Espelho poemas
Sonhos e planos
Se o meu sonho um dia tiver fim,
a saudade do que olhava no espelho retornará.
Alguns anos servem pra se ter como pensar,
agir, discutir, mudar, formar.
Planos são como papel em branco,
mas não deixo de fazê-los,
porque não existe conclusão sem vitória,
e a batalha é o dia a dia.
Não me lembro das derrotas,
e a esperança essa nunca foi perdida,
mas me lembro das histórias,
de um menino que imaginava o que um dia seria.
(César Jardim)
Que minha revolta não vire "pedenga".
Que minha voz chegue ao espelho e retorne ao meu coração.
Ouça que quiser meu protesto.
Um jogo de futebol.
Uma moça.
Uma palavra.
Palavra que fere, palavra proibida e escondida pela vergonha e verdade de muitos.
Macaco.
Casa apedrejada, queimada, família exilada.
Menina grita macaco, borá lá mata a dita cuja.
Quem é o errado?
Eu né, em querer dizer que tá todo mundo errado.
A TV diz:
-Olha, chamar de macaco é errado.
Mas a cor da minha pele antes castigada pela indiferença se torna hoje bandeira para fazerem o que antes fizeram sem culpa e maldade, destruir, rotular e mostrar a verdadeira face do mal que habita no coração daqueles que não sabem amar....
Espelho, espelho meu
tu só sabes refletir a minha solidão...
estampas o meu sorriso sem saber
a minha história
e omites a dor que habita o meu coração!
À custa do seu reflexo nas margens do espelho dos olhos alheios
Vivendo...
Metade do olho redondo aflito nas gotas da chuva refletido.
E sendo, estando... no rastejar da vida.
Quem dera pudesse ser mais que uma cápsula, querida.
Ser mais que um vulto no tempo.
Teus olhos, teus olhos lívidos e flácidos!
Templo dos meus tormentos,
Calabouço das feridas,
Ou, simplesmente, ferro em brasa.
Mais só em mim
Que a outros nada transfere tua infeliz melancolia.
Só a mim espanta seus espasmos, seu assombroso desejo de não ser.
Só meus olhos nos teus refletem e.
Desce do precipício da vã melancolia
Trás a alma ao corpo e fia o resto, sem pretéritos imperfeitos.
As caras perguntarão:
É tua essa frieza?!
São sabem que dorme nas correntezas. Pedra da feroz cachoeira.
No âmago treme de frio pelo vazio dos corpos. Pela cor opaca das nuvens.
Abraço-te a mim, abraço.
Os braços colados. Dispersos...
Cedo ao movimento das ondas da cachoeira.
Abraço o reflexo das ondas.
COMO ÍNDIO
O que acontece de repente
Quando ela se pinta diante do espelho,
Batom, sobrancelhas e cílios...
Tomara que caia justinho,
Cambraia estampada,
Nem lembra dos filhos
O que fantasia, tão bela diante do espelho
Com poses e closes pra postar no face,
O marido disfarça, fingindo reler um jornal antigo,
Mas instiga, seus risos e bicos,
Meu amigo malandro metido a filósofo
Dizia que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra
E a vejo tão bela com a escova
E um decote generoso
Falando em lift e massagem
E uma taruagem na coxa,
Poxa ninguém é de ferro e parece provocação,
Mas tem a tal “maria da penha”
O que fazer com o ciúme
Se trejeitos e excesso de perfume
Me fizerem perder a cabeça?
Meu amigo dizia por experiencia própria
Que mulher é como índio
Quando se pinta quer guerra...
"ESPELHO ENCANTADO"
Deste lado do espelho
Apenas eco de palavras.
Entre o silêncio que chama
Das minhas, das tuas incertezas
Assisto ao bailado dos dias que não entendo
Bebo este vinho entardecido numa garrafa
Que como eu não respirou.
Fogo em que me queimo, no silêncio espero
Vem-me à memória os dias em que o céu rasgou-se
Para trazer-me a embriaguez das palavras.
É como beber a incerteza
E decantá-la no odor das palavras
Capto-lhes o sabor, bebo-as de esperança
Engano-me, como me engano aqui deste lado do espelho
O perfume do teu olhar, do teu corpo oferecido
Feito de lenha, para arder, queimar.
Soam as badaladas de um relógio maluco
Que resolveu cantar as avé-marias ao meu ouvido.
Olhar suspenso de lágrimas cansadas
De um espelho numa casa vazia, abandonada
Por alguém que vos olha do outro lado do tempo sem sorrir!
Um espelho somente te da tu queres
Sem tirar ou por nada mais
Mas sem conta com imaginação
De tantos detalhes transpõem
Os laços da eternidade como se houve se...
Um amanhã para onde ir e viver
Sob a luz da escuridão
Que alimenta nossos maiores prazeres.
Por Celso Roberto Nadilo
A TRISTEZA ROUBOU MINHA RIMA
Ao chegar em casa
E ir para o banho
Olhei para o espelho
Com muita decepção.
Lancei um olhar de condenação
Para a pessoa que ali estava.
