prender o ar na garganta, e você vai fingir que não me quer, que é só amizade.
No fundo, no fundo — bem lá no fundo do meu coração —, eu sabia que não ia dar certo. Mas eu quis continuar.
Chorei porque eu não fazia ideia que eu me machucaria tanto, porque ao chegar em casa e abrir a droga da porta do meu quarto eu fiquei parado ali, remoendo. E chorei, porque voltei a lembrar daquelas coisas todas que eu prometi esquecer.
Eu sinceramente gostaria de explicar o que é você, mas também sinceramente posso dizer que isso é impossível, já tentei mil definições, mas tudo me parece tão vago quando se trata de você, talvez você seja isso, um vazio que nunca foi preenchido.
Eu queria ter o poder de controlar as minhas lágrimas, porque elas insistem em cair, quando não devem.
Acredite! Se eu caio não foi por querer para a alegria de quem não me tem carinhos, mas quando caio ao me erguer minha força pode ir além;
Não sei vocês, mas eu já andei por um caminho que não estava reto, e ele estava me levando a um abismo. No trajeto era difícil perceber que o fim seria trágico, pois o inimigo mascarava a estrada de todas as maneiras.
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