Escrevo o que Sinto
Escravo e escrevo
Você corta uma rima minha
e eu escrevo outra poesia.
Faz escuro,
mas eu recito!
Trazendo uma ideia para um novo dia.
Escravo na senzala,
mas não deixo de ser poeta.
Escrevo, escrevo...
O arame quebrado
e eu continuo a jogar capoeira.
Até na gaiola o canto do pássaro não muda.
"Fundamentalmente, eu escrevo para falar comigo, mas dá-me gosto que nesta conversa quem me lê possa falar consigo mesmo "
"Embora o tempo seja curto, eu escrevo poemas que celebram uma vida inteira, sem ter pressa de vivê-la."
Das palavras que escrevo, tiro menos de um milésimo do que realmente quero dizer. Algo prende a essência do lamentar, não posso tirar nada frutífero do que escondo. Talvez seja esse o verdadeiro e complexo eu, que vive sorrindo e escondendo tudo, para não machucar ninguém. Cada linha que transborda no papel representa apenas a ponta de um iceberg emocional, há tanto temor de ferir quem lê que as verdades mais profundas ficam guardadas num cofre trancado pela própria insegurança. Reconhecer essa lacuna entre o que sinto e o que mostro é o primeiro passo para, talvez um dia, soltar as amarras que me impedem de expor meu eu por inteiro.
Alegoría do agora
Escrevo como se fossem as minhas últimas palavras, gosto do efeito que elas fazem, mas fiquem tranquilos, não hei de tirar minha vida, sou ótimo em empurrar com a barriga, deixar para lá, para depois, depois quando esquecer minhas (tristezas) tristezas, quando os tempos forem bons e eu finalmente volte a sorrir, quando outros ventos me soprarem...
Quando a brisa do mar bater forte e eu me encontrar novamente, quando eu amar de novo novamente, quando eu finalmente viver, pela primeira vez estiver vivo.
Quando... Quando... Quando?
BESTEIRA
Espie só que moral
O tamanho desta besteira
Nas poemas que escrevo
Ouço a voz de Manuel Bandeira.
Ele chega de mansinho
Na lassidão de uma vida esquisita
No fervor deste caminho:
O pavor de receber, e o prazer de ser visita.
Em verso efêmero e triste
Apaixonadamente lhe revela
Não ter medo da morte
Ter medo do fogo da vela.
A solidão é seu amor
A morte o seu segredo
Na morte sentir dor
Na hora sentir medo.
Dos costumes que bem sei
A homogeneidade d'almas existe
Nos manifestos colossais
Cousas letais é comum
A única fila que presta
É aquela composta por um.
041009
Tributo a Manuel Bandeira
Meu Insta: um repositório de pensamentos e tudo mais que escrevo e pretendo ser - ou me mostrar mesmo - em várias épocas; uma epiderme extra que me permite captar sensações sentidas no dia-a-dia que vão se misturando nos diversos aspectos do meu universo, e aí a surpresa: muitas das coisas que considero mais belas em minha vida. Sentimentos exacerbados com as injustiças, ingratidões, enfim, com tudo de amargo que o destino, inapelavelmente, reserva como cota para a gente sem qualquer forma de distinção numa vida: amor, alegria, sofrimento, mágoa, paixão, saudade, enfim, sementes selecionadas. Umas boas, outras ruins, mas sem dúvida carregadas de amores, sem a menor consequência.
Escrevo por entre espantos meus. Fico assustado com o que vejo. Mas, ao mesmo tempo, percebo-me interagindo com meus próprios espantos. É difícil não participar. É fácil perceber. Está a realidade a me acusar; escrevo, então, para me defender.
Armando Nascimento, Grita minha alma, escrevo por amor e com a pureza de sentir, palavras de ternura com o gosto de harmonia, tudo sobre pra encantar o brilho do seu olhar, escrevo como se ao escrever sentisse você, e com as palavras sinto te tocar,
Não escrevo para agradar nem para desagradar. Escrevo para desassossegar. acordar consciências, tirá-las do adormecimento do espírito. Fazê-las mais conscientes de que podem ser felizes de verdade.
"Eu escrevo, não pelo bem da glória, não pelo bem da fama, não pelo bem do sucesso, mas pelo bem da minha alma".
Acabei de perceber que quando escrevo, meus pensamentos sempre se revelam na realidade vivida. Então, o que eu tenho para hoje é: eu quero viver, viver o extraordinário, viver o melhor. Viver tudo aquilo que sonhei, viver com você. Eu quero sim ir embora, mas não da vida, mas sim dessa vida! Me socorra dos braços que não quero, das pessoas que não desejo, dos braços que não me trazem afago, dos beijos que não me trazem amor, o amor propriamente dito.
Tudo que escrevo sobre o amor é verdadeiro... vem do coração ...vem da alma. É um amor que ainda resiste... como chuva de verão!
Por favor, não me julguem, pois não sou escritora, tampouco historiadora. Escrevo porque as palavras escoam pelos meus dedos e se jogam na folha branca e vazia. Não me julguem, sou apenas uma mulher cavando em meu coração, traçando minha jornada na linha da vida. Neste momento, sinto uma dor indescritível, mas sigo em frente. Preciso processar meus sentimentos, pois sinto que estou enlouquecendo aos poucos.
Será que alguém lê o que escrevo? Não me preocupo, sabem por quê? Tô nem aí para as críticas negativas, até porque não me afetam. Acho que te toquei, né? E as positivas? Obrigada! Tenham uma vida longa e feliz. 🥰
Escrevo pensamentos por generosidade muitas vezes sem a devida atenção e correção sintática e ortográfica. Ora por aproveitamento da ideia que flui em um hiato e ao mesmo movimento para aproveitar o tempo hábil que tenho para escrever, afinal minha equipe desde o principio é diminuta de três - Deus, minha estrela e eu. Sendo assim, quando meu pensamento for bom mas assassina a nossa bela língua portuguesa, me corrijam generosamente também, por favor.
A poesia é o ato de fato, que falo, faço ou escrevo do jeito próprio que se quer com rimas perfeitas ou palavras inventadas.E o poeta é todo aquele ou aquela que se incomoda ou pela própria natureza das incertezas já nasceu e cresceu incomodado.O poema não é triste nem alegre o tempo inteiro mas existe e persiste por que há um incomodado.