Frustração, arrependimento,
Com um profundo desgosto.
Ao entrar debaixo do chuveiro
Deixei a água cair em meu corpo
Para que talvez lavasse
Toda a tristeza, toda decepção.
Mas a água gostosa e fria
De um fim de tarde quente,
Mesmo que refrescante,
Não lava por dentro.
Mas essa mesma água,
Que não lava por dentro,
Começou a se misturar
Com as lágrimas.
Por algum tempo o pranto
Me dominou, lavou a alma,
Saiu em forma de lágrimas
Mais um pouco da dor.
E que dor! A dor da alma
Não pela ofensa de outro
Mas pela que eu causei
A tantas pessoas amadas.
Me senti um lixo, fraco
Impotente, me faltam
Palavras para dizer
O que pensei de mim.
O vazio me dominou
De tal forma, intensa,
Que as lágrimas foram
Apenas detalhes do pranto.
Detalhes imperceptíveis
Ao se misturarem com
A água do chuveiro
A molhar meu corpo fraco.
Detalhes pequenos diante
Do soluço e pranto incontrolável
Inconsolável, solitário, doloroso.
De uma alma incapaz de amar.
E enquanto escrevo
As lágrimas insistem
Em querer sair,
Mais contidas.
Mas não menos tristes
Pela impotência de um
Ser que quer ser melhor
Não pra si, mas pro outro.
12/01/2015 (18h36)
O tic-tac do relógio é sempre nos impinge o tempo.
E distorce a nossa face no espelho.
Mas aproxima-nos do "assumirmos" de nós.
E a velhice nada mais é...
Do que a essência concentrada do perfume de nós.
Espelho (Homenagem ao dia dos pais)
Aparentavas tanta resistência.
Mas no fundo, no fundo era mole.
Por vezes eu e meus irmãos nos espremíamos em recolhimento.
Não por medo, por respeito.
Penso em quanto sofrimento passaste em sua vida simples e pobre.
Eu via em você um cerne, resistente a tudo e a todos.
Nem a eminente fome parecia mudar teu semblante.
Nunca vi choro em seus olhos, exceto na sua viuvez.
Mas tenho convicção que para cada filho que seguia os próprios passos
Colocavas lágrimas no canto do olho.
Era mestre em disfarçar. Mas adoçava-se a cada uma destas partidas.
Com quinze anos, me fiz adulto e segui meus passos.
O homem refratário, penso até hoje, preferiu não me ver partir.
Era contido em suas demonstrações de afeto, contudo tinha no peito,
Um coração generoso que a nós transferiu pedaços.
Com minha vida ancorada nas minhas próprias costas
Passei a entender ações e reações de um pai.
Vi-me sozinho e triste em muitas esquinas da vida.
Descobri porque ele tentava mostrar ser aquela fortaleza.
Hoje meu corpo já acusa a idade.
Na mesma proporção meu coração acusa ainda mais a saudade.
Os valores que recebemos não foram financeiros.
Ainda bem.
Hoje sabemos o valor de cada coisa.
Jamais esqueceremos os conselhos, ensinamentos e exemplo que foste.
De você, herdamos o melhor:
Princípios dignos de justiça e convivência social.
O amor pelas pessoas independente de qualquer outra coisa.
Herdamos a certeza que o bem sempre vale mais a pena.
Ficamos sem tua presença física, mas sei que nunca nos abandonaste.
Onde estiver pai, um beijo de reconhecimento e amor neste dia dos pais.
olho para expressão do espelho
sinto tantas magoas,
tento refletir em todos traumas...
dentro mesma realidade,
tantas promessas que se foram...
em programa de televisão,
lagrimas são a deslumbre da morte...
com cair da noite todas expressão são claras
como um abismo do teu sorriso.
tudo pode ser parte do sucesso...
meros tangentes dos quais
o choro se deslumbra com imperfeições
nunca jogue pois perdera teu coração,
nas perfeições tudo pode ser irreal,
em todos fonemas a um contraste,
do qual a um ditado para tudo.
por celso roberto nadilo
claro pode ser escuro
Desejei corpos ,
Encarei-me ao espelho ,
Vi noites mau dormidas ,
E poucos conselhos,
Enxerguei a luz,
Me guiei no devaneio,
Sofri sozinho caçando um meio,
De me encontrar na imensidão,
A meta foi descobrir o que era a razão.
"SÍLABAS"
Espelho meu
Este espelho que é a nossa alma.
Que tantas vezes nos fascina.
Somos como peças perdidas.
Vendavais; tempestades...
Somos o que deixamos de ser.
O nosso próprio reflexo.
Árvore esquecida, sofrida.
Na sofreguidão do ter.
Esquecemos, não amamos.
Sonhamos sem viver.
Vivemos sem nunca sonharmos!
Por mais que tentem...
Nunca acabarão com o amor e o ódio.
Nem todos os cremes do mundo acabarão
Com as rugas do nosso rosto.
Nem com a dor da distância
Nem com a saudade em cada sílaba que escrevo.
