Escrever
O QUE EU QUERIA
Queria dizer o que nunca foi dito,
Fugir das palavras vazias.
Ou escrever o que nunca foi escrito,
Deixar de lado letras repetidas e frias.
Queria nutrir-me do amor sem conhecer-lhe o conceito,
Senti-lo apenas, sem prévias convicções,
Sem me preocupar se é perfeito ou imperfeito,
Limitar-me às mais simples sensações.
Queria acordar um dia, sem uma suposta verdade,
Sem cultura, sem uma crença pré-ensinada.
Em completa e selvagem humanidade.
Pensar começando do zero, do nada.
Queria ser livre, fugir de todos os padrões,
Desatar as amarras, os nós cegos da vida,
Esquecer-me das palavras velhas e falidas,
Encontrar novas e primárias percepções.
Mas aqui estou eu, patética,
Escrevendo versos rimados que me fazem ver,
Numa simplória e triste dialética,
A distância entre o que sou e o que queria ser.
Escrever um poema
É eternizar seus momentos em vida.
Imortalizar o que diz a alma.
Numa atitude sempre bonita.
Concretizar suas palavras abstratas.
Numa frase, deixando-a explicita.
Dizer mais de Mil pensamentos.
Em boas ações distribuídas.
Externizar o melhor de você.
Junto ao que sua boca dita...
Tua ausência me inspira todo um desejo do pensar, do escrever e assim mostrar para os que deixaste nesta varonil lembranças, o quanto sentiremos de saudades...
Se estiveres triste, escreva!
Se estiveres alegre, escreva!
Se não quiseres escrever, escreva também!
A inspiração da escrita vem quando ela sente o tocar da caneta num papel!
Amar, admirar e cultivar
Alguns dizem que escrever com o coraçao
É a mais bela forma de se expressar
Pensamos e deixamos nos esvaziar
Com um papel e caneta em qualquer lugar
Palavras com ou sem sentido para mim profundo
Perco horas, noites em claro me esvaziando
Poderia existir algo que perdurasse o tempo? Poderia alguém conseguir escrever sobre o próprio tempo e não se inquietar com a desgraça que é perceber que cada palavra escrita dá a luz a uma página que nasce já no passado?
escrever
é arrancar um pouco de si
e entregar ao próximo.
expressar
um ato de amor
e talvez transformar sofrimento
em uma bela pintura.
compor
uma transmissão
singela
de bons sentimentos.
fazer rabiscos
e derramar-se
congênere a chuva.
"Hoje, eu pensei em escrever, mas não sabia pra quem.
Tentei encontrar nas minhas palavras, alguma que me fizesse bem.
Eu fujo da solidão, as vezes, procuro um alguém.
Que me liberte desse amor, que em um só olhar, me fez refém.
Eu busco o calor do Sol, mas aí a chuva vem.
Tento encontrar-lhe em outros braços, mas igual a você, não tem.
Lembrar-lhe sempre exultou-me a alma, mas hoje, já não me faz bem.
Desarrazoado, meu coração, te busca em outrem.
Parvo, desolado, ele te encontra em ninguém.
Hoje, ele tentou bater mais forte, mas não sabia por quem..."
Fiquei alguns dias sem escrever no meu diário, pois nunca achava as palavras que fossem boas o suficiente para descrever como estou triste e decepcionada com meus pais, desesperada com o que há de vir e com saudades de tudo que nunca viverei. Será possível sentir saudades do que nunca se teve? Penso que sim, pois meu peito se comprime com a dor de saber que nunca amará, que jamais deitará nos braços da felicidade conjugal, que jamais terá um lampejo de bater pela alegria de conseguir ver nos olhos de alguém o quanto se é amada.
"Uma vida inteira dedicada à arte de escrever.
Uma vida inteira que sua luz iluminou a nossa existência.
Por toda a vida lhe agradeceremos, Maga, pelo encanto com que tocou nossas almas, e por ter feito das vivências da ficção, um espaço para a alegria e esperança para nossa vida real.
A arte em forma de brilho.
Maga como é, você sempre alcançará nossos corações, por onde quer que caminhemos."
(Dedicado à autora IVANI RIBEIRO)
A literatura de caserna as vezes nos surpreende. Vou escrever um livro com algumas passagens encontradas nos trechos de alguns Boletins Policiais...
Nem mesmo Tim Burton teria tanta imaginação.
Dizem que na vida um homem deve plantar uma árvore, ter um filho, e escrever um livro! Penso que deve plantar a árvore, ter um cachorro, uma moto, filhos, esposa, amante, ouvir rock, ter uma epifania, e escrever um livro. Acho que não escreverei o livro.
Escrever é um bálsamo que me inspira para viver.
Me acalma ao mesmo tempo que me transporta para outras dimensões.
“Posso não ter o dom de falar, mas por favor entenda o tom do que eu venha a escrever.”
Giovane Silva Santos