Tu tava sozinho.
Beijando espelho.
Desejando ser sapo para ser beijado.
Subindo em torres para encontrar uma princesa.
Deitando-se em camas vazias para encontrar um pouco de calor.
Sendo amigo, colega, esperando.
Seu dia chega e nem sapo você era.
Bum, tac, vrum.
Uma pequena olha em seus olhos e te quer.
Ai você começa a namorar.
Tudo certo.
Beijinho aqui, beijinho ali...
Tu é o cara.
Ela é a mulher da sua vida.
Mas....
Ai começa o fim do mundo.
Aparece nem sei da onde, ex-namorada, namorada atual de uma data que você não conhece, ciclana, fulana, a vizinha e se bobear ate Luana Piovane que você "encontrou" aquele dia sozinho e solitário.
A dita, à pequena que te encontrou, vira a menina do filme 'o exorcista", vira a cabeça e diz:
-Eu nem sei o que dizer....
Tu que nem alma penada beijava tem que sair correndo sem poder se explicar que tudo o que você queria era ter ela perto de você....
A imagem que reflete no espelho clama por Amor..Paz...Felicidade...
Eu a vejo sempre numa busca insana pelos sonhos desfeitos.
Ela luta,sorri e chora.
Mas não cansa.
Ergue a cabeça,enxuga as lágrimas e segue.
Depois da noite vem sempre um novo Dia.
Olhava para o espelho
Já não se reconhecia
Seus olhos eram tristes
Sua boca não mais sorria
Agora
Só enxergava uma sombra
Do que já fora um dia
_____________O ESPELHO DE MIM MESMA_________
* Nas entrelinhas da minha vida, tenho tentado encontrar a falha existente que desfaz minha trama de sonhos possíveis.
* A medida que a areia do tempo desce, fico susceptível cada vez mais as desesperanças de meus próprios medos.
* A cada suspiro profundo tento recarregar meus pensamentos positivos, meu espírito de luta e minhas esperanças.
* Os interesseiros conselhos não me adiantam mais e os falsos elogios agora ... não passam de tão somente falsidade, os muros de minha fortaleza se quebraram.
* É tão mais fácil ser cego do que ter que enxergar as verdades. É tão mais prazeroso sonhar do que ter que abrir meus olhos para a realidade.
* Não é fácil admitir que minhas fadas com seu pó mágico de purpurina, não são nada mais do que as minhas falsas amizades, destilando em mim seu veneno para embriagar minha mente contra suas verdadeiras intenções.
* não é fácil perceber que meu bravo cavalheiro de armadura reluzente não vem na tentativa de salvar me, más, na de salvar a ele mesmo, roubando me pouco a pouco a inocência de acreditar no verdadeiro amor.
* Os muros invisíveis da realidade me compilarão ainda mais do que os de rocha que fantasiei, as dificuldades que não sessão, as decepções continuas, as dolorosas desventuras.
* Busco então uma segunda pessoa em mim, uma mais forte, mais alegre, mais decidida.
Uma pessoa muito mais engraçada e cheia de vida. Uma pessoa que proteja dos inimigos, dos falsos aliados, dos vãos amores; uma pessoa para se mostrar bem a frente de todos, uma pessoa que saiba evitar o constrangimento alheio em me ver sofrer.
Alguém que possa abafar a culpa de terceiros por me ferirem.
Alguém que possa convincentemente sorrir, para que eu secretamente possa simplesmente chorar .
Se olhe no espelho, veja, diga quem tu és
Não tente parecer nada além de você mesmo
Pare de vestir sonhos alheios, frustrações alheias
Pare de escrever sua história a esmo
Qual foi a última vez que você se olhou no espelho? Não... Eu quero dizer, qual foi a última vez que você realmente se olhou no espelho? Já percebeu o quanto você é único e especial? Se não percebeu ainda, provavelmente você não se olhou direito. Reparou no quanto você é perfeito ao seu próprio modo? No quanto você é o epítome de você mesmo, de um jeito que ninguém poderia superar, e que isso te faz único?
As pessoas costumam se olhar através de camadas de preconceitos, de padrões pré-estabelecidos e assim fica difícil ver a si mesmo, como se é de verdade.
Olhe-se com amor. Ame ser quem você é. E se, a despeito da modéstia, você não parecer alguém admirável para você mesmo, tome as atitudes necessárias para mudar isso, e seja alguém que você ama ser. É um chavão, mas é verdade: Você precisa se amar primeiro. Não aquele amor cego, incoerente, descabido. O que eu quero dizer é que você deve ser o seu próprio referencial. Da mesma forma que você aconselha, se preocupa e tenta ajudar as pessoas com quem você se importa, faça com você. A autocrítica é importante. Mas só para nos lembrar de que somos humanos, passíveis de erros e não deixar que o nosso amor-próprio se transforme em soberba.
Dê valor aos seus sentimentos. Inclusive àqueles que você tem por si mesmo. E então, quando você se olhar no espelho, os seus olhos vão brilhar como brilham quando você vê alguém que ama e admira muito.